quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Série Especial - INOVA (21): Evento discute futuro da universidade


Queridos leitores,

Estamos chegando na reta final e hoje começamos a contagem regressiva. Se vocês estão na universidade, o assunto é muito pertinente pelo momento atual e de breve futuro que se desenha. Se ainda vai entrar, será um possível usuário dessa maravilha e se por acaso já deixou o ambiente acadêmico talvez se sinta estimulado a retornar.

INOVA apresenta para vocês, a universidade do futuro ou o futuro da universidade!

Evento discute futuro da universidade
Programas de cooperação com outros países serão mais frequentes. Boa parte dos cursos será oferecida a distância. Alunos de graduação terão formação cada vez mais interdisciplinar.

Essas são algumas das tendências que deverão formar o perfil da universidade na década de 2020, segundo Julio Cezar Durigan, vice-reitor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que coordenou o 1º Ciclo de Debates "A universidade pública brasileira no decorrer do próximo decênio" , realizado no campus da Barra Funda, na capital paulista.

"O evento foi extremamente produtivo e cumpriu o objetivo de trazer visões de especialistas de outras instituições para contribuir com o debate", disse Durigan, que preside a Comissão Permanente de Gestão do Plano de Desenvolvimento Institucional da Unesp.

Uma das tendências mais lembradas no encontro foi a crescente interdisciplinaridade. Almeida Filho falou sobre a experiência da Universidade de Bolonha, na Itália, na qual os graduandos têm uma formação genérica nos três primeiros anos e escolhem uma carreira específica, fazendo um curso de mais dois anos.

"Na primeira fase, o estudante já obtém o diploma de graduação, e, após os dois anos de especialização, sai com o título de mestrado", disse Durigan. No entanto, segundo ele, há vários obstáculos para que esse modelo seja adotado no Brasil, como, por exemplo, a falta de reconhecimento desse tipo de pós-graduação pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Os problemas também são de ordem prática. "Se um estudante de engenharia, por exemplo, quiser cursar disciplinas em ciências sociais, ele terá dificuldades. Por isso, precisamos facilitar o acesso dos alunos a outras áreas", afirmou.

O intercâmbio com instituições de outros países foi outro ponto abordado no evento e tido como fundamental para o desenvolvimento da pesquisa brasileira e para o aumento de sua visibilidade no mundo. Um importante obstáculo nesse caso é o idioma.

"Enviamos muitos alunos para intercâmbios em Portugal e na Espanha, por exemplo, mas isso não ocorre com a mesma intensidade com a Alemanha, China e Coreia do Sul", disse Durigan, destacando que há muitos pesquisadores de outros países que desejam trabalhar com brasileiros.
Para contornar o problema, a Unesp está diversificando os cursos de línguas que são disponibilizados aos alunos, como o curso de mandarim, ensinado em cinco unidades da universidade.

As universidades paulistas também investem no aprofundamento de intercâmbios com instituições para a dupla titulação, em que o aluno faz parte de seu curso no Brasil e parte no exterior e, na conclusão, obtém um diploma reconhecido pelos dois países.

A universidade da próxima década também terá forte infraestrutura de tecnologias da informação e da comunicação (TIC), segundo os presentes no debate, uma vez que boa parte de sua função educacional deverá ser cumprida a distância.

O ensino a distância é capaz de atender mais pessoas e apresentar qualidade igual ou até superior à modalidade presencial, de acordo com o vice-reitor da Unesp. As TIC também serão uma ferramenta importante nas aulas presenciais. Os docentes deverão manter sites a fim de fornecer os conteúdos que serão abordados em sala de aula.

"Estudos mostram que o aproveitamento do estudante está muito relacionado à disponibilização de material antes da aula, para que ele possa se preparar para o encontro com o professor", disse Durigan.

Outra previsão é que as novas tecnologias deverão proporcionar mais tempo para o docente se dedicar aos trabalhos de pesquisa e de extensão. Já os serviços de extensão das universidades estarão cada vez mais relacionados com projetos de inovação.

A informática será ferramenta fundamental também na gestão das universidades. "Por estar espalhada por todo o Estado de São Paulo, a Unesp, por exemplo, tem uma logística complexa. Temos que contornar essa questão com a ampliação das ferramentas de comunicação e informação", disse Durigan.

A criação de planos de desenvolvimento institucionais foi apontada como alternativa para o problema da falta de continuidade de projetos nas universidades. Durigan explica que a existência do Plano de Desenvolvimento Institucional da Unesp impede gestões personalistas em que programas iniciados em outras gestões são abandonados ou descontinuados por novas administrações.

"Pretendemos agora organizar outros debates e visitar as unidades da Unesp para que cada uma desenvolva o seu plano", disse Durigan.

Participaram dos debates os professores Olgária Matos, da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Luiz Antonio Constant Rodrigues da Cunha, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Gerhard Malnic (USP), Naomar Monteiro de Almeida Filho, reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Hélio Nogueira da Cruz (USP) e Marco Aurélio Nogueira (Unesp). Abriram a sessão o reitor da Unesp, Herman Jacobus Cornelis Voorwald, e o secretário de Ensino Superior do Estado de São Paulo, Carlos Vogt.

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Bem, vamos respirar fundo, manter a mente aberta e lúcida (e lúdica também!) e nos preparar para esse salto. Eu já espero por isso há muito tempo...

CONTAGEM REGRESSIVA: DEZ!

Série Especial - Brasil, o País do Presente (47): Cientistas brasileiros criam curativo de cana-de-açúcar


Para encerrar este mês de comemorações, no qual publiquei uma notícia desta série especial todos os dias, vamos mostrar que além de tantas inovações na área de biocombustíveis e tecnologia, temos mais uma na área de saúde que mais parece coisa de ficção científica!


Cientistas brasileiros criam curativo de cana-de-açúcar
Um dos mais abundantes resíduos da indústria sucroalcooleira, o bagaço de cana-de-açúcar, poderá ter uma destinação nobre graças a uma pesquisa desenvolvida na Universidade de São Paulo (USP).

A equipe, coordenada pelo professor Adalberto Pessoa Júnior, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, desenvolveu uma fibra que poderá se tornar um tecido que, com o acréscimo de enzimas e fármacos, tem potencial para ser utilizado como curativo com múltiplas aplicações.

A pesquisa surgiu a partir da iniciativa da professora Silgia Aparecida da Costa. "O objetivo foi aproveitar dois importantes resíduos, o bagaço da cana e a quitosana, substância extraída da carapaça de crustáceos e que tem propriedades farmacológicas", disse ela.

A quitosana é obtida a partir da quitina, um polissacarídeo formador do esqueleto externo de crustáceos como siris e caranguejos, e tem propriedades fungicida, bactericida, cicatrizante e antialérgica. O trabalho uniu as áreas de farmacêutica e de engenharia de tecidos e depositou patente do processo de fabricação da fibra com potenciais farmacêuticos.

O primeiro desafio foi extrair a fibra da cana-de-açúcar, trabalho feito por Sirlene Maria da Costa. Durante seu doutorado, Sirlene havia desenvolvido um papel corrugado, utilizado no interior de embalagens de papelão, feito da celulose do bagaço da cana. "Por ter uma fibra curta, nosso maior receio era que a cana produzisse uma fibra de má qualidade para a fabricação de tecidos", disse Sirlene.

No entanto, em testes efetuados no Laboratório de Têxteis e Confecções do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o tecido derivado do bagaço apresentou um grau de polimerização quatro vezes maior que o da viscose, o que significa maior resistência.

Os bons resultados da fibra extraída do bagaço tornaram desnecessária a sua mistura com outros tipos de celulose, uma alternativa que os pesquisadores previam caso a qualidade do material oriundo da cana não correspondesse aos padrões exigidos.

A fibra obtida pela equipe da USP ainda conta com características que a tornam adequada para a confecção de roupas. "Ela é agradável ao toque e bastante confortável, sendo um tipo de liocel", disse a professora Silgia referindo-se ao nome comercial da fibra oriunda da polpa da madeira.

Para ser utilizada como curativo foi preciso analisar se não haviam vestígios dos reagentes utilizados no processo de obtenção da celulose. "Constatamos que 99% do reagente é recuperado após o processo, portanto a fibra não agride a saúde", afirmou.

Obtida a fibra, o passo seguinte foi agregar enzimas e fármacos. Além da quitosana, a professora Silgia realizou ensaios para imobilizar quatro outras substâncias às fibras de cana: os fármacos comerciais anfotericina B e sulfadiazina e as enzimas bromelina e lisozima, a primeira obtida do talo do abacaxi e a segunda da clara de ovo.

A equipe foi bem-sucedida também nessa etapa e os testes realizados posteriormente em células mostraram que o tecido curativo da cana não apresentava efeitos tóxicos. "O produto se mostrou tecnicamente viável. A avaliação econômica caberá à iniciativa privada, caso alguma empresa se interesse em licenciar o processo", disse Pessoa, que considera o material útil para tratamento de queimaduras, por exemplo.

Um grupo de pesquisa da Faculdade de Odontologia de Bauru da USP entrou em contato com Pessoa a fim de desenvolver um curativo em parceria para ser utilizado na mucosa bucal. "O local é de difícil aderência, por isso, vamos testar a fibra para verificar se ela adere no interior da boca", explicou o professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas.

