segunda-feira, 14 de junho de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (15): Nanoarte






Ciência e arte: veja as belezas reveladas pela nanotecnologia
Objetos um milhão de vezes menores do que um milímetro podem ser difíceis de se ver, mas certamente têm sua beleza. E, por serem capazes de exibir as imagens desse universo minúsculo, os cientistas envolvidos com nanotecnologia têm-se tornado verdadeiros artistas.
É o que comprovou a Mostra Internacional On-line Nanoarte 2009-2010, com a participação destacada de um grupo de pesquisadores brasileiros.

Organizada pelo cientista - e artista - Cris Orfescu, professor da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, a exposição competitiva contou com 150 imagens, das quais 15 foram produzidas por pesquisadores brasileiros.
Os cientistas-fotógrafos são ligados ao Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (CMDMC) e ao Instituto Nacional de Ciência dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).

De acordo com Elson Longo, professor do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e coordenador do CMDMC e do INCTMN, a exposição, que está em sua quarta edição, tem 42 participantes provenientes do Brasil, Alemanha, Canadá, Itália, Romênia, Holanda, Eslovênia, Filipinas e México. As imagens são feitas com microscópios de varredura de alta resolução, inicialmente em preto e branco. Depois elas são coloridas em um programa de computador. São tão fantásticas que o resultado são verdadeiras obras de arte. Algumas dessas fotos chegam a ser vendidas por até US$ 15 mil.
Segundo o professor, a nanoarte não se limita a uma diversão para cientistas. A exibição das imagens tem grande apelo junto ao público, o que proporciona uma popularização da ciência. Além disso, ela pode se transformar em uma verdadeira área de investigação na qual convergem arte, ciência e tecnologia. A utilização de ferramentas como a microscopia de força atômica para produzir essas imagens é capaz de revelar segredos dos sistemas complexos, auxiliando a compreender a origem de propriedades químicas e físicas dos materiais. Esse é o primeiro passo para o controle dessas propriedades, que conduzirá a aplicações inovadoras.

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