terça-feira, 30 de novembro de 2010

Leitor eletrônico com tinta colorida, iPhone e nanotecnologia

Hoje trago 2 notícias que vão interessar os meus leitores que curtem tecnologia e idéias porretas.  E podem apostar que daqui a um ano mais e mais novidades relacionadas estarão a nossa disposição!

Leitor com tela colorida
Surge na China o primeiro leitor eletrônico com tela de e-ink colorida, que até aqui era considerada uma tecnologia comercialmente inviável. Começa a ser aterrado o fosso separa o Kindle e similares, excelentes para a leitura de livros, do iPad, genial para ver imagens.


O lançamento ocorreu na FPD International 2010 trade show em Tokyo,onde uma companhia chinesa anunciou que seria a primeira a oferecer tal dispositivo, dando uma cacetada e tanto em seus concorrentes, como o Kindle (Amazon), Sony Readers e o Nook (Barnes & Noble), este último que possui uma tela de LCD igual ao iPad.


As telas de "E Ink" possuem duas vantagens sobre as de LCD: gastam menos bateria e são mais legíveis na luz do dia.  Mas apresentam por enquanto uma desvantagem: não conseguem rodar filmes, no máximo animações bem simples.  Penso eu que em breve tal limitação será superada.

Por enquanto os chineses pensam em seu mercado interno, ávido consumidor de best sellers para leitura digital, e o primeiro dispositivo estará a venda em março de 2011 por 440 dólares, mais barato que o iPad que por lá custa 590 dólares.


iPhone e Nanotecnologia
O Projeto sobre Nanotecnologias Emergentes, uma entidade que monitora o uso de nanotecnologias em produtos de consumo, desenvolveu um aplicativo para os aparelhos iPhone e iPod Touch que permite que os usuários descubram se um determinado produto usou nanotecnologias em sua fabricação.

O aplicativo, chamado findNano, permite que os usuários naveguem em uma lista de mais de 1.000 produtos de consumo fabricados utilizando nanotecnologias. A lista contém de produtos esportivos e eletrônicos até brinquedos. Utilizando a câmera de vídeo, os usuários do iPhone podem também enviar novos produtos para que os organizadores da lista os incluam nas atualizações.

O Projeto sobre Nanotecnologias Emergentes mantém um inventário de produtos que usam nanotecnologia desde 2006, tendo se tornado referência no assunto.  O inventário é utilizado tanto por aficionados da tecnologia, para exemplificar os avanços da nanotecnologia, quanto pelos órgãos de defesa do consumidor e dos trabalhadores, que reivindicam maiores estudos para avaliar se esses produtos poderão ter impacto sobre a saúde humana.

"Esta nova ferramenta vem atender as necessidades dos cidadãos, dos cientistas, dos consumidores que apreciam tecnologia, mas também daqueles que estão simplesmente curiosos para saber se os produtos que querem comprar contêm nanomateriais," explica Patrick Polischuk, que ajudou a desenvolver o findNano.

O número de produtos nanotecnológicos no inventário subiu de aproximadamente 200 em 2006, para mais de 1.000 atualmente. Mas os próprios organizadores admitem que a lista pode estar subestimando o total de produtos que já incorporam nanomateriais.  Para ajudar a monitorar melhor o mercado, o aplicativo permite que os usuários submetam informações sobre novos produtos que eles verifiquem estar utilizando nanotecnologias. As informações enviadas podem incluir foto, nome e o local onde o produto pode ser comprado.

O aplicativo findNano é gratuito e está disponível para download no iTunes App Store ou no endereço nanotechproject.org/iphone.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (56): Tecnologia brasileira dispensa hidrantes para combater incêndios


Esta notícia é muito interessante e, assim como as demais desta série, demonstra os avanços que estamos empreendendo por aqui.  Além disso, vai de encontro a uma coisa que eu falei, quando jovem, ainda no ginásio e, para variar, fui chamado de doido.  Tudo bem que era a década de 1970 e eu já era fã do Salvamento Internacional...

Tecnologia brasileira dispensa hidrantes para combater incêndios
Combater incêndios em locais de difícil acesso que não contam com redes de hidrantes.  Esse é o diferencial da tecnologia desenvolvida pelo Grupo de Análise de Risco Tecnológico e Ambiental (Garta) da UFRJ/Coppe, que utiliza o dióxido de carbono (CO2) no lugar de água para apagar o fogo.

O equipamento é ideal para comunidades situadas em morros ou em periferias, que não contam com hidrantes e redes adequadas de distribuição de água.  Também é apropriado para ambientes que abrigam obras de arte e patrimônio histórico, como museus, igrejas e bibliotecas, e até mesmo centros de processamento de dados.

Segundo Moacyr Duarte, coordenador do Garta, o equipamento apresenta algumas vantagens em relação aos sistemas tradicionais. Além de combater o fogo sem danificar os materiais, ele pode ser manipulado de forma ágil, segura e eficiente.

"Também pode prevenir incêndios e explosões em galerias subterrâneas, ao ser utilizado para deslocar vapores de substâncias inflamáveis que possam contaminar as galerias subterrâneas, principalmente as de passagem de energia elétrica, comuns nos grandes centros urbanos", explica Moacyr.

O equipamento, denominado Sistema de Descarga Baseada em Gás Liquefeito, pode ser móvel ou fixo. Segundo Moacyr, é mais barato, por exemplo, implantar o sistema em regiões de periferia do que expandir a rede de hidrantes, que requer grandes tubulações para dar vazão à quantidade de água necessária para se combater um incêndio, na faixa de 2,8 mil litros por minuto.

"Além disso, o maior carro-pipa utilizado pelo corpo de bombeiros tem capacidade de apenas 30 mil litros, o que não é suficiente para uma operação de combate a incêndio que ultrapasse dez minutos, operando com vazão máxima", afirma.

Tal carência pode ser suprida pelo equipamento desenvolvido na UFRJ/Coppe, que tem capacidade de armazenar entre 8 e 20 toneladas de gás liquefeito, chegando a ter vazões equivalentes a 1,1 mil litros de água por minuto.  "Apesar de a vazão equivalente ser menor, o nosso sistema é mais eficiente porque o gás, ao neutralizar o oxigênio, elimina as chamas de forma mais rápida e precisa do que a água", garante Moacyr.

Durante um dos testes realizados no Rio, o protótipo do equipamento, manipulado por apenas um técnico, eliminou, em 1,4 minuto, chamas que atingiam 12 metros de altura. O coordenador do Garta diz que, convencionalmente, para apagar um incêndio de mesma proporção, seriam necessárias seis pessoas operando duas mangueiras de 2,5 polegadas.

O equipamento também pode combater incêndio em eletrodomésticos, a exemplo dos extintores comuns, à base de gás comprimido. Outra vantagem é que, caso haja uma pessoa no local, ela poderá ser retirada após a remoção da fumaça e do gás superaquecido, sem risco de sofrer asfixia.

O conjunto do equipamento como um todo possui uma célula de operação autônoma montada em um contêiner.  A célula pode ser à base de sistemas fixos para uso nas indústrias ou adaptada sobre caminhões para múltiplas utilizações.  O sistema foi projetado com diferentes dimensões, ou seja, mais de um formato para atender a necessidades de demandas variadas.

Uma célula do equipamento pode dar suporte a vários disparadores manuais, que têm tamanho similar ao de um extintor de incêndio, até o denominado canhão pode ser montado em caminhões ou robôs, para atender às necessidades de deslocamentos.  O gás, no estado liquefeito, fica armazenado no tanque do equipamento e, após passar pelo processo de descompressão maciça, é lançado por meio de jatos no ambiente, por meio de três bicos reguláveis.

Os jatos formam uma espécie de neve carbônica, similar à fumaça de gelo seco, e o gás proporciona, simultaneamente, a redução da concentração de oxigênio e o resfriamento do ambiente.  De acordo com o pesquisador da UFRJ/Coppe, a redução do oxigênio afasta a possibilidade de fogo e o resfriamento da área, que pode atingir uma temperatura de até 11 graus negativos. "Com isso, eliminamos os focos que poderiam reiniciar o incêndio", afirma Moacyr.

Os disparos são controlados para que a concentração de CO2 aumente segundo uma estratégia definida previamente. Desse modo, é possível utilizar apenas o efeito mecânico do jato, para deslocar a fumaça e os gases aquecidos.  Esse procedimento permitirá que os bombeiros realizem o resgate de vítimas sem risco de asfixia, beneficiando-se da redução de temperatura e de uma melhor visibilidade.

