sexta-feira, 29 de março de 2019

O ECOSSISTEMA DE APRENDIZAGEM - O JOGO DE TABULEIRO / MOYA - ESCOLA DE AVENTURA



CHEGOU A HORA DE ENGASGAR COM A REALIDADE

(e não vai adiantar muito pedir um copo d'água...)


Olá, querido leitor!
A realidade é a seguinte:





Agora responda-me, por gentileza:

1) Como você gostaria de aprender?

2) Como você gostaria de ensinar?


Essas duas perguntas orientam as minhas ações há anos e em breve eu as farei para os meus alunos no intuito de saber e entender quais seriam os melhores caminhos para que eles superem o tédio da sala de aula tradicional (acreditem, a minha ainda tem quadro verde e giz).  Enquanto isso não acontece, vamos mostrar a eles as etapas do nosso projeto e ajudá-los a construir as pecinhas supimpas que farão o todo funcionar de forma lúdica:


O JOGO DE TABULEIRO
Pois é, inserir Industriais, Baby Boomers e X's de sopetão em ambientes virtuais não é uma tarefa trivial e eu, malandro que sou, bolei uma forma de transição bastante animada.  Trata-se de um jogo de tabuleiro com pecinhas representando o usuário ou seu personagem, que vai saracoteando ao longo do tabuleiro coletando informações, aprendendo novos conhecimentos e tendo contato com recursos tecnológicos pertinentes ao objetivo final do ecossistema de aprendizagem.







No decorrer da jornada, o usuário-aprendiz conhecerá e aprenderá a lidar (caso ainda não saiba) com QR Code, aplicativos para celular, websites e um ambiente virtual bastante imersivo, que serão acessados a partir do jogo de tabuleiro.

A jornada de aprendizagem poderá ocorrer de duas maneiras distintas, de acordo com o interesse do jogador:

a) Aquisição de conhecimentos
Nesta modalidade o jogador controla uma peça que pode ou não ter alguma representatividade iconográfica e percorre o tabuleiro conhecendo os assuntos, assistindo vídeos, lendo textos e interagindo com ferramentas tecnológicas, que lhe proporcionarão o devido treinamento nelas mesmas além de oferecer-lhe os conhecimentos da profissão.

b) Uma baita aventura
Aqui a proposta é fazer do percurso de aprendizado uma aventura legal, uma atividade bastante lúdica, com a caracterização do jogador como personagem e com situações de desafio nas quais ele enfrentará oponentes temerários.  Nesta modalidade, o Storytelling se unirá ao RPG e proporcionará a imersão inicial, que será ampliada à medida que o usuário for transitando entre os aplicativos, websites e no ambiente virtual imersivo.





A proposta inicial será um nível de tabuleiro criado por mim, composto por diversos módulos que podem gerar uma ampla gama de opções de formatação, que serão utilizados pelos times de trabalho para que eles criem os seus próprios níveis de jogo que se interligarão ao meu.

Essa atividade tem dois propósitos não tão óbvios: o primeiro é proporcionar uma experiência de planejamento (bastante pertinente à atividade de projeto gráfico) e uma experiência de diagramação usando o conceito de grid (que faz parte da ementa da disciplina).  A partir da diagramação de pisos de um tabuleiro é possível reforçar aquilo que foi apresentado brevemente e que eles aprofundarão a posteriori em uma disciplina direcionada para Projeto Editorial.

Vejamos como a atividade se desenrola.  Em breve, novas informações.  Informou o Martelo do Archanjo em edição especial.

Um beijo do Anjo!
Archanjo 0:)


sexta-feira, 22 de março de 2019

AS PROFISSÕES 4.0 / MOYA - ESCOLA DE AVENTURA




UM FUTURO BRILHANTE NOS AGUARDA
(será?)

Tem muita gente apavorada com as mudanças que estão sendo previstas para o mercado de trabalho, principalmente porque a demanda será por profissionais criativos, repletos de Soft Skills, comprometidos com o trabalho e com a sociedade e não mais para os pirangueiros de plantão, que "empurram com a barriga".

O que aliás, aqui nesse quadradinho de Goiás, onde ser servidor público é visto como se fosse uma inserção numa corte europeia do antanho de antigamente, vai causar muito choro e ranger de dentes.

Na aula passada foi apresentado para os meus alunos o nosso respeitável público alvo:





E uma explanação sobre o que será o ecossistema de aprendizagem foi feita, só para não deixar a garotada boiando muito.




