sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Season Finale 2010!

Queridos leitores,

Mais um ano de postagens se encerra.  Fico muito feliz de poder dividir esse espaço com vocês e publicar notícias que considero importantes para a formação de uma mentalidade inovadora para o nosso país.  De todos os grandes momentos deste ano, destaco o lançamento do Projeto INOVA Design Fundamental, que tem por objetivo contribuir para a formação de um novo modelo educacional brasileiro.  Ainda estamos no princípio, mas vamos laborar diuturnamente para atingir as nossas metas.

No mês de janeiro entraremos em recesso de férias, com apenas a coluna musical de domingo e alguns posts ao longo do mês.  Retornaremos no dia 01/02/11 com a nova programação.

Daqui a pouco 2010 vai prás calendas.  Quero desejar a todos vocês um maravilhoso reveillón e um 2011 excepcional!

Um beijo do Anjo!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Série Especial - O Outro Mundo (25): CityVille é o jogo mais popular do Facebook

Como amanhã é dia do post de encerramento deste ano, antecipei prá hoje a publicação dessa notícia alvissareira, para mostrar a importância dos "Jogos Sociais" e seus potenciais como projeto, produto e motor de revolução.

CityVille toma lugar de FarmVille como jogo mais popular do Facebook

Em menos de um mês de existência, o jogo CityVille conseguiu tirar o primeiro lugar do seu irmão mais velho, o FarmVille, como o aplicativo mais utilizado dentro da rede social Facebook. De acordo com o site de análise AppData, o novo game – também desenvolvido pela Zynga – conseguiu a façanha de atrair quase 62 milhões de fãs, contra os 56,8 milhões de cadastrados no FarmVille.


No game, os usuários devem construir suas cidades e interagir com seus vizinhos, também cadastrados no Facebook. Durante as primeiras 24 horas após seu lançamento, o título conseguiu reunir um público de mais de 290.000 pessoas. Pouco mais de uma semana depois, o número subiu para 6 milhões.

A Zynga domina o uso de aplicativos dentro da rede social. A soma de usuários de seus quatro aplicativos mais populares (CityVille, FarmVille, Texas HoldEm Poker e FrontierVille) chega a cerca de 184 milhões de pessoas.

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Bem, designers, que tal começar a pensar em termos de jogos sociais como projeto para TCC?  É uma ótima oportunidade para criar esse novo filão acá, em terras virtuais brasileiras...

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (32): Retratos do passado, presente e futuro na Internet

Hoje, mais uma série especial encerra seus posts de 2010.  Como vocês já sabem, "O Mundo do Futuro, hoje" e "Brasil, o País do Presente" são os carros chefes desse blog e possuem um lugarzinho especialíssimo aqui no meu coração.

Dada a quantidade de coisas fantásticas que pipocam todo o tempo, estou estudando a possibilidade da série ser publicada, no ano vindouro, pelo menos duas vezes por semana, ao lado das novas atrações que estão sendo preparadas.

Este último post é para reflexão, pois essa prática, que envolve várias tecnologias, poderá se conectar a diversas outras e gerar um conceito de "vida paralela", no âmbito virtual, tão forte e interativa quanto a vida física, aquela que chamamos de real.



Empresas juntam informações espalhadas pela internet para fazer retratos do passado, presente e futuro
A internet é um sem-fim de informação. Agora, diversas empresas resolveram juntar todos os dados espalhados por aí para traçar panoramas, em forma de gráfico, do passado, do presente e até do futuro.

Pessoas gostam de falar sobre seus sentimentos, então não é tão difícil assim imaginar um mapa da emoção do mundo inteiro. Em 2006, o designer Jonathan Harris criou o We Feel Fine, uma ferramenta que rastreava milhares de blogs em que o autor, em seus textos, declarasse o que estava sentindo no momento. Agora, com um banco de dados de mais de 12 milhões de emoções, ele lançou um livro onde tenta mostrar quais lugares, dias, eventos e climas fazem as pessoas mais felizes.

São idéias não são tão surpreendentes – mulheres têm mais palavras para expressar emoções e idosos costumam demonstrar menos raiva, por exemplo – mas ilustrado com mapas e gráficos incrivelmente detalhados e inovadores.  No mês passado, o cientista da computação Alan Mislove fez algo parecido, mas no Twitter. Rastreou todos os posts públicos entre setembro de 2006 e agosto de 2009 e criou mapas animados que mostram a evolução da alegria dos americanos ao longo de um dia. O resultado está aqui.

No ano passado, cientistas do Google publicaram uma pesquisa em que demonstravam que era possível detectar epidemias apenas analisando as buscas que as pessoas fazem na internet. Faz sentido: quem está doente quer saber mais sobre o que está sentindo e, como em todas as outras questões, procura na rede. Agora, o Google tenta ajudar médicos e população divulgando os dados relacionados à gripe no site Flu Trends (que não analisa as tendências do Fluminense, apesar do nome...) Ele analisa as buscas por palavras relacionadas a gripe e monta gráficos que indicam a severidade da epidemia. Ao menos de acordo com as buscas do Google, o inverno de 2010 está especialmente tranqüilo e saudável.

Bernardo Huberman, da HP Labs, um dos pesquisadores mais legais de redes sociais, analisou milhões de tweets em busca de comentários sobre filmes. Com base nisso, conseguiu prever com precisão o sucesso ou fracasso dos filmes (veja aqui), melhor até do que o Hollywood Stock Exchange, simulação de bolsa de valores feita para prever os resultados de Hollywood. Mostrou também que essa previsão pode ajudar a refinar o lançamento do filme: baseado nas primeiras reações, você pode mudar a estratégia de venda.

O Recorded Futures busca informações sobre qualquer lugar, empresa ou pessoa e tenta analisar tendências que permitam prever o futuro. Funciona de modo tão surpreendente que o próprio Google se tornou um dos investidores por trás da iniciativa.

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Agora, queridos designers, lanço uma proposta, um desafio: que tal criarmos algo do tipo para avaliar o impacto ou a necessidade de projetos de Design no Brasil?  Ficaria muito mais fácil propormos soluções/inovações se soubessemos exatamente aquilo que as pessoas desejam/necessitam.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Centro de Controle do Rio de Janeiro

Queridos leitores,

Nesse apagar das luzes de um ano, normalmente temos notícias bandalhescas dos órgãos governamentais e também daqueles patifes que foram eleitos pelos incautos para administrar o patrimônio nacional mas, ao contrário, butinizam geral com a cara mais cínica do sistema solar.  E ainda são reeleitos...

No entanto, desta vez, algo diferente aconteceu.

Aqui, no Rio de Janeiro, foi finalmente inaugurado o centro de controle, uma espécie de quartel general dos serviços sob a égide da prefeitura, que deve agilizar a administração da capital e proporcionar aos cariocas um alívio nas mazelas quase eternas que nos afligem.

Que seja mais uma das inúmeras mudanças positivas que a Cidade Maravilhosa vai receber para resgatar a sua dignidade e se preparar para os dois maiores eventos esportivos do mundo, nos próximos anos.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (60): Crescem os investimentos em inovação



Queridos leitores,

Este é o último post do ano desta série especial que mostra prá vocês as coisas fantásticas que estão acontecendo aqui em nosso país e que ficam à revelia da mídia tradicional, interessada apenas em desgraças, escândalos e quetais.

Para encerrar com chave de ouro a "edição 2010" e já preparar o terreno para o ano que se avizinha, leiam as matérias abaixo:

Governo terá como foco valorização do professor

Em sintonia com a opinião de especialistas, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que o eixo central do novo Plano Nacional da Educação será a valorização do professor. O PNE estabelecerá metas de educação para a década 2011-2020, já que o atual plano perde sua validade no dia 31 de dezembro deste ano.

Durante sua participação no programa de rádio Café com o Presidente, Haddad afirmou que o texto terá metas para cada etapa da educação, desde a infantil até a profissional. Mas, segundo ele, a próxima década precisa ser do professor. “O professor brasileiro ainda ganha, em média, 60% do que ganham os demais profissionais de nível superior, e nós queremos encurtar essa distância para que a carreira do magistério não perca talentos para as demais profissões”, disse.

Ainda no programa de rádio, o ministro apontou que dados do Programa Internacional de Avaliação Estudantil (Pisa) indicaram que o Brasil foi o terceiro país avaliado que mais evoluiu na qualidade da educação. Para Haddad, o estudo demonstra que a educação brasileira está “no rumo certo”, crescendo em quantidade mas também em qualidade. “Agora, trata-se de acelerar o passo”, afirmou.