A professora Silgia, por sua vez, pretende agora iniciar uma pesquisa para incorporar citronela a tecidos de algodão. A substância extraída do capim-limão é eficiente para repelir insetos. "Roupas com citronela seriam úteis para afastar insetos como o mosquito da dengue", destacou.

O grande desafio do trabalho, segundo ela, é fazer com que a substância permaneça na roupa mesmo após sucessivas lavagens e que não seja absorvida pela pele.
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Bem, meus queridos leitores, com essa postagem retomamos a programação normal de uma postagem semanal da série, ao menos por enquanto. A repercussão dessa enxurrada de notícias está me estimulando a retomar o padrão em breve, mas primeiro tenho outra surpresa na fila...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (46): Esalq cria destilador de água a energia solar





Mais uma aplicação super útil da energia solar, que tanto abunda nesse país e tão pouco é utilizada.
Esalq cria destilador de água a energia solar
Os destiladores convencionais, usados em laboratórios de análises químicas, chegam a consumir até 48 litros de água para se obter 1 litro com índice satisfatório de pureza.

Buscando encontrar alternativas para o gasto excessivo, tanto de água como de energia elétrica, o professor Marcos Yassuo Kamogawa, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, desenvolveu um destilador que produz água de alta pureza com baixo custo de produção e é ambientalmente correto.

"O produto proposto emprega como fonte de aquecimento a radiação solar que produz a vaporização da água sendo posteriormente condensada em um sistema resfriado a gás", conta o professor Kamogawa. Nos sistemas convencionais, para a produção de 1 metro cúbico (m³) de água destilada o custo estimado é de R$ 280,00 (energia elétrica e água).

Com o equipamento montado pela equipe do professor Kamogawa, estima-se que esse custo possa ser até 20 vezes mais baixo. O protótipo é capaz de destilar até 3,3 litros de água ao dia e atende à demanda na área de Química da Esalq.

O equipamento, que foi montado em laboratório, é um protótipo construído com peças de aquecedor solar doméstico, com a diferença que, no reservatório de água quente, foi inserido um anteparo de resfriamento para que se capture a água condensada e destilada para uso no laboratório.

"Todo esse processo é feito sem qualquer emprego de energia elétrica, apenas a partir de radiação solar. Assim economiza-se energia e água, uma vez que não há uma fonte de resfriamento onde se perde água corrente e toda a água colocada no reservatório é assim reaproveitada", relata Kamogawa.

Sobre o potencial produtivo, o resultado ainda é relativamente baixo, já que no sistema convencional, em cinco horas de trabalho produz-se até 30 litros de água em média, enquanto o protótipo é capaz de destilar até 3,3 litros de água ao dia, mas ainda assim o equipamento atende a demanda na área de Química da Esalq.

"O potencial de produção ainda é baixo, mas já atende nosso consumo, necessitando apenas que se estoque essa água diariamente", comenta o professor. O projeto agora tem continuidade na busca para melhorar o desempenho na produção de água e, ao mesmo tempo, utilizar o equipamento como alternativa de dessalinização e para tratamento de resíduos do próprio laboratório.

"Uma análise química qualquer pode produzir um resultante com até 80% de água, por exemplo, e, em vez de enviar esse resíduo para aterro ou incineração, queremos tratar esse composto de modo a reutilizar a água, diminuindo os custos com o descarte e qualificando ações de responsabilidade ambiental dentro do campus."

Ainda em processo de aprimoramento, Kamogawa reforça a viabilidade econômica do projeto. Segundo o professor, o destilador solar pode ser oferecido a inúmeros segmentos da cadeia produtiva, podendo inicialmente substituir os equipamentos de purificação de água em laboratórios de análises químicas, clínicas e biológicas.

"Há potencialidade de transferência dessa ferramenta para o setor produtivo, se pensarmos que o sistema de produção de aquecimento solar residencial já é algo estabelecido no mercado, sendo apenas necessário investir em um reservatório adequado para cada setor, mas ainda há de se ressaltar que o benefício ambiental proporcionado pelo destilador solar é o ponto forte do projeto", finaliza o professor.

Série Especial - INOVA (20): TV digital e internet serão convergentes e complementares no Brasil


Aqui no Brasil, as coisas nunca andam na velocidade que deveriam, para atender às necessidades e anseios da população. O texto a seguir aponta para uma situação que nós, designers, deveremos nos posicionar adequadamente para tirar o maior proveito possível, visto que o motion design se avoluma constantemente e em caráter irreversível.

INOVA apresenta a interação entre duas mídias e suas consequências vindouras.

TV digital e internet serão convergentes e complementares no Brasil
O assessor especial da Presidência da República para a área de políticas públicas em Comunicação, André Barbosa, disse que a TV digital não concorrerá com a internet no Brasil, ao contrário do que está ocorrendo na Europa e nos Estados Unidos.

Segundo ele, no Brasil essas tecnologias serão convergentes e complementares. "O Brasil adotou uma posição diferente da que vem sendo praticada em países europeus e nos Estados Unidos, que é a de dar fim à comunicação aberta e de estimular as TVs pagas", disse Barbosa à Agência Brasil.

"Eles vêm, ainda que aos poucos, caminhando no sentido de pôr fim à comunicação aberta e gratuita. E acreditam que, no futuro, internet e televisão se fundirão até se tornarem a mesma coisa. Nós não pensamos assim," prosseguiu.

"Broadcasting [TV] e banda larga [internet] não são a mesma coisa. Uma coisa é você fazer uma conexão que parte de um ponto específico e vai para todos os demais pontos. Outra coisa é você conectar um ponto a outro. Essas tecnologias podem até assimilar recursos uma da outra, mas não têm como se tornarem a mesma coisa, até porque a internet não vai substituir a produção audiovisual das TVs, que tem por base o cinema," prevê Barbosa.

Ele disse ainda que a tecnologia nova não vai substituir a antiga porque elas podem ser convergentes e complementares. "Ao ser integrada à banda larga [na forma como o padrão adotado pelo Brasil], as TVs digitais passarão a ser também uma ferramenta de inclusão digital bastante eficiente por já estarem presentes em diversos lares".

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Bem, bem, bem... vamos ao trabalho?

Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (21): Olho biônico com retina artificial está pronto para ser implantado



Quando essa inovação ganhar o mundo, penso que o degrau para a criação de uma lente de contato que sirva como monitor ótico estará conquistado.

Olho biônico com retina artificial está pronto para ser implantado
Pesquisadores australianos apresentaram o protótipo de um olho biônico que está pronto para ser implantado no primeiro paciente humano. A prótese ocular foi projetada para dar melhor qualidade de vida a pacientes com perda visual decorrente da retinite pigmentosa e da degeneração macular.

O olho biônico, que até agora se encontrava em testes, consiste de uma câmera super miniaturizada e de um microchip implantado na retina do paciente. A câmera, montada na estrutura de um par de óculos, capta a entrada visual, transformando-a em sinais elétricos que são enviados para o microchip.

O microchip, por sua vez, estimula diretamente os neurônios da retina que continuam saudáveis, apesar da enfermidade. O implante permite que os pacientes ganhem uma visão em baixa resolução, devido ao pequeno número de células sadias da retina, e limitada pela quantidade de eletrodos da retina artificial.

"Nós vislumbramos que este implante de retina dará aos pacientes uma maior mobilidade e independência, e que as futuras versões do implante acabarão por permitir que os usuários reconheçam rostos e leiam letras grandes," diz o professor Anthony Burkitt, membro da equipe responsável pela fabricação do olho biônico.

O objetivo dos pesquisadores é passar de algumas manchas de claridade pouco definidas para uma visão biônica verdadeira dentro de cinco anos. Até lá, eles planejam contar com uma retina artificial implantada na parte posterior do olho, recebendo os sinais captados pelas câmeras por meio de conexões sem fios.

O olho biônico está sendo fabricado por uma empresa emergente criada pelos próprios pesquisadores, a Bionic Vision Australia, reunindo médicos, oftalmologistas, neurocientistas, engenheiros biomédicos e engenheiros eletricistas das universidades de Melbourne, Nova Gales do Sul e do Centro de Pesquisas dos Olhos, todos na Austrália.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (45): Genoma do vírus da raiva é sequenciado por brasileiros



E simbora com mais e mais maravilhas criadas por brasileiros, nessa nossa jornada diária com um mês de duração, para esfregar na cara da mídia tradicional, que só empurra desgraça goela abaixo de vocês, povo brasileiro!
Genoma do vírus da raiva é sequenciado por brasileiros
O Brasil tem conseguido controlar há mais de uma década a raiva urbana, que é transmitida principalmente pelo contato com cães. Mas, apesar de controlada, variantes do vírus continuam circulando por meio de animais silvestres, particularmente uma transmitida por morcegos que se alimentam de sangue (hematófagos).
Pesquisadores brasileiros agora deram um passo importante no estudo do problema ao concluir o sequenciamento completo do genoma dessa variante mantida pela espécie Desmodus rotundus.
De acordo com Silvana Regina Favoretto, pesquisadora científica do Instituto Pasteur e Coordenadora do Núcleo de Pesquisas em Raiva da Universidade de São Paulo (ICB-USP), que orientou o estudo, o sequenciamento abre caminho para novos trabalhos científicos. "O sequenciamento possibilitará identificar uma série de informações novas em estudos evolutivos e marcadores geográficos e moleculares. Também poderá ajudar a compreender por que outros hospedeiros - como humanos, animais silvestres e até morcegos com hábitos diferentes dos hematófagos - são tão vulneráveis a essa variante", disse.