Em ambientes abertos, os disparos são feitos como uma cortina fluidodinâmica, formando uma "gaiola de gás". Essa configuração é adequada para praças de bombas de transferência e parques de carregamento de caminhões com substâncias inflamáveis entre outras instalações características da indústria do petróleo.

Em breve, o equipamento utilizado em base fixa poderá ser testado em três tipos de navios de guerra da Marinha: fragatas, corvetas e porta-aviões. Essas embarcações consistem em ambientes de risco, pois contêm substâncias inflamáveis e explosivas.  Além disso, os navios, corvetas e fragatas também possuem hangares com estoque de combustível para abastecer o helicóptero a bordo.

"O sistema de descarga que desenvolvemos na UFRJ/Coppe poderá aumentar a segurança no abastecimento das aeronaves nos navios porta-aviões, além de possibilitar o aumento do número de pontos de equipamentos de combate a incêndios a bordo. Considerando que são navios de combate, em casos extremos, caso haja um incêndio em compartimentos bem próximos aos locais de estoques de munição e de material inflamável, nosso equipamento resfria os depósitos vizinhos, de forma a evitar as consequentes explosões e aumentar a segurança da equipe durante a operação de combate a incêndios a bordo", garante o pesquisador da UFRJ/Coppe.

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É "Crânio" (Brains), demorou mas os engenheiros finalmente começaram a considerar as suas hipóteses... rs

domingo, 28 de novembro de 2010

EXTRA! O Rio de Janeiro reage!

Queridos leitores,

Há mais ou menos 30 anos que aguardo esse momento, onde o Estado deixa de ser sócio da criminalidade, do tráfico de drogas e do caos que se instalou por aqui desde a época do desgoverno do nojento, asqueroso, escroto e desgraçado Leonel Brizola e passa a assumir suas funções, aquelas pelas quais são regiamente pagos pela população.

A ocupação das favelas do Morro do Alemão e adjacências é um passo decisivo que nós, cariocas de todas as partes do Brasil e do mundo tanto ansiávamos.  Agora finalmente aconteceu e com a ajuda de tropas federais, que governador algum ousou convocar antes por razões óbvias.

Esse é um momento histórico e eu fico muito feliz de poder acompanhar a retomada das áreas invadidas pelos criminosos, o que nos trará de volta, dentro de algum tempo, a Cidade Maravilhosa onde nasci e na qual vivi por vinte anos.

Agora é acompanhar o desenrolar dos acontecimentos com satisfação.  Que entremos 2011 com uma cidade mais pacífica, feliz, luminosa e eternamente maravilhosa!!!

Série Especial - It's Music! (28): A Mùsica dos Seriados - 02

Depois que eu mostrei a abertura do seriado "A Feiticeira" logo surgiu a cobrança prá mostrar esse também, afinal os anciãos que curtiram isso na infância não conseguiam dissociar uma da outra, pelo grande sucesso que fizeram por aqui.

Então, respeitável público, com vocês, Jeannie é um gênio!  Destampa a garrafa aí, Major Nelson!

A abertura que todo mundo conhece




A abertura original, ainda em p/b




E que deu origem a esse híbrido entre filme e animação




Aqui, a abertura da primeira temporada




A da segunda temporada




Uma versão com letra, que nunca tinha ouvido




Um revival feito nos anos 1980




Para mostrar como o tempo passa, olha só os dois atores agora




E, por fim, uma paródia com a nossa querida geniazinha

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Série Especial - O Outro Mundo (20): Como Second Life e Habbo Hotel resistem às redes sociais

Esta é uma questão que vem sendo levantada há um bom tempo, desde que as demais redes sociais começaram a ganhar espaço e revolucionar os modos dos internautas.  Vamos ver o que dizem por aí, pois apesar do sucesso de comunidades virtuais como o Facebook, os mundos virtuais a 3D continuam a faturar.

Haverá espaço para os mundos virtuais Second Life e Habbo Hotel numa altura em que as redes sociais como o Facebook dominam a Internet? Tudo indica que sim. O aumento do número de utilizadores bem como as receitas geradas por estas plataformas levam a crer que o negócio é viável e que a divulgação feita através de redes sociais - como o Facebook e o Twitter - são hoje uma mais-valia.

"Ironicamente, o auge da popularidade do Second Life (SL) foi justamente pela sua divulgação incessante nas diversas redes sociais a partir de 2006", explicou Gwyneth Llewely, diretora de operações para a Europa da empresa portuguesa Beta Technologies. No entanto, no agressivo mundo da tecnologia, é a novidade que conta. E é aí que Facebook ou Twitter têm ganho "pontos".

No caso do SL e apesar de parecer "esquecida" pela mídia, este negócio já cresceu mais de 10 vezes, seja em número de utilizadores ativos (registam-se dez mil por dia), seja no tamanho da sua economia virtual (estimada em 500 milhões de euros em 2009). O Facebook atingiu 500 milhões de utilizadores, mas continua a não ser lucrativo.  Até hoje, a especulação midiática permitiu que o Facebook conseguisse auto-financiar-se para se manter ativo.


Em 2006, criou-se uma ilusão de que os mundos virtuais em 3D iriam ser um produto "mainstream" para todas as idades e todos os tipos de utilizadores, e isso criou muita especulação midiática. Nessa altura surgiram muitas empresas que desapareceram sem deixar rasto. O mundo virtual da Google - Lively - desapareceu seis meses após ter sido lançado, por os custos não serem compatíveis com eventuais acréscimos de receitas vindos deste mundo.

Ainda hoje o SL sobrevive e dá dinheiro, quer aos seus fundadores, quer às empresas como a Beta Technologies, companhia portuguesa que funciona mais como um estúdio audiovisual no mundo virtual. "Dependendo da carga de trabalho e da necessidade de cumprir prazos apertados, o número de pessoas aumenta. Já chegámos a ter cerca de 30 pessoas em simultâneo a trabalhar, embora, em média, sejam entre 10 e 12. Mas este número flutua imenso", descreve Gwyneth Llewely.

Além desta empresa portuguesa existem, pelo menos, mais cinco que trabalham para a SL. Além das empresas, também existem ‘free lancers' a trabalhar para estes mundos virtuais. Muitos deles obtêm receitas de 200 mil euros anuais, transacionados única e exclusivamente dentro do Second Life.

Contudo, não é fácil criar um modelo de negócio duradouro que suporte um nicho de mercado de utilizadores muito especializados e que tenha facilidade em atrair a atenção midiática. Mas a Linden Lab conseguiu fazer do SL um negócio de milhões. Por isso, é natural que surjam rumores de empresas interessadas em comprar este mundo virtual - e os últimos apontam para a Microsoft. "É altamente provável que a Linden Lab tenha tido várias ofertas - por exemplo da Microsoft, Google, Yahoo!, AOL, etc. -, que normalmente estão disponíveis para avaliarem o seu interesse em adquirir uma parte ou a totalidade de empresas com forte inovação tecnológica", salienta Gwyneth Llewely.

Outro dos bem sucedidos mundos virtuais é o Habbo Hotel. Em 2008, e segundo o site sobre negócios Silicon Alley Insider, o Habbo Hotel foi considerada uma das dez ‘start-ups' mais valiosas do mundo, com um valor acima de um bilhão de dólares (cerca de 718 milhões de euros). A Sulake, empresa detentora do Habbo, registou receitas de 29,8 milhões de euros, no primeiro semestre de 2010, um aumento de 20% em comparação a igual período do ano passado. Nesse período, o EBITDA aumentou 63%, para 3,5 milhões de euros. A maior fonte de rendimento para o Habbo vem da compra de moedas Habbo.

Quando os adolescentes pretendem personalizar os seus quartos, podem fazê-lo através da compra de ‘mobis' (mobílias virtuais)", explica Alisson Pedro, ‘country manager' da Habbo. Para adquirir estes ‘mobis' é necessário utilizar dinheiro real e, posteriormente, comprar moedas virtuais. A título de exemplo cada ‘Habbo moeda' custa cerca de 15 centavos de euro. Outra boa parte da faturação do Habbo vem da publicidade que é feito no Hotel, através de ‘banners', mas sobretudo de publicidade interactiva, tais como a Sprite, Nokia, AXE, entre outros.