O PNE é responsável por determinar os rumos da educação no país durante os próximos dez anos. A cada década, são traçados objetivos e metas para todos os níveis de ensino brasileiros, da creche ao ensino superior.  A divulgação do novo PNE estava prevista para acontecer na primeira semana de dezembro, mas teve seu lançamento adiado. Entidades da área da educação pressionam o governo e chegaram, inclusive, a enviar uma carta ao presidente Luis Inácio Lula da Silva solicitando a votação do plano pelo Congresso antes do recesso parlamentar, que deve começar nesta semana. Lula garantiu nesta segunda que o PNE será apresentado nesta quarta-feira aos parlamentares.



Investimento em inovação tecnológica no Brasil bate recorde
Os investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) crescem a cada ano no Brasil. Dados parciais do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) apontam para resultados ainda mais positivos para o relatório deste ano.

A Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec) espera, no caso da aplicação da Lei do Bem, contabilizar cerca de 800 empresas e R$ 10 bilhões de investimentos na área, relativos a 2009.  Os valores são significativamente maiores na comparação com 2006, quando 130 empresas gastaram em torno de R$ 2 bilhões em processos inovativos. Em 2007, eram 300 empresas e R$ 5,1 bilhões de investimentos. O recorde foi superado em 2008, com um total de 460 adesões e R$ 8,1 bilhões investidos.

A previsão, referente a 2009, está baseada nas primeiras informações repassadas pelas empresas à Setec. O prazo para enviar os dados ao departamento encerra no final de julho, mas na avaliação do secretário Ronaldo Mota já é possível dizer que, felizmente, a crise financeira mundial teve pouco reflexo no sentido de estancar a trajetória da inovação no País.

"Tudo indica que as empresas brasileiras reagiram positivamente à crise, aumentando o seu nível de investimento, especialmente em inovação. Podemos imaginar esses números, com uma boa margem de acerto; e isso é significativo, algo da ordem de 0,30% do Produto Interno Bruto (PIB - a soma das riquezas do País)", calcula.  O crescimento de empresas inovadoras chegou a 350%, entre 2006 e 2008.

Mota atribui as adesões das empresas, durante o período, aos novos incentivos fiscais e tributários concedidos pelo governo Federal; por intermédio da Lei de Inovação e da Lei do Bem, entre outras iniciativas.

"A Lei de Inovação, de 2004, abriu a possibilidade de ter processos de subvenção e a Lei do Bem, de 2005, disciplinou esse processo, entre outros aspectos; porque permitiu às empresas declarantes do lucro real a terem um mecanismo efetivo de se isentarem de impostos proporcionalmente ao investimento feito em pesquisa desenvolvimento e inovação", esclarece o secretário.

As informações repassadas pelas empresas são avaliadas pela Setec que, ao final da análise, encaminha um relatório consolidado à Receita Federal. A empresa contabiliza os investimentos feitos, durante o exercício fiscal, depois preenche um formulário, especificando as linhas de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e os respectivos dispêndios, justificando o abatimento no imposto de renda e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), bem como os cálculos realizados, e envia à secretaria.

Mota cita outras formas utilizadas pelo MCT para estimular a inovação. Entre elas, a subvenção direta e concorrencial, feita por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao MCT. A agência define as áreas prioritárias e um comitê de julgamento avalia o projeto apresentado pelas empresas.

"O financiamento é a fundo perdido, diretamente para a empresa, e permite que ela leve adiante a execução do plano de inovação. A subvenção decorre da Lei de Inovação. Já estamos próximos de R$ 2 bilhões de investimentos nesta modalidade", afirma.

Mota diferencia ainda o termo inovar de modernizar. "Modernizar é comprar equipamentos e adquirir instrumentos. Inovar é apostar em pesquisa, contratar ou se associar a produtores de conhecimento, ciência e tecnologia", explica.

O Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), criado pelo Decreto 6.259 de 20 de novembro de 2007, é um dos elementos que auxilia nessa trajetória, ao melhorar a organização da oferta de conhecimentos, principalmente baseado nas demandas, aumentando a sinergia das ações destinadas ao apoio às empresas.

Neste sentido, o MCT investe na capacitação de mais de 400 laboratórios de calibração, ensaios e análises que ofertarão às empresas serviços de avaliação da conformidade. A intenção é oferecer o apoio necessário para garantir produtos brasileiros com selo de qualidade e condições de competir no mercado nacional e internacional.

Outra frente de ação, no âmbito do Sibratec, está presente em 22 estados com a implementação das redes estaduais de extensão tecnológica que são destinadas a solucionar pequenos gargalos na gestão tecnológica, projeto, desenvolvimento e produção das micros, pequenas e médias empresas. O sistema viabiliza o contato com institutos de tecnologia, centros de pesquisa e universidades, que possam prestar atendimentos tecnológicos por valores razoavelmente limitados, de até R$ 30 mil.

"O Sibratec constrói uma ponte entre a academia (a excelência da pós-graduação) e o setor produtivo para facilitar a transferência do conhecimento. Foram organizadas 14 redes de centros de inovação em todo o País, em várias áreas do conhecimento que propiciam às empresas desenvolver projetos cooperativos inovativos. O Sibratec/Finep aportará até 95% do valor desses projetos, de acordo com o porte da empresa", acrescenta.


Na avaliação de Mota, apesar do crescimento verificado nos últimos anos, a tradição inovadora é recente no Brasil e precisa avançar ainda mais para garantir o crescimento sustentável no futuro. Ele justifica que o processo de transferência do conhecimento é frágil. O País é responsável por 2,4% da produção científica mundial, mas responde apenas por 0,2% do registro de patentes em todo o mundo.

"Não é correto dizer que o Brasil investe pouco em pesquisa e inovação porque a dinâmica é acentuada e favorável. O que podemos dizer é que o hábito, a prática, a tradição da inovação no País, especialmente nas empresas, ainda é bastante recente, em especial no segmento industrial. Isso está se dando num processo muito acelerado, mas é uma das nossas grandes dificuldades", reconhece.

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Bem, se realmente obtivermos sucesso nesses dois quesitos, daremos um salto de qualidade (e não só de quantidade) há muito esperado.  Como educador, sinto-me finalmente começando a trilhar um caminho que meus mestres, há várias décadas, puderam percorrer.
E aqui encerramos as transmissões de 2010 desta série especial.  Em fevereiro eu volto com muito mais novidades.  Um beijo do Anjo!

domingo, 26 de dezembro de 2010

Série Especial - It's Music! (31): Aretha Franklin

Eu conheci essa música com a Dionne Warwick, na década de 1960, mas resolvi encerrar os posts de 2010 dessa coluna musical com uma outra musa, Aretha Franklin!  No domingo que vem estaremos de volta, pois a coluna permanece mesmo durante o recesso da redação.

Enjoy e até 2011!

sábado, 25 de dezembro de 2010

Série Especial - Birinight Oil (34): Colheita Infeliz

Hoje, a cristandade comemora mais um dia de empapuçamento opíparo, entupindo a caveira de gordurosos ou alcoólicos de natureza variada (e por vezes duvidosa).  Para dar os parabéns à versão mais nova da divindade solar, publico esse vídeo, com palavrões, sobre a febre dos Jogos Sociais e os transtornos que podem causar às mentes desocupadas e viciáveis.



Penso que um tanque cheio de roupa prá lavar ajudaria a curar tal nervosismo, pois não?

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Série Especial - O Outro Mundo (24): Duran Duran no Second Life

Estava eu ouvindo essa maravilhosa banda quando me lembrei de que havia um clip, de 2008, que foi rodado em machinima no Second Life, então decidi postar para vocês como despedida da coluna deste ano e já abrindo uma nova vertente para o ano que se avizinha.

Com vocês, Duran Duran!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

EXTRA! Petição contra o aumento dos parlamentares

Queridos leitores,

Eu não sou responsável pela entrada desses canalhas, mas posso colaborar para impedir seus desmandos.  Se você é contra o aumento de salários absurdo e imoral que essa corja concedeu a si própria, acesse http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N4596 e mande brasa!!!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (31): Luz retorce matéria



Luz é capaz de retorcer estruturas rígidas

"No início, eu não acreditei. Para ser honesto, levou três anos e meio para realmente descobrir como fótons de luz podem causar uma mudança tão grande em estruturas rígidas mil vezes maiores do que moléculas."
Foi assim que Nicholas Kotov, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, apresentou o trabalho de sua equipe, que mostra que a luz é capaz de contorcer estruturas rígidas em escalas muito maiores do que se acreditava possível.

