quarta-feira, 30 de junho de 2010

Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (15): Os computadores começam a entender a Arte!


Aproveitando o post de ontem, sobre o blog "Espaço Imoral", dedicado às Artes, encerramos hoje o ciclo de postagens deste primeiro semestre de 2010 com uma inovação relacionada e que muito deverá nos ajudar nos anos vindouros.
Os computadores começam a entender a arte
Os computadores já podem detectar com precisão a composição de cores de uma imagem e fazer algumas medições estéticas - alguns pesquisadores já afirmam ter programas capazes de detectar padrões de beleza feminina.

Mas será que os computadores já são capazes de compreender a arte e diferenciar uma pintura artisticamente relevante de um monte de rabiscos de um pintor principiante?
Uma equipe de pesquisadores espanhóis e alemães afirma estar a caminho disso. Eles desenvolveram algoritmos matemáticos que podem tirar conclusões sobre o estilo artístico de uma pintura.
"Nunca será possível determinar matematicamente com precisão um período artístico e nem a reação humana a uma obra de arte, mas nós podemos detectar tendências," explica Miquel Feixas, um dos autores do estudo, publicado na revista Computers and Graphics.
Os pesquisadores da Universidade de Girona e do Instituto Max Planck demonstraram que determinados algoritmos de visão artificial permitem que um computador seja programado para "entender" uma imagem e diferenciar entre estilos artísticos com base em informações pictóricas de baixo nível.

Informações pictóricas de baixo nível incluem aspectos como a densidade das pinceladas, o tipo de tinta e de tela e a composição da paleta de cores. O estudo mostra que o cálculo da "ordem" da imagem - a análise dos pixels e da distribuição de cores, assim como da composição e da diversidade de cores - pode representar determinadas medições estéticas.
Não é o suficiente para enquadrar automaticamente uma pintura em um determinado período histórico, mas é o bastante para auxiliar em programas de computador dedicados à análise, classificação e busca em bancos de dados de imagens e coleções digitalizadas de museus.
Os pesquisadores vão partir agora para desenvolver programas especialistas nesse tipo de busca e em sistemas para uso em quiosques interativos, auxiliando os usuários de museus e galerias de arte.

O ser humano usa também informações de médio e de alto níveis para compreender a arte.
As informações de nível intermediário diferenciam entre determinados objetos e cenas que aparecem em uma imagem, bem como como o tipo de pintura (paisagem, retrato, natureza morta etc.). Informações de alto nível levam em conta o contexto histórico e o conhecimento que se detém sobre os artistas e as tendências artísticas.
Os primeiros trabalhos que procuravam sistematizar a compreensão da arte, foram feitos em 1933, quando o matemático George D. Birkhoff tentou formalizar a noção de beleza por meio de uma medição estética definida como a relação entre a ordem e a complexidade.
Depois disso, o filósofo Max Bense converteu essa noção em uma medida de informação baseada na entropia (desordem ou diversidade). Segundo ele, o processo criativo é um processo seletivo ( "criar é selecionar") dentro de uma gama de elementos (uma paleta de cores, sons, fonemas, etc.).

Segundo Bense, o processo criativo pode ser visto como um canal para a transmissão de informações entre a paleta de cores e o artista e os objetos ou características de uma imagem. Este conceito é largamente utilizado para analisar a composição e a atenção visual - o destaque ou a projeção - de uma pintura.
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E aí, será que vão inventar algo para avaliar um bom Design também? Cartas para a redação!

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