Hoje, antes de falarmos mais sobre as profissões, eu apresentei mais um pedacinho do nosso Storytelling, utilizando dois vídeos que eu aprecio muito e que já usei em diversas turmas ao longo dos últimos 7 anos.



PROJETO PROMETEUS - A REVOLUÇÃO DA MÍDIA





A DAY MADE OF GLASS





Posto isso, bora listar as profissões que serão apresentadas inicialmente como opções para o nosso ecossistema de aprendizagem.  De um total de mais de 30 eu selecionei 4, que são mais adequadas ao ambiente do curso, que é o Design Gráfico:



Professional Triber (Criador de Equipes)
• É o profissional que tem facilidade de se relacionar com pessoas de várias culturas e perfis diferentes ao mesmo tempo em torno de um projeto comum.

• Seu sucesso está baseado na forma como consegue interpretar, analisar e interligar todos os dados disponíveis, alinhando as pessoas certas para cada projeto.

• Devido a grande diversidade no mercado de trabalho, os profissionais com esta habilidade de relacionamentos terão grande destaque, pela integração de pessoas e objetivos que estejam integradas à esta “tribo”.

• Esses profissionais são conectores naturais, possuem a habilidade e a facilidade em detectar as pessoas certas, nos lugares certos para projetos certos.

Eles são pensadores críticos e criativos. Trabalhos que necessitem novidade, criatividade e novas descobertas necessitarão de indivíduos com capacidade de pensar de forma crítica e criativa.
• São líderes serventes. Seus futuros estarão diretamente conectados ao sucesso das equipes que eles formarão.





Profissional Maker (+que inventor, +que engenhoqueiro)
• São profissionais que participam da “Cultura Maker” e que buscam ser os protagonistas do seu desenvolvimento intelectual, por meio de atividades desafiadoras, estimulantes para a solução de problemas e que serão fundamentais para o futuro.


• Essas atividades costumam envolver o uso de ferramentas, o aprendizado de linguagem de programação, impressão 3 D e o compartilhamento de projetos, dentre outras atividades, que são realizadas num ambiente chamado “makerspace”.





Storytelling Designer (designer de narrativas)
• Esta categoria profissional lida com a Criatividade e com a criação de narrativas, ambientes e personagens, que podem estar relacionados a marcas, lojas e experiências, dentre outras.

• Na área dos Jogos Digitais, ele pode atuar como Character Designer, Level Designer e/ou World Builder, projetando/aprimorando os conceitos e e referências e as aplicações dos mesmos em um projeto.

• É um profissional que deve lidar bem com a questão da “identidade” nos seus múltiplos aspectos (moda, personagens, marcas etc.).






Conector de Conhecimentos (o professor do "futuro")
• Trata-se de uma evolução do professor conforme nós conhecemos.  Nessa nova abordagem ele pode ser um produtor de conhecimentos, um consumidor de conhecimentos ou um prosumidor de conhecimentos (que ao mesmo tempo produz e consome conhecimentos), sejam eles gerais e/ou específicos.

• Ele contribui para uma comunidade de pares, que compartilham conhecimentos visando aprimorar a qualidade das aulas ministradas, sejam presenciais, à distância ou híbridas.

• O Conector de Conhecimentos realiza uma curadoria sobre um ou mais temas relacionados à aprendizagem que ele precisa promover, trazendo esses conteúdos para a sua própria base, adaptando-os ou não, de acordo com as suas necessidades.

• Ele atua numa abordagem "Creative Commons", inteiramente colaborativa, e estimula os seus alunos a realizarem uma trilha de aprendizagem que contemple essa mesma abordagem.

• Provavelmente trabalhará em uma instituição de ensino própria, devido à baixa valoração dos seus serviços nas instituições tradicionais, mesmo naquelas que, aparentemente, estão se atualizando tecnológicamente.


O próximo passo será delinear melhor o ecossistema de aprendizagem e o que cada time de trabalho deverá apresentar no decorrer do semestre.  Os nomes desses times já foram escolhidos e os seus integrantes definidos, agora é meter a mão na massa!

Um beijo do Anjo!
Archanjo 0:)





quarta-feira, 20 de março de 2019

TODOS NÓS QUEREMOS SER JOVENS? / MOYA - ESCOLA DE AVENTURA



UM PAPO DIRETO E RETO, QUE VAI INCOMODAR MUITA GENTE...
(mas afinal de contas, o meu trabalho é esse mesmo...)

