quarta-feira, 30 de junho de 2010

Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (15): Os computadores começam a entender a Arte!


Aproveitando o post de ontem, sobre o blog "Espaço Imoral", dedicado às Artes, encerramos hoje o ciclo de postagens deste primeiro semestre de 2010 com uma inovação relacionada e que muito deverá nos ajudar nos anos vindouros.
Os computadores começam a entender a arte
Os computadores já podem detectar com precisão a composição de cores de uma imagem e fazer algumas medições estéticas - alguns pesquisadores já afirmam ter programas capazes de detectar padrões de beleza feminina.

Mas será que os computadores já são capazes de compreender a arte e diferenciar uma pintura artisticamente relevante de um monte de rabiscos de um pintor principiante?
Uma equipe de pesquisadores espanhóis e alemães afirma estar a caminho disso. Eles desenvolveram algoritmos matemáticos que podem tirar conclusões sobre o estilo artístico de uma pintura.
"Nunca será possível determinar matematicamente com precisão um período artístico e nem a reação humana a uma obra de arte, mas nós podemos detectar tendências," explica Miquel Feixas, um dos autores do estudo, publicado na revista Computers and Graphics.
Os pesquisadores da Universidade de Girona e do Instituto Max Planck demonstraram que determinados algoritmos de visão artificial permitem que um computador seja programado para "entender" uma imagem e diferenciar entre estilos artísticos com base em informações pictóricas de baixo nível.

Informações pictóricas de baixo nível incluem aspectos como a densidade das pinceladas, o tipo de tinta e de tela e a composição da paleta de cores. O estudo mostra que o cálculo da "ordem" da imagem - a análise dos pixels e da distribuição de cores, assim como da composição e da diversidade de cores - pode representar determinadas medições estéticas.
Não é o suficiente para enquadrar automaticamente uma pintura em um determinado período histórico, mas é o bastante para auxiliar em programas de computador dedicados à análise, classificação e busca em bancos de dados de imagens e coleções digitalizadas de museus.
Os pesquisadores vão partir agora para desenvolver programas especialistas nesse tipo de busca e em sistemas para uso em quiosques interativos, auxiliando os usuários de museus e galerias de arte.

O ser humano usa também informações de médio e de alto níveis para compreender a arte.
As informações de nível intermediário diferenciam entre determinados objetos e cenas que aparecem em uma imagem, bem como como o tipo de pintura (paisagem, retrato, natureza morta etc.). Informações de alto nível levam em conta o contexto histórico e o conhecimento que se detém sobre os artistas e as tendências artísticas.
Os primeiros trabalhos que procuravam sistematizar a compreensão da arte, foram feitos em 1933, quando o matemático George D. Birkhoff tentou formalizar a noção de beleza por meio de uma medição estética definida como a relação entre a ordem e a complexidade.
Depois disso, o filósofo Max Bense converteu essa noção em uma medida de informação baseada na entropia (desordem ou diversidade). Segundo ele, o processo criativo é um processo seletivo ( "criar é selecionar") dentro de uma gama de elementos (uma paleta de cores, sons, fonemas, etc.).

Segundo Bense, o processo criativo pode ser visto como um canal para a transmissão de informações entre a paleta de cores e o artista e os objetos ou características de uma imagem. Este conceito é largamente utilizado para analisar a composição e a atenção visual - o destaque ou a projeção - de uma pintura.
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E aí, será que vão inventar algo para avaliar um bom Design também? Cartas para a redação!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Espaço Imoral

Ok, ok, eu sei que o nome suscita pensamentos picantes, mas batiza um espaço dedicado às Artes, recomendado pela minha querida amiga Adriana Almeida, da Rede RPG, e que recebe hoje um post de boas vindas aqui do blog, além de ter sido incluído na seleta lista de "Blogs High Level".

O endereço para o lugar de traquinagens artísticas é http://bronx1985.wordpress.com/.

Já que amanhã estaremos encerrando o ciclo de postagens desse primeiro semestre de 2010, nada melhor do que apontar para vocês algo que terá uma relação bastante estreita com as nossas atividades do segundo semeste, após o recesso de férias.

Aproveitem sem moderação!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (17): Tecnologia brasileira captura moléculas de CO2 e gera produtos


Ok, eu sei que hoje tem jogo da seleção, conforme já conversamos em outro post. Mas dada a atuação pífia do escrete canarinho (essa é velha!) e para dar continuidade a esta série que mostra quanta coisa fantástica está ocorrendo aqui no Brasil, eis mais um post para vocês. Aproveitem sem moderação!

Tecnologia brasileira captura moléculas de CO2 e gera produtos
Uma tecnologia de baixo custo, desenvolvida no Brasil, permite capturar moléculas de gás carbônico e, além de impedir que elas sejam lançadas na atmosfera pelas indústrias, transforma a poluição em potencial em insumos com valor de mercado.
O dispositivo central da tecnologia tem a marca da simplicidade. Ele é formado por pequenas esferas cerâmicas, de cor branca e medindo menos de meio centímetro de diâmetro. Quando colocadas nos sistemas de exaustão das indústrias, essas esferas são capazes de absorver até 40% do dióxido de carbono (CO2) expelido pelas chaminés.
A tecnologia, desenvolvida na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) já está sendo transferida para a iniciativa privada, para início de comercialização. A implantação ainda irá exigir estudos de engenharia para cada tipo de indústria onde a tecnologia será implantada.
Outro item de destaque é que a pesquisa levou apenas dois anos, do seu início até a fase de transferência de tecnologia para o setor privado, abrindo novas perspectivas em um campo considerado bastante complexo em todo o mundo.

O CO2 - um dos gases responsáveis pelo efeito estufa - desafia cientistas em busca de uma solução eficiente e viável economicamente para capturá-lo e armazená-lo. "Realizamos investigações exaustivas em relação ao CO2. Diversas fábricas utilizam filtros que retêm material particulado, mas não evitam o lançamento do dióxido de carbono.
Outras tecnologias, como injetar o gás para extrair petróleo, enterrando-o nos poços vazios, e a produção de uma "árvore artificial" que absorva CO2, são consideradas de custo elevado", observa o professor Jadson Cláudio Belchior, do Departamento de Química da UFMG e um dos autores do projeto, junto com Geraldo de Lima, também professor do mesmo Departamento.
Eles estimam que a nova tecnologia, além de abrir oportunidades econômicas no mercado de créditos de carbono, poderá propiciar lucro até dez vezes superior ao valor investido na preparação da cerâmica - e isso para apenas um dos insumos gerados no processo de reciclagem.

O estudo dos pesquisadores da UFMG baseia-se na fixação do gás carbônico por meio das esferas cerâmicas. Instaladas no sistema de exaustão das indústrias, elas interagem, por processo químico e em altas temperaturas, com o dióxido de carbono. "Ao entrarem em contato com esse material, as moléculas são capturadas por meio de reações químicas no estado sólido", explica Jadson Belchior. Ele compara as esferas com uma mala carregada de CO2. Tão logo fiquem saturadas, elas sofrem outro processo, responsável por extrair o CO2 absorvido. A composição das esferas é mantida em sigilo.
De acordo com os professores, um dos diferenciais da tecnologia é permitir o reaproveitamento das esferas e das moléculas sequestradas. Experimentos iniciais em laboratório indicam que o material pode ser reutilizado até dez vezes. Quanto ao CO2, ele se torna insumo para a panificação ou para uma série de compostos orgânicos nas indústrias de plásticos, cerâmica, têxteis e química; e na fabricação de inseticidas, corretivos de solos, papel e sabão.

A aparente simplicidade da tecnologia desenvolvida necessitou, no entanto, de certa "coragem" dos autores em descerrar o que eles denominam mitos da literatura científica. "Todos os registros indicavam que o material que utilizamos, submetido a uma determinada temperatura, não seria efetivo para absorver CO2", relata Geraldo Lima. No entanto, com equipamentos mais modernos e sofisticados, foi possível refinar os resultados e verificar os erros. "Investigamos as melhores composições de materiais absorvedores que seriam adequadas às faixas de temperatura estudadas", acrescenta o professor.
Um dos desafios para aumentar a capacidade de fixação do dióxido de carbono nas esferas consiste em torná-las resistentes e, ao mesmo tempo, porosas o suficiente para permitir uma maior penetração do CO2 em sua estrutura. Isso significa que, se o processo de compactação das esferas não for adequado, a absorção ficará restrita à sua superfície.
Conforme explicam os pesquisadores, o problema tem sido contornado utilizando-se agentes expansores, cuja função é gerar poros no interior da estrutura das bolinhas cerâmicas.
Novos estudos pretendem aumentar a eficiência de absorção em até 60%. "Devido à complexidade dessa fase do projeto, necessitamos ampliar a equipe com pessoal qualificado - pós-doutores, técnicos e alunos de pós-graduação - para garantir os resultados esperados", ressalta Geraldo Lima.

