sábado, 30 de abril de 2011

FUNDAMENTAL DESIGN - 2a Semana de Design do Sul Fluminense: 6o Dia

Hoje, o evento ficou por conta dos estudantes de Design que organizaram o Alarme Coletivo para motivar seus colegas e impulsionar as atividades acadêmicas entre as diferentes turmas do curso.  Capitaneado por Marlon Itaboray e Jader Mattos, o workshop apresentou conceitos de postura profissional, pesquisa em Design, Portifólio e o uso de redes sociais para participar de trabalhos inclusive fora do Brasil.

E com esse workshop encerra-se o 2o Fundamental Design.  Ano que vem tem mais!  Um beijo do Anjo!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

FUNDAMENTAL DESIGN - 2a Semana de Design do Sul Fluminense: 5o Dia

Encerrando o evento anual de Design do UniFOA - Centro Universitário de Volta Redonda tivemos duas palestras excelentes, com Bernardo Senna e Millie Brito.  Bernardo abriu a noite falando sobre Design de Móveis, os concursos que participou e o desenvolvimento de seus projetos para a Tok & Stok e Museu da Casa Brasileira.


Millie apresentou as atividades de uma designer na Casa da Moeda, com foco em Design de Segurança, e como isso impacta na criação das famílias de cédulas brasileiras.

 
Só que não acabou não.  Amanhã tem o Workshop do Alarme Coletivo!  Não percam!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

FUNDAMENTAL DESIGN - 2a Semana de Design do Sul Fluminense: 4o Dia

Hoje tivemos duas feras compartilhando seus conhecimentos com nossos estudantes: os designers e professores doutores Marcos Braga e Ari Rocha.  Antes do início do evento eles foram conversar com a equipe do VIDU, que participa de um projeto que desenvolverá uma proposta de caminhão leve para a MAN (grupo Volkswagen) para o ano de 2020.

O ciclo de palestras começou com Marcos Braga, que apresentou uma visão panorâmica do Design no Brasil durante o século XX, destacando pontos importantes deste processo e que devem ser observados com atenção pelos nossos estudantes.




Em seguida, Ari Rocha apresentou o case do Aruanda, um projeto de automóvel de sua autoria que foi premiado na Itália e que é uma solução perfeitamente viável para grandes centros urbanos ainda hoje, mais de 40 anos depois da sua criação.



Amanhã tem mais!  Um beijo do Anjo!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

FUNDAMENTAL DESIGN - 2a Semana de Design do Sul Fluminense: 3o dia

Hoje, continuamos apresentando as palestras da nossa Semana de Design.  A primeira palestra da noite, bastante aguardada, foi a do CMYK - Coletivo de Design formado pelos designers e professores Marcos Archanjo, Bruno Corrêa, Luís Cláudio Belmonte e Moacyr Ennes.  E encerrando a programação da noite, Márcio Fábio e Ricardo Moyano, da GloboSat, apresentaram o case de reposicionamento do canal e o redesign do seu logo, vinhetas e quetais.



CMYK - Coletivo de Design
Era uma vez 4 amigos, professores e designers cascudos, que num fortuito surfe pelas ondas da vida, se encontraram em um centro universitário do interior do Estado do Rio de Janeiro.  Ao observarem que o local onde se encontravam, o UniFOA - Centro Universitário de Volta Redonda, era uma instituição séria que buscava a excelência de seus processos educacionais e que o entorno era uma autêntica meca de oportunidades para os designers em formação, eles decidiram criar um coletivo para auxiliar e inspirar os estudantes.
E assim, no dia 10/10/2010, era fundado o CMYK - Coletivo de Design cujo nome era inspirado no processo de impressão em policromia e também nos mosqueteiros de Alexandre Dumas, cuja união legendária proporcionava aventuras fantásticas.  Seus fundadores, Bruno Corrêa, Luís Cláudio Belmonte, Marcos Archanjo e Moacyr Ennes passaram a usar codinomes relacionados às suas atividades extra-classe para assinar pelo coletivo, tornando-se, respectivamente, o Bardo, o Embaixador, o Avatar e o Capitão.


Apresentados aos alunos no início do ano letivo de 2011, o CMYK vem preparando alguns projetos que foram divulgados na palestra de hoje do 2o Fundamental Design - Semana de Design do Sul Fluminense




PROJETOS CMYK - 2011


PROJETO #01: 2o FUNDAMENTAL DESIGN





O evento foi a primeira grande traquinagem do coletivo para 2011.  Foi feita uma seleção de alguns dos melhores profissionais brasileiros de Design para ministrar as palestras para os nossos estudantes, abrilhantando o evento com as suas experiências.



PROJETO #02: DESIGNPÉDIA
Já que os estudantes têm por hábito copiar e colar informações obtidas na Internet, muitas delas sem qualquer embasamento científico, decidimos criar uma enciclopédia wiki, usando o motor da Wikipédia, para oferecer conteúdo de base para trabalhos e pesquisas.

Ainda em fase de alimentação do seu banco de dados, a Designpédia será inaugurada em 2011, para acesso público, beneficando todas as academias brasileiras de Design.




PROJETO #03: YELLOW SUBMARINE (BAR CUBA LIBRE)
A partir da avaliação dos primeiros encontros informais do Yellow Submarine – Conclaves Criativos no Ciberespaço, realizados dentro do Second Life, estamos construindo um ponto de encontro temático, o Bar Cuba Libre, onde estudantes e professores poderão se reunir para conversar sobre criatividade, Design e outros assuntos.



PROJETO #04: WORKSHOP INTEGRADO
Em maio, promoveremos um workshop integrado no Parque Nacional de Itatiaia, que envolverá Biônica, Biomimética e Fotografia Outdoor.  A primeira fase desse evento ocorrerá no campus Três Poços no dia 14 de maio, onde os assuntos serão apresentados aos estudantes.


PROJETO #05: ARTEIROS
Este projeto de responsabilidade social tem por objetivo sensibilizar estudantes e professores da rede pública de educação básica, através de técnicas de desenho de observação, história da arte, pintura e computação gráfica.


PROJETO #06: NATAL COM DESIGN
O Natal com Design é uma atividade de extensão que foi iniciada com o concurso de Toy Art, onde a partir do prêmio vencedor serão fabricados mil kits de presentes para serem ofertados às crianças do entorno do Campus Três Poços.  Como parte deste projeto será desenvolvido no próximo período, em diversas disciplinas, o projeto de construção da Árvore de Natal do UniFOA, utilizando os princípios de ecodesign.

PROJETO # 07: PÓS EM DESIGN DE MÓVEIS
A partir do contato com os designers de produto do SENAI, que lançaram a publicação “Desejos e Rupturas”, está sendo elaborado um curso de extensão em design de móveis que servirá de base para o curso de pós-graduação em design moveleiro.


PROJETO #08: SC3D
É um projeto com conteúdo ainda sigiloso, que vai originar diversas atividades de pesquisa, dentro e fora do UniFOA.


PROJETO #09: CMYKTV

Estes projetos serão transformados em um canal de vídeos sob a chancela da CMYKTV e utilizados em algumas disciplinas em caráter experimental. Será uma experiência de midiaeducação aplicada ao Design.


PROJETO #10: BIBLIOTECA CMYK

Será um conjunto de publicações criadas pelo coletivo e voltadas para diferentes segmentos do Design. 
Nosso objetivo é fornecer bibliografia para áreas onde foram identificadas carências na produção de referências.


PROJETO #11: MATERIALTECA
Com o objetivo de fornecer subsídios para projetos e trabalhos diversos, será construída uma biblioteca de materiais, como madeira, metais, polímeros e compósitos, inclusive com uma contraparte virtual para ser consultada à distância.



 
REDESIGN LOGO GNT
Os designers Ricardo Moyano e Márcio Fábio Leite apresentaram a nova identidade visual do Canal GNT, ressaltando a importância do processo de pesquisa em Design para a obtenção de resultados mais adequados às demandas do cliente.



É isso aí, amanhã tem mais.  Um beijo do Anjo!











terça-feira, 26 de abril de 2011

FUNDAMENTAL DESIGN - 2a Semana de Design do Sul Fluminense: 2o Dia

Hoje, tivemos um ciclo de palestras muito interessante, mas antes delas rolaram dois números musicais que abrilhantaram ainda mais o evento: Guilherme de Nigris executou música celta e dos Beatles na Matilda, seu violão mágico, seguido de Jader Mattos que arrasou no blues com a sua gaita, Teresa.






