terça-feira, 31 de agosto de 2010
Série Especial - Conceitos e Idéias (05): Jovens prodígios na tecnologia
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Agora, ao debate!
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Série Especial - Brasil, o País do Presente (20): Realidade Virtual contra a labiritite
http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2010/08/equipamento-usa-imagens-virtuais-no-combate-labirintite.html
Equipamento usa imagens virtuais no combate à labirintite
A labirintite é a principal causa das tonturas em 30% da população. O que muita gente não sabe é que se movimentar com segurança é um santo remédio. Melhor ainda quando o tratamento usa a projeção de imagens e a realidade virtual.
Seguro sob uma plataforma móvel e usando óculos que transmitem imagens o paciente se exercita. Tem que se mexer para jogar e vencer desafios de equilíbrio em cenários que se movem.
O aparelho, usado pelo Departamento de Otorrinolaringologia da Unifesp, é o único em um serviço público brasileiro e tem mostrado ótimos resultados. A labirintite pode ser causada por má circulação, inflamações, lesões por barulho excessivo ou acidentes e até por alguns medicamentos. Descobrir a causa é o primeiro passo para um tratamento de sucesso. Os outros passos podem se dados no mundo da realidade virtual.
"Ele ajuda a treinar a interação entre as informações, porque o nosso equilíbrio é resultante de interação entre visão, o labirinto e a musculatura", diz o otoneurologista da Unifesp, Fernando Graça.
"Eu já fiz diversos exames de labiritinte, por causa das tonturas, justamente por andar na rua e não ter equilíbrio. Então era muito ruim, tremia muito. Minhas pernas tremiam muito para andar e mesmo parada eu tinha tontura", conta a aposentada, Lucíla Ferreira de Souza.
"O paciente que é treinado, tem um desempenho quando as situações são desafiadores. Isso é comum para idosos: descer escada, uma rampa, calçadas", afirma o médico.
domingo, 29 de agosto de 2010
Série Especial - It's Music! (15): Samba do Avião
A razão de postar essas músicas é para lembrar de momentos da minha infância, quando recebia meus parentes vindos de outros estados no aeroporto do Galeão (no velho e depois no novo, que agora se chama Tom Jobim, que além de Mestre foi um dos autores da obra) e essa música, via de regra, era sempre cantada. Coisa de quem tem uma família ricamente musical como a minha.
Pincei algumas versões diferentes e postei aqui. Espero que apreciem. Para mim, está o maior barato!
Dá play no três-em-um aí, pai!
Aqui, a versão mais famosa, com os Cariocas
Tom Jobim, com Danilo e Nana Caymmi
Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Toquinho e Miúcha
E para finalizar, o grande Milton Nascimento
sábado, 28 de agosto de 2010
Série Especial - Birinight Oil (17): Plásticas impedem decomposição do corpo de Michael Jackson

Plásticas impedem decomposição do corpo de Michael Jackson
Um fenômeno está intrigando especialistas: o corpo de Michael Jackson não está se decompondo. Funcionários do cemitério onde Michael foi enterrado estranharam o fato de que o corpo do cantor não exalava cheiro, desconfiaram, abriram o caixão e viram Michael intacto.
Especialistas em meio-ambiente da ONG Me Enterra, parceira do Greenpeace, afirmam que por causa da grande quantidade de intervenções cirúrgicas, cerca de 90% o corpo de Jackson era composto por plástico e, portanto, não desapareceria na natureza. "Isso é um crime contra a natureza", diz Wilson Henriques, diretor de relações públicas do Greenpeace.
Segundo o Greenpeace, o corpo do ex-Rei do Pop não poderia ser depositado em "qualquer lugar". "Os mananciais do mundo já estão totalmente entulhados com plástico de todo tipo. Agora mais essa". Segundo a ONG Me Enterra, os restos mortais de Michael poderiam ser reciclados. "Ele poderia ser derretido e viraria várias coisas bancanas. Imagine se ele fosse usado na fabricação de brinquedos? Tenho certeza que ele adoraria passar o resto da vida em companhia de crianças".
Foi feito contato com a médium Mãe Dináh e pedido à sensitiva para entrar em contato com o espírito de Michael Jackson para perguntar sobre a polêmica. Infelizmente, Mãe Dináh se enganou em conversou com o espírito da atriz Farrah Fawcett, que morreu poucas horas antes de Jackson.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Série Especial - O Outro Mundo (17): Videogame gigante
Mas podemos ter também espaços físicos de jogos virtuais de tamanhos superiores ao que entendemos como padrão. O post a seguir é um ótimo exemplo disso e de suas aplicações menos óbvias, porém extremamente importantes.
Videogame gigante simula prevenção e tratamento de doenças epidêmicas
Um gigantesco videogame, com 270 metros quadrados, simula crises epidêmicas, baseadas em situações reais ou fictícias, onde mais de 40 jogadores podem interagir simultaneamente.
A experiência faz parte da exposição francesa Epidemik: O Impacto das Epidemias na Sociedade ao Longo dos Séculos. Os cenários propostos são gripe aviária em Cingapura, ataque biológico terrorista em Nova York, malária e aids na África e na Ásia e dengue no Rio de Janeiro - este especialmente desenvolvido para o Brasil, com conteúdo e iconografia preparados por técnicos e cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A Epidemik original, montada em 2009 no museu de La Cité des Sciences e de l'Industrie de la Villette, na capital francesa, recebeu até hoje mais de 300 mil visitantes, em sua maioria estudantes. Desenvolvido pela empresa Stratosphère, o jogo começa quando o visitante da exposição pisa no tabuleiro e recebe uma aura colorida individual projetada no chão, que o acompanha por toda a simulação.
A luz colorida muda à medida que o jogador adota precauções ou providências para o tratamento do seu estado de saúde, sempre orientado por informações projetadas numa tela gigante. Vinte monitores auxiliarão os participantes durante o jogo, que também é acessível a cadeirantes.