A proposta do trabalho surgiu por iniciativa do empresário André Santos de Rosa, interessado em investir em tecnologias produzidas por universidades. "O mundo está atrás de conhecimento para captura de carbono e essa tecnologia apresenta uma das soluções para o problema do aquecimento global", diz ele. Sua empresa, a Amatech, financiou a primeira etapa do projeto.
A patente nacional para o dispositivo foi depositada em março deste ano, por meio da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) da UFMG. Nessa primeira fase, a titularidade é dividida entre a Universidade e a Amatech. O próximo passo do projeto é aumentar a capacidade de absorção da cerâmica e desenvolver novos insumos a partir do gás - etapa que também será apoiada pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) e pela Fapemig.

Série Especial - Brasil na Copa 2010 (04): Brasil X Chile

E lá vamos nós de novo!

Depois daquele jogo porcaria na última sexta, que me obrigou a acordar de madrugada para poder assistir, chegamos às oitavas de final e vamos encarar o Chile. Se ganharmos, me esbaldarei num destes locais de manifestações públicas, caso contrário ficarei em casa rindo da cara do Dunga (o que é difícil, pois o cara além de feio tem um jeito prá lá de antipático).

Se o pior acontecer, teremos também o tão esperado "Calaboca Galvão!" melhor implementado, visto que quase ninguém vai querer assistir aos demais jogos e o chato verbo-besteirágico vai ficar falando suas asneiras sem a repercussão atual.

Dá-lhe, Jabulâââââni!

domingo, 27 de junho de 2010

Série Especial - It's Music! (12): To sir with love

Estamos chegando ao final deste período letivo, que para mim foi muito prazeroso. Então, para homenagear os meus queridos alunos, com quem tanto me divirto e cresço junto, deixo essa "homenagem invertida", mas do fundo do coração. Amo vocês!





Aqui, o trecho do filme, do qual sou fã desde criança:




E para terminar, os créditos de encerramento do filme "Ao Mestre com Carinho" (To Sir with Love):



Sou um cara afortunado, pois na minha formação acadêmica tive vários mestres de quem sempre me lembro e reverencio com carinho, tomando-os como exemplo para um dia, quem sabe, poder estar no mesmo nível. A vocês, meus eternos e queridos mestres, o meu muito obrigado!

E a vocês, meus queridos alunos, o meu muito obrigado também e um beijo do anjo!

Agora é curtir a Copa do Mundo, as férias, o NDesign em Curitiba e voltar cheio de vapor para o segundo semestre de 2010!

sábado, 26 de junho de 2010

Série Especial - Birinight Oil (13): Chico Xavier, o maior ghost writer da história



Chico Xavier, o maior ghost writer da história
Chico Xavier nasceu numa cidadezinha no interior de Minas Gerais e desde pequeno começou a ver fantasmas porque a TV de sua casa tinha uma imagem horrível. Um dia, Chico viu sua mãe com outro homem, mas ela garantiu que não tinha ninguém na sala. Quando o pequeno Chico contou ao pai o que tinha visto, sua mãe assegurou que Chico andava vendo coisas.

A verdade é que Chico via mesmo pessoas que não existem. Certa vez o garoto afirmou ter visto um político honesto e, evidentemente, ninguém acreditou.

O menino Chico estudou apenas até o Ensino Fundamental e não fez o Ensino Médium. Com o tempo, Chico continuou a ter visões. No início, via apenas vultos. Quando sua mediunidade melhorando, os fantasmas foram ficando cada vez mais nítidos, até que ele passou a ver espíritos em Full HD. Chico cresceu e virou uma espécie de Paulo Coelho: é autor de muitos Best Sellers, mesmo sem saber escrever.

Chico recebia pombas-giras, tranca-ruas e uma série de outros espíritos. Era um trabalho extenuante. Quando o espírito de um preto-velho o pegava , Chico ficava com muitas dores nas costas. Ganhou fama internacional. Antes de virar filme, Chico Xavier trabalhou na indústria cinematográfica. Destacou-se como o autor de Ghost, do outro lado do mundo, e Gasparzinho, o fantasma camarada.
Além do cinema, Chico também fez sucesso na música e compôs “Cálice”, “Vitrines” e outros sucessos. Prestou grande serviço ao público, identificando funcionários-fantasma em Brasília. Foi grande amigo de Alan Kardec, que jogou pelo Vasco da Gama.

Polêmico, Chico foi o grande nome do espiritismo no país, religião que hoje está decadência, já que por aqui o espiritismo de porco é o que reina. Mas sua grande marca é pouco conhecida. Como lembra o jornalista Maurício Meireles, Chico foi um visionário. Ele foi o inventor dos óculos 3D.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Série Especial - Brasil na Copa 2010 (3): Brasil X Portugal

E hoje vamos encarar os lusos! Mais uma vez antecipo a postagem do blog devido ao horário da peleja, que será às 11 horas pelo horário de Brasília. Apesar de já estarmos classificados para as oitavas de final, não tenho a menor confiança no time do gaúcho-porco-espinho-anão (ou será outra combinação de elogios?), vamos ver no que vai dar.

Saboreando um caldo verde, vou acompanhar o corre-corre-atrás-da-bola e torcer pela seleção canarinho, apesar do carinho com os portugueses, povo supimpa a quem muito admiro, principalmente pela sua inserção acadêmica no campo da realidade virtual.

E vamo que vamo, ó pá!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Jogo gratuito para celular é melhor que correr na esteira, diz cientista


Jogo gratuito para celular é melhor que correr na esteira
Walk n' Play é o nome de um novo jogo de exercícios desenvolvido por cientistas da Universidade de Houston (EUA) e que ajuda a contar quantas calorias você queimou em um determinado dia.
O jogo foi desenvolvido para o celular iPhone, é gratuito, e já está disponível no App Store, da Apple. Ele permite que um usuário compita com outro usuário ou contra um simulador e vai mostrando as calorias queimadas de acordo com o andamento do jogo.
"Você simplesmente mantém o iPhone preso ao seu pulso ou o leva no bolso conforme você faz normalmente e ele grava cada pequeno movimento que você faz - seja andar ou subir uma escada - e traduz isto em calorias queimadas," diz o professor Ioannis Pavlidis. "O jogo funciona em um ciclo de 24 horas e condensa tudo diariamente."

Já existem equipamentos de acompanhamento de exercícios, conhecidos como pedômetros. Estes, contudo, medem apenas passos. Mas calorias são unidades metabólicas que são a melhor forma de mensurar uma atividade física.
Por exemplo, um passo dado por uma pessoa de 100 quilogramas é muito diferente de um passo dado por uma pessoa que pese apenas 60 quilogramas - gasta-se muito mais energia para mover uma massa maior.
O jogo também tem vantagens sobre as tradicionais esteiras, que medem a atividade de um indivíduo confinado no espaço e no tempo. O Walk n' Play permite usar o mundo como uma esteira, afirma Pavlidis, oferecendo uma contagem de calorias muito mais precisa.
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Bem, penso que com isso o tempo dos gamers banhudos e baleiescos está para acabar, substituído por jogadores mais sarados... rs

terça-feira, 22 de junho de 2010

Série Especial - A Dimensão Humana (11): Postura corporal afeta sua confiança em seus próprios pensamentos


Postura corporal afeta sua confiança em seus próprios pensamentos
Sentar-se corretamente não é bom apenas para a sua coluna - uma boa postura também lhe dá mais confiança em suas próprias ideias e pensamentos. Pesquisadores descobriram que as pessoas que foram orientadas a sentar-se corretamente durante uma pesquisa apresentaram uma probabilidade maior de acreditar naquilo que escreviam sobre si mesmas quando se candidatavam a um emprego.
Por outro lado, os voluntários que se debruçavam sobre as mesas eram menos propensos a acreditar naquilo que estavam escrevendo sobre suas próprias qualificações.
Boa impressão sobre si mesmo
Os resultados mostram como uma boa postura pode afetar não apenas o que os outros pensam sobre nós, mas também como nós pensamos sobre nós mesmos, segundo Richard Petty, psicólogo da Universidade do Estado de Ohio (EUA), coautor da pesquisa.