Que a matéria curva e dobra a luz é algo facilmente verificável. Esse é o mecanismo por trás das lentes comuns e dos óculos polarizadores que estão nos permitindo assistir aos filmes 3-D.  Mas o oposto é um fenômeno raramente observável. Na verdade, ele somente tinha sido observado até agora em escala molecular.

É a força da luz atuando sobre a matéria que permite o funcionamento das pinças ópticas. Feixes de luz têm sido usados para manipular nanoestruturas, para movimentar células vivas e até para aprisionar vírus.
Até mesmo um raio trator capaz de aprisionar moléculas de DNA foi demonstrado, abrindo novos caminhos para os biochips.

Mas o que a equipe do Dr. Kotov levou três anos e meio para acreditar é que a luz é capaz de dobrar e retorcer metais dispostos em feixes rígidos com comprimentos entre 1 e 4 micrômetros - milhares de vezes maiores do que moléculas, vírus ou células.  Kotov e seus colegas estavam trabalhando na área dos metamateriais, usados para construir dispositivos de invisibilidade.  Para isto eles estavam criando partículas super quirais - espirais de metais enrolados em nanoescala que podem teoricamente focalizar a luz em pontos menores do que o seu comprimento de onda.

Eles começaram dispersando nanopartículas de telureto de cádmio em uma solução à base de água. Após cerca de 24 horas sob a luz, as nanopartículas reuniram-se autonomamente - um processo conhecido como automontagem - para formar fitas planas, rígidas e bem alinhadas.  Mas, após 72 horas, as fitas resultantes haviam se retorcido e se aglomerado.  Quando o processo foi repetido no escuro, as nanopartículas permaneceram na forma de fitas longas, retas e separadas.

"Nós verificamos que, se fizéssemos as fitas no escuro e depois as iluminássemos, poderíamos ver um processo de torção gradual, que vai aumentando conforme aumentamos a intensidade da luz," explica o Dr. Kotov. "Isso é muito incomum em muitos aspectos."  Depois de muito analisar o processo, eles descobriram que é mesmo a luz que torce as fitas, ao causar uma forte repulsão entre as nanopartículas que as compõem.

Agora que já aceitaram a descoberta e compreenderam seu mecanismo, os cientistas estão tentando tirar proveito dela, embora achem difícil listar todas as possibilidades.  As fitas retorcidas representam uma nova estrutura na área da nanotecnologia. Além dos metamateriais super quirais voltados para os trabalhos de invisibilidade, eles agora estão trabalhando para tentar fazê-las girar, criando nanomotores similares aos usados pelas bactérias.

Embora alguns cientistas estejam tentando domar bactérias e usá-las para movimentar engrenagens, criar um nanomotor baseado em um flagelo sintético parece ser uma abordagem igualmente interessante.
"Estamos fazendo propulsores muito pequenos para se movimentarem através de líquidos - submarinos em nanoescala, se você quiser chamar assim," diz Kotov.  As estruturas em hélice também poderão ser úteis em nanomáquinas acionadas por luz e nos dispositivos microeletromecânicos.

As possibilidades parecem ser realmente grandes, principalmente para essa equipe de pesquisadores, que já criou um plástico transparente tão resistente quanto o aço e uma forma de interligação entre circuitos eletrônicos e neurônios utilizando nanotubos de carbono.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Genio do Mal ou maluco?

O Gênio do Mal: estudo sugere conexão entre criatividade e psicose
Vincent van Gogh cortou sua própria orelha. Sylvia Plath enfiou sua cabeça dentro do forno. A história está cheia de exemplos de grandes artistas que agiram de forma muito peculiar. Seriam esses artistas brilhantes ou simplesmente malucos?  De acordo com uma nova pesquisa, que acaba de ser publicada na revista Psychological Science, o mais provável é que eles fossem um pouco das duas coisas.

A fim de examinar a relação entre a psicose e a criatividade, Szabolcs Kéri, psiquiatra da Universidade Semmelweis (Hungria), voltou sua atenção para a neurorregulina 1, um gene que normalmente desempenha um papel em uma variedade de processos cerebrais, incluindo o desenvolvimento e o reforço da comunicação entre os neurônios.

No entanto, uma variante desse gene (ou genótipo) está associada a um maior risco de desenvolver transtornos mentais, como a esquizofrenia e o transtorno bipolar.  Neste estudo, Kéri e seus colegas recrutaram voluntários que se consideravam muito criativos e bem-sucedidos. Eles foram submetidos a uma bateria de testes, incluindo avaliações de inteligência e de criatividade.

Para medir a criatividade, os voluntários foram convidados a responder a uma série de perguntas inusitadas (por exemplo, "Apenas suponha que as nuvens têm cordas ligadas a elas e que pendem para o solo. O que aconteceria? ") e foram avaliadas com base na originalidade e na flexibilidade das suas respostas.

Eles também responderam a um questionário sobre as conquistas da sua vida que creditavam ao fato de serem criativas. A seguir, os pesquisadores coletaram amostras de sangue de cada um deles.

Os resultados mostram uma relação clara entre a neurorregulina 1 e a criatividade. Voluntários com a variante específica desse gene tinham mais propensão a ter uma maior pontuação na avaliação da criatividade e também maiores realizações ao longo de suas vidas ligadas à sua criatividade do que os voluntários com formas diferentes do gene.

Kéri observa que este é o primeiro estudo a mostrar que uma variação genética associada com a psicose pode ter algumas funções benéficas. Ele observa que "os fatores moleculares que são fracamente associados com transtornos mentais graves, mas que estão presentes em muitas pessoas saudáveis, podem oferecer uma vantagem ao permitir que pensemos de forma mais criativa."

Além disso, os resultados sugerem que determinadas variações genéticas, ainda que associadas a problemas de saúde, podem sobreviver à seleção evolucionária e permanecer no espectro genético de uma população caso eles também tenham efeitos benéficos.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (59): Brasil fica em primeiro lugar nos serviços ao LHC

Enquanto não construímos o nosso, vamos utilizando o da Europa e mandando ver nas pesquisas científicas!

O conjunto de computadores (cluster) Sprace, da Unesp (Universidade Estadual Paulista), apresentou a melhor qualidade de serviços de processamento prestados ao acelerador de partículas LHC (sigla em inglês para "Grande Colisor de Hádrons").

O cluster brasileiro congrega 6.000 CPUs, 200 terabytes de armazenamento e conta com um link de fibra óptica de 10 gigabits - é a rede mais rápida do Brasil.  Mantido pela Comunidade Europeia, o LHC recebe suporte computacional de 161 clusters espalhados por vários países.  Foi a avaliação técnica mensal desses grupos, referente ao mês de abril de 2010, que colocou o brasileiro em primeiro lugar em confiabilidade e disponibilidade de serviço.

"Ficamos à frente de instituições como o Caltech [Instituto de Tecnologia da Califórnia], o MIT [Instituto de Tecnologia de Massachusetts], o Centro de Computação de San Diego, que é o maior do mundo, e o cluster de Nebraska, que está entre os melhores e nos auxiliou na instalação do nosso sistema", disse Sérgio Ferraz Novaes, professor do Instituto de Física no campus da Barra Funda, em São Paulo, onde está instalado o Sprace.

A fim de processar a enorme quantidade de informações produzidas a partir dos experimentos realizados no LHC, o maior instrumento científico já construído pelo homem, foi formado o WLCG (Worldwide LHC Computing Grid, ou Grade Mundial LHC de Computação), que congrega recursos computacionais de centenas de laboratórios de pesquisa ao redor do mundo.

O WLCG dispõe de uma estrutura de processamento hierárquico, sendo dividido em camadas denominadas tiers. O centro de processamento principal é o tier 0, que fica nas instalações do Cern.  A ele estão conectados 11 centros nacionais que formam a camada tier 1. Esses centros estão localizados em países como Canadá, França, Alemanha, Holanda, Reino Unido e nos Estados Unidos, onde há dois deles.
Na terceira camada estão 160 centros de processamento regionais da classe tier 2, entre eles o Sprace, que está submetido ao tier 1 localizado no Fermilab, nos Estados Unidos. A cada tier 2 ainda podem se conectar grupos de pesquisadores que formam centros da classe tier 3.