A primeira palestra foi “O Processo Obsessivo do Animador Solitário”, com o designer e diretor de curtas de animação Erick Grigorovsky, da MultiRio, seguido da pelastra “Designer Surfistinha: da Prostituição ao Estrelato”, apresentada por Ricardo Pinto, designer e empresário.






Amanhã tem mais!  Um beijo do Anjo!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

FUNDAMENTAL DESIGN - 2a Semana de Design do Sul Fluminense: Abertura

Queridos leitores,

Nesta semana, o blog entra de recesso na sua programação normal para apresentar, com muito orgulho, o evento Fundamental Design - 2a Semana de Design do Sul Fluminense, que vai rolar no Campos Três Poços do UniFOA - Centro Universitário de Volta Redonda.

A partir das 19 horas teremos a cerimônia de abertura, seguida de uma apresentação de música celta e chorinho, ambos dedilhados por Guilherme De Nigris, estudante do primeiro período do curso de Design.  Na sequência, teremos a palestra inaugural com o designer Gilberto Strunck, da Dia Design e Comunicação, com quem eu tive a honra de ter aulas na década de 1980.

Além de profissional premiadíssimo (a Dia Design acabou de ser condecorada como a melhor agência do ano no Brasil), Strunck é também autor de livros sobre Design que se tornaram bibliografia obrigatória de todos os cursos do País.  Ele vai apresentar uma panorâmica sobre "Viver de Design" e depois estará disponível para conversar com os estudantes, autografar livros e contar seus muitos "causos".

A Semana de Design do Sul Fluminense é um evento acadêmico da grade de atividades complementares e foi organizada pelo CMYK - Coletivo de Design, que montou a grade de programação e convidou a maior parte dos palestrantes, e pelo Alarme Coletivo, que criou a programação visual e está carregando o piano junto com os alguns professores.

Farei a atualização do blog, com fotos e outros materiais, para que vocês possam acompanhar de perto o que está acontecendo.  Existe, inclusive, a possibilidade de que as palestras sejam transmitidas ao vivo, via Twitter.  Se estiver interessado, acompanhe o @DesignUniFOA para ficar informado.

Um beijo do Anjo!

domingo, 24 de abril de 2011

It's Music! (48): Somewhere in Time - Em Algum Lugar do Passado

Para os corações românticos, ofereço esse mimo musical que embalou muitos sonhos apaixonados juvenis...



E aqui um link para um trecho muito bonito do filme:
http://youtu.be/8_JmUMkLy7g


quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Design está aqui! (11): 2o Fundamental Design

Hoje, vamos fazer uma postagem única, falando sobre o evento que estamos organizando no UniFOA - Centro Universitário de Volta Redonda.  O 2o Fundamental Design - Semana de Design do Sul Fluminense é um ciclo de palestras com expoentes da área que tem por objetivo trazer aos nossos estudantes as melhores práticas em Design do País.

Ao lado, o painel com a programação do evento, que terá a cobertura desse blog e a minha participação junto com os demais membros do CMYK - Coletivo de Design, na próxima quarta feira.

Outros destaques vão para as palestras de Gilberto Strunck (Viver de Design) na 2a feira, abrindo o evento, Marcos Braga (A História do Design Brasileiro) e Ari Rocha (Design Automobilístico), ambos na 5a feira.















Hoje o blog entra em recesso de feriadão para montarmos a apresentação do CMYK, voltamos no sábado com o Birinight Oil.  Um beijo do Anjo!

terça-feira, 19 de abril de 2011

O Mundo do Futuro, hoje (45): Implante cerebral de seda

Realmente, essa me pegou de surpresa.  Será que não existem limites para as invenções? Implante de seda? Homessa!



Implante cerebral de seda é esperança para epilepsia e lesões da coluna
Cientistas criaram um novo tipo de eletrodo para implantes cerebrais que praticamente se funde no lugar, adequando-se com perfeição à superfície irregular do cérebro.  Feito de uma mescla precisa de polímero, metal e seda, o implante ultrafino é menos invasivo do que os tradicionais eletrodos de agulha, praticamente não causando danos ao cérebro.  A parte de seda - ou fibroína, a proteína da qual a seda é feita - é projetada para dissolver-se depois que os eletrodos são implantados no cérebro, garantindo um perfeito contato e leituras mais precisas dos impulsos elétricos do cérebro.

A tecnologia pode impulsionar o campo das interfaces cérebro-máquina e permitir a criação de dispositivos práticos para monitorar e controlar as convulsões epilépticas e até mesmo para transmitir sinais do cérebro para partes específicas do corpo, saltando partes danificadas por fraturas na coluna vertebral.  "Estes implantes têm o potencial para maximizar o contato entre os eletrodos e o tecido cerebral, minimizando os danos ao cérebro. Eles podem fornecer uma plataforma para uma grande variedade de dispositivos médicos, com aplicações na epilepsia, nas lesões da medula espinhal e outras desordens neurológicas," afirma o Dr. Walter Koroshetz, do Instituto Nacional de Desordens Neurológicas, dos Estados Unidos.

Os experimentos demonstraram que os implantes ultrafinos e flexíveis, recobertos de seda, captam a atividade cerebral mais fielmente do que os implantes mais grossos utilizados atualmente, mesmo quando utilizados em conjunto com o mesmo circuito eletrônico de suporte.  A primeira geração de eletrodos neurais, usados para gravação dos sinais cerebrais - e ainda a mais largamente utilizada - consiste em pequenas agulhas metálicas que penetram profundamente no tecido cerebral.

A segunda geração trouxe as chamadas matrizes de microeletrodos, constituídas por dezenas de eletrodos de fio semi-flexível. Embora menos invasivas, essas matrizes são essencialmente chips ultraminiaturizados, e a sua base de silício rígida não lhes permite conformar-se à superfície irregular do cérebro.  Já os novos eletrodos neurais à base de seda podem literalmente "abraçar" o cérebro, adaptando-se às ranhuras e se estendendo por suas superfícies arredondadas, colando-se como se fosse uma fita adesiva.  A flexibilidade também permite que eles se adaptem aos movimentos normais, ou até anormais, do cérebro no interior do crânio.

Além de sua flexibilidade, a seda foi escolhida como material base dos eletrodos porque ela é resistente o suficiente para suportar a inserção das finas vias metálicas responsáveis por captar os sinais do cérebro e enviá-los para os equipamentos de processamento.  A seda também permite que os implantes sejam projetados para evitar reações inflamatórias e para dissolver-se em tempos predeterminados, que podem variar de quase imediatamente após o implante até anos mais tarde.

As matrizes de eletrodos de metal - com cerca de 500 micrômetros de espessura - podem ser impressas em camadas de poliimida (um tipo de plástico) e de seda e, a seguir, posicionadas sobre o cérebro.
A parte eletrônica do implante foi obtida com a colaboração da equipe do professor John Rogers, da Universidade de Illinois, que desenvolveu circuitos eletrônicos superflexíveis usados, por exemplo, em uma câmera digital que imita a retina humana.

Os implantes cerebrais foram testados sobre objetos de geometrias complexas e maleáveis e, finalmente, no cérebro de animais vivos anestesiados.  Os experimentos levaram ao desenvolvimento de uma matriz que tem como base uma malha de poliamida e seda que se dissolve assim que faz contato com o cérebro, permitindo que a matriz de eletrodos "abrace" fortemente o cérebro, captando os sinais de forma mais precisa do que os eletrodos muito mais grossos utilizados até hoje.

Agora que comprovaram o funcionamento da técnica, os pesquisadores planejam adensar os eletrodos sobre a base de seda e plástico, de forma a obter leituras dos sinais cerebrais com uma resolução mais elevada - os protótipos usados até agora são formados por 30 eletrodos em um padrão de 5x6.
"Também pode ser possível compactar os implantes de seda e enviá-los ao cérebro através de um catéter, em formatos definidos e já instrumentalizados com componentes eletrônicos de alto desempenho," vislumbra o Dr. Rogers.