"A maioria de nós acredita que sentar-se corretamente passa uma boa impressão sobre nós mesmos para as outras pessoas," diz Petty. "Mas acontece que uma boa postura também afeta como nós pensamos sobre nós mesmos. Se você se senta corretamente, acaba convencendo a si mesmo do que está pensando."
A pesquisa, publicada no European Journal of Social Psychology, incluiu 71 estudantes. Eles foram divididos em dois grupos, sendo dito que participavam de estudos separados, um para a escola de artes e outro para a escola de negócios. Desta forma, o pedido para a postura correta do grupo que pretensamente participava do estudo de artes não induziu o comportamento do outro grupo.

A avaliação dos estudantes sobre si mesmos como futuros profissionais dependeu diretamente da postura que eles assumiram enquanto escreviam características positivas e negativas sobre seu pretenso desempenho profissional.
Os estudantes que se sentaram corretamente mostraram-se muito mais propensos a avaliar a si mesmos segundo as características que escreviam. Em outras palavras, quando escreviam características positivas sobre si mesmos, eles davam notas mais altas para si próprios; quando escreviam características negativas, eles se davam notas mais baixas.
"Sua postura correta e confiante lhes dá mais confiança em seus próprios pensamentos, sejam eles positivos ou negativos," interpreta o Dr. Petty. Já para os estudantes com postura "mais largada", a autoavaliação não diferiu largamente quando tratavam dos aspectos negativos ou positivos.

O resultado final é que, quando os estudantes escreviam coisas positivas sobre si mesmos, eles se davam notas mais altas quando estavam sentados corretamente porque a postura correta lhes dava mais confiança em seus pensamentos positivos.
Entretanto, quando os estudantes escreviam coisas negativas sobre si mesmos, eles davam notas mais baixas para si mesmos quando estavam sentados corretamente porque a postura correta lhes dava mais confiança em seus pensamentos negativos.
"Sentar-se corretamente é algo que você pode treinar, o que lhe trará benefícios psicológicos - desde que você geralmente tenha pensamentos positivos," recomenda o pesquisador.
Por exemplo, em testes de múltipla escolha, os estudantes geralmente saem-se melhor quando permanecem com sua primeira escolha, principalmente quando têm alguma dúvida sobre a matéria. "Se um estudante está sentado corretamente, ele tenderá a acreditar mais em sua primeira resposta. Mas, se ele fica debruçado, poderá mudar a resposta a acabar não se saindo tão bem," diz Petty.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (16): Identificador de cores para deficientes visuais


Aparelho identifica e fala cores para deficientes visuais
Um identificador de cores para deficientes visuais, desenvolvido por pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) da USP, foi finalista da competição internacional Unreasonable Finalists Marketplace.

Batizado de Auire, o aparelho é portátil e serve para identificar cores de objetos e notas de dinheiro. Por meio de leitura óptica, o Auire literalmente "fala" o nome da cor do objeto analisado. O projeto foi desenvolvido pelos engenheiros de computação Fernando de Oliveira Gil e Nathalia Sautchuk Patrício.

O aparelho consiste em uma caixa que faz uma leitura óptica do objeto e identifica as três cores básicas: azul, verde e vermelho, por meio de três sensores, um para cada cor. Baseado nessas componentes, ele identifica a cor que mais se aproxima do objeto analisado, e vocaliza o nome da cor.
"No caso do dinheiro, as notas do Brasil utilizam cores diferentes. Então, o aparelho utiliza a cor para identificar as notas. Por exemplo, se o aparelho lê uma cor vermelha, trata-se de uma nota de 10 reais; o rosa, 5 reais e assim por diante", explica o engenheiro. "Não conseguimos ainda diferenciar com segurança as notas de 2 e 100 reais, ainda serão necessários alguns ajustes", completa.
O protótipo precisa ser conectado a um computador, que processa os dados através de um software. "Nossa ideia é introduzir o software dentro do aparelho e torná-lo autônomo, ou seja, que processe os dados sem utilizar um computador", explica Gil.

O público-alvo são os deficientes visuais, tanto os completamente cegos quanto os daltônicos, principalmente aqueles de baixa renda. "Para baixar os custos do aparelho, vamos utilizar uma eletrônica mais simplificada, com componentes disponíveis no mercado, além de uma arquitetura aberta de software livre. Queremos que o Auire possa ser reproduzido por quem possui os componentes e alguns conhecimentos de eletrônica", explica.

A competição da qual o Auire tornou-se finalistas é organizada pelo Unreasonable Institute e premiará projetos sociais de grande impacto. O objetivo é buscar empreendedores sociais que desenvolvam planos de iniciativas autossustentáveis. Por isso, os projetos têm o formato de empresas e não de entidades sem fins lucrativos.
"Para a competição, montamos um plano de negócios para abrir uma empresa e produzir o identificador com baixo custo", conta Gil. Os pesquisadores pretendem alcançar um custo por aparelho entre R$100,00 e R$200,00. Gil ressalta que existem aparelhos semelhantes no mercado, mas são vendidos aqui no Brasil por cerca de R$1.200,00.

domingo, 20 de junho de 2010

Série Especial - Brasil na Copa 2010 (02): Brasil X Costa do Marfim

Hoje, temos os segundo jogo da seleção. Acabei não atualizando o post anterior por absoluta falta de estímulo, visto que o desempenho do time foi ridículo. Torçamos para que hoje seja diferente e a seleção do anão-zangado-chamado-Dunga-com-cabelo-de-porco-espinho faça bonito e não tome um sacode dos "costamarfinenses".

E vamo que vamo! Brasil-il-il!!!

Série Especial - It's Music! (11): Lollipop

Ah, essa música me lembra duas coisas em especial: noites de sábado fundindo miniaturas em 1990 e a Rádio Antena Um, hoje extinta, a qual eu ouvia durante o trampo, na casa do meu amigo Mauro. Para homenagear aquela que tantos embalos musicais nos presenteou, criei para o meu cenário de ficção - o Fantapunk - a Rádio Antena Zero, a Voz da Resistência, preferida de 11 entre 10 aventureiros da Legião Combatente.

Mas vamos ao petardo musical da semana, do grupo Chordettes. Moedinha na máquina, please!




Com o famoso Gary Miller:




Nessa versão da Web 2.0, destaco a participação da Thaiane (à direita do vídeo), minha aluna de Design, afinadíssima na canção como é nos trabalhos:



Essa foi numa formatura de Design, onde eu, Belmonte, Moacyr, Gorni e Marcos Braga fomos homenageados. O que pegou foi a beca vermelha, que dava a impressão do alto clero sentado na mesa enquanto que os formandos cantavam ao fundo, sob a batuta do Manoel.

Destaque para o Belmonte, no centro, como nosso decano, usando um colar cerimonial. Eu estou à direita enquanto que do outro lado temos o Moa, o Gorni e o Braga, no canto oposto.

Linda homenagem das meninas, embora eu não tenha entendido muito bem o trocadilho com "pirulito". Talvez uma alusão às nossas roupas cerimoniais...




E no mundo virtual, com a inigualável (ou quase) Lisa Mercedes:




Aqui, a versão guloseima:



E prá encerrar, Os Simpsons!



O Ministério da Saúde adverte: chupar muito pirulito pode fazer mal aos dentes, ao bolso e incentivar o desenvolvimento do diabetes. Use com moderação.

sábado, 19 de junho de 2010

Série Especial - Birinight Oil (12): Protesto no Movimento das Sem-Teta


Movimento das Sem-Teta pede Bolsa Silicone
Cerca de quinhentas mulheres do Movimento das Sem-Teta invadiram na manhã de hoje o prédio do Supremo Tribunal Federal para protestar contra a falta de recursos para implantes de silicone nos hospitais públicos do país.
As manifestantes, todas consumidoras de sutiãs tamanho 36 e 38, acreditam que é dever do estado tornar as cidadãs do país igualmente desejáveis aos olhos masculinos. "Por que só as modelos, atrizes famosas e mulheres endinheiradas podem aumentar os seios? Sou pobre, mas também preciso de um homem pra chamar de meu", afirma Gislaine Peireira, coordenadora do ato batizado de "Quem não chora não tem mama".