Fundada em 1999, a empresa Linden Lab foi financiada por gigantes da indústria como Jeff Bezos da Amazon.com, Pierre Omidyar da eBay/PayPal, e Mitch Kapor da Mozilla Foundation (criadores do browser Firefox). O Second Life começou a ser lucrativo ao final do sétimo ano de vida da Linden Lab. Todos os financiadores já tiveram retorno do investimento ao final do primeiro ano lucrativo da Linden Lab, e o lucro anual é suficiente para continuar o investimento na tecnologia e na expansão da empresa. Os números divulgados apontam para 20 milhões de utilizadores (avatares) registados, dos quais cerca de 1,5 milhões são utilizadores ativos. Actualmente estão listadas 378 empresas, entidades, e consultores independentes que desenvolvem projectos para a Second Life, mas a esta lista devem ser acrescentadas as cerca de 1.200 entidades de ensino e pesquisa.

Em 2000, foi criada a primeira comunidade virtual da Sulake, "Hotel Kultakala", na Finlândia. No mesmo ano e após o sucesso do primeiro Habbo Hotel, é lançado o segundo no Reino Unido. Em 2001 foram criadas mais duas novas comunidades e em 2003 outras quatro. Atualmente o Hotel Habbo está presente em 31 países e mais de 11 milhões de pessoas criaram a sua personagem Habbo (178 milhões de personagens), batendo todos os recordes, sendo que todos os meses 9,5 milhões de cibernautas visitam o Habbo.

A versão em português da comunidade abrange utilizadores brasileiros e portugueses desde fevereiro de 2006 e tem mais de 28 milhões de personagens, com cerca de 800 mil novos utilizadores por mês e 19 milhões de visitas mensais.

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Bem, espero que esses dados, vindos de pesquisadores portugueses, ajude você a entender o potencial dessas tecnologias sociais.  Não é porque a mídia tradicional se mantém em silêncio sobre o assunto que o negócio morreu, muito pelo contrário.  Aliás, se a mídia desse o seu recado com competência e isenção, muitos dos assuntos deste blog estariam na televisão, jornais, rádio e revistas e não por aqui.
 
Como isso não acontece, vamos martelando aqui pelo blog e seguindo em frente!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Detectada corrente elétrica persistente, que flui eternamente

Uma corrente elétrica perpétua pode parecer algo parecido como um interruptor especial que, tão logo acionado, faz os narizes de todos os cientistas torcerem imediatamente.  Mas foi exatamente isso o que fizeram físicos da Universidade de Yale, nos Estados Unidos.

Para aliviar um pouco o preconceito contra o termo "perpétuo," os cientistas preferem chamar esse minúsculo fluxo de elétrons de corrente persistente, uma pequena corrente elétrica que flui naturalmente, de forma incessante, ao longo de anéis metálicos, mesmo na ausência de qualquer fonte externa de energia.

Esta é a primeira vez que se obtém uma medição definitiva dessa corrente elétrica persistente elusiva, prevista teoricamente há várias décadas.  O desafio é que a corrente é tão fraca que é difícil medi-la sem interferir com ela, o que dificultava a criação de um experimento que pudesse oferecer resultados seguros e confiáveis.

Os pesquisadores utilizaram braços oscilantes metálicos construídos em nanoescala, tão minúsculos e sensíveis que permitiram a medição nas alterações do campo magnético que a corrente elétrica persistente cria ao fluir ao longo do anel metálico.

A corrente persistente, que parece desafiar todos os princípios da física, é resultado de um efeito da mecânica quântica que influencia a forma como os elétrons viajam através dos metais. A rigor, é o mesmo tipo de movimento que permite que os elétrons de um átomo fiquem orbitando eternamente o seu núcleo.

Até agora, os cientistas vinham tentando medir a corrente persistente usando magnetômetros extremamente sensíveis, conhecidos como SQUIDs (Superconducting QUantum Interference Devices), mas os resultados eram inconsistentes e até contraditórios.

"Os SQUIDs são considerados há muito tempo como a ferramenta de fato para medir campos magnéticos extremamente fracos. É até difícil de pensar que nosso dispositivo mecânico pode ser mais sensível do que um SQUID," explica o professor Jack Harris, um dos autores da pesquisa.

"Esses anéis metálicos são comuns, não-supercondutores, e podemos pensar neles essencialmente como resistores," diz Harris. "Ainda assim, mesmo em um resistor, essas correntes fluirão eternamente, mesmo na falta de uma tensão externa."

A medição definitiva da corrente persistente ajudará nas pesquisas em várias áreas da física, eventualmente oferecendo um melhor entendimento sobre como os elétrons se comportam nos metais, uma informação importante tanto para o campo dos supercondutores quanto para a computação quântica, sempre às voltas com as interferências do ambiente sobre os qubits.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (27): Celular 3G com super GPS

Eu estou criando uma versão Steampunk para o meu celular e deparo-me com uma doideira dessas.  Aonde vamos chegar, nobre Graham Bell???

Celular 3G fornece localização precisa do usuário
Seu telefone celular de última geração - também conhecido como smart phone - logo poderá ser capaz de indicar não apenas que você está dentro do shopping center, mas também se você está na joalheria ou na loja de sapatos.

Engenheiros da computação da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, usaram os componentes-padrão dos telefones celulares 3G - acelerômetros, câmeras e microfones - para transformar as propriedades únicas de um espaço físico em uma "identidade" daquele espaço.

Enquanto o sistema de GPS (Global Positioning System) civil tem uma precisão de apenas 10 metros e não funciona a contento no interior de prédios e edifícios, a nova aplicação funciona em interiores e tem uma precisão suficiente para dizer se uma pessoa está de um lado ou de outro de uma parede no interior de um edifício.

O sistema, batizado de SurroundSense, usa a câmera e o microfone do celular para gravar sons, luzes e cores, enquanto o acelerômetro registra padrões do movimento do dono do celular. Esta informação é enviada a um servidor, que processa todas as informações em uma "identidade espacial" única.



Esquema de funcionamento da tecnologia SurroundSense, capaz de fornecer a localização do telefone 3G no interior de edifícios, com precisão superior ao GPS

"Você não consegue muitas informações de cada uma das medições individualmente mas, quando combinadas, as informações ópticas, acústicas e de movimento criam uma impressão digital do espaço," explica Ionut Constandache, um dos membros da equipe que desenvolveu o SurroundSense.

Os pesquisadores percorreram 51 tipos diferentes de ambientes de lojas - de bares noturnos a joalherias - alimentando o sistema de análise das informações, que roda no servidor.  Isto permitiu uma precisão de 87% na determinação da posição exata do usuário do celular. O sistema fica cada vez mais preciso à medida que mais lugares são visitados e suas características identificadas e reconhecidas pelo programa.
"Conforme o sistema coleta e analisa mais e mais informações sobre um lugar em particular, a assinatura se torna mais precisa. Não é apenas a diferença de ambiência de diferentes locais, mas também pode ser diferente em momentos diferentes no mesmo local," explica o professor Romit Roy Chouhury, que coordena o projeto.

Isto significa que o sistema é capaz de reconhecer como sendo o mesmo local físico um café durante o burburinho da manhã e a mesma loja nos momentos de calmaria no meio da tarde.  Há dois grandes desafios para que o SurroundSense possa se transformar em um aplicativo real.  O primeiro é habilitá-lo a funcionar quando o celular estiver no bolso ou na bolsa do usuário ou da usuária - atualmente a câmera deve estar sempre apontada para baixo.

Segundo os pesquisadores, há também a possibilidade de que o próprio avanço da tecnologia resolva este problema, conforme aponta o surgimento de celulares para serem carregados no pulso ou no pescoço.  O segundo problema é, como na maioria dos dispositivos portáteis, a bateria. Os pesquisadores estão avaliando o rendimento do sistema quando o telefone somente fica ativo durante alguns momentos, e não o tempo todo, como agora.

Os pesquisadores também estão tentando determinar se todo o aplicativo deve rodar no servidor, no telefone, ou em uma combinação dos dois, como neste primeiro protótipo.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Celulares e telefones sem fio podem afetar o cérebro, diz pesquisa


Um estudo realizado na Universidade de Orebro, na Suécia, indica que os telefones celulares e outros tipos de telefones sem fio têm efeitos biológicos sobre o cérebro. Ainda é cedo para afirmar se esses efeitos fisiológicos representam algum risco à saúde, mas o Dr. Fredrik Soderqvist, responsável pela pesquisa, recomenda cautela no uso desses telefones, principalmente por crianças e adolescentes.