Segundo Silvana, das quase 1,2 mil espécies de morcegos, somente três - Desmodus rotundus, Diphylla eucaudata e Diaemus yungii - são hematófagos. "Os morcegos Desmodus rotundus são os mais bem adaptados à invasão do homem ao seu habitat. A variante do vírus da raiva mantida por esse morcego é a mais importante do ponto de vista econômico e de saúde pública, ao atingir animais de criação (rebanhos) e também humanos", explicou.
Essa variante pertence ao gênero Lyssavirus e é encontrada em uma região que compreende do meio norte do México até o norte da Argentina - com exceção da Cordilheira dos Andes. Os estudos genéticos são uma excelente alternativa para compreender por que outros hospedeiros são tão vulneráveis a essa variante genética distinta do vírus e por que, até hoje, não foi observada uma variante diferente em Desmodus rotundus.
"Há pouco mais de 15 anos só conseguíamos saber se alguém tinha raiva ou não. Todas as variantes do vírus já circulavam entre nós, mas, como não sabíamos o tipo atribuíamos normalmente à variante mantida por populações de cães", disse Silvana.
O sequenciamento poderá ajudar a identificar como o vírus evolui e se mantém circulante com tanto sucesso. "Outras regiões genéticas são observadas, mutações podem ser encontradas e, talvez, possam explicar o que essa variante viral tem de diferente quando comparada a outras, como as mantidas por canídeos, por primatas não humanos, como saguis, ou ainda por outros morcegos não hematófagos", disse.
A sequência completa da variante do vírus da raiva será depositada em breve no banco do National Center for Biotechnology Information (NCBI).

Uma das dificuldades para se realizar o sequenciamento foi o tipo de material genético. Diferentemente de alguns vírus, o da raiva é do tipo RNA, mais suscetível a mutações.
"Os vírus de DNA são bastante estáveis à temperatura e possuem mecanismo de correção, ao contrário dos vírus de RNA, que são altamente instáveis. Quando a enzima erra ao copiar o genoma, ocorrem mutações", explicou Angélica Cristine de Almeida Campos, coautora da pesquisa.
Segundo ela, para os vírus de RNA é preciso realizar uma reação que facilite a manipulação da molécula no laboratório, chamada de síntese de DNA complementar (cDNA). "Fazemos um molde do vírus, que é de RNA na forma de DNA para que, em seguida, ele possa ser amplificado de maneira que a quantidade de material genético seja muito aumentada, possibilitando fazer o sequenciamento genético", disse.
Existem enzimas que já realizam essa síntese, mas são muito caras e utilizadas geralmente para fragmentos pequenos. Mas, ao desenvolver e padronizar a nova técnica, foi possível a obtenção do cDNA viral completo de uma única vez e fazer a análise em um único fragmento, com a mesma enzima utilizada rotineiramente para os fragmentos pequenos.
"Pelo método tradicional, teríamos de realizar a síntese de cDNA pelo menos cinco vezes. Com a nova técnica desenvolvida, analisamos a mesma quantidade de material de uma vez só, com economia de tempo e dinheiro. É a primeira vez que esse procedimento é descrito para o vírus da raiva", afirmou Angélica.
Esse resultado da pesquisa, que envolve a técnica de amplificação do genoma da variante sequenciada, foi encaminhado para publicação internacional. "Estamos escrevendo outros artigos sobre achados da pesquisa", disse Silvana. Ao cruzar informações disponíveis em banco de dados, foram feitas análises filogenéticas. "Quando comparamos os sítios antigênicos [regiões que estimulam o sistema de defesa e são importantes para o desenvolvimento das vacinas] da variante do vírus da raiva do morcego hematófago, percebemos que havia diferenças em relação aos sítios antigênicos da variante do vírus mantida por cães", explicou.
"Essas diferenças entre as variantes mantida por cães e por Desmodus rotundus são substituições de aminoácidos. Esse é um dos achados da tese", contou Silvana. Segundo a pesquisadora, as células do sistema imunológico reconhecem o corpo estranho, que é o antígeno (vírus), e o organismo começa a produzir anticorpos.
Silvana explica que o vírus é neurotrópico, ou seja, apresenta uma atração para se multiplicar no sistema nervoso do hospedeiro e não aparece no sangue de pacientes (viremia). O vírus é transmitido pela saliva de qualquer animal doente, incluindo humanos. Por isso, o cão é um hospedeiro eficiente devido ao hábito de morder.
"Quando chega ao sistema nervoso central ele se multiplica e estabelece a doença até matar o indivíduo. É uma doença letal, mas, se o indivíduo tomar a vacina rapidamente, dá tempo de o organismo produzir os anticorpos para neutralizar o vírus antes que ele chegue ao sistema nervoso central", disse.

Segundo Silvana, não se pode encarar o morcego hematófago como vilão ou responsável pela raiva, porque esse animal também sofre com a doença. "O problema é que invadimos o habitat dele e causamos desequilíbrios ecológicos", disse, destacando que eliminá-los por completo não é uma saída prudente.
No Brasil, assim como em outros países onde ocorre a raiva transmitida por esses morcegos, o Ministério da Agricultura padronizou e regulamentou o uso de uma pasta vampiricida de efeito anticoagulante que provoca a morte de morcegos hematófagos, com a finalidade de controlar em número as populações. "Mas esses morcegos, assim como outras espécies, têm um papel ecológico importante", afirmou Angélica.
Manter os animais domésticos vacinados é muito importante, segundo Silvana. Pessoas que são atacadas por animais, silvestres ou não, devem procurar o serviço de saúde para ser orientado quanto à necessidade de vacinação. "Isso é uma falha muito grande na educação em saúde. Muita gente poderia não ter morrido se fizesse isso", disse ao destacar o dia 28 de setembro Dia Mundial da Raiva.

Série Especial - INOVA (19): 3 temas que movimentaram a web em 2009


Que a Internet está a todo vapor (vapor? Que coisa mais demodé!) ninguém duvida. Mas às vezes surge aquela dúvida sobre quais inovações conquistaram maior adesão do público. Para sanar esse questionamento, INOVA apresenta hoje os 3 temas que mais movimentaram a web no ano de 2009.

A tecnologia é um dos serviços mais preciosos do ser humano. Procurando encurtar distâncias, aproximar cidadãos e permitir que as pessoas se comuniquem em qualquer instante e de qualquer lugar. Trata-se, antes de mais nada, de um mecanismo antigo que busca auxiliar a atividade humana.
Em 2009, a história não foi diferente. O crescimento vertiginoso do uso da internet e a possibilidade de viver em rede trouxeram novidades e reformulações que envolvem o comportamento humano. Durante o ano, recriou-se um novo formato de pesquisa na web, ampliou-se a possibilidade de lazer entre amigos e transcendeu a maneira de visualizar uma informação.

Abaixo, três temas que chamaram a atenção em 2009:

Busca em tempo real
A necessidade de adaptar-se às plataformas sociais participativas de mensagens instantâneas promoveu o retorno da discussão do que se considera como uma nova alternativa de pesquisa na internet: a busca em tempo real. Em 2004, isso já acontecia com o Technorati, a maior rede de blogs do mundo.

Mas o alarde em torno de nichos sociais como o Twitter resgatou o recurso. A possibilidade de mapear ações pessoais dentro de uma rede de mensagens de 140 caracteres eclodiu a necessidade de outros mecanismos criarem seu artifício de indexar conteúdo em tempo real.

Em agosto, o Facebook adotou a mesma estratégia. Um mês depois, foi a vez do Bing, buscador da Microsoft. Em dezembro, o Google disponibilizou o Google Real Time, sistema de busca que capta, agora, respostas presentes em redes sociais.

Em tão pouco tempo, quatro das marcas mais influentes na web adaptaram em 2009 discursos para garantir sobrevivência. O lema do que se considera busca em tempo real segue o mesmo, mas foi valorizado. Mudam-se apenas as ferramentas.


Jogos Sociais
Os jogos sociais, que reúnem grupos de participantes, vêm avançando dentro das redes. Presente em redes sociais de grande participação, os aplicativos ampliam a função de interação entre usuários por meio de mensagens. Em 2009, os social games podem ser traduzidos em um único registro: Farmville.

Com o princípio de criar e administrar uma fazenda virtual no Facebook, Farmville foi criado em junho do ano passado e, em tão pouco tempo, já possui números que assustam. Até o momento de fechamento desta matéria, já tinhamos mais de 70 milhões de pessoas cadastradas no aplicativo. No Brasil, o social game mais conhecido é o Buddy Poke, no Orkut, com cerca de 40 milhões de usuários.


Visualização de Conteúdo
O modo como o internauta visualiza uma informação também ganhou uma nova conotação em 2009. A MTV norte-americana tornou-se a primeira emissora a usar ao vivo um recurso que permite assistir a vídeos em que você tenha a possibilidade de movimentar a câmera para todos os lados.

Trata-se do mecanismo semelhante ao Google Street View, serviço integrado ao Google Maps que permite visualizar vários lugares do mundo. A única diferença entre os dois serviços é a movimentação do recurso que captura as imagens.