Totalmente gratuita, a exposição é dirigida à população em geral, principalmente aos jovens estudantes.
"A Epidemik fez parte do Ano da França no Brasil e é a primeira vez que é apresentada fora da França", disse a coordenadora executiva da exposição, Cristina Moscardi, da empresa Sanofi-Aventis, maior indústria farmacêutica europeia e parceira da Fiocruz na iniciativa. "É importante destacar que a exposição no Rio ocorreu simultaneamente à que está montada no La Cité, e que, além da dengue, outra novidade brasileira foi o filme sobre o centenário da descoberta do mal de Chagas, também exibido na exposição".
A antropóloga Gisele Capel, da Fiocruz e curadora da Epidemik, enfatiza outro aspecto: "Conseguimos montar no Brasil uma exposição multimídia de alta tecnologia, que vai capacitar técnicos brasileiros no que existe de mais avançado no mundo. As equipes francesas e brasileiras envolvidas estão numa cooperação efetiva, raramente vista em casos semelhantes".
A Epidemik ocupou uma área de mais de 1.200 metros quadrados, dividida em dois blocos, com pé direito de 6 metros. O primeiro bloco abordou a história milenar dos homens e das epidemias e faz uma retrospectiva do tema desde o período Neolítico, passando pela Antiguidade, a Idade Média e a Revolução Industrial, até os dias atuais.
A proposta foi discutir as condições que favoreceram o surgimento das epidemias, os meios que foram utilizados para combatê-las e o impacto que tiveram sobre a vida das populações. Obras de artistas franceses servem de fio condutor para traçar uma linha do tempo e situar as diferentes epidemias ao longo dos séculos.
Obras brasileiras do acervo da Biblioteca Nacional, do Museu do Exército, da Fiocruz e do Instituto Butantan destacam momentos marcantes da história das epidemias no país. O videogame coletivo foi o destaque do segundo bloco.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Brainstorming funciona melhor para problemas mais genéricos
Brainstorming funciona melhor para problemas mais genéricos
As técnicas de brainstorming - ou tempestade cerebral, onde pessoas se reúnem e "liberam" quaisquer ideias sobre o tema objeto da discussão - funcionam melhor para o desenvolvimento de produtos simples e para encontrar soluções para problemas mais genéricos dentro de uma organização.
A técnica não parece ser efetiva para o desenvolvimento de produtos com alta densidade de tecnologia ou para resolver problemas relativos a áreas muito específicas. A conclusão é de pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos. O estudo foi publicado na revista Management Insights.
A aplicação das técnicas de brainstorming para o desenvolvimento de novos produtos funciona melhor quando o trabalho colaborativo emprega participantes de especialidades diferentes para desenvolver um produto menos complexo.
Quando os produtos que se quer desenvolver são altamente técnicos, a melhor maneira de desenvolvê-los é deixar especialistas trabalharem individualmente e fazê-los colaborar por meio de grupos "nominais", diz o estudo.
Desde 1950, a eficácia do brainstorming tem sido amplamente debatida. Enquanto alguns pesquisadores e profissionais consideram-na a forma padrão para a geração da ideias e o método ideal para a solução de problemas nas organizações, parte da literatura das ciências sociais tem defendido o emprego de grupos nominais, em que o mesmo número de indivíduos gera soluções trabalhando de forma isolada.
Os autores revisitaram este debate e exploraram as implicações que a estrutura do problema e a diversidade entre os membros da equipe têm sobre a qualidade da melhor solução obtida, empregando as duas abordagens.
Eles concluíram que os grupos nominais têm melhor desempenho em problemas especializados, mesmo quando os fatores que afetam a qualidade da solução exibem interações complexas (problema de maior complexidade). Em problemas que atingem várias especialidades, o brainstorming explora a diversidade de competências dos participantes do grupo para alcançar melhores soluções.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (17): Inovação em visualização

Engenheiros da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, mostraram que uma rede sem fio de transmissores de rádio pode rastrear pessoas que se deslocam atrás de paredes sólidas.
Essa espécie inovadora de radar poderia ajudar os bombeiros a resgatar vítimas de incêndios e atender pessoas idosas que tenham caído dentro de casa, e a polícia a resgatar reféns durante sequestros.
"Mostrando a localização das pessoas dentro de um edifício durante situações envolvendo reféns, incêndios e outras emergências, a 'tomografia de rádio' pode ajudar a polícia e as equipes de emergência a saberem onde devem centrar a sua atenção," afirmam Joey Wilson e Neal Patwari no artigo em que descrevem a nova técnica.
A técnica utiliza imagens tomográficas de rádio (RTI: Radio Tomographic Imaging), que permitem "ver", localizar e rastrear as pessoas ou objetos que se deslocam em uma área cercada por transmissores de rádio simples e de baixo custo.
As pessoas e os objetos monitorados não precisam usar nenhum aparato especial para serem detectadas, o que permite o uso da técnica em situações de emergência.
Para demonstrar a tecnologia, os pesquisadores primeiro criaram uma rede sem fios formada por 28 transceptores de rádio - aparelhos ao mesmo tempo transmissores e receptores - em duas áreas contíguas, separadas por paredes. Cada aparelho compõe um nó da rede.
Na área interna, com quase 14 metros de comprimento, foram colocados oito nós, espaçados por 2 metros. Na área externa, a rede abrangeu um quadrado com cerca de 21 metros de lado, com os nós colocados a 3 metros de distância uns dos outros.
Cada transceptor foi colocado sobre um pedestal de PVC com 1,2 metro de altura, para que ele pudesse fazer medições na altura do tronco humano.
O sistema sem fios utilizado é conhecido como uma rede Zigbee, um tipo de rede frequentemente usado em automação industrial e para a leitura de dados de diversos tipos de sensores.
Medindo a variação na intensidade dos sinais entre os diversos aparelhos de rádio, os pesquisadores geram na tela do computador uma "imagem de radar" da área, produzindo uma visualização tipo olho de peixe, onde as pessoas aparecem como bolhas.