"As crianças são mais sensíveis do que os adultos à radiação dos telefones celulares e sem fios," diz Soderqvist. Segundo ele, crianças e adolescentes deveriam sempre usar fones de ouvido, de forma a manter os aparelhos longe da cabeça.  O pesquisador analisou amostras de sangue dos voluntários em busca dos chamados biomarcadores que poderiam indicar efeitos biológicos - não necessariamente causadores de doenças - resultantes do uso dos celulares.

Um dos exames realizados analisou uma proteína presente na chamada barreira sangue-cerebroespinhal - a barreira de proteção do cérebro contra agentes externos. O estudo revelou uma associação significativa entre o uso dos telefones celulares e sem fio e o aumento da proteína transtiretina no sangue.  Soderqvist alerta que esse incremento no nível da proteína não é uma causa de preocupação mas, como ela indica que o cérebro está de fato sendo afetado pelas ondas dos celulares e demais telefones sem fio, pode haver outros efeitos que poderão impactar nossa saúde.

"Nós devemos sempre seguir as recomendações das autoridades quanto ao uso de fones de ouvido e evitar usar os telefones celulares quando o sinal de cobertura está muito ruim," diz o pesquisador.

O estudo analisou também a percepção que as crianças e os adolescentes têm sobre como os aparelhos poderiam estar influenciando sua saúde. O grupo que usa o celular regularmente reportou mais sintomas relacionados a doenças e deu notas mais baixas para a própria saúde em comparação com o grupo que não faz uso regular dos aparelhos.

"A conexão foi mais forte com relação às dores de cabeça, crises asmáticas e falta de concentração. Mas é necessário mais pesquisas para excluir os efeitos de outros fatores e fontes de erro, ainda que seja difícil ver como essa conexão possa ser explicada por outros fatores," diz o médico.

Hoje, virtualmente todas as crianças a partir dos 7 anos têm acesso a telefones sem fios, mas o uso realmente se dissemina a partir dos 12 anos. Aos 19 anos, quase 80% dos jovens usam o celular regularmente. Ao mesmo tempo, o estudo mostra que menos de 2% de todas essas faixas etárias usam o fone de ouvido para manter o celular longe da cabeça.

"Isto é muito preocupante, uma vez que os possíveis efeitos danosos à saúde da exposição de longo prazo às micro-ondas ainda não estão claras, especialmente entre as crianças e adolescentes. Os valores-limite de exposição adotados hoje nos protegem do aquecimento, o chamado efeito termal. Mas se existirem mecanismos que sejam independentes do aquecimento, não se pode garantir que os limites atuais ofereçam uma proteção real. E pode acontecer que esses efeitos não sejam descobertos ainda por muito tempo," diz Soderqvist.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (55): Unicamp oferece curso de Gestão Estratégica da Inovação Tecnológica


Sou da opinião que um curso como esse deveria, com as devidas adaptações, ser ensinado desde a mais tenra infância, ao invés de mitos religiosos, histórias de assustar e outras inutilidades.

Unicamp oferece curso de Gestão Estratégica da Inovação Tecnológica

O Instituto de Geociências da Unicamp está com inscrições abertas para a 6ª edição do Curso de Especialização em Gestão Estratégica da Inovação Tecnológica.  O curso é composto por módulos sobre processos e ferramentas de gestão de tecnologia e inovação, incluindo a gestão da inovação aberta, práticas organizacionais das empresas inovadoras, políticas de inovação e o sistema nacional de inovação no Brasil.

O objetivo é capacitar profissionais que gerenciam funções críticas do processo de inovação e que atuam em organizações que criam valor com base nas inovações de produtos, processos, serviços e negócios.  Além do corpo docente do Departamento de Política Científica e Tecnológica da UNICAMP, o curso envolve professores de outras instituições de ensino como a FGV/SP, Poli/USP, Ufscar, UFRJ, UFF, Mackenzie, além de profissionais de empresas que adotam ferramentas e práticas bem-sucedidas em gestão da inovação tecnológica.

Um aspecto marcante do curso é a visão de que a capacidade de inovar exige o desenvolvimento sistemático e articulado de competências e atividades que estão distribuídas entre distintas áreas da organização - P&D, novos negócios, marketing, operações, logística, RH e finanças.

Outro elemento destacado é a atenção que as empresas devem dar para as mudanças recentes no ambiente institucional, monitorando especialmente os mecanismos, programas e fontes governamentais para o financiamento e alavancagem da inovação.

As inscrições estão abertas até 11 de março de 2011. As atividades se iniciarão em 18 de março, com aulas oferecidas quinzenalmente: às sextas-feiras, das 18h30 às 23 horas e, aos sábados, das 8h30 às 13 horas, no campus da Unicamp, em Campinas.

Informações e inscrições podem ser feitas no endereço www.extecamp.unicamp.br/gestaodainovacao ou pelos telefones 19-9445-9335 ou 19-3521-5167.

domingo, 21 de novembro de 2010

Série Especial - It's Music! (27): A música dos desenhos animados - 05

E lá vai mais um sucesso do repertório da Hanna-Barbera dos anos 1960: Space Ghost!  Dá play nos punhos de força aí, Blip!

sábado, 20 de novembro de 2010

Série Especial - Birinight Oil (29): Capa da Invisibilidade do Harry Potter

Ontem estreou o penúltimo filme da saga do bruxinho mais querido do cinema.  E o comércio não perdeu a oportunidade de incrementar as vendas: por apenas R$ 35.000,00 é possível adquirir aquela capa de invisibilidade que os petizes usam em situações diversas.  Veja a imagem do produto abaixo, quebre o seu cofrinho e vá correndo comprar a sua!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Série Especial - O Outro Mundo (19): Rossio Virtual no Second Life

Mais uma boa notícia que vem de Portugal.  O Second Life, universo virtual com uma economia real, já conta com um Rossio Virtual, que chega pela mão do geógrafo e fotógrafo profissional Carlos Loff.   O objetivo é a promoção uma comunidade aberta, empreendedora e criativa, provando, "através de patrocínios e não da exploração dos residentes, que o Second Life está longe de ser apenas um jogo e representa já o que será a Internet no Futuro, repleta de plataformas de ambientes imersivos".

O Rossio Virtual apresenta duas grandes vertentes: por um lado, a oferta de serviços que normalmente são pagos e que ali são gratuitos (como um Hotel, Mercado, Teatro, Restaurantes, Cafés, Jardim e muito mais) e por outro, a realização de grandes eventos na praça central, que podem ir de exposições interativas a concertos e desfiles de moda.

Hoje, 19 de Novembro (e também amanhã, dia 20) vai rolar um Mega Festival de Inverno, com inúmeras bandas e DJs ao vivo, com profissionais da vida real atuando dentro do espaço virtual.  Haverá também uma gigantesca pista de patinagem no gelo, num evento desenvolvido pela rádio AWVR

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O cérebro humano segue o método científico?

Parece haver uma semelhança notável entre o modo como o cérebro humano determina o que está acontecendo no mundo exterior e o trabalho dos cientistas. Fazer ciência envolve a formulação de uma hipótese e, a seguir, testar se essa hipótese é compatível com as observações do cientista.  Pesquisadores do Instituto Max Planck, na Alemanha, e da Universidade de Glasgow, na Escócia, demonstraram que é exatamente isso o que o cérebro faz quando enxergamos pessoas e objetos.

Os cientistas basearam esta conclusão nas características das respostas no córtex visual primário. Sabe-se que o córtex visual primário é essencial para a visão e que as respostas nesta área do cérebro criam um mapa daquilo para o que a pessoa está olhando.  Agora, pela primeira vez, os pesquisadores mostraram que as imagens induzem respostas menos intensas nesta área do cérebro quando essas imagens são previsíveis.
Isso implica que o cérebro não se limita a sentar e esperar que os sinais visuais cheguem.

Em vez disso, ele tenta ativamente prever esses sinais e, quando acerta, é recompensado por ser capaz de responder de forma mais eficiente e gastando menos energia.  Se estiver errado, serão necessárias respostas maciças para descobrir o que está errado e tornar-se capaz de fazer melhores previsões.

Uma implicação deste estudo é que, quando você entra no escritório e vê na mesa aquele colega que tem a irritante mania de chegar sempre antes de você, isto exigirá um esforço mínimo do seu cérebro porque esta é uma cena comum e previsível.

Mas se quem estiver na cadeira for, de forma totalmente inesperada, a sua sogra, por exemplo, isso quase faria o seu cérebro entrar em parafuso.  Isto sugere, afirmam os pesquisadores, que a principal função do cérebro, semelhante à de um cientista, é o de gerar hipóteses sobre o que está acontecendo no mundo exterior.