Em pacientes com epilepsia, as matrizes de eletrodos cerebrais podem ser usadas para detectar quando a crise epiléptica está começando, e enviar de volta ao cérebro pulsos elétricos que anulem os ataques.
Nas pessoas com lesões na coluna vertebral, a tecnologia tem potencial para ler diretamente no cérebro os sinais complexos que comandam os movimentos e encaminhar esses sinais diretamente para os músculos saudáveis ou para próteses, saltando a porção danificada.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Brasil, o País do Presente (71): Maior programa mundial de estudos espaciais será realizado no Brasil

Hoje é meu aniversário de 47 anos e resolvi postar uma notícia de ponta relacionada com a nossa coluna semanal, que mostra as coisas boas que rolam no Brasil, a despeito do silêncio midiático.  Vamos lá!

Maior programa mundial de estudos espaciais será realizado no Brasil

Universidade Internacional do Espaço (ISU, na sigla em inglês) escolheu o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT) como sede do mais importante e abrangente programa de treinamento do mundo na área.  O SSP13 (Space Studies Program) vai atrair para São José dos Campos (SP) cerca de 120 estudantes de diversos países para aulas sobre engenharia e aplicações de satélites, política, gestão e legislação espacial, entre outros temas.  Serão nove semanas de estudos multidisciplinares, de 17 de junho a 17 de agosto de 2013.

"Esperamos um grande SSP no Brasil. Encontramos no Inpe instalações excelentes, nível de conhecimento técnico muito alto e a valorização dos estudos espaciais como condição para a melhoria da humanidade", declarou Michael Simpson, presidente da ISU, sobre a escolha do Inpe como sede do programa em 2013.

Embora possua um campus central na França, a cada ano a ISU elege instituições ao redor do mundo para realizar este programa.  "Estamos orgulhosos, pois o Inpe e a cidade de São José dos Campos terão a oportunidade de reunir especialistas do mundo todo, ao mesmo tempo em que se destacam as iniciativas brasileiras nas áreas de aplicações, engenharia e ciências espaciais, promovendo a cooperação internacional", comenta Gilberto Câmara, diretor do Inpe.

Fórum internacional para o intercâmbio de conhecimentos e ideias sobre desafios relacionados ao espaço, a ISU pretende desenvolver os futuros líderes da comunidade mundial no setor, fornecendo programas educacionais para estudantes e profissionais em um ambiente internacional, intercultural e interdisciplinar. Desde a sua fundação, em 1987, a ISU já formou mais de 3 mil estudantes de 100 países.

Além das aulas teóricas e práticas no Inpe, durante o SSP13 serão realizadas visitas técnicas a outras instituições e empresas privadas. Estão previstas ainda atividades abertas ao público em geral, como oficinas e workshops com a participação de astronautas e personalidades internacionais.  "Assim que tivemos a confirmação da escolha da sede pela ISU, começamos a organizar um comitê local formado principalmente por especialistas do Inpe e de órgãos parceiros que são ex-alunos do programa. Um de nossos compromissos é com o envolvimento da comunidade nas atividades", informa Antonio Yukio Ueta, assessor técnico do Inpe e responsável pelo comitê local do SSP13.

O SSP é um treinamento de altíssimo nível baseado no Princípio 3 I's da ISU: Internacional, Intercultural e Interdisciplinar. Um de seus principais objetivos é incentivar o desenvolvimento inovador do espaço para fins pacíficos, buscando o avanço do conhecimento e a melhora da vida na Terra. O programa possui três fases: Core Lectures, Departments e Team Project.

Core Lectures são as aulas teóricas e práticas dos sete departamentos da ISU: Engenharia de Sistemas, Ciências Físicas, Ciências da Vida, Espaço e Sociedade, Política e Lei, Aplicações de Satélites, Negócios e Gerenciamento. Esta fase inclui workshops, painéis e atividade multidisciplinares e, ao final, os estudantes são submetidos a um rigoroso exame.

A fase seguinte, Departments, consiste em tutoriais, visitas técnicas, atividades práticas e apresentações com foco específico de cada departamento. Por último, durante o Team Project (TP), os estudantes têm a missão de desenvolver e documentar um projeto temático.

O SSP já foi realizado nas seguintes cidades: Houston, Cambridge, Mountain View, Cleveland, Pomona e Huntsville (EUA); Estrasburgo e Toulouse (França); Toronto e Vancouver (Canadá); Barcelona (Espanha); Pequim (China); Adelaide (Austrália); Bremen (Alemanha); Viena (Áustria); Estocolmo (Suécia); Kitakyushu (Japão); Viña del Mar e Valparaíso (Chile); e Nakhon Ratchasima (Tailândia).



domingo, 17 de abril de 2011

It's Music! (47): Break up is hard too do

Embora a música seja um clássico do Rock dos anos 1950, tomei conhecimento desta versão recentemente, então posto-a com Celtic Thunder para deleite geral e aproveito para ofertar também a mesma música com Neil Sedaka e com The Carpenters.  Tudo papa-fina!

Rebola no bambolê aí, mina!





sexta-feira, 15 de abril de 2011

O Outro Mundo (33): Projeto Prometheus

O post de hoje vai além das notícias que costumo apresentar aqui sobre mundos virtuais e abre espaço para reflexão sobre para onde nos dirigimos.  Só posso dizer que, quando chegarmos lá, o conceito de "vida" e de "realidade" vai mudar consideravelmente...



quinta-feira, 14 de abril de 2011

Quinta Dobrada (05): Computador Quântico & Bioeletricidade

Ora, ora... nós volta e meia falamos por aqui do Computador Quântico, uma baita inovação que vai impactar nossas vidas na escala daquilo que chamamos comumente de ficção científica.  Para por mais um tempero na panela, eis uma notícia interessante sobre o assunto, somada ao fato que estamos aprendendo a tirar eletricidade das plantinhas, que bonitinho!

Quem sabe assim a usina de Belomonte não possa ser feita em parceria com a vegetação local, ao invés de afogar as pobrezinhas, para desespero dos americanos que são os maiores defensores das práticas ambientalistas desse pequeno planetinha azul...


Computador quântico chega aos 14 qubits

Físicos quânticos da Universidade de Innsbruck, na Áustria, bateram outro recorde mundial no campo da computação quântica.  Rainer Blatt e seus colegas obtiveram o entrelaçamento quântico de 14 qubits, construindo o maior registrador quântico já feito até hoje.  Com este experimento, os físicos não apenas deram mais um passo rumo à construção de um computador quântico como também obtiveram resultados valiosos para o estudo do fenômeno quântico do entrelaçamento entre partículas.

O grupo de Innsbruck tem entre seus feitos mais recentes o primeiro simulador quântico e um raio laser quântico.  O termo entrelaçamento - também traduzido por emaranhamento - foi introduzido pelo físico Erwin Schrödinger em 1935 para descrever um fenômeno quântico que, embora já tenha sido muito bem demonstrado experimentalmente, ainda não é completamente bem compreendido.

Usando o entrelaçamento de qubits, um computador quântico poderá resolver problemas fora do alcance dos computadores atuais, a uma velocidade inimaginavelmente maior.  Contudo, partículas entrelaçadas não podem ser descritas como partículas individuais com estados definidos - elas formam um sistema.  "Torna-se ainda mais difícil entender o entrelaçamento quando há mais de duas partículas envolvidas," explica Thomaz Monz, coautor do trabalho agora publicado. "E nossos experimentos com muitas partículas nos dão novos insights sobre esse fenômeno."

O recorde anterior da equipe era justamente 1 byte quântico - eles haviam entrelaçado 8 qubits.  Nenhum outro grupo conseguiu ainda reproduzir esse recorde anterior, e a equipe deu logo um salto para 14 qubits.  Os qubits são átomos de cálcio presos em uma armadilha iônica e manipulados com a luz de raios laser.  Recentemente, um grupo da Universidade de Oxford conseguiu entrelaçar 10 bilhões de possíveis bits quânticos em um chip de silício, mas eles ainda não conseguem manipular esses bits para que eles sejam usados em cálculos.

Os físicos descobriram que, em seu sistema, a taxa de decaimento dos qubits não é linear, como geralmente acontece, mas proporcional ao quadrado do número de qubits.  Ou seja, quando o número de partículas entrelaçadas cresce, a sensibilidade do sistema aumenta significativamente.  "Esse processo é conhecido como superdecoerência e só foi observado poucas vezes em um processamento quântico," diz Monz.

Isto é importante não apenas para o campo da computação quântica, mas também para a construção de relógios atômicos de alta precisão e para a realização de simulações quânticas em computador.  O grupo austríaco já consegue aprisionar até 64 partículas em sua armadilha de íons, mas ainda não é capaz de entrelaçar todas - isto pode dar uma ideia dos progressos a se esperar nesta área.