Na segunda experiência, os cientistas aprimoraram o sistema para conseguirem detectar os movimentos do outro lado da parede, onde não havia uma rede instalada. Os resultados mostraram que o rastreamento das variações na intensidade dos sinais de rádio de uma rede de 34 nós é suficiente para monitorar a movimentação de pessoas atrás de uma parede de tijolos até uma distância de cerca de um metro da parede.
Em seus experimentos dentro e fora de casa, Wilson e Patwari coletaram medições da intensidade dos sinais de rádio de todos os transceptores - primeiramente a área da rede vazia e, em seguida, quando uma pessoa andava por ela.
"Este programa pode ler várias características faciais, como a posição dos olhos, do nariz ou da boca, comparando com imagens já capturadas pela câmera de segurança", diz Ryoji Ohashi, representante da Omron. "Pode detectar o rosto de pessoas específicas."
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Série Especial - Conceitos & Idéias (04): Sobre Einstein e a Criatividade
Mas mesmo detonado, tal poder de realizar maravilhas é recuperável, igual ao corpo do Wolverine.
Você, que está lendo este post, sofreu com essa sanha maldita e paga um preço alto por isso, mesmo que não perceba. Mas tal qual o ilustre mutante, você pode superar os ferimentos da batalha e reerguer-se para um novo combate, onde as chances de vitória aumentam exponencialmente.
Para os meus queridos alunos entrarem na dança, deixo o texto introdutório abaixo e o vídeo. Leiam, assistam, reflitam e preparem-se. Vem chumbo grosso por aí e vocês terão que enfrentar vossos demônios e transformá-los em amigos muito queridos. Como? Aguardem as próximas aulas...
Einstein e a Criatividade
Boêmio, visionário, sonhador e… mulherengo. E como se não bastasse: mau aluno e um transgressor das ordens sociais do seu tempo. O programa a seguir mostra o dono desses defeitos e mostra como ele os transformou em virtude.
O jovem Einstein era um homem muito mais comum que possamos imaginar. Nascido e criado judeu alemão mostrou desde os cinco de idade que o inconformismo seria a marca de todos os seus dias.
E esse despertar surgiu ao ganhar uma pequena bússola de presente do pai. A curiosidade aguçada buscava entender que força misteriosa era aquela que fazia a agulha se mexer? O excelente programa Espaço Aberto Ciência & Tecnologia, da Globo News, percorre os passos do menino franzino e meio desengonçado que se tornou um dos maiores nomes do mundo e a marca registrada quando se fala em Ciência.
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Agora reflitam sobre o que viram e também sobre o que pensam de vocês mesmos. O salto quântico está a disposição de todos nós, todos os dias. E então, vamos pular juntos?
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Série Especial - Brasil, o País do Presente (19): Matemática & Embalagens, tudo a ver!

Como acondicionar produtos de formatos complicados no interior de caixas de forma a maximizar o uso da embalagem e diminuir os custos de transporte?
Clientes diferentes, produtos diversos e itens de formatos variados que devem ser cortados, empilhados, embalados e dispostos em contêineres para transporte são apenas alguns fatores que influenciam diretamente na produtividade dessas empresas.
Por séculos, o talento humano vinha sendo a melhor resposta a todas estas questões. Mas a matemática pode ter respostas muito mais precisas. Foi pensando nesses problemas, e encontrando soluções para eles, que a equipe do professor Marcos Nereu Arenales, do Departamento de Matemática Aplicada e Estatística da USP de São Carlos, passou os últimos três anos.
Esses exemplos ilustram bem o significado da chamada pesquisa operacional, que consiste em um conjunto de teorias e técnicas para o uso racional de recursos limitados. Para lidar com a complexidade de tais problemas, os algoritmos que apresentam soluções exatas demorariam muito tempo para serem executados, demandando um tempo que seria inviável para as empresas.
Segundo ele, respostas para questões como essa devem vir das peculiaridades de cada setor e de cada empresa. Perde-se de um lado, ganha-se de outro.
Um funcionário da metalúrgica Brasmetal leu um artigo gerado pela pesquisa do grupo de Arenales na revista Pesquisa Operacional. O professor foi procurado pelo profissional que identificou no texto científico uma solução para problemas enfrentados pela empresa.
Geralmente não há como demandar soluções diretamente à universidade porque os prazos da indústria são muito mais curtos que os da academia. Como exemplo, Moura cita um cliente que o contratou para desenvolver um aplicativo para otimizar um empacotamento para transporte. "Quebramos a cabeça para desenvolver uma solução e, cerca de dois anos depois, o grupo do professor Arenales publicou um artigo sobre o assunto com informações que teriam poupado muito do nosso trabalho", contou.
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domingo, 22 de agosto de 2010
Série Especial - It's Music! (14): Bossa Nova em Belém do Pará
Fiquei imaginando qual trilha sonora iria embalar essa aventura e decidi fazer um resgate musical, com profundas ligações emocionais na minha infância, que começamos hoje e vamos terminar no próximo domingo.
Utilizando os recursos mais modernos disponíveis por acá, ativo o mp50 player quântico com um comando de pensamento!
Aproveitando a oportunidade e prá não dizer que não falei do nosso querido e saudoso poetinha, eis aí um ícone da música popular brasileira de altíssimo nível. Com vocês, Vinicius de Moraes e seu fiel escudeiro, Toquinho!
Ah, nada melhor do que ouvir essa música balançando em uma rede à beira mar...
Apesar de estar cercado de lindas musas paraenses, minha homenagem será feita com uma ode a todas as damas do Rio de Janeiro, na voz dos Cariocas
Para encerrar, a ode da musa eterna das praias cariocas, com Tom e Vinícius
sábado, 21 de agosto de 2010
Série Especial - Birinight Oil (16): O novo namoradinho do Brasil

sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Série Especial - O Outro Mundo (17): Copiar e Colar chega à programação de jogos e animações

O conceito fundamental do Projeto Salero é a criação de sistemas que permitam que conteúdos de áudio e vídeo sejam fácil e rapidamente reutilizados em várias cenas diferentes em um projeto, além da transferência e adaptação dos conteúdos entre diferentes projetos.