O estudo, publicado no Journal of Neuroscience, representa um avanço significativo na compreensão de como o cérebro dá suporte à percepção visual.  Uma implicação importante deste estudo é que a percepção visual depende de uma geração ativa das previsões, o que contrasta com a visão clássica de que a percepção visual decorreria principalmente de uma cascata de respostas quase passivas aos sinais visuais que se espalham pelo cérebro.

Mais pesquisas serão ainda necessárias para determinar se realmente cada um de nós leva consigo um pequeno cientista dentro da cabeça.  Mas a ideia de um "cérebro científico" está se espalhando rapidamente por toda a comunidade das neurociências e oferece uma nova abordagem para decifrar como o órgão mais complexo do corpo humano funciona.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (27): Mini geradores

No domingo passado eu apresentei em minha coluna musical a abertura do seriado do Homem de Ferro da década de 1960.  Fico imaginando se o Tony Stark tivesse inventado isso na época, não teria passado pela saia justa de ter que ficar procurando tomada para recarregar a armadura no meio de um quebra pau com um supervilão. Mas enfim, tem coisa que parece tão fantástica que nem mesmo a fantasia retrata - o tal lance da realidade ser mais fantástica do que a fantasia, capice?

Mini geradores tiram energia das vibrações do meio ambiente
Minúsculos geradores desenvolvidos na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, são capazes de produzir eletricidade suficiente para alimentar relógios de pulso, marcapassos, sensores sem fios ou diversos outros aparelhos de baixo consumo de energia.

Ao contrário das pilhas comuns, que utilizam reações químicas, ou mesmo das pilhas recarregáveis, que exigem novas cargas periódicas, os minigeradores produzem energia a partir das vibrações presentes no meio ambiente.  Estas vibrações estão presentes em quase toda parte - no andar do ser humano, por exemplo - mas são mais intensas nas áreas urbanas, onde são produzidas pelo tráfego de automóveis em viadutos e pontes ou pelo funcionamento das máquinas nas fábricas.

A geração de energia a partir de vibrações teve um impulso recente com o trabalho de cientistas da Universidade de Duke, também nos Estados Unidos, que demonstraram ser possível gerar energia a partir de vibrações de frequências variáveis.  Até então, quase todos os dispositivos semelhantes apresentavam capacidades mais limitadas porque dependiam de movimentos previsíveis e regulares.

Uma borracha que gera energia e nanofios que exploram a energia mecânica do ambiente estão entre os desenvolvimentos mais promissores na área.  Os pesquisadores agora construíram três protótipos de geradores alimentados por vibração, e já estão preparando um quarto, de maior eficiência.  Nos dois primeiros, a conversão de energia é realizada através da indução eletromagnética, com uma bobina móvel, que oscila sob a ação das vibrações, ficando submetida a um campo magnético variável. Este é um processo semelhante ao dos grandes geradores que estão funcionamento em todas as usinas elétricas, qualquer que seja a fonte de energia cinética para seu acionamento.

Já o minigerador mais recente, e o menor de todos, mede cerca de 1 centímetro cúbico, usa um material piezoelétrico - um tipo de material que produz eletricidade quando sofre uma ação mecânica.  O minigerador produzir até 0,5 miliwatt (ou 500 microwatts) a partir das vibrações normais de um ser humano movimentando-se no dia a dia. Embora pareça pouco, essa energia é muito mais do que o necessário para alimentar um relógio de pulso, que consome entre 1 e 10 microwatts, ou um marcapasso, que gasta entre 10 e 50 microwatts.

Para avaliar o potencial da tecnologia, basta imaginar se cada pilha vendida hoje no comércio funcionasse com base nesse princípio, gerando energia indefinidamente, sem precisar recarregar e com uma vida útil avaliada em décadas.  O alívio sobre a matriz energética nacional que uma grande quantidade desses minigeradores piezoelétricos poderia permitir ainda não foi calculado, mas certamente equivaleria a várias usinas.

Os minigeradores, contudo, ainda produzem significativamente menos energia do que as pilhas e terão que evoluir bastante para alimentar dispositivos maiores.  Até lá, sua aplicação principal será na alimentação de sensores, que estão se espalhando com os conceitos de edifícios inteligentes e também para o monitoramento ambiental em larga escala e de forma contínua.

"Há uma questão fundamental que precisa ser respondida, que é como alimentar os dispositivos eletrônicos sem fios que estão se tornando onipresentes," disse Khalil Najafi, que está desenvolvendo os minigeradores juntamente com seu colega Tzeno Galchev. "Há muita energia por aí, sob a forma de vibrações, que pode e deve ser aproveitada."

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Uso do celular causa "cegueira não-intencional"


Todas as pessoas passam por momentos de total distração, quando parecemos flutuar no espaço e acabamos tropeçando em algo que está em nosso caminho. Isto é o que pesquisadores chamam de "cegueira não-intencional," uma incapacidade momentânea de perceber objetos à nossa volta.

Pesquisadores da Universidade de Washington resolveram testar a teoria da "cegueira não-intencional" quando as pessoas estão às voltas com algo um pouco mais intencional do que uma distração fortuita: o uso do telefone celular.

A pesquisa acompanhou casos reais de pessoas que estavam usando seus telefones celulares no seu dia-a-dia. Ao identificar as pessoas na rua, já usando os celulares, os pesquisadores faziam com que um palhaço passasse à sua frente, andando em um monociclo. Apenas 25% das pessoas que estavam usando o celular perceberam a passagem do palhaço bem à sua frente.

Os usuários de celulares foram os mais distraídos de todos os grupos, que incluíram pessoas ouvindo iPod, casais conversando e pessoas andando sozinhas, sem uso de nenhum aparelho. As pessoas que andavam sozinhas perceberam a passagem do palhaço em pouco mais de 50% das ocasiões.

Em outros testes, os pesquisadores detectaram que os usuários de celulares têm dificuldades de desempenhar adequadamente mesmo as tarefas mais simples, como andar normalmente, algo que exige muito poucos recursos cognitivos.

Ao usar o celular, as pessoas andam mais lentamente, mudam de direção mais frequentemente, saem do seu caminho e só muito raramente percebem outras pessoas ao seu lado.  "Se as pessoas têm dificuldades de andar quando usam o celular, imagine o que isto significa quando elas estão dirigindo. As pessoas não devem dirigir falando ao celular," diz a Dra Ira E. Hyman, coordenadora do estudo, que será publicado no próximo exemplar do jornal Applied Cognitive Psychology.

Outro resultado importante da pesquisa é que o nível de familiaridade da pessoa com o ambiente na qual ela se encontrava enquanto usava o celular não afeta a sua capacidade de percepção da situação e das pessoas à sua volta.

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É por isso que me exaspero quando vejo imbecis motoristas papeando alegremente enquanto dirigem e fazem suas barbaridades pelas ruas e estradas afora!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (54): Alemanha busca soluções em tecnologia no Brasil

Alemanha busca soluções em tecnologia no Brasil
As comemorações do Ano Brasil-Alemanha da Ciência, Tecnologia e Inovação 2010-2011 começaram com um seminário no qual se debateu sobre o Sistema Brasileiro de Inovação e as Perspectivas da Diplomacia da Inovação Brasil - Alemanha.

O Ano Brasil-Alemanha objetiva intensificar a cooperação científica e tecnológica, com especial ênfase na promoção da inovação e do desenvolvimento sustentável, assim como divulgar o potencial dos dois países como locais propícios para a inovação.

Para Ronaldo Mota, secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Seped), a Alemanha e o Brasil são sociedades modernas e complexas, embora com diferenças e peculiaridades. No entanto, ambas as sociedades têm em comum o reconhecimento da importância do tema inovação.  "Os dois países sabem que despertar cada vez mais inovação significa deixar fluir sociedades inovadoras, criativas, múltiplas e tolerantes, as quais estimulem um número cada vez maior de empresas inovadoras. Reafirmam também que sem produção de conhecimento básico de qualidade não há como enfrentar os desafios contemporâneos", disse.

Ele acrescenta que há em curso boas e significativas experiências entre Brasil e Alemanha. "Este ano elas serão fortalecidas e novas iniciativas serão estimuladas e consolidadas", disse.  O interesse declarado da Alemanha no maior país da América Latina, segundo o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães Neto, deve-se também aos efeitos pós-recessão: no contexto internacional, o Brasil está entre os três países que melhor saíram da crise mundial.