As manifestantes exigem que o governo crie a Bolsa Silicone, uma ajuda a quem quer fazer o implante mas não tem recursos. Enquanto a verba oficial não vem, iniciativas particulares tentam fazer justiça.
Madrinha da campanha e dona de próteses nos seios, no bumbum e nas panturrilhas, a socialite Carminha Bittencourt está criando a ONG das Sem-Teta. A organização vai arrecadas recursos para os implantes de moças das comunidades carentes do Rio de Janeiro. "Queremos atuar em todo o Brasil, mas começaremos pelo Rio porque é a cidade onde seios grandes são necessidade básica, por causa do calor e das praias", diz.
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Claro que vocês entenderam que isso não passa de uma chacota, mas façam uma correlação com as "bolsas esmola" e o desempenho quase terrorista dos sem terra, sem teto et cetera e depois me digam quais foram as suas conclusões.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Série Especial - O Outro Mundo (17): A Caverna de Platão no Second Life

Recentemente, estive com o Professor João Mattar em uma estrutura que replica o mito da caverna, de nosso querido Platão. Se estiverem pelo Second Life, deem uma olhada. Maiores informações no link abaixo:


http://www.academiccommons.org/commons/essay/plato-cave-second-life

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (14): IBM cria o menor mapa 3D do mundo




IBM cria o menor mapa 3D do mundo
Um grupo de cientistas da IBM criou um mapa-múndi 3D tão pequeno quanto um grão de sal. Um outro mapa 3D de uma montanha dos Alpes é tão pequeno que 1.000 deles juntos caberiam em um único grão de sal.

O feito foi possível graças a uma nova técnica que utiliza uma ponta de silício 100.000 vezes mais fina do que a ponta afiada de um lápis. Esta ponta é usada para criar padrões e estruturas com dimensões de até 15 nanômetros. Embora isso já fosse possível com outros equipamentos, a nova técnica é mais rápida e mais simples - e por decorrência, muito mais barata.

Esta nova forma de criar estruturas nanométricas vai ajudar o desenvolvimento de objetos em nanoescala úteis em áreas como os MEMS, as nanomáquinas, a optoeletrônica, além de acelerar as pesquisas para o uso da nanotecnologia na medicina e na biotecnologia.

Para demonstrar as capacidades inovadoras da técnica, os cientistas criaram uma série de mapas planos e tridimensionais, usando diferentes materiais. O primeiro é um mapa 3D completo do mundo, medindo apenas 22 micrômetros de largura por 11 micrômetros de altura, esculpido em polímero - o tamanho é equivalente ao tamanho de um grão de sal.

No relevo, cada 1.000 metros de altitude correspondem a cerca de 8 nanômetros. O mapa é formado por 500.000 "pixels", cada um medindo 20 nanômetros quadrados, menos da metade do tamanho dos transistores dos processadores mais modernos.

O mapa tridimensional inteiro foi construído em apenas 2 minutos e 23 segundos, um "instantâneo" em comparação com as técnicas de manipulação disponíveis até agora.

O segundo mapa é uma réplica 3D do Matterhorn, uma famosa montanha dos Alpes suíços, com 4.478 metros de altitude. Criado em vidro molecular, o nanomapa representa uma escala de 1:5 bilhões.

O componente central da nova técnica, desenvolvida no laboratório da IBM em Zurique, na Suíça, é uma pequena ponta de silício muito afiada, com 500 nanômetros de comprimento e apenas alguns nanômetros na sua extremidade.

A ponta, semelhante às utilizadas em microscópios de força atômica, é acoplada a uma viga flexível que varre de forma controlada a superfície do substrato com a precisão de um nanômetro - um milionésimo de milímetro.

Aplicando calor e força, a ponta nanométrica consegue remover material de um substrato com base em padrões predefinidos, funcionando assim como uma fresa em nanoescala, controlada por computador e com precisão extremamente alta.

Da mesma forma que as fresas tradicionais, pode-se retirar mais material modulando a força aplicada na ferramenta, resultando em estruturas 3D com precisão nanométrica. Para criar a réplica 3D do Matterhorn, por exemplo, 120 camadas de material foram removidas sucessivamente do substrato de vidro molecular.

"Os avanços em nanotecnologia estão intimamente ligados à existência de métodos e ferramentas de alta qualidade para a produção de padrões e objetos em nanoescala sobre diferentes superfícies," explica o Dr. Armin Knoll. "Com sua larga funcionalidade e capacidade única de modelação 3D, esta técnica de padronização baseada em uma nanoponta é uma poderosa ferramenta para a criação de estruturas muito pequenas."
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Puxando a tilápia prá minha brasa, ao molho de manteiga com ervas finas, imaginem o que poderemos fazer muito em breve, em termos de criação e armazenamento de mundos virtuais persistentes. Podemos criar um ambiente titânico e armazená-lo em uma moeda de um centavo. Se avançarmos a banda de transmissão e a capacidade de processamento, é praticamente impossível precisar um limite para tais aplicações...
Que venha o futuro!!!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Série Especial - Brasil na Copa 2010 (01): Brasil estréia na Copa do Mundo!

Hoje, a seleção brasileira fará a sua estréia na Copa do Mundo de Futebol, na África do Sul. É fato que o país vai parar e assistir à partida, como de praxe. Comigo não será diferente e torcerei por uma boa diversão.

Do outro lado da linha, a atômica e neurastênica Coréia do Norte. Que vengam las bombas!

O jogo começa daqui a pouco, às 15:30 no horário de Brasília. Mais tarde, após a peleja, atualizarei o blog com o resultado, que espero nos seja positivo.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (15): Nanoarte






Ciência e arte: veja as belezas reveladas pela nanotecnologia
Objetos um milhão de vezes menores do que um milímetro podem ser difíceis de se ver, mas certamente têm sua beleza. E, por serem capazes de exibir as imagens desse universo minúsculo, os cientistas envolvidos com nanotecnologia têm-se tornado verdadeiros artistas.
É o que comprovou a Mostra Internacional On-line Nanoarte 2009-2010, com a participação destacada de um grupo de pesquisadores brasileiros.

Organizada pelo cientista - e artista - Cris Orfescu, professor da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, a exposição competitiva contou com 150 imagens, das quais 15 foram produzidas por pesquisadores brasileiros.
Os cientistas-fotógrafos são ligados ao Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (CMDMC) e ao Instituto Nacional de Ciência dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).

De acordo com Elson Longo, professor do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e coordenador do CMDMC e do INCTMN, a exposição, que está em sua quarta edição, tem 42 participantes provenientes do Brasil, Alemanha, Canadá, Itália, Romênia, Holanda, Eslovênia, Filipinas e México. As imagens são feitas com microscópios de varredura de alta resolução, inicialmente em preto e branco. Depois elas são coloridas em um programa de computador. São tão fantásticas que o resultado são verdadeiras obras de arte. Algumas dessas fotos chegam a ser vendidas por até US$ 15 mil.
Segundo o professor, a nanoarte não se limita a uma diversão para cientistas. A exibição das imagens tem grande apelo junto ao público, o que proporciona uma popularização da ciência. Além disso, ela pode se transformar em uma verdadeira área de investigação na qual convergem arte, ciência e tecnologia. A utilização de ferramentas como a microscopia de força atômica para produzir essas imagens é capaz de revelar segredos dos sistemas complexos, auxiliando a compreender a origem de propriedades químicas e físicas dos materiais. Esse é o primeiro passo para o controle dessas propriedades, que conduzirá a aplicações inovadoras.

domingo, 13 de junho de 2010

Série Especial - It's Music! (10): Lou Rawls

Que os anos 1970 nos brindaram com uma miríade de cantores formidáveis, não é novidade. Como ontem foi o Dia dos Namorados, na postagem de hoje decidi homenagear os pombinhos apaixonados com um cantor que fez parte da trilha sonora da minha infância/adolescência: o fantástico Lou Rawls!

Para começar, uma música que tinha tudo para ser a maior dor de cotovelo do protagonista, mas que é um exemplo de um cara maneiro, seguro de si e que soube dar a volta por cima, deixando a dama em palpos de aranha publicamente.

Com vocês, You'll never find another love like mine!



Aqui, a mesma música, 30 anos depois. O cara tá mais velho, mas ainda não perdeu o charme e o vozeirão é capaz de encantar as moçoilas mais desavisadas:



E ei-la como era tocada nas rádios:




E essa ele deve ter composto para a sucessora da mina que meteu o pé na estrada: Lady Love!




Mais uma para embalar vossos momentos romanticos: I'll see you when I get there!




E para mostrar que o distinto sedutor é um apreciador da beleza da mulher carioca, com vocês Garota de Ipanema.



Parabéns, Lou, pela carreira de sucesso!

sábado, 12 de junho de 2010

Série Especial - Birinight Oil (11): Série Crepúsculo terá Saci Pererê






Série Crepúsculo terá Saci Pererê
Depois do vampiro e do lobisomem, a série juvenil Crepúsculo terá um novo personagem: o saci-pererê. Ele também será candidato ao coração da mocinha, Bella Swan. Os produtores explicam que há um desejo de tornar a trama mais globalizada, atingindo as variadas culturas. "Sem falar que o saci é um ser ligado à floresta e queremos estar mais ligados às questões ecológicas. Esta, aliás, é uma tendência, depois do sucesso de Avatar", diz Lucas Green, produtor executivo
Os testes para o papel já começaram. E a polêmica também. O diretor do novo filme da série, Keines Jemeyron, anunciou que o saci teria apenas uma perna graças a efeitos especiais, podendo ser interpretado por qualquer artista. As associações de direitos dos portadores de necessidades físicas especiais, no entanto, acreditam que isso se trata de preconceito.
"Por que não escolher um ator realmente portador de necessidades físicas especiais desprovido de um dos membros inferiores? Há atores famosos com esta característica, reconhecidos no mundo inteiro", afirma Layla Brown, da ONG Jumping People.