Bioeletricidade: energia é captada diretamente das plantas
Recentemente, cientistas franceses construíram uma biocélula capaz de aproveitar um composto intermediário da fotossíntese das plantas para gerar eletricidade.  Agora, cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, foram além, e capturaram a eletricidade diretamente das plantas, sem a necessidade de uma biocélula.

A fonte da energia usada pelos pesquisadores de Stanford também é a fotossíntese.  Mas, em vez de hackearem as folhas das plantas, eles literalmente plugaram um fio nas células de algas marinhas responsáveis pela fotossíntese e capturaram diretamente o fluxo de elétrons que elas produzem.
"Nós acreditamos sermos os primeiros a extrair elétrons de células de plantas vivas," diz o Dr. WonHyoung Ryu, coordenador da pesquisa, destacando que o experimento pode ser o primeiro passo rumo à geração de bioeletricidade de alta eficiência.

Ryu e seus colegas desenvolveram um nanoeletrodo ultra fino, feito de ouro, inicialmente projetado para sondar células vivas individuais.  Eles inseriram cuidadosamente os eletrodos através das membranas das células de algas. As células "abraçaram" os eletrodos, selando a membrana ao seu redor, o que as permite manterem-se vivas por algum tempo.  Os eletrodos coletam os elétrons no interior das células fotossintetizadoras e os transmitem para o exterior, criando uma pequena corrente elétrica.  "Nós continuamos nos estágios científicos da pesquisa," alerta Ryu. "Nós estamos lidando com células individuais para provar que podemos colher os elétrons."

As plantas usam a fotossíntese para converter a energia da luz em energia química, que é armazenada nos açúcares que elas utilizam como alimento.  Esse processo acontece nos cloroplastos, verdadeiras usinas de força das células, onde são produzidos os açúcares e que são também os responsáveis pela cor verde das folhas e das algas.  Nos cloroplastos, a água é quebrada em oxigênio, prótons e elétrons. A luz do Sol penetra no interior do cloroplasto e excita os elétrons para um nível de energia mais alto, o que faz com que ele seja prontamente capturado por uma proteína.

Os elétrons passam por uma série de proteínas, que sucessivamente capturam mais e mais de sua energia para sintetizar os açúcares - até que toda a energia dos elétrons seja gasta.  Neste experimento, os cientistas interceptaram os elétrons assim que eles foram excitados pela luz, quando estavam em seu nível mais alto de energia.  O resultado, destacam eles, é uma produção de eletricidade que não libera carbono na atmosfera. O único subproduto da fotossíntese são os prótons e o oxigênio.

"Esta é potencialmente uma das fontes de energia mais limpas para a geração de eletricidade. Mas a questão é, será ela economicamente viável," pergunta-se Ryu.  Cada célula de alga produz 1 picoampere - uma quantidade de energia tão pequena que seria necessário plugar eletrodos em 1 trilhão de células fotossintetizadoras para gerar a energia disponível em uma pilha AA.  Ainda assim, a eficiência na conversão da energia luminosa em eletricidade atinge 20% - equivalente à das células solares fotovoltaicas. Mas os cientistas afirmam que, teoricamente, deve ser possível se aproximar dos 100% de eficiência.

O problema mais sério, contudo, é que as células morrem depois de uma hora. Os cientistas ainda não sabem se elas morrem por causa de vazamentos na membrana celular ao redor do eletrodo ou se é porque elas estão perdendo a energia que seria necessária aos seus processos vitais. O próximo passo da pesquisa é aprimorar os eletrodos para que a célula possa viver mais tempo. Eletrodos maiores deverão conseguir capturar mais eletrodos. E cloroplastos maiores podem capturar mais energia por área.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Design está aqui! (11): Escritório Natural & Funk do Corel

Que eu detesto funk, todo mundo que me conhece já sabe.  Mas essa obra aqui, que não é novidade no metiê, realmente merece ser postada, para mostrar como duas coisas ruins - lixos, na verdade - podem ser combinadas para gerar algo ao menos risível...

E de quebra, olha só o interior deste imóvel e transponha tal conceito para aquilo que chamamos de "sala de aula".  Será que ficaria mais agradável?  E se colocássemos uma hidromassagem e/ou um ofurô?


Escritório "Natural"
Essa é uma daquelas idéias espetaculares e inovadoras que deixam a maioria das pessoas com água na boca.  Nós, do CMYK, já incorporamos o conceito às traquinagens que estamos desenvolvendo e pensamos como transformar as salas de aula em algo tão lúdico.

O projeto pertence ao quartel general da Pons e Huot, em Paris, feito pela compania de arquitetura Christian Pottgiesser Arquitetcturespossibles.  Babem, pensem, sonhem e... realizem!





Cavalheiros do CMYK, que tal transformarmos o "Bunker" em algo do tipo?





O Funk do Corel






terça-feira, 12 de abril de 2011

O Mundo do Futuro, hoje (44): Energia super verde: hidrogênio é gerado com som e água

Essa notícia parece mesmo ter saído das páginas da ficção, mas não é que o negócio é real?  Me fez lembrar da proposta que fiz para os estudantes do sétimo período, sobre propor uma inovação utilizando vídeos sobre tecnologia de ponta, conceitos de criatividade e de ecologia humana como parâmetros...

Energia super verde: hidrogênio é gerado com som e água
Cientistas criaram um novo tipo de cristal que, quando mergulhado em água, absorve as vibrações do ambiente, criando fortes cargas negativas e positivas em suas extremidades.  As cargas elétricas são suficientes para quebrar as moléculas de água ao redor, liberando hidrogênio e oxigênio.

Parece bom demais para ser verdade: os cristais podem aproveitar uma espécie de poluição - o barulho e as vibrações das ruas e estradas, por exemplo - para gerar o mais verde dos combustíveis, o hidrogênio, que pode abastecer carros ou usinas elétricas liberando apenas água como resíduo. "É uma espécie de almoço grátis," explica o Dr. Huifang Xu, da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos. "Você captura energia do ambiente da mesma forma que as células solares capturam energia a partir da luz do Sol."

A fotossíntese artificial é um objetivo longamente perseguido pelos cientistas. Recentemente cientistas do MIT utilizaram até um vírus para quebrar as moléculas de água e gerar hidrogênio.  Xu e seus colegas adotaram uma via muito mais simples: eles geraram hidrogênio usando uma nova variedade de cristais piezoelétricos, materiais que geram energia quando pressionados e que estão sendo largamente estudados como uma forma de gerar eletricidade a partir do movimento.

Os novos cristais, contudo, feitos de óxido de zinco, foram projetados para operarem submersos, de forma que a eletricidade que geram, em vez de ser transportada por um fio, é liberada diretamente na água, quebrando as moléculas e liberando o oxigênio e o hidrogênio.  Os pesquisadores batizaram o novo fenômeno de efeito piezoeletroquímico.

Ao crescerem, os cristais assumem a forma de finas microfibras altamente flexíveis. Uma vibração, oriunda de ondas sonoras, por exemplo, é suficiente para dobrá-las, fazendo-as gerar eletricidade.  Os pesquisadores demonstraram que vibrações ultrassônicas fazem as fibras piezoeletroquímicas curvarem suas extremidades entre 5 e 10 graus, criando um campo elétrico com uma tensão suficiente para quebrar as moléculas de água, liberando oxigênio e hidrogênio.

A taxa de eficiência das microfibras de óxido de zinco atinge 18%, medida em termos de sua capacidade de converter as vibrações em energia contida nas moléculas de hidrogênio produzidas. Os cristais piezoelétricos tradicionais apresentam uma taxa de conversão de 10%.  Para aproveitar as vibrações disponíveis em cada ambiente, basta crescer fibras de tamanhos variados, que se tornam sensíveis a frequências diferentes.

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E então, designers?  Ainda acham que vão propor alguma maluquice irrealizável?

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Brasil, o País do Presente (70): Energia eólica brasileira

Ao que parece estamos caminhando novamente no sentido de utilizar a tão abundante e desperdiçada matriz eólica brasileira.  Se fizermos investimentos sérios nela e em outras matrizes abundantes como a energia solar e a geotérmica, penso que deixaremos o pré-sal para abastecer necessidades mais nobres.  Fiz uma coleta de informações a respeito para vocês lerem e ponderarem...