Juventude é algo que se sente, é um estado de espírito que independe do corpo físico.  Em um ambiente analógico (leia-se, no mundo físico), há uma diferenciação visível entre os indivíduos mais jovens e os mais velhos e como a sociedade sofreu uma reengenharia perversa, tornando-a menos culta e mais hedonista, costuma ocorrer um certo desprezo dos mais jovens pelos mais velhos, posto que estes não costumam ter à sua disposição certos elementos aos quais são atribuídos valor, como a aparência, enquanto que outros, realmente valorosos do ponto de vista individual e também do social, como a experiência de vida, o respeito pelo próximo, a resiliência, a demonstração de afeto e o caráter reto, foram relegados a segundo plano.

No entanto, nós estamos em uma época de mudanças, na verdade, estamos numa mudança de Era.  Novos paradigmas surgem para substituir os antigos e - olha só que interessante! - dessa vez a juventude sarada não é quem vai ficar na vantagem e sim a velha guarda.  Acha esquisito?  Raciocine junto comigo.

O ecossistema de aprendizagem que eu estou propondo aos meus alunos como atividade acadêmica nada mais é do que um dos projetos principais da minha Escola de Aventura.  Na sua versão mais analógica, o jogo de tabuleiro, ele será facilmente dominado pelos indivíduos das Gerações Industriais, Baby Boomer e X, que há décadas estão familiarizados com atividades similares.  São pessoas que brincaram na rua, que tinham grandes grupos de amigos, que socializavam com facilidade, usarão dessa expertise há muito adquirida para acelerar o seu aprendizado.

Quando passarmos para os aplicativos para dispositivos móveis e para ambientes web, as Gerações Y e Z ganharão vantagem, mas apenas temporária, pois uma cultura de aprendizado colaborativo envolve a participação de indivíduos mais velhos que também pertencem à área de tecnologia.  Velhos programadores e designers podem ensinar muito bem aos velhos-jovens-aprendizes as "manhas da parada" e, amparado pelos iguais, aqueles que costumam se sentir em desvantagem no tocante ao uso da tecnologia logo se tornarão tão experts nesse quesito como em outros tantos, pertinentes à vida adulta.

Agora imaginem quando as atividades passarem para o virtual imersivo pleno.  Os Industriais, Boomers e X's vão tomar um susto e se sentirem como peixes fora d'água por alguns momentos, depois dominarão esse ambiente com mais desenvoltura, pois o principal entrave, que são as consequências do desgaste natural do corpo físico somado ao sedentarismo, desaparecerão num ambiente digital.

Vamos fazer uma pequena pausa para assistir ao vídeo a seguir.  Eu o utilizei bastante no início do século e estava empolgado com aquilo que a Geração Y prometia ser.  E que não só não se realizou como piorou consideravelmente na Geração Z.


WE ALL WANT TO BE YOUNG



Puxa, seria incrível se tudo isso tivesse mesmo se concretizado, pois não?  Mas a realidade se impôs e a reengenharia social perversa prevaleceu, fraturando a sociedade e criando antagonismos entre os seus membros.

Além disso, ela degradou a Educação propositadamente, fazendo surgir uma legião de analfabetos (des)funcionais e emocionais, incapazes de lidar com os desafios corriqueiros da vida adulta, incapazes de se comunicarem entre si e com os mais velhos, incapazes de compartilhar afeto, de construir relações duradouras e por aí vai.  

Felizmente, a tecnologia de ponta e a boa e velha experiência de vida poderão reverter esse cenário tenebroso, por isso eu foquei o desenvolvimento dos produtos MOYA prioritariamente (porém não, é óbvio, exclusivamente) para um público alvo a partir dos 40 anos.

Nós vamos nos recapacitar, vamos construir novas realidades e, nelas, promover mudanças sociais positivas e altamente produtivas para a nossa sociedade.

Essa experiência acadêmica é só um teste, uma forma de começar o processo de prototipagem e posterior validação.  Vamos em frente, pois o leque de desafios é amplo.

Um beijo do Anjo!
Archanjo 0:)











sexta-feira, 15 de março de 2019

OPEN SEASON: ADMIRÁVEL MUNDO NOVO / MOYA - ESCOLA DE AVENTURA


VAMOS NÓS!
(e não vamos sós!)