"Sabemos das dificuldades por que passa a economia europeia de um modo geral e das oportunidades de investimento que existem no Brasil. Agora vamos ter não só o Programa de Aceleração do Crescimento com suas grandes dimensões, mas os eventos esportivos, que também são eventos econômicos", avalia Guimarães.

Na sequência, o debate foi em torno do Sistema de Pesquisa e Inovação sobre Sustentabilidade na Alemanha e no Brasil, Perspectivas para a Cooperação Bilateral. Participaram das discussões o professor e secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCT, Luiz Antônio Barreto de Castro, e o professor Uerich Schürr, diretor do Instituto Fitosfera do Centro de Pesquisa Jülich (FZJ).

Na cerimônia de abertura do Ano Brasil-Alemanha da Ciência, Tecnologia e Inovação foi assinado ainda um acordo de cooperação tecnológica entre os presidentes da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e da Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha (VDI-Brasil).

O objetivo é a criação de uma Instituição de Ensino Superior (IES), pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp) para a troca de conhecimentos e experiências entre o Brasil e a Alemanha.
A assinatura teve a presença do ministro de Ciência e Tecnologia (MCT), Sergio Rezende, e da ministra alemã de Educação e Pesquisa, Annette Schavan. "Um dos pontos fortes da cooperação Brasil-Alemanha é o interesse dos engenheiros brasileiros. Por isso, é muito importante que essas entidades que estejam engajadas nessa iniciativa. Estou muito satisfeito com a proposta e a engenharia nacional tem muito a ganhar com essa cooperação", enfatizou Rezende.

Para a ministra Schavan, a parceria atenderá uma das principais preocupações da Alemanha que é a formação de mais engenheiros para combater o déficit nos dois países e garantir mão de obra qualificada para o desenvolvimento.

domingo, 14 de novembro de 2010

Série Especial - It's Music! (26): A música dos desenhos animados - 04

Parece que o assunto agradou, então vamos a uma nova dose.  Com vocês, o invencível Homem de Ferro, na versão da década de 1960!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Série Especial - O Outro Mundo (19): Game de hip-hop vira rede social

Sempre que tenho oportunidade, trago até vocês notícias dos "outros mundos", não aqueles que as religiões empurram goela abaixo dos incautos, mas os que são imaginados e implementados pela mente humana e a tecnologia que não para de ser aperfeiçoada.  Nesses, além da diversão, pode se aprender realmente algumas coisas bem úteis.  E o texto a seguir retrata isso.


Game de hip-hop vira rede social
O rapper Lil Wayne continua atrás das grades por porte ilegal de armas, mas isso não impediu os desenvolvedores do videogame "Def Jam Rapstar" de lançarem um jogo de karaokê interativo com esse e outros astros do hip-hop, aproveitando a onda dos games relacionados à música.

A novidade desse jogo é que ele está ligado a uma rede social da Internet, em que os jogadores se "enfrentam" cantando hits do rap.  "Este é na verdade um dos primeiros games que realmente incluem uma plataforma de mídia social, e isso vai fazer toda a diferença, porque o hip-hop é muito social", disse o analista de videogames Scott Steinberg, da consultoria Tech Savvy.

O jogo, lançado nesta semana para XBox, PS3 e Wii, vem com mais de 40 canções novas e antigas do rap, como "Big Poppa", de Notorious B.I.G., "Hot in Here", de Nelly, e "A Milli", de Lil Wayne.  O conceito é simples. No clássico estilo dos karaokês, o usuário seleciona uma música para acompanhar junto com um clipe, criando as próprias rimas. A diferença é que isso pode ser gravado em vídeo, editado e colocado no site do jogo (www.defjamrapstar), que mistura funcionalidades do YouTube com as do Facebook. É possível votar nas melhores versões.

Mas para o analista de videogames Michael Pachter, da empresa de pesquisas Wedbush Securities, o gênero escolhido pode atrapalhar a empreitada. "O rap é na verdade mais difícil de fazer", disse ele, comparando a novidade com games que exigem apenas "tocar" uma guitarra de plástico.

"O mercado está bastante saturado", disse ele, acrescentando que "jogos de karaokê não são tão populares nos Estados Unidos".  Já o editor-chefe da revista "Vibe" Jermaine Hall achou o game "fantástico". "Posso ver um fã radical do hip-hop no Japão duelando com alguém na América", afirmou.

Para Steinberg, da Tech Savvy, games anteriores sobre a cultura hip-hop eram "caricatos", enquanto "Def Jam Rapstar" é "o primeiro que realmente captura o que é o hip-hop".  Os desenvolvedores não quiseram falar nos custos que tiveram nem no faturamento esperado.

O game foi desenvolvido pelos estúdios 4mm Games e Def Jam Interactive, com distribuição pela Konami. Será vendido nos Estados Unidos por 59,99 dólares para XBox e PS3, e por 49,99 dólares para Wii. Com microfone e software, ele sai por 10 dólares a mais.

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Vamos ver se, nessa semana de SBGames, encontro com desenvolvedores franceses e quetais, a "indústria" nacional cai na real e começa a pensar algo a respeito...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Aniversário de Archanjo Arcadia!



Nesta data, meu avatar do Second Life, Archanjo Arcadia, completa 4 aninhos de pura travessura, aprontando junto com seu similar de carbono uma série de traquinagens pelo ciberespaço.

Para comemorar, apresento, repaginado, o piloto do primeiro videocast em machinima do Brasil sobre educação, cultura, design, mundos virtuais, inovações tecnológicas etc.

E viva 11/11!  Vocês nem imaginam o que está sendo programado pro ano que vem...




Martelo do Archanjo - 00 (piloto) from Marcos Archanjo on Vimeo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (26): Hardware para computador quântico armazena 150 qubits




Eles já criaram um leitor de dados para discos rígidos com densidade de armazenamento de10 terabits por polegada quadrada, que devem estar disponíveis comercialmente em 2015.  Agora, right now, já temos um similar quântico que possui uma armazenagem imensa.

Especialmente para os palermas que riem dementemente quando eu falo de imersões hardcore em mundos virtuais em breve, dedico essa notícia.

Hardware para computador quântico armazena 150 qubits
Físicos do Instituto Nacional de Padronização e Tecnologia (NIST), dos Estados Unidos, construíram um dispositivo capaz de capturar dezenas de íons de uma só vez e de forma totalmente controlada.  Os íons - átomos eletricamente carregados - são o principal elemento nas pesquisas da computação quântica, onde eles funcionam como bits quânticos, ou qubits.  Os 0s e 1s da informação digital são armazenados no spin de cada íon aprisionado.

Até hoje, os qubits utilizam íons aprisionados individualmente, em aparatos grandes e complicados, o que torna difícil e até impraticável a realização de experimentos de vários qubits.  Além de avaliar a possibilidade real da construção dos computadores quânticos, os testes com vários qubits são importantes para desenvolver os algoritmos quânticos, que são muito diferentes da lógica utilizada nos programas dos computadores atuais.

Esta é a primeira vez que se consegue ampliar a escala de aprisionamento de íons, integrando aquilo que poderá ser o conjunto de memórias e as vias para a realização de cálculos de um futuro computador quântico.

Mas esta estrutura é apenas um dos componentes da CPU de um computador quântico, equivalente aos fios que interligam as diversas células de cálculo. Feixes de laser externos serão essenciais para controlar e usar os dados quânticos armazenados em cada qubit.

Feito de uma pastilha de quartzo recoberta com ouro, a peça oval de 2 x 4 milímetros funciona como uma espécie de "pista de corrida", com 150 zonas onde os qubits podem ser armazenados e transportados usando campos elétricos, ou manipulados com feixes de laser para efetuar o processamento dos dados.

Os pesquisadores afirmam que a armadilha de íons pode ser escalada para conter muito mais zonas. Seu protótipo foi testado com êxito com 10 íons de magnésio simultaneamente.

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Bem, dado ao fôlego de vocês ter sido subitamente tirados pela notícia, vou ficar por aqui.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Grupos étnicos são formações sociais e não genéticas


Apesar de sua aparência física homogênea e dos fortes laços históricos, os grupos étnicos da Ásia Central são definidos muito mais pelas suas regras sociais do que pela sua ancestralidade.  Um grupo internacional de pesquisadores descobriu que há mais diferenças genéticas no interior dos grupos étnicos do que entre eles, indicando que a separação entre grupos étnicos existe mais na mente do que no sangue.

