Quando comecei a explorar o Second Life, em 2006, fiquei espantado com o tamanho da coisa. Atualmente, qualquer mundo virtual ou de jogo pode ter dimensões épicas e tudo indica que continuarão crescendo, em tamanho e complexidade, graças às novas tecnologias, que não param de pulular diuturnamente.
Mas podemos ter também espaços físicos de jogos virtuais de tamanhos superiores ao que entendemos como padrão. O post a seguir é um ótimo exemplo disso e de suas aplicações menos óbvias, porém extremamente importantes.
Videogame gigante simula prevenção e tratamento de doenças epidêmicas
Um gigantesco videogame, com 270 metros quadrados, simula crises epidêmicas, baseadas em situações reais ou fictícias, onde mais de 40 jogadores podem interagir simultaneamente.
A experiência faz parte da exposição francesa Epidemik: O Impacto das Epidemias na Sociedade ao Longo dos Séculos. Os cenários propostos são gripe aviária em Cingapura, ataque biológico terrorista em Nova York, malária e aids na África e na Ásia e dengue no Rio de Janeiro - este especialmente desenvolvido para o Brasil, com conteúdo e iconografia preparados por técnicos e cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A Epidemik original, montada em 2009 no museu de La Cité des Sciences e de l'Industrie de la Villette, na capital francesa, recebeu até hoje mais de 300 mil visitantes, em sua maioria estudantes. Desenvolvido pela empresa Stratosphère, o jogo começa quando o visitante da exposição pisa no tabuleiro e recebe uma aura colorida individual projetada no chão, que o acompanha por toda a simulação.
A luz colorida muda à medida que o jogador adota precauções ou providências para o tratamento do seu estado de saúde, sempre orientado por informações projetadas numa tela gigante. Vinte monitores auxiliarão os participantes durante o jogo, que também é acessível a cadeirantes.
Totalmente gratuita, a exposição é dirigida à população em geral, principalmente aos jovens estudantes.
"A Epidemik fez parte do Ano da França no Brasil e é a primeira vez que é apresentada fora da França", disse a coordenadora executiva da exposição, Cristina Moscardi, da empresa Sanofi-Aventis, maior indústria farmacêutica europeia e parceira da Fiocruz na iniciativa. "É importante destacar que a exposição no Rio ocorreu simultaneamente à que está montada no La Cité, e que, além da dengue, outra novidade brasileira foi o filme sobre o centenário da descoberta do mal de Chagas, também exibido na exposição".
A antropóloga Gisele Capel, da Fiocruz e curadora da Epidemik, enfatiza outro aspecto: "Conseguimos montar no Brasil uma exposição multimídia de alta tecnologia, que vai capacitar técnicos brasileiros no que existe de mais avançado no mundo. As equipes francesas e brasileiras envolvidas estão numa cooperação efetiva, raramente vista em casos semelhantes".
A Epidemik ocupou uma área de mais de 1.200 metros quadrados, dividida em dois blocos, com pé direito de 6 metros. O primeiro bloco abordou a história milenar dos homens e das epidemias e faz uma retrospectiva do tema desde o período Neolítico, passando pela Antiguidade, a Idade Média e a Revolução Industrial, até os dias atuais.
A proposta foi discutir as condições que favoreceram o surgimento das epidemias, os meios que foram utilizados para combatê-las e o impacto que tiveram sobre a vida das populações. Obras de artistas franceses servem de fio condutor para traçar uma linha do tempo e situar as diferentes epidemias ao longo dos séculos.
Obras brasileiras do acervo da Biblioteca Nacional, do Museu do Exército, da Fiocruz e do Instituto Butantan destacam momentos marcantes da história das epidemias no país. O videogame coletivo foi o destaque do segundo bloco.
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