Aprovada instalação de mais nove parques eólicos no Brasil
A diretoria do BNDES aprovou financiamento de R$ 790,3 milhões para a instalação de nove parques eólicos no BrasilOito deles serão construídos no Ceará, com capacidade instalada total de 211,5 MW. O nono parque eólico, em Tramandaí, no Rio Grande do Sul, terá 70 MW de potência instalada.

O crescente apoio do Banco ao setor vem contribuindo para o aumento da capacidade de energia renovável na matriz energética brasileira.  Atualmente, os 51 parques eólicos em operação no Brasil possuem capacidade instalada de 937 MW.  Além destes, outros 18 projetos estão em construção, com mais 500,8 MW para entrar em operação ao longo de 2011, incluindo o parque eólico de Tramandaí.

As autorizações para investimentos em energia eólica cuja construção ainda não foi iniciada já atingem 3.600 MW, distribuídos por 134 projetos.  No BNDES, já foram assinados ou estão em processo de assinatura, incluindo as duas operações recém-aprovadas, 51 contratos de financiamento diretos e indiretos, no valor total de R$ 4,1 bilhões, para a implantação de 1.369 MW. Além desses, outras 44 operações estão em análise, demandando financiamentos da ordem de R$ 3,3 bilhões.

Os recursos agora aprovados serão destinados a oito sociedades de propósito específico (SPEs) constituídas pelo Grupo IMPSA em parceria com o Fundo de Investimento do FGTS - FI FGTS, exclusivamente para os projetos. O BNDES financiará, de forma indireta, R$ 562,6 milhões a serem repassados pela Caixa Econômica Federal.

Os parques, situados nos municípios de Acaraú, Itarema e Aracati, terão capacidade de 156 MW, 30MW e 25,5MW, respectivamente, e foram vencedores no segundo Leilão de Energia de Reserva de 2009.  Com isso, tiveram direito a assinar Contratos de Comercialização da Energia com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) por período de 20 anos, com preço médio de R$ 151/MWh ajustado anualmente pela variação do IPCA.

O valor reflete o aumento da concorrência entre os fabricantes de aerogeradores. Esse novo cenário pode ser atribuído à futura instalação de novos competidores no Brasil.  Os aerogeradores utilizados pelos Parques são credenciados pelo BNDES e fabricados na fábrica do grupo IMPSA, Wind Power Energia (WPE), no Complexo de Suape, em Pernambuco.


Tecnologia nacional cria rotor aerodinâmico para turbinas de energia eólica
Os empreendimentos são relevantes para os municípios em termos socioeconômicos. Vão criar 1,2 mil empregos diretos durante a construção e 2,5 mil indiretos, com efeito multiplicador de renda na região. Além disso, haverá aproveitamento da mão-de-obra local, evitando o desemprego, com treinamento e especialização dos empregados.

O Parque Eólico Elebrás Cidreira 1, no município de Tramandaí, está incluído no Proinfa, o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica, do governo federal, e receberá do BNDES R$ 227,7 milhões.  Toda a energia do Parque foi vendida para a Eletrobras por um prazo de 20 anos e deverá começar a ser entregue pelas distribuidoras a partir de março de 2011. Os investimentos serão realizados pela Elebrás Projetos S/A, do Grupo EDP.

O projeto, por se tratar de uma fonte de energia renovável, trará benefícios à população e à infraestrutura local, tais como reduzido impacto ambiental, sem a produção de resíduos de qualquer natureza, e ausência de emissão de gases de efeito estufa.  Trará, ainda, efeitos positivos para a economia local. Durante a fase de construção, serão criados 535 empregos diretos.



Brasil está desperdiçando seu potencial eólico

Mais de 71 mil quilômetros quadrados do território nacional, em sua quase totalidade na costa dos estados do Nordeste, contam com velocidades de vento superiores a sete metros por segundo, que propiciam um potencial eólico da ordem de 272 terawatts-hora por ano (TWh/ano) de energia elétrica.

Trata-se de uma cifra bastante expressiva, uma vez que o consumo nacional de energia elétrica é de 424 TWh/ano, aponta estudo publicado na Revista Brasileira de Ensino de Física, de autoria de pesquisadores do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).  "Os números do potencial eólico brasileiro foram estimados com os mesmos modelos de previsão de tempo e estudos climáticos. Como esses modelos são validados para locais específicos das diferentes regiões do país, esse potencial eólico pode estar subestimado", disse Fernando Ramos Martins à Agência FAPESP.

Mas, segundo ele, com as informações disponíveis atualmente, levando em conta todas as dificuldades inerentes aos altos custos da geração de energia eólica, é possível afirmar que apenas o potencial da energia dos ventos do Nordeste seria capaz de suprir quase dois terços de toda a demanda nacional por eletricidade.  "O problema é que, atualmente, o índice de aproveitamento eólico na matriz energética brasileira não chega a 1%. A capacidade instalada é muito pequena comparada à dos países líderes em geração eólica. Praticamente toda a energia renovável no Brasil é proveniente da geração de hidreletricidade", apontou.

Parte dos dados do estudo também foi extraída do Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, produzido pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) com o objetivo de fornecer informações para capacitar tomadores de decisão na identificação de áreas adequadas para aproveitamentos eólico-elétricos.  "Os locais mais propícios no país para a exploração da energia eólica estão no Nordeste, principalmente na costa do Ceará e do Rio Grande do Norte, e na região Sul", disse Martins.

Além de descrever a evolução do aproveitamento da energia eólica no mundo, os pesquisadores do Inpe trazem no artigo dados inéditos sobre a situação atual do uso desse recurso para geração de eletricidade em diferentes países.  Segundo o estudo, o setor de energia eólica tem apresentado crescimento acelerado em todo o mundo desde o início da década de 1990. A capacidade instalada total mundial de aerogeradores voltados à produção de energia elétrica atingiu cerca de 74,2 mil megawatts (MW) no fim de 2006, um crescimento de mais de 20% em relação ao ano anterior.

"Enquanto o Brasil explora menos de 1% de sua energia eólica, países como Alemanha, Espanha e Noruega utilizam por volta de 10%", disse Martins, lembrando que a conversão da energia cinética dos ventos em energia mecânica é utilizada há mais de três mil anos.  Em 2006, o Brasil contava com 237 megawatts (MW) de capacidade eólica instalada, principalmente por conta dos parques na cidade de Osório (RS). O complexo conta com 75 aerogeradores de 2 MW cada, instalados em três parques eólicos com capacidade de produção de 417 gigawatts-hora (GWh) por ano.

O pesquisador do CPTEC aponta ainda que, dentre as fontes energéticas que não acarretam a emissão de gases do efeito estufa, a energia contida no vento também demonstra potencial para atender à segurança do fornecimento energético no país.  "Políticas nacionais de incentivos estão começando a produzir os primeiros resultados, a exemplo do Proinfa [Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica]. Espera-se um crescimento da exploração desse recurso nos próximos anos no Brasil", disse Martins.

O Proinfa, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, foi criado em 2002 para a diversificação da matriz energética nacional. O programa estabelece a contratação pelas empresas de uma parcela mínima de energia elétrica produzida a partir de fontes renováveis, entre as quais energia eólica e a energia proveniente de pequenas centrais hidrelétricas.  Martins destaca ainda duas iniciativas do CPTEC que têm dado suporte científico à produção de informações sobre os recursos eólicos no território brasileiro. Entre os esforços mais recentes, explica, estão a base de dados do Projeto Sonda, um sistema de coleta de dados de vento operado e gerenciado pelo centro.


O objetivo do projeto, que tem dezenas de estações de coleta de dados eólicos com medidores instalados em diversos estados brasileiros, é disponibilizar informações que permitam o aperfeiçoamento e a validação de modelos numéricos para estimativa de potencial energético de fontes renováveis.  O levantamento dos recursos de energia eólica no Brasil também vem sendo realizado pelo projeto Solar and Wind Energy Resources Assessment (Swera), conduzido pela Divisão de Clima e Meio Ambiente do CPTEC, com financiamento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

Toda a base de dados gerada até o momento pelo Sonda e pelo Swera, que teve sua segunda fase iniciada no começo de 2009, estará disponível para acesso gratuito no site dos projetos.  "Essas bases de dados são extremamente úteis para a definição de políticas junto ao setor energético nacional e para o desenvolvimento de projetos de pesquisa científica sobre a temática do aproveitamento de recursos energéticos. Os resultados obtidos até o momento demonstram o potencial do país no que diz respeito à disponibilidade dos recursos renováveis", afirmou Martins.

