terça-feira, 8 de junho de 2010
Série Especial - Lost in Lost (03): As Teorias
3 teorias e análises sobre Lost (e seu fim) por quem entende da série
O dia 22 de setembro de 2004 entrou para a história da cultura (pop, principalmente). É a data de exibição do primeiro episódio de Lost (e também da queda do voo da Oceanic Airlines). Reunimos 3 opiniões sobre o fim de Lost (com teorias e especulações) produzidos por pessoas que entendem da série.
Lost por Alexandre Versignassi
Tá meio frustrado com esse final? Ainda bem. Estranho seria se não estivesse. Só tem uma coisa: isso é mérito do Lost. Nunca um produto da cultura pop (ou da não-pop) atiçou tanto a imaginação de tanta gente. Tudo bem que exista uma quantidade surpreendente de donos de sabres de luz ou de pessoas fluentes em Klingon por aí (eu conheço um cara que fala Klingon e a língua dos elfos do Senhor dos Anéis, além de grego clássico, mas não posso dizer quem é). Só que beleza: são coisas de nicho. E nicho tem pra tudo. Lost é diferente. É para a massa. Dá para puxar conversa no metrô sobre o que está acontecendo na ilha. Alguém vai ter uma teoria.
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E esse é o ponto. Se cada um tivesse a sua teoria e ficasse em casa com ela não haveria tanta frustração com os últimos episódios. O problema é que a troca global de teorias, principalmente via Lostpedia, criou algo inédito: uma seleção natural de teses em que só as melhores sobreviveram. Darwin puro: as ideias mais redondas se juntaram com outras tão boas quanto e deixaram descendentes ainda mais brilhantes. Tão bem-adaptados ao ambiente da série que, em alguns casos, a teoria chegou a superar a prática (a história que estava na cabeça dos roteiristas).
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A minha favorita dizia que o Jacob era um Aaron do futuro, que teria voltado ao passado mais remoto da ilha e começado a parada toda. O Homem de Preto? Fácil: era o Aaron da realidade alternativa. O bebê ainda não tinha nascido no universo paralelo e, como todo mundo teve uma vida pregressa ao vôo 815 um pouquinho diferente (Jack teve um filho, por exemplo, provavelmente com a Juliet), o pai da criança seria outro. E o Aaron nasceria moreno. Seria um Jacob Bizarro… O Homem de Preto, enfim. E um não poderia matar o outro porque, poxa, eles seriam a mesma pessoa.
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Aí veio o episódio "Across the Sea" e matou a teoria que eu gostava. Tive de me contentar como o fato de que eles não são filhos da Claire, mas de uma romana xis, e que não podem matar um ao outro por causa de uma porcaria de um passe de mágica. Pô…
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Mas ok. Importa mais saber que o desfecho não é um Frankenstein roteirístico criado a partir do que os fãs acham. Está claro que pelo menos a essência do que imaginam pro fim já estava na cabeça dos caras. Numa cena do 1º episódio da 1ª temporada fica óbvio que o personagem ali jogando gamão com o Walt não é o Locke, mas o Homem de Preto mesmo.
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Foi o que o Emiliano Urbim, que também edita a Super Interessante, percebeu. Os produtores tinham medo de a série ser cancelada depois de 12 episódios. Então era natural que já pusessem o irmão do Jacob no corpo do Locke de uma vez. Até por isso tinha aquele mistério de o John ser um paralítico que voltou a andar. Voltou a andar porque quem estava no controle do corpo dele era a entidade.
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Mais para o final da temporada, com contrato renovado com a ABC e tudo ok para produzir mais dezenas de episódios, a coisa muda de figura. Terry O´Quinn, o ator que faz o Locke, muda o jeito de interpretar seu personagem. O Locke da ilha vira um homem frágil, igual o dos flashbacks. Perde o olhar de onisciência que fazia nas primeiras cenas. E o Homem de Preto só toma mesmo o corpo do Locke lááá na frente, na 5ª temporada.
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Bom, os produtores nunca disseram isso. Nem desdisseram, porque ninguém perguntou. É só uma teoria. Mas isso é o que interessa no Lost: ele bota as nossas cabeças para funcionar o tempo todo, não só enquanto um episódio está passando. Teorizar o passado e no futuro da trama é tão bom quanto assistir capítulo novo. Até melhor, às vezes. Pena que, em questão de horas, isso vai acabar
(Alexandre Versignassi é editor da Superinteressante)
Lost por Fabio Hofnik
Lost foi um marco histórico na TV em todos os sentidos. Foi a experiência mais completa de crossmedia até os dias de hoje. A utilização dos ARGs, os jogos que intruduzem ao jogador o universo e o coloca dentro da história, aproximou o público de Lost criando um vínculo único. A série surgiu no único momento que poderia ter surgido, em uma época que a internet estava conhecendo o conceito de 2.0 que combina totalmente com a série e foi justo nisso que os criadores se apoiaram.