Evelyne Heyer coordenou o grupo de cientistas que estudou o DNA mitocondrial e os cromossomos Y de várias populações dos dois maiores grupos linguísticos da Ásia Central, os turcos e os indo-iranianos.
"Nossos resultados indicam que a etnicidade é um sistema construído socialmente que mantém limites genéticos com outros grupos, em vez de ser o resultado de uma ancestralidade genética comum," diz ela.

Os limites usados pelos indivíduos para diferenciar seus membros dos membros de outros "grupos étnicos" são geralmente culturais, linguísticos, econômicos, religiosos e políticos.  Heyer e seus colegas confirmaram que a ausência de uma ancestralidade comum nos grupos étnicos específicos. Em média, há mais diferenças genéticas entre os membros do mesmo grupo genético do que entre membros de diferentes grupos genéticos.

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Tomara que essas descobertas científicas façam as pessoas compreenderem que o que nos separa é muito mais a vontade de certos grupos de indivíduos do que diferenças realmente significativas.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (53): Foguetes a etanol


Esta é mais uma área onde estamos nos destacando e que deverá trazer muitos benefícios nos próximos anos.  Considerando que a base de Alcântara é privilegiada em relação aos seus similares estrangeiros, temos tudo e mais um pouco para arrebentar o Saturno V!


Brasil desenvolve foguetes espaciais a etanol
O Brasil acumula um atraso de meio século na propulsão de foguetes espaciais em relação aos norte-americanos e russos. Para tentar dar um impulso no setor, há cerca de 15 anos o país iniciou um programa de pesquisa em propulsão líquida e que tem como base o etanol nacional.
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O desafio do programa, liderado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), é movimentar futuros foguetes com um combustível líquido que seja mais seguro do que o propelente à base de hidrazina empregado atualmente. Esse último, cuja utilização é dominada pelo país, é corrosivo e tóxico.

O desafio da busca por um combustível "verde" e nacional também conta com o apoio de um grupo particular de pesquisadores, formado em parte por engenheiros que cursam ou cursaram o mestrado profissional em engenharia aeroespacial do IAE - realizado em parceria com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica e com o Instituto de Aviação de Moscou.

Liderado pelo engenheiro José Miraglia, professor da Faculdade de Tecnologia da Informação (FIAP), o grupo se uniu para desenvolver propulsores de foguetes que utilizem propelentes líquidos e testar tais combustíveis. "Os propelentes líquidos usados atualmente no Brasil estão restritos à aplicação no controle de altitude de satélites e à injeção orbital. Eles têm como base a hidrazina e o tetróxido de nitrogênio, ambos importados, caros e tóxicos", disse Miraglia.

A Agência Espacial Europeia (ESA) também anunciou, há poucos dias, um projeto para desenvolver um combustível verde para satélites e foguetes, que já está em testes. Na primeira fase do projeto, o grupo, em parceria com a empresa Guatifer, testou motores e foguetes de propulsão líquida com impulso de 10 newtons (N), com o objetivo de avaliar propelentes líquidos pré-misturados à base de peróxido de hidrogênio combinado com etanol ou querosene.

Na segunda fase do projeto, o grupo pretende construir dois motores para foguetes de maior porte, com 100 N e 1000 N. "Nossa intenção é construir um foguete suborbital de sondagem que atinja os 100 quilômetros de altitude e sirva para demonstrar a tecnologia", disse.

A empresa também está em negociações para uma eventual parceria com o IAE no projeto Sara (Satélite de Reentrada Atmosférica), cujo objetivo é enviar ao espaço um satélite para o desenvolvimento de pesquisas em diversas áreas e especialidades, como biologia, biotecnologia, medicina, materiais, combustão e fármacos.

No site www.foguete.org, a empresa oferece também apostilas técnicas e livros digitais sobre foguetes com informações sobre astronáutica, exploração espacial e aerodinâmica.

SBGames - 2010 (abertura)

Hoje começa mais uma edição do simpósio brasileiro que apresenta a produção científica e quetais sobre games e mundos virtuais.  Dessa vez será na lindíssima cidade de Florianópolis e lá estarei (aliás, já estou) para participar e ver o que anda sendo engendrado pelo Brasil afora.

domingo, 7 de novembro de 2010

Série Especial - It's Music! (25): A música dos desenhos animados - 03

Esse desenho aqui, só a coroada véia prá chuchú é quem vai se lembrar, pois teve pouca penetração junto à petizada devido ao menor índice de reprises.  Com vocês, Super Six!

sábado, 6 de novembro de 2010

Série Especial - Birinight Oil (27): Enganatel

Uma obra magistral de como sacanear os fanfarrões do telemarketing:

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Série Especial - INOVA (32): Novos programas INOVA

Hoje, 05/11/10, Dia do Designer, estão entrando no ar mais três programas da nossa grade de programação:



Esteticaolho

Este videocast é fruto das discussões realizadas dentro da disciplina de Estética e faz uma visão panorâmica da mesma aplicada em diversos itens ao longo do tempo. Apresentação de Carla Lima, Elvis Benício e Matheus Moraes.





Papo para Designer

Focado em aspectos da disciplina "História da Cultura e do Design 2", este programa faz uma panorâmica desde os tempos da Bauhaus até a Cibercultura, apresentado por Maísa Rozendo, Ricardo Oliveira, Janaína Medeiros e Laert Andrade.




Portifólio

Dedicado a apresentar a produção de designers e artistas em geral, nosso piloto começa exibindo em vídeo os trabalhos de Danton Baêta, Elvis Benício, Elton Rodrigues e Matheus Moraes, designers em formação do Curso de Design do UniFOA - Centro Universitário de Volta Redonda. Apresentação de Archanjo Arcadia.




Martelo do Archanjo - Edição Especial
Esta edição marca a volta do primeiro videocast em machinima do Brasil. Abordaremos as diferenças entre imigrantes e nativos digitais e iniciaremos uma discussão constante sobre a implementação da "nova escola" em substituição da masmorra sinistra até hoje em funcionamento. Apresentação do meu avatar, Archanjo Arcadia.

Em breve, colocarei no ar, repaginados, os videocasts da primeira temporada.

Para assistir aos programas, vá para o nosso blog: http://www.inovadesignfundamental.wordpress.com/

Um beijo do Anjo!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Gastronomia Molecular promete mudar a sensação de comer

Gastronomia Molecular promete mudar a sensação de comer
Uma nova e ainda pouco conhecida disciplina científica, chamada gastronomia molecular, está revolucionando silenciosamente a sensação de comer em alguns restaurantes.  Mais do que isso, ela promete ampliar essa revolução, que deverá alcançar não apenas os demais restaurantes, como a alimentação feita em casa.  Esta é a conclusão de um artigo publicado na última edição da revista da Sociedade Química Americana.

No artigo, Peter Barham e seus colegas apresentam uma visão abrangente da gastronomia molecular, que estuda a ciência por trás das técnicas de preparação de alimentos, incluindo a química do cozinhar.
"Nossa premissa básica é que a aplicação de técnicas químicas e físicas nas cozinhas de alguns restaurantes para a produção de novas texturas e combinações de sabores não apenas revolucionou a experiência de ir ao restaurante, mas também levou a novas sensações na degustação dos alimentos," escrevem os cientistas.

Os exemplos incluem os restaurantes El Bulli, na Espanha, e Fat Duck, no Reino Unido, que passaram a ser considerados por alguns como entre os melhores do mundo depois da adoção da gastronomia molecular em suas cozinhas.

A nova ciência dá atenção especial às condições que dão sustentação à fruição de um alimento, o que varia individualmente, incluindo dos níveis de sabor em um prato até o "quadro mental" criado na experiência de jantar em um restaurante.

Os autores observam que "podemos ser capazes de servir diferentes variantes de um mesmo prato para os clientes, de forma que cada um tenha a sua própria experiência individual de sabor. Se a gastronomia molecular pode atingir tal objetivo, ela tem um longo caminho a percorrer e mudar para sempre a percepção pública da química."

Veja mais sobre a ciência por trás da preparação de alimentos na reportagem Conheça a Gastronomia Molecular e a Cozinha Molecular.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (25): Energia Verde

Quando eu digo que estamos na época das maravilhas, tem idiota que fica rindo e babando pelo canto da boca... Essa o Senhor Scott ia gostar de ver!

Energia super verde: hidrogênio é gerado com som e água
Cientistas criaram um novo tipo de cristal que, quando mergulhado em água, absorve as vibrações do ambiente, criando fortes cargas negativas e positivas em suas extremidades.  As cargas elétricas são suficientes para quebrar as moléculas de água ao redor, liberando hidrogênio e oxigênio.