Desde 2005 o Sprace faz parte do Open Science Grid (OSG), que coordena as ações da rede científica norte-americana. Ao lado do projeto europeu Enabling Grids for E-Science in Europe (EGEE), o OSG é membro do WLCG.  Para um grupo participar do WLCG no nível tier 2 é necessário contar com alta capacidade de processamento que contemple os trabalhos da colaboração. Além disso, é exigida uma infraestrutura de rede capaz de transferir um grande volume de dados e de manter esses serviços disponíveis em, pelo menos, 95% do tempo para receber tarefas dos experimentos.  "Por isso, a avaliação não é somente da qualidade do processamento, mas também da quantidade de dados processada, o que depende da capacidade de transporte da rede", explicou Novaes.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Série Especial - It's Music! (30): Tony Bennett

A coluna de hoje homenageia um dos maiores cantores do século vinte, cantando aquele que deve ser o seu maior sucesso!

Tonny Bennett - I left my heart in San Francisco



sábado, 18 de dezembro de 2010

Série Especial - Birinight Oil (33): Aviso para cães letrados

Recentemente, fiz uma viagem a Florianópolis para um congresso e pude aproveitar as maravilhas da "Ilha da Magia" e de parte do continente.  Cidades limpíssimas, povo educado e trocadoras de ônibus que mais parecem modelos da Vogue são algumas das diferenças imensas que pude constatar, em comparação com as plagas cariocas, paulistanas et cetera de outras partes do nosso país continental.

Mas o que me surpreendeu mesmo nesse Brasil super desenvolvido está explicitado nesta foto tirada em Camboriú...

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Série Especial - O Outro Mundo (24): Vídeo da exposição Ice Caverns

E como na semana passada eu falei da festança promovida pela Sunset Quinnell - também conhecida como Simone Queiroga - aproveito para postar um vídeo feito pelo Abel Paulino, cineasta super fera que toma conta da divulgação das exposições via machinima.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Extra! Nascidos para o amor: teoria defende a "sobrevivência do mais bondoso."

Cientistas estão desafiando crenças aceitas há décadas - na época apresentadas como descobertas científicas - de que os seres humanos seriam fisiologicamente constituídos para serem egoístas.
Esta noção ganhou a adesão de grande parte da comunidade científica principalmente através dos trabalhos do cientista e pregador ateu Richard Dawkins, através de seu livro "O Gene Egoísta". Hoje, grande parte dos próprios geneticistas discorda das conclusões de Dawkins.

Pesquisadores da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, depois de realizarem uma vasta gama de estudos, afirmam ter coletado um grande conjunto de evidências que demonstra que nós estamos evoluindo para nos tornarmos mais cheios de compaixão e mais colaborativos em nossa busca para sobreviver e prosperar.

Em contraste com o "cada um por si" de muitas interpretações da teoria da evolução pela seleção natural, o psicólogo Dacher Keltner e seus colegas defendem que os seres humanos são tão bem-sucedidos como espécie precisamente por causa do nosso carinho, altruísmo e compaixão.

"Eles chamam esse mecanismo de "sobrevivência do mais bondoso." O trabalho resultou no livro "Nascido para ser Bom: A Ciência da Vida Plena," ainda sem tradução no Brasil.  "Como nossas crianças são muito vulneráveis, a tarefa fundamental para a sobrevivência humana e para a replicação dos nossos genes é tomar conta dos outros," afirma Keltner. "Os seres humanos têm sobrevivido como espécie porque nós evoluímos nossa capacidade de cuidar das pessoas que necessitam e para cooperar. Como Darwin há muito tempo supôs, a simpatia é o nosso instinto mais forte."

A equipe de Keltner está estudando como a capacidade humana de cuidar e cooperar com os outros está implantada em regiões específicas do cérebro e do sistema nervoso. Um estudo recente descobriu evidências convincentes de que muitos de nós somos geneticamente predispostos a sermos compreensivos e termos empatia.

Este estudo, feito por Laura Saslow e Sarina Rodrigues, da Universidade Estadual do Oregon, descobriu que pessoas com uma variação particular do gene do receptor de oxitocina (ou ocitocina) são mais aptas à leitura do estado emocional dos outros e tornam-se menos estressados em circunstâncias tensas.

Informalmente conhecido como "hormônio do aconchego", a oxitocina é secretada na corrente sanguínea e no cérebro, onde ela promove a interação social, a educação e o amor romântico, entre outras funções.
"A tendência a ser mais compreensivo pode ser influenciada por um único gene," diz Rodrigues.

Como a bondade garante a sobrevivência?  Enquanto estudos mostram que o estabelecimento de conexões e relacionamentos sociais pode contribuir para uma vida mais significativa e saudável, a grande pergunta que os pesquisadores agora estão fazendo é, "Como é que estas características garantem a nossa sobrevivência e elevam nosso status entre os nossos pares?"

Uma resposta, de acordo com o psicólogo e sociólogo Robb Willer, é que, quanto mais generosos formos, mais respeito e influência exerceremos.  Em um estudo recente, Willer e sua equipe deram uma pequena quantia em dinheiro a voluntários que participavam de uma pesquisa. A seguir, levou-os para participar de jogos de complexidade variada, cujos resultados apontavam para benefícios para o "bem comum".

"Os resultados, publicados na revista American Sociological Review, mostram que os participantes que agiram mais generosamente receberam mais presentes, mais respeito e mais cooperação de seus pares e exerceram maior influência sobre eles."

"Os resultados sugerem que qualquer pessoa que age apenas em seu próprio interesse será evitada, desrespeitada, e mesmo odiada", disse Willer. "Mas aqueles que se comportam generosamente com os outros são tidos em alta estima por seus pares e, portanto, têm seu status elevado."

Os benefícios da generosidade são tão grandes que os cientistas não estão mais se preocupando em por que as pessoas são generosas, mas invertendo a lógica para pesquisar o que parece ser mais patológico - por que algumas pessoas se tornam egoístas.

Esses resultados validam os resultados da "psicologia positiva", inaugurada por Martin Seligman, um professor da Universidade da Pensilvânia, cujas pesquisas, no início dos anos 1990, deslocaram-se das doenças mentais e das disfunções para investigar os mistérios da alegria e do otimismo humanos.

Embora grande parte da psicologia positiva atual esteja focada na realização pessoal e na felicidade individual, os pesquisadores da Universidade de Berkeley estreitaram suas pesquisas, estudando como ela contribui especificamente para o bem-comum.

Christine Carter, diretora-executiva Centro de Ciências para o Bem Maior, é criadora do site "Ciência para Criar Crianças Felizes," numa tradução livre. O objetivo do site Raising Happy Kids, entre outras coisas, é apoiar e promover a criação de crianças "emocionalmente alfabetizadas".

Carter traduz as pesquisas cheias de rigor científico em conselhos práticos para os pais. Ela diz que muitos pais estão se afastando das atividades materialistas e competitivas e repensando o que vai trazer a verdadeira felicidade e bem-estar para as suas famílias.

"Eu descobri que os pais que começam conscientemente a cultivar a gratidão e a generosidade em seus filhos veem rapidamente seus filhos tornarem-se mais alegres e mais felizes", disse Carter, que é autora do livro Criando felicidade: 10 etapas simples para filhos mais alegres e pais mais felizes, nas livrarias desde fevereiro de 2010.  "O que é muitas vezes surpreendente para os pais é o quanto mais felizes eles próprios podem tornar-se," diz ela.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (30): Pele artificial para robôs

Pois é, a cada dia, cada semana, mais e mais novidades pipocam mundo afora, causando sensação.  Como as redes de comunicação preferem mostrar enchentes e imbecis fazendo malabarismos com cachorros, aos domingos, para uma legião de idiotas, seguimos nós por aqui fazendo a resistência e apresentando para vocês, cultos leitores e seguidores do blog, novidades super úteis, revolucionárias e interessantes.

Pele artificial quântica dará nova sensibilidade aos robôs
As peles artificiais para robôs já são bem mais do que um mero aglomerado de sensores de alguns anos atrás.  Mas o MIT Media Lab, um dos laboratórios mais avançados do mundo na área de robótica e automação, acredita que já é hora de dar um passo mais largo.