O vídeo abaixo exemplifica a tecnologia com uma câmera especial com várias lentes. Para dar movimento ao vídeo, clique em cima do player e arraste com o mouse para a direção que quiser.





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E agora, designers? O que podemos fazer usando e/ou integrando esses 3 elementos?

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (44): Convênio transformará óleo de fritura em biodiesel


Mais uma alternativa vinda do nordeste, que beneficiará a população local e, de quebra, outros brasileiros pelo país afora!
Convênio transformará óleo de fritura em biodiesel
A Petrobras Biocombustível assinou, em Fortaleza (CE), convênio com a Rede de Catadores de Resíduos Sólidos Recicláveis do Estado do Ceará, em um evento que reuniu cerca de 130 catadores e representantes de instituições parceiras. O objetivo é desenvolver ações em conjunto com associações para a coleta de Óleos e Gorduras Residuais (OGR), em especial, o óleo de fritura, que será destinado à produção de biodiesel na Usina de Quixadá.

Na solenidade de assinatura, o diretor de suprimento agrícola da Petrobras Biocombustível, Janio Rosa, afirmou que o objetivo é estabelecer uma estrutura que permita qualificar a coleta desse óleo, geralmente jogado na natureza, e aproveitá-lo como fonte de matéria-prima para biodiesel, gerando postos de trabalho e agregando valor e renda a uma atividade já realizada pelos catadores. “Iniciamos com 250 pessoas e sete associações. Mas isso é só o começo. Vamos ainda desenvolver parcerias para a difusão de conhecimento e tecnologia, contribuindo com a gestão da entidade por meio de treinamento e ferramentas de gestão”.
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Para a presidente da Rede de Catadores, Maria da Conceição da Silva Souza, “a parceria com a Petrobras Biocombustível vai permitir a realização de um sonho pelo qual estamos batalhando e, o principal, poder caminhar com os próprios pés”, comentou.
O gerente de desenvolvimento agrícola da Petrobras Biocombustível, Paulo Roberto Moreira Dias, destacou a importância das entidades e instituições parceiras para o sucesso da iniciativa que, na solenidade, estavam representadas. São elas: Sebrae, Semam (Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Fortaleza), Coelce (Companhia de Energia Elétrica do Ceará), Cagece (Companhia de Água e Esgoto do Ceará) e Universidade Federal do Ceará, entre outras.
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Sobre o potencial de aproveitamento de OGR, um levantamento feito pelo Grupo de Estudo e Pesquisa em Infraestrutura de Transporte e Logística de Energia, da Universidade Federal do Ceará, mostra que 52 milhões de litros de óleo de cozinha são despejados nos esgotos todo ano. Desta forma, iniciativas como esta podem contribuir para reduzir a poluição da água e do meio ambiente.

A Rede de Catadores do Estado do Ceará desenvolve trabalho com materiais recicláveis, como papelão e ferro, desde 2007. Inicialmente, serão envolvidas neste projeto sete associações que incluem 250 catadores. São elas: Associação Ecológica dos Coletores de Materiais Recicláveis da Serrinha e Adjacências (Acores), Associação Reciclando a Vida, Associação Amigos da Natureza, Raio de Sol, Grupo Dom Lustosa, Grupo da Maravilha e Grupo do Serviluz.
O convênio prevê a implantação, inicialmente, de um módulo de beneficiamento com capacidade para filtrar 30 mil litros/mês do óleo de fritura coletado, garantia de compra deste óleo, acompanhamento na gestão da entidade e treinamento para a coleta do OGR que poderá vir de restaurantes, hotéis, padarias, lanchonetes, bares e residências de Fortaleza e região metropolitana.
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Também faz parte da parceria, a elaboração de material de divulgação com questões relativas à educação ambiental, além de apoio e assessoramento administrativo nas questões de interesse jurídico ou mesmo estatutário. Com isso, a iniciativa reúne produção de energia renovável, geração de renda e agregação de valor, e reaproveitamento do óleo de cozinha.

Série Especial - INOVA (18): A geração Y no processo seletivo



Essa matéria, em especial, é dedicada para os meus queridos alunos. Não farei largos preâmbulos, leiam, reflitam e aproveitem!
INOVA apresenta um texto do consultor Max Gehringer sobre a chegada de uma nova geração no mercado de trabalho.
A geração Y no processo seletivo
"Sou gerente de seleção de uma multinacional que anualmente oferece vagas a trainees, num processo disputadíssimo – são mais de cem candidatos por vaga. Temos experimentado certa frustração com o desempenho dos contratados. Eles se revelam imediatistas e refratários à autoridade dos superiores. Fico pensando se estamos cometendo algum erro no processo."
Essa é a Geração Y, nome dado aos jovens que vieram ao mundo entre 1980 e 2000, na era da internet. São pessoas elétricas, capazes de fazer várias coisas ao mesmo tempo sem perder o foco. Também são questionadoras e pouco pacientes para aguardar que as coisas aconteçam em seu devido tempo, principalmente na vida profissional.
Nem todos os jovens brasileiros são assim. Talvez 20% sejam, se tanto. Mas, na empresa de nossa leitora, praticamente todos são. Ao peneirar os candidatos, ela busca exatamente aquilo que vai gerar controvérsias em curto prazo: atualização e ambição.
Jovens com esse perfil não estão dispostos a cumprir ordens sem entender a razão, ou a aceitar tarefas rotineiras e sem desafios, ou a esperar dois anos por uma oportunidade de promoção. A urgência da geração Y se choca com o pragmatismo da geração anterior, que ocupa os principais cargos nas empresas.
Por isso a leitora inferiu que talvez exista um “erro no processo”. Não é bem um erro, é um desencontro. Ela está contratando os expoentes da geração Y, e eles estão mostrando na prática aquilo que os diferenciou no processo seletivo. Ou nossa leitora muda o processo e passa a contratar jovens que não sejam tão Y, ou os superiores aprendem a conviver melhor com a pressa dos subordinados.
Para mim, a segunda opção não é apenas recomendável. É inexorável.
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Esse é um texto breve sobre o que está acontecendo com "a primeira geração" dos nativos digitais. Se você faz parte dessa galera, mas ainda não vivencia muito bem as características comuns aos "filhos da internet", recomendo uma reflexão para buscar as razões de estar desperdiçando seu potencial e os recursos disponíveis.
Para os designers, essa reflexão não é apenas recomendável, é inexorável.

domingo, 26 de setembro de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (43): Brasil lidera em inovação tecnológica na América Latina


A liderança é nossa! E se o futuro governo petista não atrapalhar, seguiremos crescendo, apesar dos desmandos, da roubalheira e das trapaças diárias.
Brasil lidera em inovação tecnológica na América Latina
Dados recentes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostram que o Brasil foi responsável por 60% dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, em 2007, entre os países da América Latina e do Caribe. É o único país da região que destina acima de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) para a inovação.

Segundo o BID, um dos pontos fortes do Brasil é dispor de mecanismos de fomento à pesquisa tecnológica. Porém, assim como os vizinhos, a burocracia e a falta de articulação com os empresários impedem o crescimento da inovação brasileira e uma melhora na posição do país no ranking mundial.
"Em termo de disponibilidade de instrumentos para fomento da inovação, o Brasil, provavelmente, tem mais instrumentos do que qualquer outro país da América Latina. Quando fui aos estados e conversei com o setor empresarial, escutei queixas de que eles [mecanismos] são burocráticos, lentos e não tem suficiente informação", afirmou Flora Painter, chefe de Divisão de Ciência e Tecnologia do BID.
A representante do banco de fomento participa de um seminário sobre sistemas regionais de inovação, patrocinado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento. O estudo do banco será divulgado no encontro.

Um dos mecanismos governamentais para estimular a inovação empresarial é a chamada subvenção econômica - recursos liberados em edital por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia.
De acordo com o ministério, desde 2006 foram liberados mais de R$ 1,7 bilhão. No entanto, as empresas reclamam que a liberação em forma de edital não acompanha o fluxo industrial. Outro problema detectado pelo banco é que os empresários não apontam como os instrumentos de apoio podem atender suas demandas. "Os empresários também não apresentam conhecimento necessário para expressar quais são suas necessidades e formular projetos".
De acordo com o estudo do banco, a participação da iniciativa privada é pequena na América Latina e no Caribe no montante de recursos para inovação. Enquanto no Brasil e no restante dos países latino-americanos e caribenhos, 60% dos recursos são provenientes dos governos. Nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a contrapartida pública é de 36%.

Para Flora Painter, o aporte menor de recursos por parte das empresas brasileiras pode estar relacionado a uma insegurança jurídica e econômica. "Para qualquer empresa, o investimento tem que se dar em um ambiente cômodo e estável. O Brasil teve avanços na estabilidade econômica e de políticas. No entanto, o país tem grandes problemas de financiamento com uma taxa de juros razoável para as empresas", explicou.
A opinião é compartilhada pelo diretor de operações da CNI, Rafael Lucchesi. Segundo ele, as multinacionais, por exemplo, temem em investir no Brasil e, depois, terem de pagar grande volume de impostos por conta desses investimentos.
No seminário supra citado, foi apresentado um diagnóstico sobre inovação empresarial em quatro estados (Alagoas, Paraíba, Santa Catarina e Minas Gerais), que está na fase de implantação um projeto-piloto para um sistema regional de inovação. A pesquisa apontou como algumas das dificuldades das empresas para inovar: demanda concentrada por financiamento, falta de conhecimento sobre serviços tecnológicos e ausência de comunicação entre universidade e setor empresarial.