Parece bom demais para ser verdade: os cristais podem aproveitar uma espécie de poluição - o barulho e as vibrações das ruas e estradas, por exemplo - para gerar o mais verde dos combustíveis, o hidrogênio, que pode abastecer carros ou usinas elétricas liberando apenas água como resíduo.

"É uma espécie de almoço grátis," explica o Dr. Huifang Xu, da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos. "Você captura energia do ambiente da mesma forma que as células solares capturam energia a partir da luz do Sol."

A fotossíntese artificial é um objetivo longamente perseguido pelos cientistas. Recentemente cientistas do MIT utilizaram até um vírus para quebrar as moléculas de água e gerar hidrogênio.  Xu e seus colegas adotaram uma via muito mais simples: eles geraram hidrogênio usando uma nova variedade de cristais piezoelétricos, materiais que geram energia quando pressionados e que estão sendo largamente estudados como uma forma de gerar eletricidade a partir do movimento.

Os novos cristais, contudo, feitos de óxido de zinco, foram projetados para operaram submersos, de forma que a eletricidade que geram, em vez de ser transportada por um fio, é liberada diretamente na água, quebrando as moléculas e liberando o oxigênio e o hidrogênio.  Os pesquisadores batizaram o novo fenômeno de efeito piezoeletroquímico.

Ao crescerem, os cristais assumem a forma de finas microfibras altamente flexíveis. Uma vibração, oriunda de ondas sonoras, por exemplo, é suficiente para dobrá-las, fazendo-as gerar eletricidade.

Os pesquisadores demonstraram que vibrações ultrassônicas fazem as fibras piezoeletroquímicas curvarem suas extremidades entre 5 e 10 graus, criando um campo elétrico com uma tensão suficiente para quebrar as moléculas de água, liberando oxigênio e hidrogênio.

A taxa de eficiência das microfibras de óxido de zinco atinge 18%, medida em termos de sua capacidade de converter as vibrações em energia contida nas moléculas de hidrogênio produzidas. Os cristais piezoelétricos tradicionais apresentam uma taxa de conversão de 10%.  Para aproveitar as vibrações disponíveis em cada ambiente, basta crescer fibras de tamanhos variados, que se tornam sensíveis a frequências diferentes.

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Agora vamos ver quanto tempo a indústria do petróleo vai atrapalhar essa descoberta...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Pessoas materialistas veem família como empecilho ao trabalho

Quanto mais materialistas as pessoas forem, maior é a probabilidade de que elas vejam sua família como um obstáculo ao seu trabalho e ao seu desenvolvimento profissional.  Esta é a conclusão de um estudo publicado na revista científica Journal of Occupational and Organizational Psychology.

Mark Promislo e seus colegas da Universidade Temple, nos Estados Unidos, realizaram o estudo para investigar até que ponto os valores materialistas de uma pessoa estavam ligados à sua experiência de conflitos trabalho-família.

"Necessidades associadas com valores materialistas têm muito mais probabilidade de serem atingidas através do trabalho, então é possível que as pessoas que atribuam um valor elevado à renda e às posses materiais sintam que as demandas da família representam um empecilho à sua dedicação ao trabalho," explica Promislo.

Um total de 274 pessoas responderam a um questionário que avaliava em que medida as demandas do trabalho interferiam com suas responsabilidades familiares, e em que extensão as exigências da sua família interferiam com seu trabalho.

Os entrevistados também responderam a um questionário que avaliava o quanto eles eram materialistas.
Os resultados mostram que materialismo está significativamente associado com as medidas de interferência da família no trabalho e também à sensação de sobrecarga de trabalho - a percepção de ter coisas demais para fazer sem o tempo suficiente para fazê-las.

"Pessoas altamente materialistas dirigem todos os seus esforços para o trabalho, já que isto produz recompensas materialistas tangíveis - dinheiro e posses," diz Promislo.  "Assim, elas veem qualquer obstáculo para o trabalho, incluindo sua família, como uma perturbação. Esta descoberta vem somar o 'conflito trabalho-família' à já longa lista dos efeitos negativos que os valores materialistas exercem sobre o bem-estar pessoal," conclui ele.

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Talvez isso explique o comportamento de muitas pessoas pelo mundo afora...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (52): Brasileiros desenvolvem pés de café naturalmente sem cafeína


Brasileiros desenvolvem pés de café naturalmente sem cafeína
Em 2004, um grupo de pesquisadores brasileiros anunciou, em artigo publicado na revista Nature, a descoberta de pés de café desprovidos de cafeína. No entanto, a ideia de explorar comercialmente o café descafeinado natural foi frustrada pela baixa produtividade da planta, proveniente da Etiópia.

Agora, utilizando uma técnica para induzir as sementes à mutação, o mesmo grupo de cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Instituto Agronômico, de Campinas (SP), obteve, a partir de um cafeeiro já utilizado comercialmente, sete plantas mutantes que combinam a produtividade e a ausência de cafeína.

Segundo Paulo Mazzafera, coordenador do estudo, o experimento utilizou sementes do cafeeiro comercial Catuaí Vermelho, da espécie Coffea arabica, que foram tratadas com dois tipos de mutagênicos.  As cerca de 28 mil plantas resultantes da germinação foram analisadas por um método que identificava a presença ou ausência de cafeína.,

"Com o tratamento, obtivemos sete tipos de cafeeiros que são praticamente desprovidos de cafeína. São plantas bastante vigorosas que em breve produzirão flores. Vamos fazer toda a análise bioquímica e molecular dessas plantas e procuramos uma empresa brasileira interessada em implantar comercialmente esse café naturalmente descafeinado", disse Mazzafera.

O cientista explica que o campo experimental onde foi feito o experimento tem atualmente 250 plantas. Com as sementes disponíveis é possível plantar cerca de 5 hectares para testes.  "Se der tudo certo, vamos fazer mudas com essas sementes e levar tudo a campo em 2011", disse Mazzafera.

Segundo o pesquisador, o interesse comercial pelo café descafeinado é pequeno no Brasil, diferentemente do que ocorre em outros países. Cerca de 1% do café comercializado em território brasileiro é descafeinado. Enquanto isso, na Europa e nos Estados Unidos, a divulgação dos efeitos adversos da cafeína tem provocado um aumento crescente do mercado de café descafeinado.

"O café descafeinado corresponde a cerca de 10% do total do café comercializado no mundo. Certamente, é um mercado muito interessante e muito valorizado. A alternativa de um café desse segmento que não tem necessidade de passar por processos industriais para ser descafeinado é bastante promissora em termos de mercado", destacou.

Existem três processos para produção do café descafeinado. O método que emprega o solvente clormetano, o método suíço, que utiliza água para retirar a cafeína, e o método de gás carbônico supercrítico. "No método suíço, a água retira a cafeína, mas leva junto muitos elementos importantes do café. De qualquer maneira, o ponto central é que esses processos encarecem o produto", explicou Mazzafera.

As plantas obtidas pelo processo só apresentaram um problema: a estrutura da flor do café normalmente garante que a planta tenha uma alta taxa de autofecundação - próxima de 95% -, mas a flor da planta mutante abre precocemente, quando ainda está imatura, e, com isso, pode não ter a mesma taxa de autofecundação. "Como a flor abre antes, em tese ela pode receber pólen de plantas com outros teores de cafeína.

O problema, no entanto, não é tão grave, porque podemos plantar lotes de café formados exclusivamente com a planta mutante, segregados dos lotes com as plantas normais. Ou podemos colocar abelhas nas plantações do material com baixo teor de cafeína, provocando assim um aumento da taxa de autofecundação entre elas", disse Mazzafera.

Um dos principais resultados do método que envolveu indução à mutação foi a economia de tempo. "O melhoramento genético tradicional poderia demorar muitos anos para chegar a gerar plantas descafeinadas produtivas", disse.

O processo mutagênico utilizado para a obtenção das plantas descafeinadas foi patenteado. "No Brasil, não podemos patentear o material, por isso patenteamos o processo. No momento em que uma companhia brasileira se interessar em implantar o café descafeinado natural, poderemos fazer uma patente internacional relativa aos produtos provenientes desse café, cobrando royalties para quem for produzir", disse.

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CRIATIVO E INQUIETO (uma combinação muito interessante...) Quando eu me mudei do Rio de Janeiro para Brasília, em 2016 , imaginava ...