Enquanto não construímos o nosso, vamos utilizando o da Europa e mandando ver nas pesquisas científicas!
O conjunto de computadores (cluster) Sprace, da Unesp (Universidade Estadual Paulista), apresentou a melhor qualidade de serviços de processamento prestados ao acelerador de partículas LHC (sigla em inglês para "Grande Colisor de Hádrons").
O cluster brasileiro congrega 6.000 CPUs, 200 terabytes de armazenamento e conta com um link de fibra óptica de 10 gigabits - é a rede mais rápida do Brasil. Mantido pela Comunidade Europeia, o LHC recebe suporte computacional de 161 clusters espalhados por vários países. Foi a avaliação técnica mensal desses grupos, referente ao mês de abril de 2010, que colocou o brasileiro em primeiro lugar em confiabilidade e disponibilidade de serviço.
"Ficamos à frente de instituições como o Caltech [Instituto de Tecnologia da Califórnia], o MIT [Instituto de Tecnologia de Massachusetts], o Centro de Computação de San Diego, que é o maior do mundo, e o cluster de Nebraska, que está entre os melhores e nos auxiliou na instalação do nosso sistema", disse Sérgio Ferraz Novaes, professor do Instituto de Física no campus da Barra Funda, em São Paulo, onde está instalado o Sprace.
A fim de processar a enorme quantidade de informações produzidas a partir dos experimentos realizados no LHC, o maior instrumento científico já construído pelo homem, foi formado o WLCG (Worldwide LHC Computing Grid, ou Grade Mundial LHC de Computação), que congrega recursos computacionais de centenas de laboratórios de pesquisa ao redor do mundo.
O WLCG dispõe de uma estrutura de processamento hierárquico, sendo dividido em camadas denominadas tiers. O centro de processamento principal é o tier 0, que fica nas instalações do Cern. A ele estão conectados 11 centros nacionais que formam a camada tier 1. Esses centros estão localizados em países como Canadá, França, Alemanha, Holanda, Reino Unido e nos Estados Unidos, onde há dois deles.
Na terceira camada estão 160 centros de processamento regionais da classe tier 2, entre eles o Sprace, que está submetido ao tier 1 localizado no Fermilab, nos Estados Unidos. A cada tier 2 ainda podem se conectar grupos de pesquisadores que formam centros da classe tier 3.
Desde 2005 o Sprace faz parte do Open Science Grid (OSG), que coordena as ações da rede científica norte-americana. Ao lado do projeto europeu Enabling Grids for E-Science in Europe (EGEE), o OSG é membro do WLCG. Para um grupo participar do WLCG no nível tier 2 é necessário contar com alta capacidade de processamento que contemple os trabalhos da colaboração. Além disso, é exigida uma infraestrutura de rede capaz de transferir um grande volume de dados e de manter esses serviços disponíveis em, pelo menos, 95% do tempo para receber tarefas dos experimentos. "Por isso, a avaliação não é somente da qualidade do processamento, mas também da quantidade de dados processada, o que depende da capacidade de transporte da rede", explicou Novaes.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Série Especial - Brasil, o País do Presente (59): Brasil fica em primeiro lugar nos serviços ao LHC
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