Os pesquisadores norte-americanos uniram-se aos seus colegas da Universidade de Durham, na Inglaterra, para desenvolver um novo tipo de "pele eletrônica" que permita que os robôs e outros dispositivos automatizados não apenas "saibam" que foram tocados, mas detectem também onde foi feito o toque e qual a sua intensidade.

O grupo está desenvolvendo, há vários anos, uma tecnologia inovadora, chamada QTC - Quantum Tunnelling Composites, compósitos de tunelamento quântico, em tradução livre, um material sintético que tira proveito de propriedades em nanoescala, o que equivale a ter um material que é inteiramente "sensorial".

Os materiais compósitos de tunelamento quântico fornecem uma medida da intensidade da força aplicada sobre eles alterando sua resistência elétrica. Isto permite que a detecção e a localização do ponto do toque possam ser feitas dentro do robô por um circuito eletrônico muito simples.

Sendo flexível, esse material inovador pode ser produzido em virtualmente qualquer formato, inclusive na forma de uma espécie de "roupa" adequada a revestir um robô. Ou pode ser aplicado por uma técnica de impressão, formando um revestimento de meros 75 micrômetros de espessura.

O resultado é uma pele artificial para robôs, ou outras interfaces, sem partes móveis e sem a necessidade de "vácuos", como acontece em alguns teclados de membrana e outros sensores flexíveis.

Além de cada área específica do material fornecer uma resposta proporcional à intensidade do toque, uma tecnologia de rastreamento permite identificar as coordenadas precisas do local do toque, mesmo quando o material está cobrindo superfícies totalmente irregulares.

O QTC pode ser enquadrado na categoria dos músculos artificiais - tecnicamente ele é um polímero eletroativo - sendo fabricado por uma mistura de partículas metálicas e não-metálicas injetadas em uma matriz de elastômero. 
O estado "natural" do QTC - quando ele não está sujeito a nenhuma pressão - não drena nenhuma corrente elétrica, o que é uma vantagem para seu uso principalmente em robôs móveis e humanoides.

Materiais que reagem à pressão já são pesquisados há bastante tempo. Esses compósitos convencionais normalmente incorporam partículas de carbono esféricas. Devido ao seu formato, essas partículas estão sempre em contato umas com as outras, criando uma rota para a condução da eletricidade.

Conforme se aplica uma pressão sobre o material, mais partículas se tocam, ampliando o caminho para a eletricidade. A variação na intensidade da corrente é então medida e pode ser utilizada para indicar um toque. Esse processo é chamado de percolação.

O compósito de tunelamento quântico funciona por um princípio diferente. Suas nanopartículas, em vez de serem esferas lisas, têm superfícies muito irregulares, cheias de pontas. A borracha de silicone na qual elas são incorporadas penetra entre essas pontas, criando um isolamento elétrico e físico, impedindo que as partículas se toquem mesmo quando sua densidade é muito alta.

As extremidades das pontas na superfície das partículas permitem que uma grande quantidade de elétrons se concentre sem ter para onde sair.  Enquanto no princípio da percolação, há necessidade uma diferença de potencial de energia constante - o material drena energia mesmo quando em repouso - o acúmulo dos elétrons no QTC se dá naturalmente, sem a necessidade de aplicação de uma tensão externa.

Esse aumento de carga tem como principal efeito a diminuição da largura efetiva da barreira de potencial que esses elétrons têm que atravessar - ou tunelar - para fazer com que o material conduza eletricidade.

Segundo a física clássica, um elétron conseguirá passar por uma barreira de potencial se possuir energia cinética suficiente para superar a barreira.  Se ele tem menos energia cinética do que a altura da barreira de potencial, então ela não será capaz de atravessar a barreira sob nenhuma condição.

Mas a mecânica quântica mostra que os elétrons podem ser descritos como ondas, e que existe uma probabilidade finita de que um elétron atravesse uma barreira classicamente proibida.  Quando uma onda encontra uma barreira de potencial, ela não chega instantaneamente a zero, mas começa a decair exponencialmente conforme entra pela barreira potencial. Se a onda ainda não chegou a zero ao chegar ao outro lado da barreira, então há uma probabilidade finita de que ela possa ser detectada desse outro lado - o que equivale a dizer que o elétron terá de fato atravessado, ou tunelado, a barreira que a física clássica dizia ser impossível.  É este atravessar a barreira que se chama tunelamento quântico.

A quantidade de tunelamentos que ocorre em um material compósito é determinada pela energia dos elétrons, assim como pela espessura e pelas características elétricas da barreira.  No QTC, ao contrário dos polímeros com esferas lisas de carbono, o mecanismo de condução dominante é justamente o tunelamento quântico.

Para que ocorra a condução por tunelamento, a probabilidade do tunelamento precisa ser elevada. Para aumentar essa probabilidade, a largura, ou a largura aparente da barreira, precisa ser reduzida. Isto é obtido no QTC devido ao formato das partículas condutoras e à sua elevada concentração no material base, o elastômero não-condutor.

As afiadas pontas das partículas condutoras ocasionam um aumento no campo elétrico localizado em suas extremidades, o que efetivamente reduz a largura da barreira e permite que a condução elétrica ocorra. Isso é conhecido como o tunelamento assistido por campo.

Conforme o QTC é comprimido, as partículas condutoras se aproximam, reduzindo ainda mais a largura da barreira. Isto leva a um aumento exponencial da probabilidade de ocorrência do tunelamento e a uma diminuição exponencial na resistência elétrica.  A capacidade de variar a largura da barreira através da compressão, da tensão ou da torsão, dá ao QTC propriedades elétricas controláveis dinamicamente que não são encontradas em nenhum  outro material.  Os pesquisadores formaram uma empresa, a Peratech, para comercializar a tecnologia QTC.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Extra! Indiano que vive sem comer há 70 anos é mistério para ciência

Médicos e cientistas na cidade indiana de Ahmedabad estão observando um homem que diz ter vivido sem comida e sem água ao longo dos últimos 70 anos.  Prahlad Jani é um líder religioso da tradição Jainista. Ele está sendo observado por médicos, que afirmam que nas 108 horas que já se passaram, ele ainda não comeu nem bebeu nada.  O caso chamou atenção até mesmo do Exército indiano, que o colocou sobre observação 24 horas por dia ao longo das próximas duas semanas.

A ideia é que se os médicos descobrirem o segredo do líder religioso, isso pode ser bem usado no futuro. 
Prahlad Jani diz que sobrevive graças à meditação e ao poder da sua mente.  Apesar de este tipo de caso não ser totalmente inédito na Índia, ele tornou-se um dos mais célebres dos últimos tempos, por estar sendo estudado mais a fundo pelos cientistas.

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Claro que as potências pensam logo em levar qualquer descoberta para a área militar, visto que saquear o quintal do vizinho é visto como uma possibilidade sempre muito atrativa.  Mas se tal conhecimento for usado para o benefício da humanidade, problemas como fome crônica e epidemia de obesidade - que estão nos extremos de um equilíbrio nutricional - poderão ser mais facilmente erradicadas, assim como seus efeitos deletérios.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (58): Institutos federais de educação tecnológica ganham mais autonomia financeira


Eu tive a oportunidade de usufruir do ensino técnico, há 30 anos, e pude constatar a falta que fez quando foi praticamente extinto pelos governos neoliberais.  Agora, como ficou patente que sem essa vertente educacional não dá mesmo para ir prá frente, uma reação ainda tímida se esboça.

Institutos federais de educação tecnológica ganham mais autonomia financeira
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou três decretos que conferem maior autonomia financeira aos institutos federais de educação tecnológica e possibilitam a reposição automática de professores, técnicos e pessoal.  As medidas visam, entre outros coisas, a ampliar o número de vagas na rede federal de escolas técnicas.

De acordo com a presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Consuelo Sielski, as medidas possibilitarão a abertura de aproximadamente 50 mil novas vagas na rede federal de escolas técnicas.

"Tendo mais professores, mais administrativo, com o investimento na expansão, você consegue trazer mais alunos também. Assim que a gente realizar concurso, no ano que vem, [poderão ser abertas] em torno de 20% de novas vagas", afirmou Consuelo, acrescentando que atualmente as instituições federais de ensino profissionalizante têm 250 mil alunos. "Serão, no mínimo, mais 50 mil vagas com esse banco de dados."