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A integração dos produtores com o público no início da primeira temporada foi a chave para o boom. Claro que a pesquisa na época de pré-produção da série também foi importante, sempre.
Essa conexão que ficou tão clara ao longos dos seis anos da série no ar no mundo todo, é claramente vista em cada episódio. Devido aos vários níveis de entendimento da série, o público é bem diverso. Há aqueles que gostaram do romance e das traições, ou aqueles que assistiram pela ação e mistério. Ainda há os que curtiram as conspirações e teorias malucas. Todos os motivos para gostar de Lost estão corretos e se equilibram. A grande coisa aqui é que o público cresceu com Lost.
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(Fabio Hofnik é um dos organizadores do Dharma Day, evento organizado pelos fãs para discutir sobre a série)
Lost por Davi Garcia
É o fim! Lost, a obsessão de milhões ao redor do mundo ao longo dos últimos seis anos chega a seu derradeiro ato. E goste-se ou não dos rumos que a série tomou, a certeza de todos que a acompanharam deve ser uma só: algo realmente muito especial está se encerrando na história da televisão. Produtores, roteiristas e elenco tem plena consciência disso e mais um monte de gente mundo afora (incluindo os críticos mais ferrenhos) também.
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Ousando ser diferente na fórmula e no conteúdo, Lost surgiu como um sopro de originalidade em meio ao "ócio criativo" que dominava a tv aberta. A união que a série propôs de ação em larga escala num cenário belíssimo, porém incomum, com ciência (ou pseudociência), mitologia e sobretudo discussões sobre a natureza humana, instantaneamente provocou uma rara aclamação tanto de crítica quanto de público.
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Ao longo desses seis anos, fomos todos espectadores e personagens, já que em maior ou menor escala, nos enxergávamos em Jack, Sawyer, Locke e cia repercutindo do lado de cá da tela as discussões que ganhavam corpo na série. ‘The End’, episódio final da série veio cercado de expectativas. O que iria acontecer na ilha? O homem de preto/monstro sob a forma do Locke vai enfim provar que não há nada a se proteger ali e destruirá o lugar como pretende? E a tal da realidade paralela, como e quando surgiu e que ligação tem com aquela da ilha e com as efetivas resoluções das histórias daqueles personagens?
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Com 100 minutos de duração, são essas as maiores perguntas que o derradeiro episódio de Lost tende a responder. E se é lugar comum dizer que tudo pode acontecer, faço uma aposta particular bem simples do que poderemos ver.
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Na ilha, o homem de preto vai tentar usar Desmond (que é imune ao eletromagnetismo) para anular seu núcleo (a fonte de luz) contando que isso por si só provoque a destruição da ilha. Contudo, com Jack agora na posição de novo protetor, o homem de preto/monstro terá um oponente capaz de impedí-lo fisicamente de concluir seu plano salvando Desmond. Este no entando, ciente de seu papel, dirá a Jack que ele precisa se sacrificar em prol de todos candidatando-se a levar o monstro consigo para dentro do coração da ilha.
Uma vez lá dentro, um distúrbio eletromagnético desencadeará um novo e breve salto da ilha para o passado pouco depois da detonação da bomba que Juliet provocou. Daí em diante, veremos o lugar entrando em colapso (indo parar no fundo do mar) ao mesmo tempo em que as duas realidades vão se fundir fazendo com que os personagens na paralela adquiriam enfim plena consciência de tudo o que viveram.
Mas independente do destino final, a jornada por si só já valeu muito à pena.
(Davi Garcia é um lostmaníaco inveterado e responsável por um dos blogs brasileiros mais lidos, o “Dude, we are lost”)
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Bem, nós já sabemos como terminou o seriado, mas ainda aguardamos os tais vinte minutos extras que virão no DVD, sabe-se lá quando. Até que seja lançado, pulularão teorias, discussões et cetera sobre o que foi dito e não dito, bem no estilo do que vivemos ao longo desses seis anos.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Série Especial - Lost in Lost (02): Lost é a televisão pensada fora da caixa
A intenção é seguirmos semanalmente até o lançamento do DVD da última temporada, onde nos "extras" o autor da maluquice, o "sandice maker" J.J. Abrahams, vai nos oferecer mais vinte minutinhos de explicações.
Hoje, vamos ver o que diz um outro gurú, Henry Jenkins, sobre Lost:
Lost é a televisão pensada fora da caixa
"American Idol" e "Survivor" são alguns dos programas que você cita em "Cultura da Convergência" para falar da nova relação do público com a informação. Que outros exemplos relevantes apareceram recentemente?