Série Especial - INOVA (17): Software de criatividade cria rede social para inovadores


Creio ser bastante óbvio que essa série especial seja dedicada a inovações, que também pululam em outras postagens aqui do blog. Minha visão do assunto é que quanto mais inovações conseguirmos gerar aqui no Brasil, mais beneficiado será o povo brasileiro, que merece uma vida muito melhor e mais digna do que aquela que os infelizes que estão no poder proporcionam aos seus semelhantes.
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INOVA apresenta hoje uma inovação para os inovadores: uma rede social dedicada!
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Software de criatividade cria rede social para inovadores
Como garimpeiros em busca de ouro, as empresas estão dispostas a ir até os confins da terra para encontrar ideias inovadoras. Mas, como os garimpeiros, muitas vezes elas envelhecem procurando.
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Com toda a sua importância, a inovação continua sendo um processo fundamentalmente misterioso, muitas vezes resultando de inesperados momentos de "eureca". A inovação é crucial para a competitividade e é ela que impulsiona as principais empresas do mundo, mas suas razões últimas - por que ou como ela acontece - são questões ainda respondidas por opiniões pessoais, sem grande fundamentação.
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Alguns especialistas apontam para locais de trabalho criativos, enquanto outros citam os esquemas de incentivo. Outros destacam o recrutamento como responsável por capturar os melhores e os mais brilhantes talentos, enquanto outra facção afirma que se deve promover a inspiração no ambiente de trabalho.
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A única coisa que todos eles parecem ter em comum é que todos gostariam de descobrir um processo simples para encontrar seu ouro de forma confiável - e para encontrá-lo muitas vezes.
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Enquanto isso, todos os outros setores do mundo empresarial, do orçamento à circulação de memorandos, têm as suas próprias ferramentas de software - e a inovação continua tendo que se contentar com lápis e guardanapos como suporte principal. Há um certo ar de romantismo em tudo isso, mas a vida corporativa é focada em resultados. E resultados não podem depender muito de inspiração.
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Entra em cena o projeto europeu Laboranova, que acaba de apresentar uma plataforma que fornece ferramentas para ajudar as empresas a gerar ideias, e a promover uma comunidade e uma cultura da inovação internas.
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"Logo no início da pesquisa nós percebemos que uma única plataforma nunca poderia apoiar adequadamente todas as vias possíveis de inovação," conta Darren Morrant, gerente do projeto. "Na verdade, o próprio projeto tornou-se uma espécie de laboratório para o processo de inovação. Nós testamos diferentes formatos e abordagens para gerar ideias para criar novas ferramentas de apoio à inovação, e o que descobrimos foi surpreendente."
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Para resumir os achados, não há um processo de inovação, há muitas rotas possíveis no caótico front da inovação. O objetivo deve ser ajudar as pessoas a ter ideias e, em seguida, apoiá-las de todas as formas possíveis para que elas possam desenvolver suas ideias. "Descobrimos que diferentes abordagens servem a diferentes necessidades, diferentes empresas e diferentes situações," diz Morrant.
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Assim, em vez de construir uma plataforma para a inovação, o projeto Laboranova optou por desenvolver um conjunto de ferramentas de inovação que poderão funcionar em conjunto ou isoladamente. "Desta forma, as pessoas podem escolher as ferramentas mais úteis para o que quer que estejam tentando fazer," salienta o pesquisador.
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Depois que o Laboranova desenvolveu uma atitude flexível para a geração e desenvolvimento de ideias, elas começaram a surgir o tempo todo. No final, a equipe criou mais de 18 conceitos e desenvolveu 10 ferramentas essenciais.
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"Alguns conceitos nunca passaram da fase de ideia, alguns foram pouco desenvolvidos, mas, conforme o tempo passava e víamos o que poderíamos fazer e qual o impacto cada ideia poderia ter, selecionamos 10 programas essenciais que poderão responder às cinco fases de inovação que identificamos," conta Morrant.
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As grandes fases da inovação identificadas pelos pesquisadores foram:
1) Jogos de inovação, que promovem o pensamento criativo;
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2) Ferramentas para a apresentação de ideias em diferentes mídias;
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3) Ferramentas de suporte para os programas essenciais, como mash-ups, que podem combinar diferentes programas centrais em uma única interface;
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4) Ferramentas de avaliação e ferramentas para a criação de comunidades de compartilhamento e colaboração.
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O RefQuest, por exemplo, é um jogo de inovação. O engine usa objetos de jogo, assim o software pode ser adaptado a qualquer aspecto de um negócio - os jogadores podem escolher entre desenvolver um processo ou um novo produto.
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O jogo introduz a "geração disruptiva de ideias" usando criatividade aplicada, como pensamento lateral e outras técnicas. Assim que as ideias são geradas, elas precisam ser representadas ou catalogadas de alguma forma. Duas ferramentas permitem isso, o InnoTube e o Melodie.
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O InnoTube é um YouTube para os negócios, onde os usuários podem fazer upload de conteúdo que outras pessoas poderão ver e comentar. Esta ferramenta já está sendo usada pela Lucent, que era parceira do projeto, em sua universidade corporativa.
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O programa Melodie, por outro lado, cria mapas visuais de um conjunto de ideias, como um MindMap. Os usuários podem comentar ou ampliar as ideias, e ideias similares são agrupadas. Ele fornece um leiaute visual instantâneo de múltiplas soluções para resolver um problema particular.
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A avaliação é a fase seguinte do processo de inovação. Para isso, o Laboranova desenvolveu um programa chamado Idem. Ele contém um elemento de geração de ideias que podem ser importadas pelas outras ferramentas. A sua maior força, no entanto, reside no seu papel como uma bolsa de valores de boas ideias. Ele também incorpora comentários feitos pelos usuários, avaliações e agregação das preferências dos usuários para apoiar a seleção das melhores ideias.
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Segundo os pesquisadores, o Idem é uma forma poderosa de liberar a sabedoria das multidões, uma teoria que demonstra que um grande número de não-especialistas, ou mesmo o público em geral, muitas vezes faz escolhas melhores do que especialistas individuais.
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A quarta fase se concentra no desenvolvimento de uma comunidade de inovação, através de ferramentas como o GreatLinks. "O GreatLinks foi uma surpresa completa para mim," revela Morrant. "É simplesmente uma ferramenta muito útil". Ele libera o potencial do bookmarking social e o coloca a serviço da empresa. O bookmarking social permite que as pessoas compartilhem seus links favoritos, e funciona como um sistema de avaliação, com toda a internet recrutada para ajudar.
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A fase final do processo de inovação do Laboranova é o suporte para várias ferramentas. Os mash-ups, por exemplo, podem combinar as diferentes ferramentas-chave em uma interface unificada, para que os usuários possam ver todos os elementos em um único relance. Desta forma, as empresas podem selecionar o conjunto de ferramentas que melhor se adapta à sua cultura e às suas necessidades.
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No todo, é um conjunto de ferramentas impressionante, e a reação dos usuários foi muito positiva quando elas foram testadas em empresas como Fiat, Lucent e L'Oreal. Agora os pesquisadores querem começar a comercializar algumas partes do trabalho, enquanto parceiros do projeto estão se propondo a incluir novas funcionalidades em ferramentas específicas.
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O resultado é que o processo de inovação finalmente dispõe de um software dedicado a ajudar as empresas a encontrar seu ouro, e a encontrá-lo mais frequentemente.

Série Especial - It's Music! (19): See you in September

Para comemorar a chegada da Primavera, uma canção do antanho que fala do mês de Setembro: See you in September!


Vamos começar devagarinho, com a trilha do filme American Graffitti, com o conjunto The Tempos:



Agora a versão mais famosa, com The Happenings:

(no filme, dublando os cantores, Marcos Archanjo, Marcos Braga, Moacyr Ennes e Luís Cláudio Belmonte, de terninho debaixo de um calor infernal no ancoradouro de Paquetá)




Essa até parece um sambinha, com Quotations:




Julie Budd mete o pé e dá a sua cor:




E a versão em español, com Los 4 Crickets:




Outra espanhola, com Golden Years:



Enfim, viva a Primavera! Te vejo em Setembro!!!

sábado, 25 de setembro de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (42): Ômega-3 e ômega-9 protegem contra obesidade


Numa época em que obsessões por emagrecimento fazem parte da "cultura" vigente (sic), nada como uma notícia que contém boas informações e não apenas achimos e outras maluquices. E o que é melhor, gerada aqui no Brasil!
Ômega-3 e ômega-9 protegem contra obesidade
Pesquisa realizada na Unicamp revelou que os ácidos graxos insaturados ômega-3 e ômega-9 não apenas interrompem, mas também revertem o processo inflamatório causado por dietas ricas em gorduras saturadas numa região do cérebro chamada hipotálamo.
O hipotálamo é responsável pelo controle da fome e do gasto energético. O processo inflamatório ocasiona a perda deste controle neural e abre espaço para o desenvolvimento da obesidade.
Os ácidos graxos insaturados ômega-3 e ômega-9 estão presentes, respectivamente, na semente de linhaça e no azeite de oliva.
O estudo revelou ainda, em descrição inédita na literatura, que o ômega-9, ao contrário do que se sabia até o momento, é mais potente em reverter essas condições do que o ômega-3, reconhecido como um clássico anti-inflamatório.
A pesquisa, que acaba de ganhar o primeiro lugar no Prêmio Henri Nestlé, certame nacional de grande impacto na área da nutrição, foi realizada por Dennys Esper Cintra, da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp em Limeira, e por Lício Velloso, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp.