A ativação controla a intensidade da emoção, enquanto a avaliação controla o equilíbrio entre emoções positivas e emoções negativas - entre, digamos, um sorriso e um olhar severo.
Usando apenas estas duas variáveis, um animador é capaz de criar dezenas de expressões em uma fração do tempo que leva atualmente.
Embora se imagine rapidamente os jogos quando se fala da animação de personagens, os benefícios do novo ambiente de programação deverão alcançar igualmente os programas de treinamento profissional.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Treinar mentalmente uma tarefa é tão eficaz quanto executá-la manualmente
Dêem uma lida com atenção no post a seguir. Eu já faço algo semelhante há algum tempo e posso testemunhar a favor dos resultados.
Treinar mentalmente uma tarefa é tão eficaz quanto executá-la manualmente
A prática faz a perfeição, diz o ditado. Mas e a prática por meio da imaginação? Será o "treinamento imaginário" tão eficaz quanto o treinamento das habilidades manuais?
Sim, é. É o que demonstrou uma pesquisa feita na Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça.
Elisa Tartaglia e seus colegas demonstraram que o aprendizado perceptual - aprender pela exposição repetitiva a um estímulo - pode ocorrer por meio da imaginação e ser tão eficaz quanto trabalhar diretamente com a coisa real.
Os resultados, publicados na revista científica Current Biology, sugerem que pensar repetidamente sobre algo pode ser de fato tão bom quanto executar de fato a tarefa.
"Depois de treinados, os radiologistas são capazes de detectar anomalias nas imagens médicas que são extremamente difíceis de ver por pessoas não treinadas," explica Tartaglia.
"Os resultados do nosso estudo propõem que o treinamento por imagens mentais, ou seja, visualizar mentalmente repetidas vezes a anomalia que se quer detectar, seria suficiente para tornar alguém capaz de detectá-las de fato."
Em uma série de experimentos, os cientistas pediram aos voluntários para praticar na identificação de qual linha, a da direita ou da esquerda, dentre uma série de linhas paralelas, estava mais próxima da linha central. O desempenho de cada um foi registrado.
A seguir, eles passaram por uma etapa de treinamento, em que praticaram a tarefa repetidamente.
Numa segunda etapa, posterior aos exercícios de treinamento, esses participantes melhoraram seu desempenho significativamente.
Mas a melhoria também ocorreu com outro grupo de voluntários que, em vez de praticar com as linhas desenhadas, passou por uma etapa de treinamento durante a qual eles apenas imaginavam a proximidade das linhas com base em sons de diferentes frequências.
Este grupo também melhorou seu desempenho significativamente com mais treinamento, significando que o "treinamento imaginativo" é suficiente para o aprendizado perceptual.
Alguns especialistas questionam a relevância da mentalização das imagens nesse tipo de treinamento, que geralmente se considera ser controlado pelo processamento cerebral dos estímulos - sinapses que disparam em resposta a uma sensação física.
O que os pesquisadores suíços demonstraram é que o aprendizado perceptual também ocorre na falta de estimulação física, dispensando as conexões nervosas que se acreditava estar na base da fixação do aprendizado.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (16): Visão de Raios X

Claro que o título é apenas uma brincadeira remetendo a um dos mais famosos poderes do último filho de Krypton, mas não é que estamos chegando perto? Leiam o post a seguir e imaginem as aplicações variadas que poderão utilizar tal tecnologia, além do óbvio comportamento voyeur.
Físicos descobrem como enxergar através de materiais opacos
Materiais como papel, tinta ou tecidos biológicos são opacos porque a luz que passa através deles se espalha totalmente, seguindo caminhos complexos e aparentemente aleatórios.
Mas um experimento feito por físicos do instituto de pesquisas francês ESPCI, demonstrou que é possível focalizar a luz através de materiais opacos e detectar objetos que estiverem escondidos por trás deles - desde que você tenha informações suficientes sobre o material.
A fim de demonstrar a sua abordagem para caracterizar as propriedades ópticas das substâncias opacas, os pesquisadores começaram fazendo a luz passar através de uma camada de óxido de zinco, um componente comum das tintas brancas.
Ao estudar a forma como o feixe de luz variou ao encontrar o material, os pesquisadores foram capazes de construir um modelo numérico, chamado matriz de transmissão, que contém números (exatamente 65.536 números, no caso deste experimento) que descrevem a forma como a luz é afetada pela camada de óxido de zinco.
De posse da matriz de transmissão, é possível ajustar um feixe de luz para que ele tenha as características específicas necessárias para passar através da camada de óxido de zinco, concentrando-se novamente na forma de um feixe de luz no outro lado -como se o material fosse transparente.
Alternativamente, os físicos demonstraram ser possível medir a luz que emerge do material opaco, usando a matriz resultante para montar uma imagem dos objetos que estão por trás dele - uma imagem monocromática, por enquanto.
O experimento mostra que um material opaco poderia servir como um elemento óptico de alta qualidade, comparável a uma lente convencional, desde que se construa uma matriz de transmissão suficientemente detalhada.
Quando aplicada a materiais relativamente transparentes - como células vivas - a matriz de transmissão pode ser usada para gerar uma reconstrução tomográfica da amostra, criando uma imagem de seu interior.
Além de permitir espiar através de papel ou tinta, a técnica abre a possibilidade de que os materiais opacos sejam usados para criar elementos ópticos em dispositivos em nanoescala, em dimensões nas quais a construção de lentes transparentes é muito difícil ou mesmo inviável.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Série Especial - Conceitos & Idéias (02): O poder das escolhas
Hoje vamos falar sobre escolher, sobre a liberdade ou não que os indivíduos tem para decidir rumos, direções, caminhos, sonhos ou pesadelos, dentre outros. E os resultados obtidos com cada visão de mundo e de si mesmo.