HENRY JENKINS: Se estivesse escrevendo o livro hoje, eu poderia ter capítulos focando em "Lost", "Glee", "Avatar" e "Distrito 9", cada um representando uma maneira diferente de pensar a relação da mídia com seus consumidores. Sob um aspecto, "Lost" representa um dos maiores hits da TV comercial contemporânea. É televisão-espetáculo numa escala global. Por outro lado, "Lost" tem todas as características que teríamos associado à televisão de nicho uma década atrás.
É um programa complexo e que exige compromisso do telespectador. "Lost" desafia o conhecimento coletivo, com redes sociais de larga escala onde pessoas dividem seu conhecimento, comparam notas e tentam desvendar os mistérios da ilha. Elas acompanham "Lost" com podcasts, sites, projetos wiki, jogos de realidade alternativa e inúmeras outras plataformas. "Lost" é a TV pensada fora da caixa.
E "Glee", "Distrito 9"...
JENKINS: Cada um dos outros exemplos representa o movimento da TV em direção a um mundo transmídia e participativo. Podemos encarar "Glee" como um veículo para vender música - nesse sentido, bem parecido com "Rock Band" e "Guitar Hero" - mas também como uma inspiração para várias performances amadoras. Pouco depois da exibição dos episódios, elas pipocam no YouTube.
Em relação a "Avatar", estou interessado, claro, no 3D, mas também na forma como ativistas do mundo todo abraçaram a identidade dos Na'vi e sua luta como uma linguagem através da qual falam das suas próprias disputas locais para proteger seus ambientes e estilos de vida. Sobre "Distrito 9", me interessa a maneira como um filme de escala menor ganhou tanto interesse por parte do público, e isso aconteceu graças a estratégias que se basearam no uso de redes sociais.
Há dez anos, no Brasil e fora dele, crianças e jovens não conseguiam se sentir atraídos por seus colégios. Agora, com a relação deles com a tecnologia e a internet, é dez vezes pior. Você acha que o mundo está enfrentando esse problema de maneira apropriada?
JENKINS: Dou aulas de Novas Literaturas Midiáticas, e uma de minhas atribuições é fazer com que os alunos entrevistem um estudante ou professor que eles conheçam. Meus estudantes vêm do mundo todo e, como tendem a entrevistar pessoas de suas famílias, vejo projetos sobre gente que vive em lugares muito diferentes. Quase sem exceção, todos os jovens que eles entrevistam têm uma vida intelectual mais rica fora da escola do que dentro. As coisas sobre as quais se importam, que provocam sua curiosidade e paixão, são tópicos que não têm lugar na atual configuração da educação.
JENKINS: Nossos jovens têm muito mais para dar ao mundo do que lhes é permitido. Quando lemos matérias sobre fãs desenvolvendo material on-line de referência sobre "Lost", por exemplo, há sempre alguém para dizer que eles têm muito tempo em suas mãos. Não gostaria de subestimar o valor dessa produção, mas também quero perguntar: de quem é a culpa? Essa atividade surge em um mundo que subestima a criatividade e o conhecimento. Como resultado, os jovens criam espaços alternativos onde podem aprender e compartilhar o que aprendem uns com os outros.
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Interessante, não? E o melhor é que essa discussão está apenas começando...
terça-feira, 25 de maio de 2010
Série Especial - LOST IN LOST (01): Uma panorâmica

Inicialmente, esta seria uma postagem extra, mas as repercussões e a própria natureza transmídia do seriado requerem mais espaço para apresentação de fatores que já impactam a indústria do entretenimento mundial e que vão se estender para outras áreas, entre elas a Educação, que migra da masmorra fétida e sombria para um ambiente lúdico, mágico, estimulante e de natureza transmídia.
Aliás, esse tempo entre a exibição original e a em nossas tvs por assinatura sofreu uma redução por pressão dos usuários, que preferiam baixar o episódio na Internet, colocar legendas e assistir até no computador do que ficar esperando seis meses até o troço pintar por aqui via cabo, ou um ano, se esperasse pela tv aberta, com dublagem ruim e na madrugada, como tapa buraco do Jô Soares. Uma vergonha dada a qualidade do seriado...
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A necessidade de acompanhar "Lost" aumentou o que é considerado como pirataria. Os fãs ainda precisavam criar uma forma de assistir à série traduzida e descobriram que era possível colocar legendas, feitas por grupos de outras pessoas mais fanáticas que traduziam as temporadas. Termos como "sincronia", ".srt" e "S06E18", se tornaram parte do cotidiano de quem assiste a séries online. Programas para assistir a vídeos com legendas, como o VLC e RadLight também.
Nota da Redação: Conversa fiada! Se os fãs, que legendam os episódios quase em tempo real com a exibição nos Estados Unidos conseguem, cerca de uma hora e meia depois de terminado por lá, nos oferecer uma legenda perfeita, por qual razão a Sony precisaria de dois dias para exibir com qualidade?