Estudos recentes mostram que dietas ricas em gorduras saturadas - como as presentes nas carnes bovina e suína, e em seus derivados como leite, queijos e manteiga - lesionam o hipotálamo ao darem início a um tipo de inflamação local que acaba influenciando em seu funcionamento.
Esse processo inflamatório, quando prolongado, pode causar a morte de neurônios e, consequentemente, a perda deste controle neural. Uma vez inflamado, o hipotálamo perde parte de suas funções, ao ter reduzida a sua capacidade de "percepção" entre o momento de sinalizar para o organismo a estocagem ou a queima de energia.
Pesquisas anteriores do grupo haviam revelado que tal inflamação é desencadeada por um receptor do sistema imune denominado Toll-Like Receptor 4 (TLR4). Este receptor é capaz de reconhecer uma substância presente na parede celular de bactérias, e, quando ativado, produz citocinas que causam inflamação.
Demonstrou-se que essa substância presente na parede de bactérias também está presente nos alimentos ricos em gorduras saturadas. Quando consumidas em larga escala, como é o caso das dietas ocidentais, essas grandes quantidades de gordura são capazes de sensibilizar esses receptores, simulando uma infecção.
"Isso ocorre por todo o organismo, mas quando essas gorduras encontram esses receptores no hipotálamo, o estrago pode ser maior, pois é ali que se encontra a caixa-preta do nosso balanço energético" diz o pesquisador. Logo, algumas pessoas, quando expostas a dietas hipercalóricas, perdem gradativamente o controle da fome e passam a consumir mais calorias do que gastam, tornando-se obesas com o decorrer do tempo.

Os ensaios nutrigenômicos realizados por Cintra em modelos experimentais compararam a ação dos ácidos graxos insaturados ômega-3 e ômega-9 no hipotálamo de camundongos obesos e diabéticos e demonstrou que essas substâncias são capazes não apenas de atenuar a inflamação e restabelecer o processo de sinalização celular que controla o apetite como também de interromper os sinais de morte celular que vinham se instaurando.
Durante o tratamento com os ômegas, a sinalização da insulina e leptina (hormônios que indicam ao cérebro que há a presença de nutrientes e que está na hora de parar de comer) perdida em animais obesos e diabéticos foi restabelecida. Houve restauração de todo o perfil metabólico dos animais, culminando em perda de peso.
A pesquisa mostrou, no entanto, que para que os resultados sejam efetivamente alcançados é preciso uma ingestão contínua desses nutrientes, somada à descontinuidade da ingestão elevada de alimentos ricos em gordura saturada, ou seja, é preciso que haja uma reeducação alimentar, pois, uma vez interrompido o tratamento, os neurônios voltam a sofrer o processo de apoptose (morte celular).

No estudo, inicialmente, induziu-se a obesidade e diabetes nos animais, por meio da ingestão de uma dieta altamente calórica, rica em gorduras saturadas, bastante semelhante à consumida atualmente por populações ocidentais. Numa segunda etapa, quando do início do tratamento, os animais foram distribuídos em grupos que receberam dietas acrescidas de ômega-3 ou ômega-9, em concentrações crescentes.
É sabido que a simples redução no consumo de gorduras saturadas já é o suficiente para a melhora no perfil metabólico em diversas espécies, inclusive em humanos. Contudo, quando tais ácidos são ainda agregados à alimentação, os processos negativos gerados no hipotálamo pelo consumo crônico da gordura saturada melhoraram de forma exuberante. Houve recuperação do comportamento alimentar adequado, devido principalmente ao aumento na expressão de proteínas anti-inflamatórias e antiapoptóticas, além da redução significativa na expressão de marcadores pró-inflamatórios e pró-apoptóticos no hipotálamo dos camundongos.
Para confirmar a ação específica dos ácidos graxos ômega-3 e 9, os pesquisadores infundiram as substâncias diretamente no hipotálamo de animais obesos, e observaram redução imediata no consumo de alimentos. Após uma semana de infusão direta no hipotálamo, os animais já tinham perdido mais de 10% do seu peso corporal.

Somado a estes fatores, ambos os experimentos demonstraram que a perda de peso não se deveu apenas à recuperação do controle nervoso da fome, mas também porque tais substâncias aumentaram o gasto energético dos animais.
Quando infundido diretamente no hipotálamo, ou mesmo quando consumidos por via oral, ambos, ômega 3 e 9, aumentam no tecido adiposo marrom a expressão de uma proteína chamada UCP-1, que é responsável pelo aumento do gasto energético. Com isso, a atividade das proteínas da via da insulina e da leptina foi restaurada. Os animais se tornaram muito mais tolerantes à glicose e também mais sensíveis às ações da insulina, antes prejudicada pela obesidade.
Outro fato surpreendente foi demonstrado nesse estudo. "Como dito anteriormente, os ômegas foram suplementados nas dietas em várias concentrações. A resposta mais interessante se demonstrou nos grupos que receberam as menores concentrações na dieta, tanto de ômega-3 quanto de ômega-9. Embora os animais diabéticos não tenham deixado de ser diabéticos, a glicemia foi reduzida de forma expressiva e se tornou controlável através apenas da alimentação nesses grupos", revelou Cintra.
O impacto da substituição dos ácidos graxos na variação do peso corporal foi dependente da composição, mas não do tipo de ácido graxo. "Observamos que quando os animais consumiam esses ácidos graxos, ou quando aplicávamos diretamente no hipotálamo, a inflamação era finalizada. Os sinais de insulina e leptina enviados pela periferia chegavam até o hipotálamo e cumpriam a obrigação deles informando ao organismo que já havia nutrientes em quantidade suficientes, e que a fome deveria desaparecer", explicou Cintra.
As concentrações testadas nas dietas correspondentes aos melhores resultados são quantidades passíveis de consumo no dia a dia, por meio de um acréscimo natural desses alimentos em nossas refeições diárias, sem a necessidade de suplementos alimentares. Alimentos como semente de linhaça marrom, óleo de soja, sardinha e canola apresentam custos razoáveis e também excelentes fontes de ômega-3. Da mesma forma, o azeite de oliva, óleo de soja, abacate e amendoim são fontes saudáveis de ômega-9.
Além de mostrar que os ácidos graxos ômega-3 e ômega-9 são capazes de interromper os sinais de morte celular, inibir a inflamação e restabelecer a sinalização celular das vias da leptina e da insulina, o trabalho trouxe evidências de que esses ácidos podem desencadear também um estímulo à gênese de novos neurônios, num processo chamado de neurogênese.
A próxima empreitada será investigar a possibilidade dessa síntese de novos neurônios, e verificar se tais ácidos graxos possuem a capacidade de exercer plasticidade sobre os neurônios afetados de indivíduos obesos, revertendo assim o processo de morte instaurado pelos ácidos graxos saturados.
"Precisamos descobrir se essa plasticidade ocorre no local onde os neurônios foram mortos pelo excesso de gordura saturada. Ainda não sabemos até que ponto, e nem por que razão, mas o ômega-3 é capaz de estimular a multiplicação de neurônios.
O estudo indicou que o ômega-3 pode ter sido o responsável pela regeneração daqueles neurônios que já haviam morrido naquela região do hipotálamo. O próximo passo será descobrir se o ômega-3 é mesmo capaz de restabelecer os neurônios controladores da fome, e assim devolver ao indivíduo a capacidade perdida de controlar sua fome após ele ter-se tornado obeso", concluiu Cintra.

Isto torna o assunto em questão ainda mais delicado: como a morte dos neurônios pode ser irreversível - os estudos na área ainda são muito incipientes - a possibilidade de o vício ou a compulsão por comidas gordurosas e altamente calóricas acontecer pode ser ainda mais grave.
De acordo com Cintra, é preciso que cada vez mais políticas públicas de prevenção à obesidade sejam implantadas, e que haja todo um esforço de reeducação alimentar entre a população, desde a infância.
"Uma vez que a pessoa se torna obesa, fica difícil reverter o processo de obesidade, ou, ao menos, de devolvê-la o controle da fome. Mesmo com o enorme avanço da ciência, esta ainda se encontra de mãos atadas em relação à obesidade. Ainda não temos nenhuma saída satisfatória para a doença, por isso é tão importante a prevenção. O indivíduo não pode se tornar obeso, porque a partir desse momento ele pode estar entrando em um caminho sem volta", afirma Cintra.
Por esta razão, a melhor saída continua sendo, de acordo com cientistas e especialistas, investir em programas de conscientização, reeducação alimentar, e de estímulos às práticas de atividades físicas, para assim, tentar evitar que a obesidade atinja um patamar irreversível.

Série Especial - Birinight Oil (21): Um bom motivo para usar camisinha


Sem comentários...