Os decretos permitem que as instituições possam substituir automaticamente a saída de um professor, técnico ou profissional que atua na área administrativa. Antes, era necessária a autorização dos ministérios da Educação e do Planejamento.

ministro da Educação, Fernando Haddad, ressaltou que o governo está dando autonomia aos institutos, mas cobrará resultados de acordo com um plano de metas. "A grande novidade é que rede federal, tanto de universidades quanto de institutos técnicos, está submetida a um regime novo, que dá total liberdade de execução orçamentária, reposição de pessoal, contratação automática de professores e técnicos, mas, ao mesmo tempo, ela tem um compromisso de atendimento com o Ministério da Educação."

Segundo Haddad, esse compromisso prevê, entre outros coisas, um número mínimo de alunos por docentes e de estudantes por técnicos. "Temos hoje um marco regulatório que dá segurança ao gestor público de continuar a expansão com a garantia de eficácia do investimento público."

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Se isso realmente funcionar, penso que as universidades federais, que tanto sofreram e sofrem com a burrocracia estatal que dificulta/impede a contratação de bons profissionais, poderão sair do atoleiro em breve.  Isso, é claro, se os doutos lá instalados não priorizarem a visâo de "clubinho", abrindo espaço só para os coleguinhas...

sábado, 11 de dezembro de 2010

Série Especial - Birinight Oil (32): Campanha contra beber e dirigir

O Ministério da Saúde vai lançar uma nova campanha para conscientizar os débeis mentais que enchem a caveira e depois fazem todo tipo de adubo à direção.  Saindo na frente da cocôrrência, a nossa coluna de humor apresenta com exclusividade essa pérola do cancioneiro, digo, da publicidade estatal.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Série Especial - O Outro Mundo (23): 2o Aniversário da Galeria Ice Caverns


No sábado passado, rolou um evento com doze horas de duração para comemorar o segundo aniversário da Galeria Ice Caverns, da qual a minha amiga Simone Queiroga (Sunset Quinnell no Second Life) é a curadora.

Estive por lá assistindo a alguns shows e o lugar estava bastante concorrido, o que recompensa o esforço e a dedicação da Sunset em promover sucessivas exposições com artistas de todas as partes do mundo e até mesmo os designers em formação do UniFOA - Centro Universitário de Volta Redonda, que tiveram a honra de ter alguns de seus projetos expostos por lá neste ano.

Nós aqui da redação gostaríamos de parabenizar o Alpine Center, dono da Ice Caverns e desejar a Sunset vários anos e anos de sucesso, dentro e fora do metaverso!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O dinheiro altera aquilo que consideramos ser justo

Sempre se ouve por aí que poder e dinheiro alteram o caráter das pessoas.  Da minha parte, penso que seja porque ambos proporcionam ao indivíduo a possibilidade de atuar mais decisivamente na realidade que o cerca e por conta disso muitos excessos podem ser cometidos.

Mas esse não é o único caso de alteração proporcionada pelo dinheiro, conforme demonstra o texto a seguir.
Teoria do valor
Está pensando em premiar o seu departamento de vendas por um trabalho bem feito? Então é melhor esquecer o dinheiro. Um estudo publicado no jornal Psychological Science, mostra que, quando se trata da distribuição de recursos, brindes e prêmios, a ideia das pessoas sobre o que é justo se altera, dependendo do que está sendo distribuído.

Se o que está sendo oferecido é algo que tem seu próprio valor intrínseco - como alimentos ou dias de férias - as pessoas são mais propensas a ver a distribuição igualitária - todos ganham itens similares - como sendo justa. Mas se é algo que só é valioso quando é trocado por algo útil - como dinheiro, ou pontos no cartão de crédito - as ideias de justiça mudam para uma atitude mais baseada no mercado.

Nesse caso, o pensamento que prevalece é o de que as pessoas devem receber montantes de acordo com o que cada um contribuiu para o trabalho conjunto.

"O que exatamente há com o dinheiro que leva as pessoas a tratá-lo de modo tão diferente dos outros recursos?" pergunta Sanford DeVoe, um professor de comportamento organizacional na Universidade de Toronto, no Canadá, que fez a pesquisa em conjunto com Sheena Iyengar, da Universidade de Colúmbia.

"Nosso estudo mostra que é a propriedade do dinheiro de ser um meio de troca," diz o pesquisador.
"Quando você aloca algo que somente tem valor quando trocado por alguma outra coisa, é aí que está o que ativa uma mentalidade de mercado e realmente invoca essas rígidas normas sobre o quanto cada um contribuiu e quanto do prêmio merece," completa ele.

Os resultados têm implicações também sobre como as empresas podem lidar com situações negativas.
Uma empresa que quer cortar custos, por exemplo, deve considerar que um corte linear de salários de todos os empregados pode potencialmente levar à quebra no senso de justiça e na confiança que os empregados depositam na administração, ao sentirem que nem todos deviam pagar a mesma quantia por algo para o qual eles não contribuíram igualmente.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (29): Levitação magnética de células poderá criar órgãos artificiais




Os cientistas parecem decididos a fazer pelos laboratórios de biologia o que Avatar 3D fez pelo cinema.
Entediados com as muito planas placas de Petri, e chefiados por uma cientista brasileira, pesquisadores da Universidade Rice, nos Estados Unidos, desenvolveram uma técnica para cultivar células em 3D, reproduzindo as condições naturais em que elas crescem nos organismos.

"Há um enorme esforço em andamento para descobrir formas de crescer células em 3-D porque o corpo é 3-D, e culturas que se pareçam mais com os tecidos naturais fornecerão melhores resultados nos testes pré-clínicos de novos medicamentos," explica Tom Killian, um dos autores da descoberta.

A técnica de cultura tridimensional é simples o bastante para ser utilizada imediatamente em qualquer laboratório. Hoje, quando as células são postas sobre a placa de Petri - um pequeno pratinho de vidro - elas são naturalmente puxadas pela gravidade, formando o que os cientistas chamam de filme, uma membrana na qual as células, a grosso modo, ficam umas ao lado das outras.

Mas, no corpo, as células crescem não apenas para os lados, mas também para cima e para baixo, formando órgãos em três dimensões.  Para reproduzir essa condição, a equipe da brasileira Renata Pasqualini utilizou forças magnéticas para levitar as células previamente dispersas por um meio líquido de cultura. Desta forma, elas ficam livres para crescer e se dividir sem os constrangimentos da superfície 2D de uma placa de vidro.

Embora aponte para visões futurísticas, como a criação de órgãos artificiais em laboratório, a partir de células-tronco ou não, o novo "andaime invisível" criado por campos magnéticos oferece uma ferramenta imediata para o crescimento de células tumorais.

A reprodução de um tumor em laboratório é essencial para avaliar como um determinado câncer irá reagir às substâncias que estão sendo desenvolvidas para destrui-lo durante o processo de desenvolvimento de novos medicamentos.

Mas existem outras possibilidades de uso da técnica de levitação celular: "Um próximo passo natural para nós será usar essa propriedade magnética para explorar possíveis aplicações na área de imageamento e de tratamento de tumores in vivo," afirma Wadih Arap, coautor do estudo.

"Este é um passo rumo à construção de melhores modelos de órgãos em laboratório," complementa a Dra. Pasqualini, bióloga formada pela USP e atualmente coordenadora do laboratório onde foi desenvolvida a nova técnica.

Para fazer as células levitarem, os pesquisadores modificaram geneticamente partículas virais chamadas fagos (phage) e as dispersaram em um gel com uma textura finamente ajustada, contendo nanopartículas de ferro.  Quando as células que se quer cultivar são adicionadas ao gel, os fagos fazem com que as células absorvam as nanopartículas de ferro em poucas horas.

O gel é então descartado e substituído por um líquido menos denso, no qual a divisão e o crescimento celular podem se dar em condições otimizadas.  Colocando um pequeno magneto acima do recipiente, não muito maior do que uma moeda, os pesquisadores verificaram que as células se desprendem da base do recipiente e passam a flutuar livremente no líquido.

A localização e até a aglomeração das células podem ser controladas variando a intensidade e a posição do ímã que exerce a atração magnética sobre as células, fazendo-as "levitar" no interior do meio de cultura.

Resultados iniciais com células de tumores cerebrais, chamadas glioblastomas, mostraram que as células que crescem no ambiente 3-D produzem proteínas que são similares às produzidas pelo glioblastoma presente em modelos animais vivos - quando as células são cultivadas em 2-D, no método tradicional, essas proteínas não se parecem com as proteínas produzidas em ambiente natural.