Além de apresentar uma revisão dos conceitos físicos relacionados ao emprego da energia cinética dos ventos na geração de eletricidade, o artigo descreve ainda os aspectos dinâmicos dos ventos e detalhes sobre a circulação atmosférica na Terra, incluindo os fatores que influenciam a velocidade e direção dos ventos nas proximidades da superfície.

domingo, 10 de abril de 2011

It's Music! (46): Frank Sinatra!

Aproveitando que, enquanto eu atualizava o blog ouvi esse cantor inesquecível pela rádio web, ei-lo aqui para encantar vosso domigo!

Frank Sinatra - The Voice!!!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O Outro Mundo (32): Os prós e contras do OpenSim da Intel

Uma das coisas que sempre incomodaram os usuários do Second Life e do OpenSim diz respeito à severa restrição do número máximo de usuários por regiâo (ou ilha).  Na prática, cabem até 100 cabeças virtuais simultaneamente, mas qualquer um que circule por esses metaversos sabe que com menos da metade disso os servidores já começam a engasgar e a experiência interativa perde boa parte de sua graça.

No vídeo abaixo, algumas informações sobre as experiências da Intel sobre como potencializar a interação e superar limitações.



Ainda estou aguardando os prometidos servidores da IBM que iriam dar ao Kaneva a possibilidade de abrigar até 10 mil usuários por região... 

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Quinta Dobrada (04): Kinnect em 1995 & Jovens empreendedores

O post de hoje é um pouco longo, mas reflete bem algumas situações que buscamos apresentar por aqui.  E serve também para calar aqueles boco-moucos que ficam latindo (me perdoem os cachorros!) que os brasileiros são um povo preguiçoso, incompetente et cetera.

Sigam o exemplo e façam vossas maravilhas acontecerem!!!

Ele pensou o Kinect...em 1995
Claudio Pinhanez, cientista brasileiro e PhD pelo MIT, testou o sensor na década de 90. “Se o custo dessa tecnologia fosse mais baixo, provavelmente teríamos lançado o aparelho na época”, diz.  O Kinect veio ao mundo graças a um brasileiro, o engenheiro Alex Kipman. O curioso é que há 15 anos Pinhanez fazia experiências muito similares no laboratório do Massachusetts Institute of Technology (MIT), renomada universidade americana, berço de grandes invenções.

O sensor de movimento não é novidade para a comunidade científica, que estuda a tecnologia desde os anos 70. O conceito é pesquisado por especialistas da área de visão computacional e chegou a ser testado (como mostra o vídeo a seguir) em meados da década de 90. Pinhanez é cientista da IBM e PhD pelo MIT. As primeiras experiências no que viria a ser o “avô do Kinect”, conta, exigiam um computador no valor de 200.000 dólares. Ele destaca, no entanto, que a reação das pessoas ao interagirem com o acessório do Xbox 360, nos dias de hoje, é exatamente a mesma testemunhada ao longo de sua pesquisa no passado. “Estou vendo no mercado muitas das coisas que observamos em 1995. Não mudou nada!”, diz.

Entusiasta das novas tecnologias, o especialista afirma ainda ter desenvolvido uma das primeiras plataformas de blog da web. Para se comunicar com os demais pesquisadores da universidade, Pinhanez criou um sistema simples, ainda sem o recurso dos comentários, capaz de permitir a publicação de mensagens de texto em tempo real. Nostálgico, lembra do feito: "Fui o primeiro a criar um diário on-line”.

Como foi desenvolvida a tecnologia de sensores de movimento, utilizada atualmente no Kinect, por exemplo?

No MIT trabalhei com questões ligadas à tecnologia para a percepção humana, principalmente visão computacional. Criávamos interações através de câmeras que, acopladas a um computador, informavam ao sistema a posição e a atividade de pessoas monitoradas por elas. Quando minha sobrinha ganhou um Kinect, percebi que o equipamento fazia exatamente o que testávamos em 1995. A diferença é que na época era necessário uma computador de 200.000 dólares para processar o movimento captado pelas câmeras e repeti-lo na tela. Para se ter uma ideia, uma câmera como a usada no Kinect custava algo em torno de 15.000 dólares nos anos 90. Se o custo dessa tecnologia tivesse baixado, provavelmente teríamos lançado o sensor naquela época.


Assista a seguir ao vídeo de uma experiência realizada no MIT com o protótipo:



E o conceito do sensor de movimento já existia?
Sim. Esse conceito existe desde 1970, quando um pesquisador construiu um hardware só para isso. É claro que a ideia não era viável na época.


O Kinect permite a interação do homem com a máquina por meio dos sensores. Essa conexão deve aumentar?
Essa é a história do homem. Estamos cada vez mais conectados aos dispositivos tecnológicos. O computador é uma extensão do nosso cérebro, assim como os óculos são extensões dos nossos olhos. Atualmente, meu conhecimento está armazenado em três lugares: no meu cérebro, no meu laptop e no meu caderno de anotações. É uma grande bobagem gastar os meus neurônio para guardar coisas que ficam melhor armazenadas em uma máquina.


O senhor ainda usa um caderno de anotações?
Eu uso um bloco, porque a interface para fazer alguns tipos de anotações ainda não é boa o suficiente no computador. O bloco me permite preservar a cronologia das minhas ações e pensamentos.


O senhor já foi premiado por obras artísticas que permitem a interação homem-máquina. Em sua opinião, a literatura vai mudar com livros e leitores digitais?
O romance, por exemplo, é uma narrativa linear e funciona bem no formato livro. Isso não vai mudar. O que surgirão serão novos gêneros literários, como o blog, que possui uma linguagem e uma estética próprias, que jamais poderão ser adaptadas para um livro. Pouca gente sabe, mas o primeiro diário on-line foi desenvolvido por mim, em 1994, no MIT. Foi uma experiência muito interessante, embora ainda não tivéssemos suporte para inserir um campo de comentários. Eu interagia com os leitores, a maioria do MIT, por e-mail.


Em que projeto da IBM o senhor trabalha atualmente?
Quando comecei a pesquisar a relação homem-máquina lá no MIT, o computador era algo isolado do mundo. Com a internet, essa ideia desapareceu. Ao longo desse processo ocorreu algo que ninguém imaginava: a maneira como as pessoas passaram a interagir umas com as outras e com a informação mudou e empresas de serviços passaram a funcionar como mediadoras dessa comunicação. O Google é um bom exemplo. Eles prestam serviços, como e-mail e buscas. Por trás do gigantesco parque de servidores há pessoas comandando esse sistema. Trata-se de um sistema humano-computacional. Aqui na IBM pesquiso essa relação homem-máquina para evitar que sistemas travem a relação com o consumidor.


Qual tecnologia mudará nossa forma de enxergar o mundo daqui a, digamos, vinte anos?
Não sei se isso acontecerá nos próximos vinte ou trinta anos, mas tenho visto pesquisas fascinantes lá no MIT. Atualmente, as coisas são construídas através de processos físicos e químicos, mas o mundo mudará radicalmente quando processos biológicos forem utilizados na construção de coisas. Será possível comprar uma planta que produza fibra de carbono. Tudo isso funcionará através da programação de células. No futuro, teremos um organismo trabalhando para criar materiais e elementos.


Essas pesquisas já estão sendo feitas?
Um professor de lá já está tocando essa pesquisa. Claro que tudo ainda está muito no início. Pode parecer surreal, mas em 1970 era loucura dizer que três computadores em todos os Estados Unidos poderiam ser conectados através de uma rede. Já chegamos ao limite na informática. A próxima barreira é fazer com que sistemas humano-computacionais funcionem de forma mais orgânica.





Como pensam e agem os jovens empreendedores
Brincar de boneca, jogar bola e ir à escola. Essa é a rotina da maior parte das crianças. Mas algumas deixaram os brinquedos de lado para fazer tarefas de gente grande. “Muitas crianças são empreendedoras e não sabem disto”, diz Nick Tart, que entrevistou jovens empresários de sucesso para o livro 50 Interviews: Young Entrepreneurs – What it Takes to Make More Money than Your Parents (50 Entrevistas: Jovens Empreendedores – Como fazer mais dinheiro do que seus pais), ainda sem previsão de publicação no Brasil.