Série Especial - INOVA (16): Google



Falar das redes sociais é sempre muito importante - principalmente para os nossos interesses presentes e vindouros. Mas não podemos deixar de lado um papo sobre o gigante voraz que está metendo a borduna em todos os cantos, recantos e alcovas disponíveis.


INOVA apresenta para vocês uma matéria sobre o gorgolejar digital: Google!




Google - a empresa que mudou a Internet para sempre
Correspondentes internacionais de ao menos duas agências de notícias com sede em Pequim, na China, anunciaram na terça-feira que tiveram suas contas de email do Google invadidas. Várias mensagens foram encaminhadas a endereços misteriosos. Os ataques às contas acontecem dias depois da ameaça do Google de deixar o país por conta de invasões às contas de ativistas de direitos humanos chineses.

As dificuldades do Google na China são mais antigas que os últimos acontecimentos. Para poder se instalar no país, o gigante de internet teve que ceder às condições draconianas do governo. A principal delas é o uso de filtros que bloqueiam pesquisa de assuntos considerados subversivos pelo regime comunista.

Buscar termos como “Massacre da Paz Celestial”, por exemplo, é uma tarefa quase impossível na China – estima-se que nove em cada dez resultados sejam bloqueados. Entrar na disputa por um dos mercados mais promissores do mundo tem o seu preço.

Mesmo com esses eventuais rolos, o Google segue crescendo de forma notável. A empresa que foi criada em 1996 por dois estudantes americanos, derrubou as concorrentes. Hoje, um em cada nove habitantes do planeta – 710 milhões de pessoas – recorre a seu serviço de busca pelo menos uma vez a cada mês. O Google detém ainda 71% do mercado de buscas on-line nos Estados Unidos. No mundo, tem 60%. Do restante, 20% são divididos igualmente entre o Yahoo! e o Baidu, o site mais popular na China, em idioma mandarim. Sobram apenas 20% para todos os demais concorrentes. O gigante quer mais – e seu modelo de negócio, que combina a ambição desmedida com uma visão generosa do mundo, favorece a expansão sem maiores resistências.

Se o sucesso arrebatador do Google deve-se, em grande parte, à eficiência de seu modelo matemático, cuja capacidade de ordenar os resultados da pesquisa na página de busca se mostrou superior à da concorrência, a empresa diversificou seus produtos para manter-se a frente. Além de ser belos atlas digitais, ajudam um consumidor ou um viajante a localizar endereços em mapas e os pontos de comércio que lhes sejam mais convenientes.

Para dar início à sua “estante virtual” — ou seja, a seu banco de dados —, a empresa fechou acordo para digitalizar o conteúdo de cinco instituições: a Biblioteca Pública de Nova York e os acervos de quatro universidades — Harvard, Stanford e Michigan, nos Estados Unidos, e Oxford, na Inglaterra. Analistas estimam que o Google tenha investido 200 milhões de dólares nessa empreitada.

Dos textos para os vídeos, mais uma novidade. Em 2006, o serviço de busca desembolsou 1,65 bilhão de dólares para adquirir o YouTube, uma empresa recém-criada com 65 funcionários e que operava no vermelho, mas que produziu a explosão do vídeo na Internet. A compra, tida como uma das ações de marcado mais agressivas do Google, não agregou só tecnologia: levou também uma marca forte e uma comunidade fiel de usuários. O Google venceu concorrentes como o Yahoo! e a News Corp, do magnata Rudolph Murdoch, que também cobiçavam o YouTube.

Acostumado a ter lucro com publicidade – cerca de 97% de sua receita vem com propaganda – o Google travou recentemente uma briga com os grupos jornalísticos, restringindo em 2009 o número de notícias que cada pessoa pode acessar por meio de sua ferramenta de busca. Para os grupos jornalísticos, produzir informação qualificada tem um custo elevado. Para sites como o Google, essa mesma informação tem custo zero. Eles a difundem de graça, sem remunerar a fonte original. A longo prazo, dizem as empresas de comunicação, isso é uma receita para a sua morte.

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Se dois estudantes puderam criar esse gigante lá nos Estados Unidos, o que não poderão fazer os nossos estudantes por aqui? Claro que em um governo capitaneado por um inculto essa margem diminui consideravelmente, mas ainda assim podemos inventar muitas traquinagens. O que acham?

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (41): Jogo de biologia faz estudantes brincarem de cientistas


Eu sempre fui adepto das atividades lúdicas em sala de aula e tenho tido a grata oportunidade de ver tal prática se difundir cada vez mais, substituindo a maldita masmorra em um lugar prazeroso de se estar e aprender.
Brincar de médico todo mundo já brincou. Vamos brincar de cientista?
Jogo de biologia faz estudantes brincarem de cientistas
Um jogo de tabuleiro, quatro duplas e um desafio: solucionar casos sobre biologia celular, molecular e fisiologia, "viajando" em organelas e estruturas celulares. É assim que estudantes dos ensinos médio e superior poderão aprender mais sobre o tema com o jogo Célula Adentro, desenvolvido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com o Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Idealizado inicialmente numa disciplina oferecida pelo Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do IOC, o jogo é formulado a partir da abordagem do aprendizado pela solução de problemas (em inglês, Problem Based Learning) e permite que os estudantes entendam, de forma lúdica, como os cientistas construíram alguns conceitos fundamentais relacionados às células, fazendo com que eles ajam como investigadores, simulando o método científico ao formular perguntas e buscar chegar a respostas.
"O jogo traz alegria para a sala de aula, permite que os alunos e professores brinquem com a conduta dos pesquisadores e desperta o interesse pela investigação científica. A ideia surgiu em 1996. Depois disso, já foi tema de teses de mestrado e de doutorado no Programa de Pós-graduação de Biologia Celular e Molecular do IOC e foi avaliado positivamente em escolas de ensino médio e universidades do Brasil e do exterior", ressalta a pesquisadora Tania Araújo-Jorge, do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do IOC e uma das coordenadoras do projeto.

A professora da UFF, também pesquisadora do laboratório do IOC e idealizadora do projeto, Carolina Spiegel, explica que o objetivo é desafiar os alunos. "A ideia é que eles coletem, discutam e interpretem pistas para decifrar questões científicas. Para isso, são propostos diversos casos abordando aspectos relacionados ao estudo da célula: O Hóspede do Barulho (sobre a origem da mitocôndria), O Caso da Membrana Plasmática, Surfando na Célula (que tem como tema a infecção viral), Um por Todos (que aborda a morte celular) e A Pérola do Nilo (sobre biologia forense)", explica.
Segundo Carolina, o Célula Adentro é diferente de outros jogos de pergunta e resposta.
"O jogo é baseado na interpretação de pistas que podem conter esquemas, figuras, experiências ou resultados científicos originais com os quais a comunidade científica se deparou. Com isso, os estudantes são motivados a agir como investigadores, fazendo anotações, debatendo e chegando a suas próprias conclusões", ressalta.

"Ao escrever a solução dos casos, os alunos estão reproduzindo suas próprias ideias e conclusões, e não apenas repetindo informações ouvidas em sala de aula ou lidas em livros. Eles aprendem brincando", resume a pesquisadora.

O jogo é cooperativo: as equipes jogam juntas para resolver o caso, colaborando entre si e correndo contra o tempo. Deste modo, todos vencem ou perdem juntos. As equipes têm 30 minutos para coletar, de forma independente, as dez pistas disponíveis. Ao fim do tempo de coleta, o participante Coordenador recolhe e guarda as Cartas de Pista e cada dupla apresenta as suas pistas.
Em seguida, as equipes se juntam, formando um único grupo, que tem 20 minutos para discutir e propor uma solução única do caso, que deve ser lida em voz alta para todos. Se a resposta do grupo estiver correta, todos ganham. O jogo possui ainda minidicionário com termos relacionados ao tema presentes nas pistas.
Em Célula Adentro, o professor também é parte integrante do jogo e desempenha um papel fundamental. "Ele deve estimular a discussão e fazer com que os alunos debatam sobre o assunto. Do ponto de vista pedagógico, a discussão é parte do jogo e, neste sentido, o professor não deve dar as respostas aos alunos, mas mediar o debate.
Ao final do jogo, o papel do professor torna-se mais evidente, pois ele deve coordenar a discussão, apresentando pista por pista para garantir que as dúvidas, curiosidades e questionamentos em relação ao vocabulário, aos gráficos e aos experimentos fiquem claros para os alunos", avalia Carolina.
A formulação pedagógica de Célula Adentro está de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, que destaca a importância de levar ao aluno a prática de investigação científica e tecnológica. "O projeto poderia ter sido desenvolvido em forma de estudo dirigido, mas optamos pelo jogo pela possibilidade de transformar o processo de aquisição de conhecimento em uma atividade atrativa, interativa e agradável para os estudantes", enfatiza a pesquisadora.