A palestra rolou no evento TED 2010. Se você não sabe do que se trata, corra atrás e descubra, pois vale a pena abraçar a causa...
Antes de assistir, clique no link "view subtitles" e escolha "Portuguese (Brasil)".
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E aí? Vai prá lá ou vem prá cá? A escolha é sua...
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Série Especial - Brasil, o País do Presente (18): Desenhos-estórias ajudam crianças com fobia de dentista

Foram avaliadas 15 crianças e adolescentes com idades entre 7 e 14 anos, da cidade de São Paulo, encaminhadas à pesquisadora por dentistas que não conseguiam atendê-los devido à fobia que esses pacientes apresentavam.
Fátima explica que o Procedimento Desenhos-estórias é um instrumento criado na década de 1970 pelo professor Walter Trinca, do IP, usado para investigação clínica de personalidade.
Essa dinâmica possibilitou que, a partir da verbalização dos medos da criança, a psicanalista conduzisse a sessão psicoterapêutica de maneira que esses medos pudessem ser entendidos e, muitas vezes, minimizados e até superados.
Dos 15 pacientes que participaram do estudo, 14 conseguiram superar o medo e ser atendidos pelos dentistas. Outros três, além desses 15, abandonaram o tratamento antes do final da pesquisa. "O Procedimento Desenhos-estórias não é um tratamento mágico, que vai acabar com a fobia de uma hora para outra, mas vai ajudar a criança e o adolescente enfrentar o próprio medo", ressalta.
Segundo a pesquisadora, são várias as técnicas para atender as crianças e adolescentes com medo do dentista. Entre os procedimentos usados, estão a sedação inalatória com óxido nitroso; o ato de segurar a criança na cadeira; distrair o paciente com filmes, desenhos e fantoches; a técnica do condicionamento gradual; de relaxamento, entre outras.
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domingo, 15 de agosto de 2010
Série Especial - It's Music! (13): Johnny Mathis
Hoje, apresento aquele que considero o maior sucesso de JM: Evie!
E de quebra, a música Maria, outra que meu tio adorava e que eu passei a gostar também, principalmente pela sua interpretação - que se era distante da voz do JM, pelo menos era bastante afinada.
sábado, 14 de agosto de 2010
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Série Especial - O Outro Mundo (16): Pesquisadores fazem teletransporte virtual de objetos

Aproximando-se ainda mais do tradicional Holodeck, da série Jornada nas Estrelas, o sistema permite ter a sensação do tato ao tocar objetos virtuais e até mesmo sentir os movimentos de um parceiro de dança virtual.
"Os aspectos audiovisuais da realidade virtual avançaram muito nos últimos anos. Assim, acrescentar a sensação de toque é o próximo passo," diz Andreas Schweinberger, pesquisador da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha. "Sabemos que, quanto mais os sentidos puderem ser usados, mais interação e maior a sensação de presença. E uma forte sensação de presença significa que a experiência será mais envolvente e mais realística."
Schweinberger liderou uma equipe de nove universidades e institutos de pesquisa europeus no desenvolvimento da tecnologia necessária para tornar palpáveis os objetos e personagens da realidade virtual.
Os gamers têm, obviamente, muitos motivos para se entusiasmar com estas novas tecnologias, que prometem trazer uma nova dimensão de realismo aos ambientes de realidade virtual.
Muito além do entretenimento, contudo, existem muitas aplicações paras tecnologias háptica e de realidade virtual.
Temos aqui dois momentos importantes, além da tecnologia por si só: em primeiro lugar, a aplicação em diferentes áreas do conhecimento onde nós, designers, aparecemos em destaque. A segunda é justamente a interação humano-humano, por enquanto limitada a braços robóticos mas que caminha para uma espécie de "biofeedback" das interações virtuais.
Quando esse momento "papa-fina" chegar, além da explosão óbvia do cybersexo, teremos também uma revolução em todas as modalidades da interação humana e das experiências individuais, uma vez que poderemos sentir tudo o que o nosso avatar estiver experienciando.
Penso que minha experiência mais marcante será poder realizar meu sonho infanto-juvenil de voar. E imitar, em forma de homenagem, o saudoso Christopher Reeve...
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Sobre Internet e banda larga no Brasil
Selecionei esses textos abaixo, sobre um tema que nos é muito caro. Aproveitem sem moderação!
Internet é direito fundamental, mas brasileiros dizem poder viver sem ela
Quatro em cada cinco adultos no mundo consideram o acesso à internet um direito fundamental do ser humano, segundo uma pesquisa realizada em 26 países para o Serviço Mundial da BBC.
Das mais de 27 mil pessoas entrevistadas, 87% das que usam a rede mundial de computadores defenderam o direito de ter acesso a ela. Entre os não-usuários, 71% disseram que deveriam ter o mesmo direito.
O Brasil foi um dos países que mais defenderam esse ponto de vista, com 91% dos entrevistados concordando com o direito ao acesso à internet. A Coreia do Sul (com 96%), o México (com 94%) e a China (com 87%) também estão entre esses países.
A pesquisa foi realizada pelo instituto internacional GlobeScan para a série SuperPotência da BBC, que trouxe reportagens e análises explorando o poder da internet. Foram entrevistados 27.973 adultos de 26 países, entre novembro de 2009 e fevereiro de 2010. Dos que responderam às perguntas, 14.306 são usuários da internet.
A pesquisa mostrou ainda que a maioria dos usuários entrevistados vê como positivas as mudanças que a internet trouxe às suas vidas, principalmente o volume e a variedade de informações que ela oferece.