Esse era o bordão d'Os Impossíveis, o trio de cantores de rock e super heróis da década de 1960 que está mais atual do que nunca.  Hoje eu comecei a atazanar os meus petizes apresentando o projeto da disciplina para esse semestre, que envolve a criação de um ecossistema de aprendizagem voltado (inicialmente) para um público de 60 anos ou mais e que precisará se recapacitar para poder manter e ampliar a sua empregabilidade no mundo da Revolução 4.0.

A playlist do YouTube já está bem abastecida, garantindo uma Sala de Aula Invertida eficaz.  Nas aulas propriamente ditas eu vou manter o modelo quase-nano-muito-maker, com pouco papo expositivo e muita mão na massa.

Vamos ao Storytelling, apresentado pelo genial contador de histórias Ludovico Bombarda:



"O mundo mudou.  Estamos no ano de 2020 e a 4a Revolução Industrial caminha a passos largos, com a Inteligência Artificial e a automação mudando o cenário e forçando as pessoas a se reinventarem.  Bilhões de postos de trabalho desapareceram e outros mais desaparecerão nos próximos anos.  A missão dos aventureiros-alunos é participar do desenvolvimento de um ecossistema de aprendizagem que migre do analógico para o virtual e conduza os seus usuários-aprendizes das Gerações Industrial, Baby Boomer e X daquele espaço tão conhecido para outro, aparentemente indomável, no qual eles se recapacitarão para as novas profissões que estão surgindo".









O conceito de velhice mudou.  Sim, o vovô e a vovó terão que se reinventar...

Em breve eu vou apresentar as profissões 4.0 que serão discutidas em sala de aula e que poderão fazer parte do ecossistema de aprendizagem.  A aventura está apenas começando.

E ainda tem um foguete que vai sair de dentro de uma piscina...





Um beijo do Anjo!
Archanjo 0:)







segunda-feira, 11 de março de 2019

O ESCRITOR DE FICÇÃO CIENTÍFICA (SÓ QUE NÃO)





O MUNDO JÁ MUDOU.  VOCÊ AINDA NÃO PERCEBEU?
(se não percebeu, então é melhor ficar ligado)

Toda hora eu mando uma Red Pill para os meus alunos, mas como esperado a maioria deles permanece boiando, muitos atrelados à escravidão do Espelho Preto.  Eu vou ter que encontrar um jeito de desmantelar essa cultura do nariz enfiado no celular, que promove uma cultura de solidão, de desconexão com as demais pessoas e que conduz invariavelmente à depressão e, em alguns casos, ao suicídio.

Aqui no DF, então, o número de jovens que se matam é consideravelmente alto.

E o número daqueles que não conseguem ter/manter um relacionamento, então, atinge a escala épica.

Talvez o ecossistema de aprendizagem possa ajudá-los de alguma forma.  Por ora, vamos nos concentrar no conteúdo a seguir:


Aos aventureiros de mente aberta,
Eu adoro me divertir com a cara de tacho que ostentam aqueles que se julgam detentores do conhecimento e de todas as respostas que, do alto dos seus pedestais disparam cusparadas de desprezo contra aqueles que ousam ver e ir além dos limites da zona de conforto alheia.

Vejam o caso do ilustre cavalheiro entrevistado no vídeo abaixo, Klaus Martin Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial, aquele que acontece anualmente na cidade de Davos, na Suíça.  O distinto resolveu publicar um livro falando sobre os desdobramentos da 4a Revolução Industrial e foi - pasmem! - achincalhado e classificado como "escritor de Ficção Científica".

Não que isso seja um demérito, muito pelo contrário, eu mesmo labuto nessa seara com uma inconteste preferência pela Fantasia Steampunk, mas o que fizeram com o velhinho simpático foi deveras deselegante.

E quando as coisas previstas por ele começaram a acontecer, apenas 18 meses após o lançamento do livro, foi aquele rebuliço no planetinha azul.




Por aqui, na minha "Escola de Aventura em Construção", essa visão de futuro-presente há muito está alicerçada e vem se desenvolvendo a passos largos.  E o projeto acadêmico desse semestre, que guarda estreita relação com as mudanças ora em curso, promete gerar excelentes traquinagens.

Um beijo do Anjo!
Archanjo 0:)

SEM LIMITES PARA ENSINAR / MOYA - ESCOLA DE AVENTURA

CRIATIVO E INQUIETO (uma combinação muito interessante...) Quando eu me mudei do Rio de Janeiro para Brasília, em 2016 , imaginava ...