Mas uma nova polêmica promete vir aí: organizações brasileiras reivindicam que o papel seja de um ator nacional. "O saci é nosso!", disse Luis Carlos Porreta, presidente da Associação dos Manifestantes de Causas Nacionais. Rodrigo Santoro quer o papel - que pode ser o que tem mais falas em sua carreira internacional. "Se eu já fui um gigante careca de voz grossa em 300, posso viver um negro sem perna tranquilamente. Já estou ensaiando com um personal trainer que foi saci do Sítio do Picapau Amarelo", afirmou o ator.

Diante de tanta confusão, há boatos de que os produtores de Crepúsculo troquem o personagem do Saci por Yet, o Abominável Homem das Neves.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Série Especial - O Outro Mundo (16): Exposição de Artes e Ciências no Second Life

Através da minha amiga Simone Queiroga, a Sunset Quinnell, curadora de uma galeria de arte no Second Life, a Ice Caverns, tomei conhecimento desta exposição que envolve diferentes segmentos artísticos e científicos.

É uma excelente oportunidade para você, que se interessou sobre a matéria do uso da Realidade Virtual para a cura de fobias, exibida no Fantástico, conhecer como funciona um ambiente virtual tridimensional imersivo. Abaixo, o link para o vídeo feito para o evento:

Scien

Agora imaginem trabalhos diversos de Design expostos mundialmente através de um mundo virtual vertical. Imaginou? Pois é... rs

Série Especial - Brasil na Copa 2010 (01): Abertura da Copa do Mundo de 2010!

Queridos leitores,

Quem me conhece mais amiúde sabe que não aprecio futebol. Na verdade, nada tenho contra o nobre esporte bretão (maia, chinês, whatever... cada um quer trazer para si a autoria do chuta-bola), mas o comportamento dos pseudo-humanos que compõem as torcidas organizadas é que me levou, ainda no século vinte, a manter distância dos estádios.

Mas vamos falar da festa, pois é durante esse evento que a população brasileira se une em torno de um mesmo objetivo e quem deseja observar percebe claramente o poder dessa união de energias e vontades. Dentro de quatro anos vamos viver essa experiência por aqui, então é bom ficar de olho e observar como o evento modifica o cotidiano das pessoas e até mesmo do país que sedia a competição.

Hoje vai rolar o primeiro jogo, entre a África do Sul e o México. Vou assistir prestigiando ambos os países, que sempre trataram a nossa seleção e a torcida com carinho. Na terça, entramos com uma nova postagem sobre o assunto. Até lá!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Série Especial - RPG: Criando, Contando e Vivendo Histórias (02): Como jogar + Talislanta

E aqui vamos nós com mais um post da série sobre esse hobby tão delicioso, mas que se encontra em franca decadência no Brasil. Apesar disso, mantemos aqui um modestíssimo bastião de resistência, informando aos leitores o que é e como pode ser aplicado dentro e fora das horas de lazer.

Vamos começar com o post da Rede RPG que ensina a jogar:
http://www.rederpg.com.br/portal/modules/news/article.php?storyid=4446

E agora vamos falar de uma série interessante, que está oferecendo seus livros de graça:

Talislanta: todos os livros de graça!
Talislanta é um antigo cenário de fantasia alternativo, onde não existem as raças tradicionais: nada de anões, elfos, halflings, orcs e humanos. Em vez disso, raças estranhas e alienígenas para os jogadores de RPG, cada uma trazendo uma cultura e costumes exóticos.

Talislanta teve cinco edições e uma versão d20 em seus mais de 20 anos de existência - da primeira edição, em 1987, até a última, em 2007 - e criou uma pequena legião de fãs.

Recentemente, os direitos do cenário voltaram para o seu criador, Stephan Michael Sechi, que disponibilizou todos os livros publicado de Talislanta gratuitamente sob a licença Creative Commons no site Talislanta.com.

O site já existia, mas a iniciativa foi oficialmente lançada em abril de 2010. Confiram e baixem agora mesmo o imenso acervo deste rico cenário, um clássico "cult" do RPG mundial:

http://talislanta.com/

Os livros estão disponíveis para download em:
http://talislanta.com/?page_id=5

E confiram também os mapas do cenário:
http://talislanta.com/?page_id=7

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (13): Geração Web


Queridos leitores,
Muito se tem dito sobre a Geração Web, a afortunada garotada que já nasceu sob a égide da Internet e que vai criar novos modos de viver e interagir graças a esse inigualável canal de comunicação.

Seus antecessores foram (ou melhor, estão sendo) os responsáveis por meter o pé na porta de estruturas dinossáuricas que manipulavam a sociedade a seu bel-prazer e agora estão tendo que conviver com o prejuízo, como o mercado fonográfico, a mídia e o cinema.

Penso que essas crianças de hoje - adultos de amanhã - tem em mãos muito mais do que os teclados e mouses mostrados no post. Elas tem as chaves para a transformação da sociedade em algo melhor. Caberá a nós, de várias gerações e com o mesmo desejo - um mundo melhor - ajudar no que for possível e não atrapalhar com nossa "visão diferenciada".

Com vocês, os petizes endiabrados do ciberespaço e arredores!




terça-feira, 8 de junho de 2010

Série Especial - Lost in Lost (03): As Teorias

Dando continuidade a essa série, que versa sobre o fenômeno da televisão mundial, fiz um clipping de várias opiniões que foram manifestadas ao longo da exibição dos programas, sobre o que realmente seria a ilha. Alguns são bem exóticos, mas em se tratando de coisas criadas pelo "sandice maker" J.J. Abrahams, quase tudo é possível.

3 teorias e análises sobre Lost (e seu fim) por quem entende da série
O dia 22 de setembro de 2004 entrou para a história da cultura (pop, principalmente). É a data de exibição do primeiro episódio de Lost (e também da queda do voo da Oceanic Airlines). Reunimos 3 opiniões sobre o fim de Lost (com teorias e especulações) produzidos por pessoas que entendem da série.

Lost por Alexandre Versignassi
Tá meio frustrado com esse final? Ainda bem. Estranho seria se não estivesse. Só tem uma coisa: isso é mérito do Lost. Nunca um produto da cultura pop (ou da não-pop) atiçou tanto a imaginação de tanta gente. Tudo bem que exista uma quantidade surpreendente de donos de sabres de luz ou de pessoas fluentes em Klingon por aí (eu conheço um cara que fala Klingon e a língua dos elfos do Senhor dos Anéis, além de grego clássico, mas não posso dizer quem é). Só que beleza: são coisas de nicho. E nicho tem pra tudo. Lost é diferente. É para a massa. Dá para puxar conversa no metrô sobre o que está acontecendo na ilha. Alguém vai ter uma teoria.
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E esse é o ponto. Se cada um tivesse a sua teoria e ficasse em casa com ela não haveria tanta frustração com os últimos episódios. O problema é que a troca global de teorias, principalmente via Lostpedia, criou algo inédito: uma seleção natural de teses em que só as melhores sobreviveram. Darwin puro: as ideias mais redondas se juntaram com outras tão boas quanto e deixaram descendentes ainda mais brilhantes. Tão bem-adaptados ao ambiente da série que, em alguns casos, a teoria chegou a superar a prática (a história que estava na cabeça dos roteiristas).
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A minha favorita dizia que o Jacob era um Aaron do futuro, que teria voltado ao passado mais remoto da ilha e começado a parada toda. O Homem de Preto? Fácil: era o Aaron da realidade alternativa. O bebê ainda não tinha nascido no universo paralelo e, como todo mundo teve uma vida pregressa ao vôo 815 um pouquinho diferente (Jack teve um filho, por exemplo, provavelmente com a Juliet), o pai da criança seria outro. E o Aaron nasceria moreno. Seria um Jacob Bizarro… O Homem de Preto, enfim. E um não poderia matar o outro porque, poxa, eles seriam a mesma pessoa.
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Aí veio o episódio "Across the Sea" e matou a teoria que eu gostava. Tive de me contentar como o fato de que eles não são filhos da Claire, mas de uma romana xis, e que não podem matar um ao outro por causa de uma porcaria de um passe de mágica. Pô…
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Mas ok. Importa mais saber que o desfecho não é um Frankenstein roteirístico criado a partir do que os fãs acham. Está claro que pelo menos a essência do que imaginam pro fim já estava na cabeça dos caras. Numa cena do 1º episódio da 1ª temporada fica óbvio que o personagem ali jogando gamão com o Walt não é o Locke, mas o Homem de Preto mesmo.
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Foi o que o Emiliano Urbim, que também edita a Super Interessante, percebeu. Os produtores tinham medo de a série ser cancelada depois de 12 episódios. Então era natural que já pusessem o irmão do Jacob no corpo do Locke de uma vez. Até por isso tinha aquele mistério de o John ser um paralítico que voltou a andar. Voltou a andar porque quem estava no controle do corpo dele era a entidade.
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Mais para o final da temporada, com contrato renovado com a ABC e tudo ok para produzir mais dezenas de episódios, a coisa muda de figura. Terry O´Quinn, o ator que faz o Locke, muda o jeito de interpretar seu personagem. O Locke da ilha vira um homem frágil, igual o dos flashbacks. Perde o olhar de onisciência que fazia nas primeiras cenas. E o Homem de Preto só toma mesmo o corpo do Locke lááá na frente, na 5ª temporada.
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Bom, os produtores nunca disseram isso. Nem desdisseram, porque ninguém perguntou. É só uma teoria. Mas isso é o que interessa no Lost: ele bota as nossas cabeças para funcionar o tempo todo, não só enquanto um episódio está passando. Teorizar o passado e no futuro da trama é tão bom quanto assistir capítulo novo. Até melhor, às vezes. Pena que, em questão de horas, isso vai acabar