Para 90% dos entrevistados, a rede mundial de computadores é um "bom lugar para se aprender". E 78% sentem que a internet deu a eles mais liberdade. Pouco mais da metade (51%) disse gostar de navegar em sites de relacionamentos sociais, como o Facebook e o MySpace, mas apenas 30% afirmou que a rede é um bom lugar para se encontrar um namorado ou namorada.
O papel da internet como fonte de entretenimento, ferramenta para pesquisas e compra de produtos e serviços, e espaço para um debate criativo foi menos mencionado entre os aspectos mais valorizados da rede.
Muitos dos entrevistados também se mostraram cautelosos com a rede mundial de computadores. Cerca de um terço deles (32%) diz que as fraudes são o aspecto mais preocupante da internet. Outros 27% acreditam que o pior problema é o conteúdo violento e explícito presente em muitos sites.
Praticamente metade das pessoas que responderam à pesquisa (49%) acreditam que a internet não é um lugar seguro para elas expressarem suas opiniões. Na Alemanha, este número sobe para 72% dos entrevistados, acompanhado de 71% na França e 70% na Coreia do Sul.
A sondagem também mostrou que 53% dos entrevistados creem que a internet não deveria ser regulada pelos governos.
Apesar do entusiasmo geral com a ferramenta, a maioria (55%) disse que poderia viver sem a internet. Os usuários brasileiros de internet estão entre os que menos julgam a rede mundial de computadores essencial para suas vidas, segundo uma pesquisa realizada em 26 países para o Serviço Mundial da BBC.
A sondagem mostra que 71% dos entrevistados no Brasil dizem que poderiam viver sem a internet. À frente dos brasileiros, apenas os filipinos e paquistaneses concordaram com a mesma afirmação (79% dos entrevistados em ambos os países).
Já o México e o Japão são os que mais sofreriam com a falta da internet, de acordo com a pesquisa - apenas 14% dos mexicanos e 15% dos japoneses acreditam que poderiam viver sem acessar a rede. Entre todos os países participantes, uma média de 55% dos entrevistados têm a mesma opinião.
Ainda segundo a sondagem, 50% dos brasileiros acham que o aspecto mais valioso da internet é o acesso a todo tipo de informação. O segundo aspecto mais valorizado no Brasil é a possibilidade de comunicação com outras pessoas (opinião de 32% dos entrevistados).
Os brasileiros também estão entre os mais entusiasmados com as redes de relacionamento, como o Facebook e o Orkut, com 60% deles admitindo que gostam de dedicar seu tempo a elas. A média mundial para este tipo de atividade é de 51%.
Entre os entrevistados no Brasil, a maior preocupação em relação à internet é a possibilidade de se deparar com conteúdo violento e explícito.
Exclusão digital pode prejudicar economia brasileira
Com apenas um terço de sua população com acesso à internet e um índice de penetração de banda larga menor que o de países como Argentina, Chile e México, o Brasil corre o risco de ver seu crescimento econômico comprometido devido a este atraso, segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil.
De acordo com dados do IBGE, mais de 65% dos brasileiros com mais de dez anos de idade não acessa a rede mundial, sendo que a grande maioria destes (60%) não o faz por não saber como ou por não ter acesso a computadores.
O número de desconectados no Brasil é muito maior, por exemplo, que o da Coreia do Sul - onde quase 78% da população tem acesso à rede -, que de grande parte dos países da Europa Ocidental e até mesmo que o do Uruguai, onde cerca de 40% das pessoas acessa a internet.
A situação do acesso a conexões de banda larga, fundamentais para que se possa aproveitar todas as possibilidades multimídia da internet, ainda é mais grave. A União Internacional de Telecomunicações, agência da ONU para questões de comunicação e tecnologia, estima que apenas 5,26% dos brasileiros tenham acesso a conexões rápidas.
O número é bem inferior à penetração da banda larga na Argentina, que é de 7,99%, Chile, onde a penetração é de 8,49%, e México, onde este índice é de 7%. Com o objetivo de corrigir este déficit, o governo chegou a anunciar um Plano Nacional de Banda Larga, que pretende elevar a penetração das conexões rápidas no país para 45% até 2014. A implementação do programa, no entanto, deve ficar para o próximo governo.
Mas não é só no ranking de penetração de banda larga que o Brasil está atrás de países com estrutura e economia similares. Um estudo divulgado pela União Internacional de Telecomunicações no final de fevereiro coloca o Brasil atrás de Argentina, Uruguai, Chile e até Trinidad e Tobago em um ranking de desenvolvimento de Tecnologias de Informação e Comunicação, área conhecida pela sigla TIC.
Entre os motivos que levam o Brasil a registrar tal atraso estão problemas institucionais, de infraestrutura e as dimensões territoriais do país, que dificultam a instalação de uma grande rede de banda larga, por exemplo.
Especialistas ouvidos pela BBC Brasil, no entanto, apontam os altos custos de conexão como um dos principais entraves para que a maioria dos brasileiros tenha acesso à internet. "O Brasil tem os custos de conexão mais caros do planeta. Hoje, nosso maior problema de infraestrutura é o 'custo Brasil de telecomunicação' e, este é um dos grandes problemas para aumentar o uso da internet", diz o sociólogo Sérgio Amadeu, professor da Universidade Federal do ABC e ex-presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, órgão ligado à Casa Civil da Presidência da República.
De fato, a União Internacional de Telecomunicações aponta que Brasil está no grupo de países onde mais se paga para ter acesso a serviços como internet, telefone fixo e celular.
José Carlos Cavalcanti, professor do Departamento de Economia da Universidade Federal de Pernambuco e ex-secretário executivo de Tecnologia, Inovação e Ensino Superior do Estado, atribui os custos à elevada carga tributária e diz que pequenas variações no preço de acesso à internet poderiam já ter impacto na demanda.
"Para cada 1% de redução no preço de um computador ou na tarifa de internet, a demanda aumenta 0,5%. Já se houver um aumento de 1% na renda das pessoas, a demanda aumenta 0,5%", diz Cavalcanti, citando um estudo de 2006 conduzido por ele para a Microsoft.