Em estudo recente, que deu origem à dissertação de mestrado defendida no Programa de Pós-graduação de Ensino em Biociências e Saúde do IOC, foi verificada a aceitação do Célula Adentro entre o público jovem. No trabalho, que envolveu 605 alunos de escolas públicas e privadas, 94% dos jogadores declararam que gostariam de jogar novamente, porque consideravam o jogo divertido e bom para o aprendizado.
"A maior parte dos alunos chegou à solução dos casos propostos, construindo conceitos de biologia de forma dinâmica e reforçando os conhecimentos sobre outros conteúdos. Além disso, as observações realizadas no estudo sugeriram um importante papel do trabalho em grupo (em pares ou trios) para atingir os principais objetivos dos jogos educacionais", reforça Carolina.
O Célula Adentro também foi avaliado e obteve boa aceitação em universidades do Rio de Janeiro e em escolas na Suíça (estudo que gerou tese de doutorado, também defendida no Instituto). "Os resultados apontam para uma boa aceitação do jogo como estratégia de ensino por parte dos professores entrevistados, não apenas por seu caráter lúdico, mas também pelo desenvolvimento de importantes habilidades", declara Carolina.
"Os resultados indicaram, portanto, que o jogo é motivador, estimula o raciocínio, gera o entrosamento e troca de ideias entre os alunos e, principalmente, torna lúdico o aprendizado em temas de biologia celular e molecular. Dessa forma, este jogo tem grande potencial para o uso na difusão de ciências entre jovens de diferentes faixas etárias e níveis de escolaridade", finaliza.
O jogo está disponível para download gratuito e impressão no site www.ioc.fiocruz.br/celulaadentro.
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Para a galera de design que assistiu a palestra de Alexander "Shamou" Costa, penso que o texto acima é bastante ilustrativo.

Série Especial - INOVA (15): Facebook e o emprego


Dando continuidade ao papo que iniciamos ontem, vamos falar mais um pouquinho das redes sociais. Aqui no Brasil, o Orkut ainda ocupa um lugar de destaque no âmbito das redes sociais, mas do outro lado da fronteira é o Facebook quem está fazendo fuzarca.

INOVA apresenta hoje para vocês, algumas informações valiosas sobre o uso dessa rede social.




Facebook também é lugar de fazer dinheiro
A americana nascida em Hong Kong Clara Shih já foi apontada como uma das mulheres mais influentes da indústria da internet - mais especificamente no setor de redes sociais. A fama se deve principalmente ao fato de ela ter criado o Faceconnector, primeiro aplicativo do Facebook voltado para negócios.

Outro trunfo foi o livro The Facebook Era (inédito no Brasil), em que ela antecipou que o site se tornaria um sucesso mundial também entre as companhias. "As empresas passaram a acreditar na grandeza e no poder da rede depois que entenderam como é fácil, para os usuários, gastar tempo e dinheiro ali", explicou Clara antes de embarcar para o Brasil para participar da Digital Age 2.0, conferência sobre comunicação e marketing on-line, em São Paulo.

Na conversa a seguir, ela fala sobre empresas que já utilizam o Facebook com sucesso e arrisca nova previsão sobre a rede: ela vai pegar no Brasil.

Qual a importância do Facebook para os negócios?
O Facebook ocupa hoje o lugar que a internet ocupou nos negócios há alguns anos, colhendo opiniões das pessoas. Ele é um importante canal, em constante crescimento, entre as empresas e seus consumidores.

Quais empresas têm usado a rede social da melhor forma?
As novas empresas nos Estados Unidos têm apostado no Facebook e 75% dos investimentos em mídias sociais estão acontecendo no intuito de popularizar uma marca nesse ambiente. Então, temos visto muito investimento. Com relação aos cases de sucesso, acredito que as livrarias e o Dunkin' Donuts são ótimos exemplos: eles usam o Facebook de uma forma criativa para se conectar com seus clientes, através de páginas na rede social, ferramentas que integram seus sites e aplicativos.

Por que as empresas acreditam no poder do Facebook?
As empresas passaram a acreditar na grandeza e no poder da rede depois que entenderam como é fácil, para os usuários, gastar tempo e dinheiro ali. As companhias estão aprendendo a trabalhar nesse ambiente e também a conhecer o que não funciona na indústria.

O site pode mudar o marketing on-line no futuro?
Sim, por duas razões. Primeiro porque as pessoas na rede estão compartilhando informações sobre elas mesmas. Segundo porque, nesse mesmo ambiente, as companhias conseguem trabalhar formas de publicidade voltadas a públicos bastante específicos.

Por exemplo: se você deseja fazer propaganda de futebol, é possível encontrar na rede quem ame futebol, graças às informações contidas no perfil de cada usuário. Com esse dado em mãos, as companhias conseguem exibir uma campanha para determinado grupo de potenciais clientes de forma direta.

O Facebook alcançou 500 milhões de usuários no mundo. Qual o segredo da rede social?
É realmente incrível. No início, a rede era focada não só em criar novos cadastros, mas também em segurar seus usuários. Isso criou um ambiente confiável, onde as pessoas se sentem confortáveis em compartilhar suas informações pessoais. Elas compartilham muitas fotos, eventos e festas de aniversário, aplicativos de games. Isso valoriza a ferramenta e incentiva outros usuários a entrarem na rede. O tempo que as pessoas passam conectadas e os conteúdos que elas compartilham fazem do Facebook um ator tão importante hoje.

Existe hoje um amplo debate sobre privacidade na internet - e o Facebook foi bastante criticado por expor informações de usuários. Como a senhora vê a questão?
Questões relacionadas a privacidade são de grande interesse para os usuários do Facebook. A rede permite, por meio do perfil, que compartilhemos informações pessoais de muitas maneiras, ao contrário do que acontecia antes na internet e em outras redes sociais. O Facebook tem definido novas normas de privacidade, mas algumas vezes eu encontro pessoas que realmente se sentem pouco confortáveis em dividir muitas informações pessoais.

O Facebook tem gasto muito tempo e dinheiro para garantir que seus recursos de controle de privacidade sejam de fácil entendimento para todos. Espero que as pessoas cadastradas possam decidir por elas mesmas o que querem compartilhar e com quem.

O Facebook ainda possui uma presença tímida no Brasil - estima-se que haja menos de 5 milhões de usuários por aqui. Por que a rede social mais popular do mundo não faz sucesso no país?
O Facebook ainda está começando a explorar o mercado no Brasil. E o Orkut chegou primeiro no país. Os últimos números mostram que o Facebook está crescendo. Eu suspeito que os brasileiros queiram se conectar não só com outros brasileiros, mas também com pessoas de todo o mundo.

Como a senhora se sente por ter sido apontada como uma das mulheres mais influentes da indústria de tecnologia?
É uma honra. Há alguns anos, quando desenvolvi o Faceconnector e comecei a escrever meu livro, algumas pessoas achavam que eu estava louca.


Facebook é o terceiro maior site de vídeos on-line dos EUA
O número de americanos que assistem vídeos na internet subiu de 177 milhões, em junho, para 178 milhões, em julho, segundo um novo relatório da comScore. O Google, dono do YouTube, continua liderando o ranking com mais de 143 milhões de usuários únicos por mês, seguido por Yahoo! e, surpreendentemente, pelo Facebook.

De acordo com a pesquisa, a rede social subiu uma posição e alcançou o terceiro lugar entre os destinos mais populares para se assistir vídeos na web. Para a comScore, cerca de 47 milhões de pessoas acessam o Facebook com essa finalidade.

O relatório também mostra que o mercado publicitário tem apostado forte no segmento. Cerca de 3.6 bilhões de propagandas foram assistidas na internet em julho, segundo o levantamento do instituto de pesquisa.

O Facebook, cuja base supera os 500 milhões de usuários, apareceu na frente de importantes empresas de entretenimento, tradicionais do setor de vídeos, como Fox Interactive Media e Disney Online.


Google aposta em estratégia social para derrubar Facebook
O Google continua investindo em novas companhias no intuito de fortificar a sua estratégia social na futura luta contra o Facebook. Nesta segunda-feira, o blog TechCrunch divulgou a notícia de que o gigante de buscas comprou a Jambool, uma plataforma de pagamento digital usada por desenvolvedores de jogos na criação de sistemas personalizados de moeda.

Segundo o site, que preferiu não citar suas fontes, o Google pagou pela Jambool cerca de 70 milhões de dólares.

A plataforma da empresa permite que sistemas de pagamento sejam desenvolvidos dentro de um universo virtual, tal como ocorre em um game. O produto da empresa, chamado Social Gold, foi criado por Vikas Gupta e Reza Hussein, veteranos da Amazon. Procurado pelo blog e pelo periódico econômico Wall Street Journal, o Google não comentou o caso.

Estratégia - Na semana passada, a empresa adquiriu a Slide, uma corporação focada em jogos sociais. A empresa, fundada pelo co-fundador do PayPal, Maz Levchin, custou cerca de 182 milhões de dólares.

"Conforme a equipe da Slide se incorpora ao Google, investiremos ainda mais para melhorar os serviços sociais da empresa e ampliar essas capacidades para nossos usuários na rede", disse o diretor de engenharia do Google, David Glazer, no blog da companhia.

Ainda de acordo com o TechCrunch, a empresa americana investiu 100 milhões de dólares na Zynga, companhia de games sociais responsável pelos fenômenos FarmVille e Mafia Wars. Segundo o site, a estratégia da empresa é lançar uma plataforma chamada Google Games até o final deste ano.

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Bem, os designers que assistiram a palestra do Alexander "Shamou" Costa, na última sexta feira, devem estar se lembrando do que eu falei, pois não?

SEM LIMITES PARA ENSINAR / MOYA - ESCOLA DE AVENTURA

CRIATIVO E INQUIETO (uma combinação muito interessante...) Quando eu me mudei do Rio de Janeiro para Brasília, em 2016 , imaginava ...