"A beleza deste método é que ele permite interações célula-célula naturais para guiar a formação de microtecidos em 3-D. O método é incrivelmente simples e deverá ser um bom ponto de partida para a cultura 3-D de tecidos em qualquer laboratório interessado no desenvolvimento de novos medicamentos, na biologia das células-tronco, na medicina regenerativa ou na biotecnologia," resume Robert Raphael, coautor da descoberta.

Vários grupos de pesquisas ao redor do mundo têm alcançado êxitos rumo ao cultivo de tecidos em laboratório usando técnicas 3-D.  Cientistas de Cingapura criaram sua própria versão de um gel para cultura 3D e cultiva de células-tronco. Pesquisadores do MIT também usaram um gel e eletricidade para cultivar células em 3D.

Um grupo da Finlândia usou uma técnica diferente, criando órgãos por meio de impressão, semelhante à tecnologia da impressoras jato de tinta, uma abordagem semelhante à usada pelos seus colegas ingleses para criar pele e ossos camada por camada.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Mensagens subliminares negativas produzem mais resultado

De tanto estarmos adestrados pela mídia a receber enxurradas de lixo, acabamos engolindo porcaria com mais "gosto" do que coisas boas.  Duvida?  Observe então como as pessoas detém mais atenção e tempo falando sobre coisas negativas do que quando a situação é oposta.  E, de quebra, dê uma lida na matéria abaixo.

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As pessoas são capazes de perceber mensagens subliminares, particularmente se seu teor é negativo, diz um estudo britânico.  Em três experimentos realizados por pesquisadores da Universidade College London, na Inglaterra, participantes foram expostos, durante curtos períodos de tempo, a imagens que continham palavras neutras, negativas ou positivas.

As palavras apareciam de forma camuflada, ou seja, não eram facilmente identificáveis. Após observar as imagens, os voluntários tinham de classificá-las, dizendo se elas sugeriam alguma emoção ou não.  No final, os participantes foram capazes de categorizar corretamente 66% das palavras negativas subliminares em comparação com apenas 50% das positivas.

Os autores do estudo, publicado na revista científica Emotion, disseram que a habilidade de reagirmos a sinais sutis nos ajuda a evitar o perigo. Nos experimentos, a cientista Nilli Lavie mostrou aos 50 participantes uma série de palavras em uma tela de computador. Cada palavra aparecia na tela por apenas uma fração de segundo - tempo tão pequeno que não permitia que o participante conscientemente lesse a palavra.

As palavras eram positivas (alegre, flor, paz), negativas (agonia, desespero, assassinato) ou neutras (caixa, orelha, chaleira).  Após ver cada palavra, os participantes tinham de dizer se ela era neutra ou tinha impacto emocional (positivo ou negativo) e quão confiantes estavam em relação a sua escolha.

Os pesquisadores verificaram que os participantes tendiam a responder mais precisamente após ser expostos a palavras negativas mesmo quando acreditavam que estavam apenas adivinhando suas respostas.

"Nós demonstramos que as pessoas são capazes de perceber o valor emocional de mensagens subliminares e provamos conclusivamente que as pessoas são muito mais sensíveis a palavras negativas", disse Lavie.
"Claramente, responder rapidamente a informações emocionais é vantajoso do ponto de vista evolutivo."
"Não podemos esperar que o consciente entre em ação se vemos alguém correndo em nossa direção com uma faca ou se estamos dirigindo em meio à neblina e vemos um aviso de perigo."

A pesquisadora disse que seu trabalho pode ter aplicações em campanhas de marketing: "Palavras negativas podem ter impacto mais rápido", disse.  O slogan "Mate a sua Velocidade", por exemplo, pode funcionar melhor do que "Diminua", ela sugere.

Entretanto, o especialista em psicologia do marketing Paul Buckley, da Escola de Administração de Cardiff, no País de Gales, disse que não há evidências de que mensagens subliminares funcionam em situações reais do dia-a-dia.  "Em termos práticos, este (experimento) não reflete necessariamente o que aconteceria na vida real".

Breve histórico das mensagens subliminares
1957: Especialista em pesquisas de mercado, James Vicary disse que imagens subliminares projetadas em uma tela de cinema em New Jersey tinham feito com que o público comprasse mais comida e bebida
Vicary criou o termo ''propaganda subliminar''.

Em 1958, Grã-Bretanha, Estados Unidos e Austrália proibiram a prática.

1962: James Vicary admitiu ter falsificado os resultados do seu estudo.

1974: Apesar da falta de evidências de que mensagens subliminares funcionem, a ONU declarou que seu uso é uma séria ameaça aos direitos humanos.

1985: Joe Stuessy disse ao senado americano que eram necessárias mais pesquisas sobre o uso de mensagens subliminares em música heavy metal.

1990: A banda Judas Priest foi levada para o tribunal pelos pais de meninos que se suicidaram após ouvir os discos da banda. O Judas Priest disse que se quisesse incluir mensagens subliminares em seus discos, elas seriam usadas para dizer às crianças que comprassem mais CDs

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (57): Fiocruz desenvolve novo princípio ativo para combater a malária



E lá vamos nós de novo, mostrando o que rola de excelente em nosso país, a revelia dos meios tradicionais de comunicação, que só mostram desgraças, carros queimando e tiro comendo solto.

Fiocruz desenvolve novo princípio ativo para combater a malária

O Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fiocruz (Farmanguinhos/Fiocruz) está desenvolvendo um produto inovador para combater a malária.  O sal híbrido Mefas é um insumo farmacêutico ativo (IFA) resultante da combinação de duas substâncias: artesunato e mefloquina.

O novo fármaco representa uma evolução no tratamento da doença que mais mata no mundo. O estudo tem a colaboração do Centro de Pesquisa René Rachou (CPqRR/Fiocruz Minas).

Atualmente, a Farmanguinhos produz o ASMQ, formulação em dose fixa combinada de artesunato e mefloquina, medicamento mais indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o tratamento da malária.  Apesar da comprovada eficácia do medicamento, o paciente não está livre de efeitos colaterais.

Para aliviar esses possíveis desconfortos, pesquisadores da área de síntese orgânica do Instituto, liderados pela pesquisadora Núbia Boechat, trabalham no novo sal híbrido.

Estudos têm mostrado que o Mefas é mais eficaz contra a malária do que os medicamentos artesunato e mefloquina, tanto usados separadamente quanto sob a forma do ASMQ.  Além disso, segundo Núbia, o Mefas causa menos efeitos colaterais, pois o sal híbrido não apresentou toxicidade mesmo quando utilizado em dose 100 vezes superior à necessária.

Outra vantagem é que o Mefas consegue curar a malária com metade da dose do ASMQ, de acordo com testes feitos em animais.  "Espera-se também que haja uma redução no custo de desenvolvimento e produção do medicamento, tendo em vista que as dificuldades técnicas poderão ser minimizadas pela utilização de apenas um IFA, o que não ocorre no ASMQ, no qual são utilizados dois IFAs", explica a coordenadora.

Já começou a ser realizado o estudo comparativo da biodisponibilidade, teste que avalia o grau de absorção da substância pelo organismo e, consequentemente, sua disponibilidade no local de ação.  Segundo Núbia, a meta agora é encontrar um parceiro - empresa farmacêutica ou entidade financiadora internacional - que viabilize a realização dos estudos finais para se chegar ao produto registrado.

Após essa etapa, o fármaco será disponibilizado à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e a outros países endêmicos, tal como se faz com o ASMQ.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Série Especial - It's Music! (29): A música dos desenhos animados - 06

Esse desenho aí fez muito sucesso nos anos 1960 e eu curti bastante, Com vocês, O Jovem Sansão, também conhecido como "Sansão e Golias"!




E a abertura em português, filmado diretamente da televisão




De quebra, a vinheta do intervalo

sábado, 4 de dezembro de 2010

Série Especial - Birinight Oil (31): Humor carioca

Que o povo carioca faz piada com qualquer coisa, isso todo mundo já sabe. Mas para mostrar que a nossa verve não se destaca apenas quando gozamos os paulistanos e já antecipando as chuvas veranescas que se avizinham, segue a relação abaixo:

No palanque político:
- Depois de tanta chuva, o Prefeito Eduardo Paes anunciou a construção da Hidrelétrica da Lagoa Rodrigo de Freitas.