É difícil mensurar o quanto o Brasil vem perdendo em termos de crescimento econômico e de empregos com este atraso. Dados da consultoria McKinsey&Company, no entanto, apontam que um aumento de 10% nas conexões de banda larga pode levar a um crescimento entre 0,1% e 1,4% no PIB de um país. Uma outra pesquisa, do Banco Mundial, indica que este crescimento pode ser de 1,38% em países subdesenvolvidos.
Segundo a pesquisa da McKinsey, este crescimento econômico se dá por cinco fatores: primeiro devido ao impacto direto do investimento na rede de banda larga, depois pelo efeito da melhoria na indústria, seguido por aumento nos investimentos estrangeiros diretos e na produtividade e por uma melhora no acesso da população a informações.
O mesmo estudo diz que se a penetração da banda larga na América Latina atingisse o mesmo nível da Europa Ocidental, 1,7 milhão de empregos poderiam ser criados na região.
Autor de estimativas mais cautelosas, Raul Katz, professor da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, afirma que se o Brasil superasse seu déficit de banda larga - que ele estima ser de 5 milhões de conexões - nosso PIB poderia ter um crescimento de 0,08 pontos percentuais.
Mas não é só crescimento do PIB que o Brasil perde com o fato de a maior parte de sua população ainda estar desconectada. Para Gilson Schwartz, coordenador do centro de pesquisas Cidade do Conhecimento, da Universidade de São Paulo, esta perda causada pela desconectividade se dá em três categorias distintas.
A primeira é a perda em termos de emprego e renda. Outra categoria, mais difícil de mensurar, é o que ele chama de 'PIB virtual', ou seja, toda a produção, negócios e os serviços que poderiam ser feitos completamente dentro da rede e que não são feitos devido aos altos níveis de desconexão.
Quando você não tem banda larga, desenvolvimento digital, você está tirando trabalho e lazer. Nesse sentido você pode dizer que o déficit provocado pelo atraso digital é ainda maior do que o de qualquer setor tradicional
Schwartz aponta ainda que as dificuldades de acesso à internet no Brasil trazem perdas em um "campo social, que mistura entretenimento, sexualidade, cidadania e identidade". "Quando você não tem banda larga, desenvolvimento digital, você está tirando trabalho e lazer. Nesse sentido você pode dizer que o déficit provocado pelo atraso digital é ainda maior do que o de qualquer setor tradicional", diz.
"Sem dúvida alguma, sociabilidade, sexualidade, amizade e alegria estão cada vez mais disponíveis nas novas mídias, e quem não está acessando isso está perdendo aquele outro PIB, o FIB - Felicidade Interna Bruta. Assim (com a exclusão digital), a gente perde no PIB, no PIB virtual e no FIB".
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Agora, queridos leitores, uma pausa para vossa reflexão.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (15): Inovação & o Sexto Sentido
Escolha a legenda em português na opção "subtitle" abaixo da janela do vídeo e divirta-se!
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Série Especial - Conceitos & Idéias (01): Estrutura das ficções interativas
Hoje abro espaço na programação para iniciar uma experiência acadêmica. Daqui por diante, todas as terças, teremos um post específico para uso dos meus alunos do Curso de Design do UniFOA - Centro Universitário de Volta Redonda. Será uma experiência de trabalho colaborativo, de uma estrutura de coletivo, que estamos implementando e que vai se desdobrar em diversas traquinagens.
Em tempos de livros digitais e de uma nova forma de pensar e viver a experiência da leitura, vale muito a pena conhecer este texto, de 2007, abordando as ficções interativas.
Estrutura das ficções interativas
Por Janos Biro
Bacharel em Filosofia, pós-graduando em Teologia e desenvolvedor independente de jogos
Ficções interativas são obras literárias onde o leitor pode interagir com a narrativa enquanto ela está acontecendo, o que faz com que o leitor também faça parte do processo de criação da ficção.
Há basicamente duas formas de tornar interativa uma narrativa. A mais tradicional é a narração oral interativa, onde o ouvinte interfere na estória enquanto a ouve, e o narrador é suscetível a alterar a narrativa em resposta à interferência do ouvinte.
A outra é a obra eletrônica, chamada de ‘jogo de texto’, que é um programa de computador onde o texto da narrativa será exibido, e ao mesmo tempo o leitor é convidado a digitar ‘comandos’ que interferem na narrativa, representando as ações da personagem principal.
Por isso, a ficção interativa é geralmente narrada na segunda pessoa. O texto dirá algo como ‘Você está diante de uma bifurcação. Para que lado você quer ir?’, e o leitor poderá digitar ‘esquerda’ ou ‘direita’. O programa processa o comando e responde com o texto apropriado, de acordo com a programação prévia do autor.
Uma ficção interativa tem diferenças estruturais em relação à ficção tradicional. A mais importante das diferenças estruturais é que as partes da ficção interativa não estão arranjadas em ordem linear, mas sim num padrão de rede, e o que define a conexão das partes são as escolhas do leitor.
Uma ficção interativa não pode ser reduzida a um simples encadeamento de dados, como um disco ou um livro. A ficção interativa tem duas ‘formas’: uma é inerte e a outra é ativa. A forma inerte é o código que contém sua programação. Esta é a forma com que é escrita pelo autor.
A forma ativa é a forma como ela é lida. Esta é totalmente diferente da forma inerte, pois grande parte de seu próprio conteúdo jamais aparece ao leitor. As regras que vão organizar o funcionamento da parte expressiva da obra permanecem ocultas na forma inerte, assim como o código de um software permanece oculto do usuário final.
O autor deve usar um raciocínio relacional ao escrever uma ficção interativa, pois cada elemento adicionado na forma ativa afeta o resultado final. O leitor que lê a forma inerte da obra não experimenta a obra, ele apenas conhece os elementos e as regras de funcionamento.