Além de algum dinheiro na conta, todos os jovens têm características em comum – “trabalho duro, perseverança, apoio, ingenuidade e paixão”, explica Tart. Mas, para ele, o segredo do sucesso está naquilo que eles têm de único, diferente.  Tart gosta de citar a história do brasileiro Joe Penna. Pouco falado no Brasil, o jovem é famoso na web com vídeos e conhecido como MysteryGuitarMan. O que começou como brincadeira acabou virando negócio. “Ele cuida do sexto canal com mais assinaturas no YouTube. Sua comunidade com 1,6 milhão de fãs é impressionante”, conta.

Em entrevista a EXAME.com, Tart fala sobre como essas crianças conseguiram chegar tão longe e, antes dos 18 anos, ganhar mais do que os próprios pais.

EXAME.com – Há um padrão de comportamento entre as crianças que empreendem?
Nick Tart - Com certeza existem similaridades impressionantes: trabalho duro, perseverança, apoio, ingenuidade e paixão. Mas eu fiquei ainda mais surpreso em perceber como cada um deles tem características e perspectivas muito únicas. Conversar com essas crianças me fez abrir os olhos. Elas são incrivelmente motivadas e maduras, mas normais ao mesmo tempo. Na primeira vez que escutei falar sobre esses jovens empreendedores, eles pareciam maiores do que na vida real – como celebridades nos jornais e na TV – mas a verdade é que eles são crianças normais que fazem as coisas de um jeito um pouco diferente.


EXAME.com – Há também uma similaridade em como esses negócios começaram?
Tart - Muitos começam como simples trabalhos. Ben Weissenstein fundou o Grand Slam Garage Sales depois de ajudar sua mãe com as vendas de garagem aos 14 anos. Hoje, ele está abrindo franquias em vários estados e aparecendo na televisão. Outras crianças começaram vendendo coisas para os amigos na escola – de tudo, desde chiclete até figurinhas do Pokémon.


EXAME.com – Quais são as principais lições que se pode tirar dessas histórias?
Tart – A gente nota a importância de ter ação. A principal diferença entre os jovens que estão no livro de todos os outros no mundo é que eles acreditaram tanto nas ideias que foram capazes de colocá-las em prática. O fato de terem começado tão jovens fez com que eles conseguissem ver os erros mais cedo, aprender com eles e ter sucesso a partir disto.


EXAME.com – De onde veio a ideia de entrevistar esses jovens empreendedores?
Tart - Muitas crianças são empreendedoras e não sabem disto. Eles começam com pequenas barracas de limonada ou pães para conseguir um dinheiro extra. Eu, pessoalmente, comecei um negócio de cortar grama quando eu tinha 12 anos. Isso abriu meus olhos para o que os jovens são capazes de fazer como empreendedores. Quando fiquei mais velho, fui para a faculdade e deixei o negócio de lado, mas continuei ouvindo histórias de adolescentes que ganharam dinheiro com seus próprios sites e empresas.

No verão de 2009, conheci um editor local e contei sobre a ideia de entrevistar os principais jovens empreendedores do mundo para um livro. Ele gostou. A próxima coisa que fiz foi recrutar meu melhor amigo, Nick Scheidies, para me ajudar a escrever e editar o livro. Nossa primeira entrevista com Emil Motycka, um garoto que construiu um império de seis dígitos cortando grama na cidade de Longmont, no Colorado.


EXAME.com – E como foi feita a seleção?
Tart - Nós tentamos reunir os jovens empreendedores de maior sucesso no mundo. A primeira vez que ouvi falar na fortuna da jovem de 20 anos Catherine Cook’s, do MyYearbook.com [uma rede social parecida com o Facebook], eu sabia que teríamos que entrevistá-la. Mas o dinheiro não foi o único fator. Algumas pessoas que entrevistamos foram selecionadas pelo tamanho dos seus erros. O Andrew Fashion [que criou uma empresa de desenvolvimento para internet], por exemplo, conseguiu 2,5 milhões de dólares aos 21 e perdeu tudo aos 22. É uma história inacreditável. Agora, é claro, ele está voltando ao topo.


EXAME.com – Os pais costumam ficar incomodados com o sucesso precoce dos filhos no mundo dos negócios?
Tart – Eu não sei porque os pais não foram entrevistados. Mas eu tenho certeza que o dinheiro não está no topo da lista de preocupações deles. A maioria dos pais guiou ativamente os filhos na empreitada, para garantir que eles não fossem confiantes a ponto de perderem tudo ou repetissem se ano no colégio.


EXAME.com – Você acredita que mais e mais jovens têm se interessado pelo empreendedorismo?
Tart – Não há dúvidas de que o empreendedorismo está em alta. A internet possibilitou que qualquer pessoa sozinha fizesse um negócio global. Além disso, sites como o Twitter e o Facebook, tornaram mais fácil para os empreendedores terem conhecimentos e construírem comunidades. Jovens que cresceram com a internet a entendem de uma maneira que a maioria dos pais não consegue. Eles também estão percebendo que ter um trabalho não é uma aposta certa, como costumava ser. Portanto, sim, eu acredito que mais e mais jovens estão escolhendo o empreendedorismo.


EXAME.com – Alguns pesquisadores, como o professor Scott Shane, defendem a tese de que o empreendedorismo está no sangue. Você concorda?
Tart – Qualquer um pode ter sucesso como um empreendedor se realmente colocar isso na cabeça. Mas ter alguns traços hereditários podem ajuda durante a jornada, como ser um batalhador, um líder ou ser mais inteligente. Se essas características forem genéticas, então eu acho que o empreendedorismo também é.

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E aí, designers?  Esses dois posts fazem algum efeito em vossas cabeças?

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O Design está aqui! (10): Títulos de Cinema & Livro com ilustrações em 3D

Como nossa viagem da semana passada para a USP não rolou, damos prosseguimento à nossa coluna com dois assuntos que aprecio muito: titulação de filmes de cinema e

Títulos de Cinema
Vejam só esse vídeo e curtam a evolução da titulagem ao longo dos anos.


A Brief History of Title Design from Ian Albinson on Vimeo.



Livro com ilustrações em 3D
Aproveitando que minha turma do 5o período está trabalhando com projeto de livro infantil, posto o trabalho do artista e designer Tristan Eaton, um fascinado pelo 3D retrô, que utiliza óculos com lentes azuis e vermelhas. No livro tem de tudo, desde ilustração, graffiti, design gráfico etc, numa coletânea de 100 artistas e designers, como Tara McPherson, James Jean, Gary Baseman e Ron English, que ocupam as 224 páginas do livro com uma miríade de maravilhas.







terça-feira, 5 de abril de 2011

O Mundo do Futuro, hoje (43): Os 40 anos do primeiro chip & Processador Molecular imita cérebro humano

Hoje vamos postar duas notícias pela interligação entre ambas.  Vejam só que interessante e o quanto andamos nestas 4 décadas.  Dá para ter uma idéia do quanto ainda podemos alcançar.  A imaginação parece ser o limite...

Primeiro chip faz 40 anos
O primeiro chip ou microprocessador do mundo nasceu em 1971, ou seja, há 40 anos. Era o Intel 4004, unidade de processamento central (CPU) de 4 bits, projetado por uma equipe chefiada por Federico Faggin, Ted Hoff e Masatoshi Shima, os dois primeiros primeiros da Intel e o último da Busicom (depois Zilog). O primeiro chip tinha apenas 2.300 transistores.

Imagine, leitor, o salto que a microeletrônica conseguiu nessas quatro décadas, e quando o mundo ingressa na era dos superchips – que reúnem mais de 5 bilhões de transistores numa única pastilha de silício. No entanto, essa nova geração de microprocessadores ainda não mostrou todo o seu potencial. Os usuários ficarão realmente surpresos com o desempenho dos novos desktops, laptops, tablets, smartphones, televisores, videogames e outros aparelhos eletrônicos. Esses minúsculos componentes eletrônicos parecem fazer milagres.

Um bom exemplo do que chamamos superchips são os da geração Core, da Intel, os i3, i5 e i7, lançados pela empresa no Brasil, com a apresentação de de mais de 20 produtos de diversos fabricantes de laptops e outros dispositivos de tecnologia pessoal.