A mudança nas ideologias:
- No Rio não se fala mais direita e esquerda. Agora é bombordo e estibordo!

Esporte é saúde:
- Se a Maratona do Rio fosse em Abril, o Cesar Cielo ia humilhar!

Tecnologia automobilística:
- Depois do airbag, os coletes salva vidas são os opcionais mais importantes nos carros do Rio.

E-commerce:
- O melhor serviço de entrega no Rio é o do Submarino.

Gastronomia:
- Ninguém passa fome no Rio, Bolinho de Chuva é o que não falta.

Sedução:
- Vamos assistir a chuva lá em casa hoje?

Ecologia:
- Quem acha que a água do mundo está acabando não mora no Rio.

Vida saudável:
- Meu passeio ciclístico de hoje fiz de pedalinho.

Promessa feita, promessa cumprida:
- Agora sim, os governantes melhoraram a vida do carioca, todos têm residência com vista para o mar.

Mais uma do PT:
- O Lula está lançando o BALSA-familia pra ajudar Rio e São Paulo.

Governo Federal e Estadual, trabalhando juntos pelo Rio:
- Lula e Cabral cumpriram o prometido: água e esgôto na casa de todo mundo.

Gozação paulistana (como se eles pudessem nos sacanear nesse quesito):
- A Marta Suplício recomendou aos cariocas: relaxa e bóia!!!

Sexo é vida:
- Teve gente que se salvou da enchente porque estava transando com uma boneca inflável.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sobre Inteligência

Pois é, queridos leitores, entramos no último mês do ano, que para variar passou a jato.  Como estamos também na reta final das postagens de 2010 resolvi colocar aqui hoje uma coletânea de matérias sobre inteligência, fruto de estudos diversos pelo mundo afora.

O mundo está emburrecendo, dizem cientistas

Sim, a população mundial está ficando menos inteligente. Quem diz é uma dupla de pesquisadores do Reino Unido. Os pesquisadores apontam que o fenômeno responsável por essa queda, chamado de fertilidade disgênica, tem a ver com uma tendência observada já no começo do século passado: casais muito inteligentes têm cada vez menos filhos do que os casais de inteligência média ou baixa. (Em 1994, um pesquisador norte-americano constatou que mulheres com um QI médio de 111 tinham 1,6 filhos, enquanto as com QI médio de 81 tinham 2,6 filhos). E como a inteligência pode ser, até certo ponto, hereditária (embora esse papo seja bastante polêmico), o QI mundial estaria caindo progressivamente.


É o que os dados mostram: o estudo estima que, entre 1950 e 2000, a média de QI do mundo caiu 0,86 pontos. Mas, os caras explicam, nesse período o declínio foi compensado por um fenômeno chamado de Efeito Flynn – um aumento geral (e natural) na inteligência nas pessoas. “No entanto, estudos recentes em quatro países desenvolvidos mostraram que isso já acabou ou”, pior, “está funcionando ao contrário”, dizem os pesquisadores. Por isso, a projeção é que, até 2050, o emburrecimento some mais 1,28 pontos negativos. A previsão soa meio apocalípica mesmo: “parece provável que esse efeito se expanda para os países em desenvolvimento e que todo o mundo adentre um período de declínio na inteligência”.



Ateus e liberais têm QI mais alto, diz pesquisa

Segundo um estudo publicado pelo psicólogo evolucionista Satoshi Kanazawa da London School of Economics and Political Science – ateu e liberal, por sinal -, quanto maior o QI de uma pessoa, maiores as chances de ela não crer em Deus e de ser politicamente liberal.


De acordo com o autor, ateísmo e liberalismo são valores novos na história da evolução humana, que não fazem parte da nossa predisposição biológica – e que nossos ancestrais provavelmente não possuíam.  Por isso, pessoas de QI mais alto, acabam reconhecendo e assimilando mais facilmente os novos valores e comportamentos.  Mas o que dizem os dados?

Uma pesquisa feita pelo National Longitudinal Study of Adolescent Health mostra que adolescentes que se identificam como “muito liberais” têm um QI médio de 106, enquanto os que se auto-classificam como “muito conservadores” marcam 95 pontos na escala. Da mesma forma, os que se avaliaram como “nada religiosos” têm um QI médio de 103 pontos, enquanto os que se classificaram como “muito religiosos” têm um QI médio de 97 pontos.  Polêmico, hein?

 
Vegetarianos são mais inteligentes

É o que dizem pesquisadores da Universidade de Southampton, no Reino Unido. Eles analisaram os hábitos alimentares e o QI de oito mil voluntários num período de 20 anos (fizeram testes quando todos tinham dez anos de idade e de novo aos 30) e notaram que o QI dos que seguiam dietas vegetarianas era, em média, cinco pontos mais alto do que o daqueles que comiam carne regularmente. Com os pontinhos a mais, os vegetarianos também eram mais propensos a ter diploma de curso superior e empregos melhores.


Por quê? Os caras ainda não sabem ao certo. Mas, até então, eles trabalham com duas hipóteses: (1) a alimentação saudável do vegetariano poderia, de algum forma, aumentar sua capacidade cerebral (explicação que não acham tão provável); e (2) as pessoas de QI mais alto podem ser mais propensas a se preocuparem com o bem-estar dos animais, além de serem mais atentas aos benefícios de uma dieta saudável – o que as levaria direto para os braços do vegetarianismo (nessa eles botam uma fé especial e prometem investigar mais).

Boa “vingança” para quem já foi motivo de piada ao pedir um cachorro quente completo, mas sem salsicha na banquinha da esquina, né? Tenho uma amiga que faz isso, nem é brincadeira.

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Bem, resultados de pesquisas vem e vão, mas pelo menos esses aí me alegraram muito, visto que sou ateu, liberal e vegetariano...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (28): Câmera captura imagens com a velocidade do pensamento!

E você pensava que a super câmera do Discovery Channel era rápida, hem? Segura essa onda agora!!!

Câmera de vídeo registra imagens na velocidade do pensamento
Pesquisadores europeus criaram uma filmadora digital capaz de capturar fótons individuais um milhão de vezes por segundo. Isto significa que a câmera é capaz de gravar os processos neurais do pensamento viajando ao longo dos neurônios. Falando em linguagem figurada, os pesquisadores afirmaram que sua câmera ultrarrápida é capaz de filmar os "pensamentos" conforme eles acionam as diversas partes do cérebro.

O avanço deverá impactar as áreas mais avançadas da ciência, mas principalmente a área do imageamento médico, registrando eventos neurológicos com uma resolução hoje inalcançável e permitindo que os médicos e cientistas analisem o que ocorre no sistema nervoso em geral, e no cérebro em particular, com uma precisão inédita.

O coração da nova câmera é um sensor CMOS com um nível inédito de miniaturização e sofisticação. É o primeiro sensor de imagens com resolução fotônica, no qual cada um dos pixels captura fótons individuais um milhão de vezes por segundo. Isso o torna capaz de registrar processos moleculares com detalhes sem precedentes.




Acima, vemos o sensor CMOS da câmera, capaz de capturar um fóton a cada 100 picossegundos, o que deverá revolucionar o campo das imagens médicas e vários outros campos da ciência. Nas pesquisas bioquímicas, os cientistas têm desenvolvido mecanismos engenhosos e complicados para inferir ou deduzir o que está acontecendo em nível molecular nos processos intracelulares.

Com a nova câmera, eles poderão simplesmente fotografar essas etapas diretamente, verificando etapas que hoje são apenas objeto de deduções. E com luz visível, sem a necessidade de usar contrastes fluorescentes.

O maior desafio dos pesquisadores foi criar um sistema de temporização capaz de trabalhar com a precisão necessária para contar os fótons individuais capturados. Para não haver nenhum retardo, cada pixel recebeu seu próprio temporizador. Com capacidade para registrar um fóton a cada 100 picossegundos, e isto em cada um dos pixels individuais, o novo sensor gera uma quantidade incrível de dados.

Para coletar todos e formar as imagens, os cientistas tiveram que criar uma nova forma de capturar os pixels e levá-los para o armazenamento. O sistema de leitura de alta velocidade opera paralelamente, transferindo até 10 Gb/s.

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CRIATIVO E INQUIETO (uma combinação muito interessante...) Quando eu me mudei do Rio de Janeiro para Brasília, em 2016 , imaginava ...