(Alexandre Versignassi é editor da Superinteressante)


Lost por Fabio Hofnik
Lost foi um marco histórico na TV em todos os sentidos. Foi a experiência mais completa de crossmedia até os dias de hoje. A utilização dos ARGs, os jogos que intruduzem ao jogador o universo e o coloca dentro da história, aproximou o público de Lost criando um vínculo único. A série surgiu no único momento que poderia ter surgido, em uma época que a internet estava conhecendo o conceito de 2.0 que combina totalmente com a série e foi justo nisso que os criadores se apoiaram.
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A integração dos produtores com o público no início da primeira temporada foi a chave para o boom. Claro que a pesquisa na época de pré-produção da série também foi importante, sempre.
Essa conexão que ficou tão clara ao longos dos seis anos da série no ar no mundo todo, é claramente vista em cada episódio. Devido aos vários níveis de entendimento da série, o público é bem diverso. Há aqueles que gostaram do romance e das traições, ou aqueles que assistiram pela ação e mistério. Ainda há os que curtiram as conspirações e teorias malucas. Todos os motivos para gostar de Lost estão corretos e se equilibram. A grande coisa aqui é que o público cresceu com Lost.
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(Fabio Hofnik é um dos organizadores do Dharma Day, evento organizado pelos fãs para discutir sobre a série)

Lost por Davi Garcia
É o fim! Lost, a obsessão de milhões ao redor do mundo ao longo dos últimos seis anos chega a seu derradeiro ato. E goste-se ou não dos rumos que a série tomou, a certeza de todos que a acompanharam deve ser uma só: algo realmente muito especial está se encerrando na história da televisão. Produtores, roteiristas e elenco tem plena consciência disso e mais um monte de gente mundo afora (incluindo os críticos mais ferrenhos) também.
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Ousando ser diferente na fórmula e no conteúdo, Lost surgiu como um sopro de originalidade em meio ao "ócio criativo" que dominava a tv aberta. A união que a série propôs de ação em larga escala num cenário belíssimo, porém incomum, com ciência (ou pseudociência), mitologia e sobretudo discussões sobre a natureza humana, instantaneamente provocou uma rara aclamação tanto de crítica quanto de público.
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Ao longo desses seis anos, fomos todos espectadores e personagens, já que em maior ou menor escala, nos enxergávamos em Jack, Sawyer, Locke e cia repercutindo do lado de cá da tela as discussões que ganhavam corpo na série. ‘The End’, episódio final da série veio cercado de expectativas. O que iria acontecer na ilha? O homem de preto/monstro sob a forma do Locke vai enfim provar que não há nada a se proteger ali e destruirá o lugar como pretende? E a tal da realidade paralela, como e quando surgiu e que ligação tem com aquela da ilha e com as efetivas resoluções das histórias daqueles personagens?
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Com 100 minutos de duração, são essas as maiores perguntas que o derradeiro episódio de Lost tende a responder. E se é lugar comum dizer que tudo pode acontecer, faço uma aposta particular bem simples do que poderemos ver.
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Na ilha, o homem de preto vai tentar usar Desmond (que é imune ao eletromagnetismo) para anular seu núcleo (a fonte de luz) contando que isso por si só provoque a destruição da ilha. Contudo, com Jack agora na posição de novo protetor, o homem de preto/monstro terá um oponente capaz de impedí-lo fisicamente de concluir seu plano salvando Desmond. Este no entando, ciente de seu papel, dirá a Jack que ele precisa se sacrificar em prol de todos candidatando-se a levar o monstro consigo para dentro do coração da ilha.

Uma vez lá dentro, um distúrbio eletromagnético desencadeará um novo e breve salto da ilha para o passado pouco depois da detonação da bomba que Juliet provocou. Daí em diante, veremos o lugar entrando em colapso (indo parar no fundo do mar) ao mesmo tempo em que as duas realidades vão se fundir fazendo com que os personagens na paralela adquiriam enfim plena consciência de tudo o que viveram.

Mas independente do destino final, a jornada por si só já valeu muito à pena.
(Davi Garcia é um lostmaníaco inveterado e responsável por um dos blogs brasileiros mais lidos, o “Dude, we are lost”)

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Bem, nós já sabemos como terminou o seriado, mas ainda aguardamos os tais vinte minutos extras que virão no DVD, sabe-se lá quando. Até que seja lançado, pulularão teorias, discussões et cetera sobre o que foi dito e não dito, bem no estilo do que vivemos ao longo desses seis anos.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (14): Esgoto substitui adubo



Num momento em que os grandes centros discutem formas eficientes de lidar com o lixo e o esgoto, a matéria a seguir aponta um excelente caminho que pode oferecer resultados positivos e lucrativos, desde que a (indi)gestão pública deixe apenas de se preocupar com arrecadar e butinizar o numerário dos cidadãos e passe a fazer aquilo para que ela foi criada.

Esgoto substitui adubo e aumenta produção de madeira de eucaliptos
O lodo de esgoto, em uma dose de 7,7 toneladas por hectare, aumenta em 8% o volume de madeira com casca no cultivo de eucalipto em relação ao uso somente de adubos minerais.
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Esse foi um dos principais resultados que a engenheira agrônoma Lúcia Pittol Firme constatou em sua tese de doutorado, que faz parte de um experimento realizado pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) da Escola Superior Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba.

No tratamento com adubo mineral de modo convencional, com aplicação de 84 quilos (kg) por hectare de fósforo e 142 kg por hectare de nitrogênio, o volume de madeira obtido foi de 150 metros cúbicos (m³) por hectare.
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Já com a aplicação de 7,7 toneladas por hectare de lodo e 28 kg por hectare de fósforo, sem adição de nitrogênio, foi estimado um volume de madeira de 162 m³ por hectare. Além de aumentar a produtividade, a aplicação de lodo nessa dose permite reduzir o uso de adubos de nitrogênio e fosfato em, respectivamente, 100% e 66%.

Além disso, se observou que, conforme se aumentava a dose de lodo, também crescia a quantidade de minerais, como ferro, cobre, zinco e magnésio. A quantidade desses elementos aumentava tanto no solo como na biomassa total da planta, que é composta por lenha, folha, casco e galho.
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Apesar disso, Lúcia afirma que o lodo não possui todos os minerais necessários para a adubação. Por exemplo, no experimento, devido ao baixo teor de potássio no lodo, foi aplicado 175 kg por hectare desse mineral. Em compensação, a pesquisadora diz que o lodo não causou a contaminação do sistema solo-planta.