Em "Lost", isso foi além. Usando a internet, os criadores da série desenvolveram jogos de realidade alternativa que convidavam os fãs a desvendar alguns dos mistérios da série e, em vídeos produzidos somente para a internet, revelavam detalhes da história que apenas eram descobertos pelos fãs que acompanhassem as iniciativas na internet. Há, por exemplo, uma parte da mitologia por trás dos números malditos da série (4, 8, 15, 16, 23, 42), que só quem acompanhou essas narrativas paralelas conheceu.
A novidade foi que, com "Lost", o elemento transmídia fugiu das mãos dos produtores da série - de propósito - e os fãs passaram a criar esses desdobramentos. Eles reuniram informações em sites especializados, como a enciclopédia sobre a série, "Lostpedia", e o "Lost Maps", um mapa do Google Maps que aponta a localização dos acontecimentos. "Havia até uma banda no MySpace chamada Previously On Lost. Talvez seja a primeira vez que estejamos diante de um fenômeno do gênero", analisa Ian Black, consultor de mídias sociais e projetos multimídia.
Em entrevista no ano passado, Henry Jenkins, o autor do livro "Cultura da Convergência" e diretor do programa de mídia comparativa no MIT, comentou esse fenômeno: "Aquilo que não for transmídia vai se tornar transmídia nas mãos do público. Falando apenas sobre programas de televisão, se você reparar com atenção, vai perceber que os melhores produtos transmídia não foram criados pelas empresas que produzem os programas, mas pelos fãs."
E entre os mistérios inventados pela série e as soluções inventadas pelos fãs, percebe-se a criação de um novo tipo de entretenimento, uma nova forma de atrair interesse e despertar paixões, sempre de forma coletiva. Afinal, é melhor viver junto do que morrer sozinho.
Não existe alguém que goste só um pouco de "Lost". Ou você não tem ideia do que acontece na ilha maluca ou você é tão amalucado (pela série) quanto a ilha. Isso é só um dos aspectos que tornam a série tão importante. "É a franquia de ficção científica e fantasia mais popular desde 'Guerra nas Estrelas'", explica Rob Bricken, do blog de cultura pop "Topless Robot". "Todo mundo assiste, não só nerds. Minha esposa assiste 'Lost'. Minha mãe também. É um programa nerd que de alguma forma transcende essa nerdice e fica interessante para todas as idades, sexos, classes, e isso é bem importante".
E aí temos outro fator importante: o fim das barreiras geográficas fez que Lost se tornasse um sucesso internacional com impacto simultâneo. "O programa é um exemplo significativo do que podemos chamar de uma série 'global'", explica David Thorburn, diretor do Communications Forum do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA.
"Saber que 'Lost' vai acabar é como ter um amigo que vai embora para a Lua. Eu estou, é claro, ansioso para saber como termina, mas não estou pronto para dizer 'adeus'", diz Obara. Para esses mesmos fãs, é triste se despedir da série. Mas é também a redenção - tanto de Jack, Locke, Sawyer, Kate e companhia, quanto dos fãs, que por tantos anos acompanharam tão religiosamente a série. Todo mundo merece descansar. Em paz.
“Lost” e a revolução
Ainda restam inúmeras (e muitas vezes inúteis) discussões críticas que surgirão a partir do encerramento da série. Porém, não importa o final da série. “Lost” já está na história da televisão mundial.
Antes de “Lost”, nenhuma outra atração conseguiu colocar em prática os conceitos de multiplataforma e interatividade que tanto ouvimos falar. A série foi muito além dos episódios exibidos na televisão. Durante seis temporadas, os fãs decidiram se a experiência terminava ou não quando os créditos finais surgiam na telinha.
"Lostpedia" tem versões em inglês, português, russo e polonês
Mais de seis mil artigos, 25 mil usuários, 11 línguas diferentes, 33 mil páginas. Nenhum desses algarismos integra a lista de números malditos de "Lost": eles são na verdade os números da "Lostpedia", uma wiki sobre a série que foi criada, alimentada e gerida pelos fãs.
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Alguns fãs foram menos críticos, mesmo com diversos pontos terem ficado por explicar.
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SEM LIMITES PARA ENSINAR / MOYA - ESCOLA DE AVENTURA
CRIATIVO E INQUIETO (uma combinação muito interessante...) Quando eu me mudei do Rio de Janeiro para Brasília, em 2016 , imaginava ...
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Acabei não postando a relação das palestras do sábado. Para que o outro post não fique ainda maior, vou fazê-lo aqui. Vale lembrar que o eve...
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MUDANDO O MÉTODO (na verdade, adicionando mais um à lista) Aproveitando a oportunidade de juntar duas disciplinas de um mesmo período ao...