A leitura da parte inerte não é interativa, ou seja, o que o autor escreve diretamente não é a obra em si, mas as condições de possibilidade de uma obra, que só pode existir enquanto estiver sendo narrada ao leitor. Na verdade ele escreve uma base geradora de obras, e esta só fica realmente pronta quando o leitor interage com a forma ativa e completa a narrativa.
A forma ativa da estória pode ter tantas possibilidades que se torna impossível conhecer todas elas, mesmo para o autor. O leitor aprecia uma faceta da história. Uma faceta que, por ser direcionada por suas escolhas, não permite que ele fique passivo. O leitor adquire parte da responsabilidade pelos rumos que a estória toma, e por isso se confunde o autor.
A obra lida interativamente não pode ser reduzida a uma ordem linear de proposições, mas mesmo as proposições que estão sendo expressas pela forma ativa não podem ser interpretadas de maneira linear pelo leitor. Elas propõem desafios que exigem um raciocínio lateral por parte dele. O raciocínio do leitor, provocado pelo conflito da narrativa, é uma parte da ficção interativa.
O modo com que o leitor interage com a obra afeta a narrativa decisivamente, ao invés de apenas interpretativamente. Em uma ficção tradicional, o autor pode nos esconder informações que fazem parte da estória como ele a pensou, mas esta permanece uma realidade imutável. O autor pode até mesmo adicionar efeitos de neutralidade ao relato de um evento para que cada leitor faça seu próprio julgamento, mas este julgamento não afeta o curso da narrativa.
Numa ficção interativa, a maneira com que se desvela um mistério é muito mais dependente da intersubjetividade entre leitor e autor do que da mera interpretação do que o autor escreveu.
Por exemplo, num conto interativo ambientado num quarto é possível que o autor tenha determinado que existe uma bola embaixo da cama. O texto inicial poderá não dar indicação alguma disso, descrevendo apenas um quarto com uma cama.
O leitor só descobre a bola quando, ao imaginar que algo possa haver algo embaixo da cama, entra o comando ‘olhar embaixo da cama’ na linha de ‘input’ do programa. Se ele não pensou em entrar este comando, significa que a personagem não olhou embaixo da cama, e logo não viu a bola, assim a bola não existe nessa estória como ela é contada para esse leitor, embora sempre estivesse lá ‘em potência’.
Quando alguém resolve olhar embaixo de uma cama numa ficação interativa, esta ação é motivada pela mesma curiosidade que levaria alguém a fazer esta mesma ação no mundo real. O significado daquela ação será diferente para cada leitor, na medida em que seus motivos para escolher esta ação em particular são subjetivos. Isso adiciona complexidade à obra interativa, criando uma sensação de envolvimento maior entre leitor e obra.
Não apenas é uma narrativa ramificada, é o que chamaríamos de uma experiência de atividade, que é tão única quanto uma experiência real.
Numa ficção interativa o leitor precisa necessariamente estar envolvido na narrativa para que ela possa se desdobrar, pois ela não pode lida passivamente, sem que escolhas sejam feitas por parte do leitor. Quando há um desafio, o leitor precisa imaginar a situação descrita com o máximo de detalhes possível, e construir uma solução viável.
A narrativa, nesse sentido, não é dada ao leitor, ele deve procurá-la por tentativa e erro. Algumas escolhas podem levar a conseqüências indesejáveis, levando ao fim prematuro da narrativa, ou exigindo correção. Certos desafios podem exigir que o leitor resolva ‘puzzles’ de lógica e memória.
Embora a liberdade de se aprofundar na estória seja a mesma de uma ficção tradicional, a ficção interativa pode ser direcionada pelo autor. Isto ocorre porque a interação permite um diálogo com a obra. A interação depende da recepção, e provoca uma resposta da própria ficção. O autor pode então verificar a compreensão do leitor antes de passar para outra parte da estória, por meio de desafios que exigem uma resposta correta do leitor.
Dessa forma, o autor não apenas espera que o leitor experimente diferentes leituras, mas que desempenhe também o papel de co-autor da narração. Ele presta mais atenção, tanto aos detalhes quanto ao sentido da obra, quando participa ativamente da narração. Isso também garante à ficção interativa qualidades pedagógicas, que já são aplicadas em maior ou menor grau em livros didáticos e jogos educativos.
Outra característica da ficção interativa é a identificação com a personagem principal. Sem identificação o leitor não se sente inclinado a fazer uma escolha relevante, e sem sua escolha o processo de leitura se interrompe. Alguns leitores preferem escolher as ações da personagem com base no que eles fariam se estivessem no seu lugar.
Outros preferem não pensar como eles mesmos e interpretam a personagem seguindo sua descrição ou a imagem que eles criaram dela. A ficção interativa precisa da subjetividade do leitor para se fazer completa e adquirir sentido, e isso se torna mais evidente na criação da personagem. Independentemente de como o leitor prefere encarar suas escolhas numa ficção interativa, ele precisa se identificar com a questão que está tentando solucionar.
Numa ficção tradicional o raciocínio do leitor não é decisivo para o personagem, por isso a leitura não exige necessariamente esforço cognitivo. Por essa característica a psicologia tem usado de formas de ficção interativa, ou dramatização, para envolver indivíduos em situações imaginadas e analisar suas escolhas.
As características próprias das ficções interativas, além de trazerem uma nova e interessante categoria literária para ser explorada, podem ser usadas como ferramentas educacionais. O conceito já é conhecido e aplicado, embora não extensivamente. A ficção interativa adiciona um grau mais intenso de intersubjetividade à literatura e à comunicação textual, relacionando-se com a teoria da realidade virtual e do hipertexto. Espera-se que ela seja usada como uma forma mais ampla de transmitir idéias de forma não ostensiva.
Texto apresentado no III Colóquio de ficção e filosofia da UNB, em 2007.
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Ok, petizada, comecem a ruminar e preparem-se!
SEM LIMITES PARA ENSINAR / MOYA - ESCOLA DE AVENTURA
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