Com parceria da Suzano Papel e Celulose, empresa de base florestal, o experimento foi conduzido em área comercial da empresa, em Itatinga (SP). Para verificar os efeitos do lodo de esgoto, Lúcia preparou quatro doses diferentes para lodo, quatro para nitrogênio e quatro para fósforo. "Primeiro aplicamos o lodo sozinho. Depois, para cada tratamento foi aplicada uma quantidade de fosfato e nitrogênio", explica Lúcia.
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Da combinação das doses de cada um desses componentes do experimento, se obteve 64 tratamentos. Houve ainda uma repetição da aplicação das combinações para verificação dos dados, somando 128 tratamentos.
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Feitas as aplicações das doses, após 43 meses do plantio, Lúcia coletou os dados. No final, se chegou à quantidade de 7,7 toneladas por hectare como dose ideal do lodo. Segundo Lúcia, foi estabelecida essa quantidade não somente pela produtividade, mas também porque é a dose que contém a quantidade limite de nitrogênio (de 142 kg por hectare), de acordo com o critério estabelecido pela resolução 375 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) do Ministério do Meio Ambiente.

Lúcia lista alguns benefícios da aplicação de lodo de esgoto. Ela destaca o aumento na produtividade e diminuição dos custos, visto que a utilização do lodo não é cara e, com ele, se usa menos adubos minerais, que têm um preço elevado. Porém, dependendo da origem do lodo, ele pode conter metais pesados, resíduos orgânicos tóxicos e outros componentes danosos à produção agrícola e à saúde humana.
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No caso do experimento, foi utilizado lodo de esgoto da Estação de Tratamento de Jundiaí (SP). O professor acredita que a utilização do lodo como adubo depende do município de origem e, principalmente, do tratamento que teve: "Com tratamento adequado, (o lodo) poderá ter um aproveitamento na agricultura".

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O assunto em questão me faz lembrar da drenagem do canal do Fundão, que separa um conjunto de favelas e o campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Desde os meus tempos de aluno, na década de 1980, se ouvia falar da drenagem do tal canal, pútrido, fétido e uma verdadeira vergonha para o entorno da universidade, embora pertinente ao ambiente favelesco.
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Agora, com as grandes modificações que já começaram na Cidade Maravilhosa para a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas, eis que a tão aguardada drenagem se realiza. São esperadas várias toneladas de metais pesados extraídas das águas do manguezal, mas o mais importante é que se instale um sistema de captação de esgotos decente nas favelas da região, para que o trabalho atual não se revele infrutífero.

domingo, 6 de junho de 2010

Série Especial - It's Music! (09): One day in your life

O ano era 1975 e estava eu na quinta série do ginásio, quando aprendi essa música e dada sua qualidade, ela nunca mais me saiu da cabeça, invocando um tempo muito legal que guardo com carinho no coração.

A versão original, com o Rei do Pop, Michael Jackson:





E com o Mestre Johnny Mathis:

sábado, 5 de junho de 2010

Série Especial - Birinight Oil (10): Terra para todos!


Esta foto, censurada nos principais jornais do País, foi-nos enviada por um movimento de resistência para conhecimento público. É realmente uma vergonha o que esse MST anda aprontando...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Série Especial - O Outro Mundo (15): Personagens virtuais afetam homens e mulheres de forma diferente

Dando mais um pulinho do outro lado do espelho, observamos o impacto que a cultura avataresca está causando nas pessoas que já vivenciam essa experiência. Vale a pena a leitura e uma reflexão sobre um fator que mais cedo ou mais tarde vai impactar diretamente na sua vida.



Personagens virtuais afetam homens e mulheres de forma diferente
Avatares, seres humanos virtuais ou que nome recebam, os personagens humanos criados por computador estão cada vez mais assumindo papéis que antes eram reservados apenas aos seres humanos reais. Mas como a aparência, a qualidade do movimento e outras características dos personagens gerados por computador podem afetar as decisões morais e éticas dos seus telespectadores?
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Este foi o tema de um estudo realizado por cientistas das universidades de Indiana e Purdue, ambas nos Estados Unidos, e que será publicado no exemplar de Junho da revista científica Presence.
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Os cientistas descobriram que as decisões dos homens são fortemente afetadas pela aparência de uma mulher virtual. Mas o mesmo não acontece com as mulheres, que parecem não se impressionar com o personagem virtual ao tomar suas decisões.
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"Já há muitas evidências mostrando que o comportamento não-verbal pode ter um profundo impacto sobre o julgamento humano, de maneiras que raramente são conscientes, e esta pesquisa estende o trabalho para o reino digital," explica Karl MacDorman, coautor do estudo.
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"Este trabalho demonstra que os fatores de apresentação influenciam as decisões das pessoas, incluindo as decisões com consequências morais e éticas, provavelmente sem que as pessoas percebam isso," explica. "A 'interface humana" é a interface mais natural para nós na comunicação, porque é a interface que conhecemos melhor. Existem muitas aplicações potenciais para personagens humanos simulados em interfaces de comunicação," diz o pesquisador.

No estudo, uma personagem virtual do sexo feminino apresentou aos participantes um dilema ético, relacionado com a conduta sexual e a infidelidade conjugal. O realismo da personagem virtual e a qualidade do seu movimento foram variados em quatro estágios de aprimoramento.
As alterações não tiveram efeito significativo sobre as espectadoras do sexo feminino, enquanto os espectadores do sexo masculino tenderam muito mais a condenar a atitude da personagem virtual quando sua qualidade de imagem era inferior, mostrando claramente que ela era gerada por computador.

O fato de que homens e mulheres reagem de forma diferente a mudanças na apresentação visual de um personagem pode ter impacto no desenvolvimento dos futuros sistemas criados para facilitar a tomada de decisão médica, para a reconstituição de crimes e muitos outros cenários.
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"Quando tivermos uma melhor compreensão científica de como os comportamentos não-verbais podem ser usados para influenciar as pessoas sem o seu conhecimento, nós também precisaremos considerar como isto poderia ser explorado por aqueles que criam personagens virtuais," disse MacDorman. "Se isto for usado para manipular as pessoas para tomarem ações que não fariam normalmente, como comprar mais produtos ou aderir a recomendações médicas ou comportamentais, isto claramente levanta questões éticas. A tecnologia não deve ser usada de maneiras que diminuam a autonomia humana," adverte MacDorman.
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Se você pensa que estará sempre a salvo dessa questão, vale ressaltar que a Internet migra para um ambiente imersivo em 3 dimensões, no qual a presença e atuação de um avatar será indispensável. Logo, você terá, nos anos vindouros, um "bonequinho" desses a representar sua presença nesse tão esperado novo formato do cyberespaço.
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Para nós, designers, este é mais um universo de trabalho que ser apresenta e tenho certeza de que desempenharemos um papel preponderante na criação e consolidação de uma "nova Internet", mais lúdica do que a atual.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (12): Domótica e a Internet das Coisas

Essa notícia eu publico com um interesse especial, não só por ser uma inovação tecnológica fantástica mas pelo profundo impacto social que vai causar ao redor do mundo. Senhoras e senhores designers, prestem atenção pois vocês vão atuar consideravelmente nesse futuro que se avizinha.

Tecnologias do futuro: Domótica e Internet das Coisas
Casas inteligentes pressupõem equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos que, mesmo não sendo um primor em termos de QI, sejam capazes pelo menos de conversar uns com os outros.
Isto começa a se tornar possível, graças ao trabalho de um consórcio de empresas e instituições de pesquisas da Europa.

Eles construíram uma camada intermediária de software e hardware - um middleware - que permite que sensores e equipamentos de diversos fabricantes troquem dados e funcionem de forma cooperativa. A maioria das propostas de casas e edifícios inteligentes pressupõe a existência de capacidades embutidas nos aparelhos domésticos - da TV e da geladeira até os sistemas de aquecimento, iluminação e ar condicionado - que os tornem capazes de se comunicar uns com os outros, de preferência por meio de redes sem fio.
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Essa interconexão permitirá uma operação em conjunto que aumente o conforto e o bem-estar dos moradores e, sobretudo, economize energia ao máximo. Mas como aparelhos diferentes, utilizando diferentes tecnologias, fabricados por empresas diferentes, em momentos diferentes, poderiam comunicar-se uns com os outros?
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Uma forma seria a de insistir em que todos os dispositivos sejam fabricados em conformidade com algum padrão acordado, nacional ou internacionalmente. Mas isso seria complexo e demorado demais, além de se aplicar somente aos aparelhos novos.

Isso também poderia sufocar a inovação tecnológica, ao impor restrições sobre tecnologias do futuro, que ainda não foram sequer imaginadas. Uma forma muito melhor, afirmam os pesquisadores do projeto Hydra, é desenvolver uma camada de middleware, orientada para o serviço a ser prestado, e que possa ser utilizada de forma flexível pelos fabricantes.

"Isso vai ajudar os fabricantes, desenvolvedores de software e integradores de sistemas a construir aparelhos e equipamentos que possam ser ligados em rede com facilidade e flexibilidade através de serviços web, criando soluções de alto desempenho e com ótimas relações entre custo e eficiência," explica Markus Eisenhauer, gerente do projeto.