Esses chips multinúcleos, projetados para fazer processamento paralelo, foram concebidos para uma época em que as pessoas utilizam muito mais imagens do que no passado. “Essa utilização intensiva de imagens pode ser considerada uma das novas tendências da microeletrônica” – explica Fernando Martins, novo presidente da Intel no Brasil.

Essa nova geração de microprocessadores está, na realidade, mudando o cenário da eletrônica. Cada vez menores e mais rápidos, esses superchips consomem muito menos energia e são os responsáveis pela produção de imagens tridimensionais (3D) cada vez mais perfeitas, pela beleza e realismo dos novos videogames, pelo reconhecimento biométrico (de impressões digitais, da íris, da voz e da fisionomia) e pelos recursos cada vez mais inteligentes dos novos smartphones.

Com sua extraordinária capacidade de processamento de dados, sons e imagens, a nova geração de microprocessadores oferece à indústria recursos cada dia mais poderosos para laptops, desktops, smartphones, televisores e videogames – conforme anunciam os maiores fabricantes, como a Microsoft, a LG, a Samsung, a Motorola, a Dell e Sony.

A maior invenção do século 20 talvez tenha sido a do transistor, componente de estado sólido que veio substituir as antigas válvulas a vácuo (tríodos). Seus três inventores, William Shockley, John Bardeen e Walter Brattain, cientistas dos Laboratórios Bell, ganharam o Prêmio Nobel de Física de 1956.

A notícia foi divulgada no dia 1º de julho de 1948 e previa apenas duas aplicações para o novo componente eletrônico: nas centrais telefônicas e nos sistemas de transmissão de rádio. O primeiro transistor, criado pelos pesquisadores, com a aparência de uma aranha, está exposto no saguão principal dos Laboratórios Bell, em Murray Hill, nos Estados Unidos.

Para quem avalia o enorme impacto da microeletrônica na vida humana, contemplar aquela pequena gambiarra de laboratório na vitrine dos Bell Labs é algo tão emocionante quanto estar diante de um avião histórico como o 14-Bis, com o qual Santos-Dumont voou diante de centenas de pessoas nos Campos de Bagatelle, em Paris, em 23 de outubro de 1906. Ou contemplar a cápsula da Apollo 11, que levou os primeiros astronautas à Lua, em julho de 1969, no Air & Space Museum, de Washington.

O segundo grande salto da microeletrônica ocorreu em 1959, com a invenção do circuito integrado, associando diferentes tipos de componentes – como transistores, capacitores, resistores e indutores. Embora tenha tido diversos precursores, o mundo reconhece como seus inventores Jack Kilby e Robert Noyce.

Em 1971, com o lançamento do chip Intel 4004 e, em especial, seu sucessor, o Intel 8080, em 1974, a eletrônica vai dar um de seus maiores saltos, permitindo a construção dos primeiros microcomputadores (como os Sinclair, Apple, Commodore e TRS), calculadoras e dezenas de outros dispositivos e equipamentos eletrônicos. O 8080 se tornou famoso, por ser um chip ou circuito integrado programável que processava palavras de 8 bits.

Como serão os chips mais avançados de 2020? Essa é uma das perguntas feita a diversos especialistas que pensam mais seriamente o futuro da microeletrônica. As respostas são as mais variadas, embora tenham diversos pontos em comum: a miniaturização dos componentes estará chegando aos limites das dimensões das moléculas e átomos, no que poderá ser o domínio da nanotecnologia; o número de transistores poderá chegar a centenas de bilhões; suas funções se tornarão cada vez mais complexas e seu consumo de energia cada vez menor.



 Criado um processador molecular que imita o cérebro humano
Uma equipe de pesquisadores do Japão e dos Estados Unidos anunciou a criação de um circuito capaz de evoluir e resolver problemas extremamente complexos de forma naturalmente paralela, de forma semelhante ao que acontece no cérebro humano.  Inserido nas pesquisas da chamada computação molecular, o feito inédito representa uma mudança de paradigma em relação à atual computação digital, baseada na solução sequencial de problemas.

Segundo os cientistas, o circuito molecular orgânico é a primeira demonstração prática já feita de um "circuito capaz de evoluir", inspirado no mesmo processo usado pelo cérebro humano.  Os circuitos de processamento de dados dos computadores digitais são estáticos - uma vez construídos, eles serão capazes de fazer sempre as mesmas operações.

Nos nossos cérebros, ao contrário, os circuitos de processamento de informações - os neurônios e suas redes - evoluem continuamente para resolver problemas novos e mais complexos.  "Os computadores modernos são muito rápidos, capazes de executar trilhões de operações por segundo. Nossos neurônios, por outro lado, somente disparam cerca de mil vezes por segundo. Mas isso me permite ver você, reconhecê-lo, falar com você e ouvir alguém andando no corredor, tudo simultaneamente. Isso é uma tarefa impraticável mesmo para o mais rápido supercomputador," disse Ranjit Pati, um dos autores do trabalho.

Pati afirma que o computador molecular foi ideia do seu colega Anirban Bandyopadhyay, ambos atualmente pesquisadores da Universidade Tecnológica de Michigan. Seus colaboradores japoneses trabalham no Instituto Nacional de Ciências dos Materiais e no Instituto de Tecnologia da Informação do Japão.

As moléculas do processador orgânico podem chavear entre quatro estados condutores - 0, 1, 2 e 3 - ao contrário dos sistemas binários dos computadores digitais, que estão limitados a 0s e 1s.  Apesar da aparente lentidão do cérebro humano em relação aos computadores - comparando a velocidade de chaveamento dos transistores (1013) e a velocidade de disparo dos neurônios (103) - os computadores atuais somente operam sequencialmente. Uma vez estabelecida uma rota ao longo do seu circuito, isto nunca irá mudar.

No nosso cérebro, ao contrário, os impulsos elétricos formam vastas redes dinâmicas, que evoluem constantemente, e que operam coletivamente. É por isto que é tão difícil transportar a forma de resolver problemas do cérebro humano para os computadores.  Da mesma forma, o "circuito evolutivo" deste novo processador molecular é massivamente paralelo, permitindo interconexões simultâneas de até 300 bits.

Para construir o seu processador orgânico evolucionário, os cientistas usaram a DDQ, uma molécula hexagonal feita de nitrogênio, oxigênio, cloro e carbono. As moléculas DDQ se estabeleceram por conta própria, em um processo chamado automontagem, formando duas camadas sobre um substrato de ouro. As moléculas DDQ podem chavear entre quatro estados condutores - 0, 1, 2 e 3 - ao contrário dos sistemas binários dos computadores digitais, que estão limitados a 0s e 1s.

"A melhor parte é que aproximadamente 300 moléculas 'falam' umas com as outras de uma vez só durante o processamento das informações," explica Pati. "Nós realmente imitamos como os neurônios se comportam no cérebro."  As cadeias de chaves moleculares, capazes de interagirem simultaneamente, poderão permitir a solução de problemas hoje intratáveis e para os quais não existem nem mesmo algoritmos que possam ser codificados para rodarem nos computadores atuais.

Isto está levando os cientistas a considerarem que essa nova arquitetura, se tornada prática, será capaz de produzir soluções para problemas como a previsão de calamidades naturais ou o surgimento de epidemias - exemplos de situações complexas demais para os computadores atuais.  Para demonstrar essa capacidade, os cientistas simularam dois fenômenos naturais utilizando apenas seu processador molecular: a difusão de calor e a evolução de células cancerosas. Eles também resolveram problemas de lógica clássica, incluindo os complicados diagramas de Voronoi.

Como é baseado em uma camada molecular orgânica, o novo processador biologicamente inspirado ainda é capaz de se autoconsertar se surgir algum defeito - da mesma forma que, quando um neurônio morre, outro neurônio assume sua função.  "Além de representar uma mudança conceitual do processamento serial com arquiteturas estáticas, nossa abordagem paralela e dinamicamente reconfigurável poderá fornecer meios de resolver problemas computacionais intratáveis por qualquer outro meio," dizem os pesquisadores em seu artigo.
 
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Sem fôlego?  Então deixo algum tempo para a reflexão...

SEM LIMITES PARA ENSINAR / MOYA - ESCOLA DE AVENTURA

CRIATIVO E INQUIETO (uma combinação muito interessante...) Quando eu me mudei do Rio de Janeiro para Brasília, em 2016 , imaginava ...