Com a camada Hydra, todos os tipos de aparelhos, incluindo os medidores de eletricidade, água ou gás, e não apenas os aparelhos de uso interno da casa inteligente, poderão ser interconectados sem que se necessite saber o que acontece dentro deles.

Em princípio, qualquer dispositivo Hydra pode se conectar a qualquer outro, trazendo tão propalada "internet das coisas" um pouco mais próximo da realidade. O middleware fornece acesso a todos os sensores e dispositivos embarcados. Com isto, um desenvolvedor de software não precisa se preocupar com os tipos de sensores que estão instalados na casa.

"Se você deseja obter um valor de temperatura, você pode simplesmente pedir ao middleware semanticamente - 'Eu quero a temperatura desta sala' - e a camada Hydra irá interpretar o pedido e fornecer acesso aos sensores correspondentes," explica ele.

Os aparelhos atuais podem ser adaptados para funcionar com o mesmo sistema. "Estamos distribuindo um kit de desenvolvimento onde você poderá integrar o middleware nos aparelhos," diz Eisenhauer, "mas você pode utilizá-lo com os aparelhos já existentes e habilitá-los para o padrão Hydra, desde que eles tenham algum poder de processamento."

A tecnologia não facilitará apenas o uso e controle dos aparelhos, mas também sua manutenção e assistência técnica. Colocando sensores dentro dos seus produtos, como máquinas de lavar ou qualquer outro eletrodoméstico, os fabricantes poderão acessá-los e diagnosticar os problemas remotamente, sem precisar de fazer uma visita ao local.

E a automação doméstica - ou domótica - é apenas um exemplo do que se pode fazer com a plataforma Hydra. Outra aplicação importante será na área da saúde, especialmente no acompanhamento de pacientes em suas próprias casas. Os parceiros do projeto criaram uma demonstração utilizando sensores de rede de medição de peso corporal, pressão arterial, glicemia e saturação de oxigênio. Um sensor muscular é capaz até mesmo de emitir avisos de um ataque epiléptico.

"Nós temos alguns protótipos e demonstradores já em funcionamento, onde temos usado um Playstation 3 comum funcionando como uma central de controle de uma casa", diz Eisenhauer.
"Então nós temos diferentes tipos de tecnologias - ZigBee, Bluetooth e outras - tudo coberto por nosso gerenciamento de rede dentro da plataforma Hidra e então, só para mostrar que também podemos usar aparelhos de prateleira, nós usamos um acessório do Wii como balança e o ligamos ao nosso PlayStation 3."

O console PlayStation 3, que já está em muitas casas, pode facilmente executar o middleware Hydra e, segundo os engenheiros, proporcionando total privacidade aos dados dos pacientes.
Não é um sistema de telemedicina completo, mas tem todos os ingredientes necessários de um sistema desse tipo e, nesse momento, está funcionando com hardware diverso e heterogêneo.

A agropecuária também poderá se beneficiar da plataforma Hydra. Em um experimento, porcos foram equipados com etiquetas RFID para que seus movimentos pudessem ser monitorados. "Nós podemos localizar cada porco no barracão ou fora dele, e podemos usar isso para controlar o sistema de aquecimento e ventilação. Se o galpão ficar muito lotado, a temperatura sobe e então o sistema de aquecimento reage de acordo," explica o engenheiro.

Em outro experimento, sensores sem fio ZigBee monitoram a umidade do solo em um campo, ajudando os agricultores a decidir o melhor momento para semear as suas culturas. Para Eisenhauer, a plataforma Hydra traz para mais perto da realidade um mundo de inteligência ambiente, ou computação ubíqua, onde a inteligência artificial se torna parte do nosso ambiente cotidiano.

"É um viabilizador da visão que Mark Weiser, o fundador da computação ubíqua, tinha do 'computador que desaparece'. A plataforma Hydra é uma tecnologia que poderá fazer este sonho se tornar uma realidade," diz ele. Toda a plataforma Hydra está sendo desenvolvida como código aberto (open source) e está disponível no repositório SourceForge. Mais informações podem ser obtidas no site www.hydramiddleware.eu.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Série Especial - Lost in Lost (02): Lost é a televisão pensada fora da caixa

Dando sequência a esta nova série especial, que vai apresentar matérias e comentários diversos sobre o seriado que mudou o paradigma da tv aberta e ainda, de lambuja (êta, que tinha tempo que não ouvia essa palavra!) estimulou a disseminação de conteúdo via torrent e o surgimento/aprimoramento dos grupos de "legenders" e fãs de legendas.

A intenção é seguirmos semanalmente até o lançamento do DVD da última temporada, onde nos "extras" o autor da maluquice, o "sandice maker" J.J. Abrahams, vai nos oferecer mais vinte minutinhos de explicações.

Hoje, vamos ver o que diz um outro gurú, Henry Jenkins, sobre Lost:


Lost é a televisão pensada fora da caixa
"American Idol" e "Survivor" são alguns dos programas que você cita em "Cultura da Convergência" para falar da nova relação do público com a informação. Que outros exemplos relevantes apareceram recentemente?

HENRY JENKINS: Se estivesse escrevendo o livro hoje, eu poderia ter capítulos focando em "Lost", "Glee", "Avatar" e "Distrito 9", cada um representando uma maneira diferente de pensar a relação da mídia com seus consumidores. Sob um aspecto, "Lost" representa um dos maiores hits da TV comercial contemporânea. É televisão-espetáculo numa escala global. Por outro lado, "Lost" tem todas as características que teríamos associado à televisão de nicho uma década atrás.

É um programa complexo e que exige compromisso do telespectador. "Lost" desafia o conhecimento coletivo, com redes sociais de larga escala onde pessoas dividem seu conhecimento, comparam notas e tentam desvendar os mistérios da ilha. Elas acompanham "Lost" com podcasts, sites, projetos wiki, jogos de realidade alternativa e inúmeras outras plataformas. "Lost" é a TV pensada fora da caixa.

E "Glee", "Distrito 9"...

JENKINS:
Cada um dos outros exemplos representa o movimento da TV em direção a um mundo transmídia e participativo. Podemos encarar "Glee" como um veículo para vender música - nesse sentido, bem parecido com "Rock Band" e "Guitar Hero" - mas também como uma inspiração para várias performances amadoras. Pouco depois da exibição dos episódios, elas pipocam no YouTube.

Em relação a "Avatar", estou interessado, claro, no 3D, mas também na forma como ativistas do mundo todo abraçaram a identidade dos Na'vi e sua luta como uma linguagem através da qual falam das suas próprias disputas locais para proteger seus ambientes e estilos de vida. Sobre "Distrito 9", me interessa a maneira como um filme de escala menor ganhou tanto interesse por parte do público, e isso aconteceu graças a estratégias que se basearam no uso de redes sociais.

Há dez anos, no Brasil e fora dele, crianças e jovens não conseguiam se sentir atraídos por seus colégios. Agora, com a relação deles com a tecnologia e a internet, é dez vezes pior. Você acha que o mundo está enfrentando esse problema de maneira apropriada?

JENKINS: Dou aulas de Novas Literaturas Midiáticas, e uma de minhas atribuições é fazer com que os alunos entrevistem um estudante ou professor que eles conheçam. Meus estudantes vêm do mundo todo e, como tendem a entrevistar pessoas de suas famílias, vejo projetos sobre gente que vive em lugares muito diferentes. Quase sem exceção, todos os jovens que eles entrevistam têm uma vida intelectual mais rica fora da escola do que dentro. As coisas sobre as quais se importam, que provocam sua curiosidade e paixão, são tópicos que não têm lugar na atual configuração da educação.

Como as escolas, muitas empresas que contratam jovens não estão preparadas para as mudanças que estão acontecendo. Como isso afeta a juventude? Os jovens vão tentar se adaptar ou procurarão novos tipos de trabalhos?

JENKINS: Nossos jovens têm muito mais para dar ao mundo do que lhes é permitido. Quando lemos matérias sobre fãs desenvolvendo material on-line de referência sobre "Lost", por exemplo, há sempre alguém para dizer que eles têm muito tempo em suas mãos. Não gostaria de subestimar o valor dessa produção, mas também quero perguntar: de quem é a culpa? Essa atividade surge em um mundo que subestima a criatividade e o conhecimento. Como resultado, os jovens criam espaços alternativos onde podem aprender e compartilhar o que aprendem uns com os outros.

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Interessante, não? E o melhor é que essa discussão está apenas começando...

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CRIATIVO E INQUIETO (uma combinação muito interessante...) Quando eu me mudei do Rio de Janeiro para Brasília, em 2016 , imaginava ...