quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (32): Retratos do passado, presente e futuro na Internet

Hoje, mais uma série especial encerra seus posts de 2010.  Como vocês já sabem, "O Mundo do Futuro, hoje" e "Brasil, o País do Presente" são os carros chefes desse blog e possuem um lugarzinho especialíssimo aqui no meu coração.

Dada a quantidade de coisas fantásticas que pipocam todo o tempo, estou estudando a possibilidade da série ser publicada, no ano vindouro, pelo menos duas vezes por semana, ao lado das novas atrações que estão sendo preparadas.

Este último post é para reflexão, pois essa prática, que envolve várias tecnologias, poderá se conectar a diversas outras e gerar um conceito de "vida paralela", no âmbito virtual, tão forte e interativa quanto a vida física, aquela que chamamos de real.



Empresas juntam informações espalhadas pela internet para fazer retratos do passado, presente e futuro
A internet é um sem-fim de informação. Agora, diversas empresas resolveram juntar todos os dados espalhados por aí para traçar panoramas, em forma de gráfico, do passado, do presente e até do futuro.

Pessoas gostam de falar sobre seus sentimentos, então não é tão difícil assim imaginar um mapa da emoção do mundo inteiro. Em 2006, o designer Jonathan Harris criou o We Feel Fine, uma ferramenta que rastreava milhares de blogs em que o autor, em seus textos, declarasse o que estava sentindo no momento. Agora, com um banco de dados de mais de 12 milhões de emoções, ele lançou um livro onde tenta mostrar quais lugares, dias, eventos e climas fazem as pessoas mais felizes.

São idéias não são tão surpreendentes – mulheres têm mais palavras para expressar emoções e idosos costumam demonstrar menos raiva, por exemplo – mas ilustrado com mapas e gráficos incrivelmente detalhados e inovadores.  No mês passado, o cientista da computação Alan Mislove fez algo parecido, mas no Twitter. Rastreou todos os posts públicos entre setembro de 2006 e agosto de 2009 e criou mapas animados que mostram a evolução da alegria dos americanos ao longo de um dia. O resultado está aqui.

No ano passado, cientistas do Google publicaram uma pesquisa em que demonstravam que era possível detectar epidemias apenas analisando as buscas que as pessoas fazem na internet. Faz sentido: quem está doente quer saber mais sobre o que está sentindo e, como em todas as outras questões, procura na rede. Agora, o Google tenta ajudar médicos e população divulgando os dados relacionados à gripe no site Flu Trends (que não analisa as tendências do Fluminense, apesar do nome...) Ele analisa as buscas por palavras relacionadas a gripe e monta gráficos que indicam a severidade da epidemia. Ao menos de acordo com as buscas do Google, o inverno de 2010 está especialmente tranqüilo e saudável.

Bernardo Huberman, da HP Labs, um dos pesquisadores mais legais de redes sociais, analisou milhões de tweets em busca de comentários sobre filmes. Com base nisso, conseguiu prever com precisão o sucesso ou fracasso dos filmes (veja aqui), melhor até do que o Hollywood Stock Exchange, simulação de bolsa de valores feita para prever os resultados de Hollywood. Mostrou também que essa previsão pode ajudar a refinar o lançamento do filme: baseado nas primeiras reações, você pode mudar a estratégia de venda.

O Recorded Futures busca informações sobre qualquer lugar, empresa ou pessoa e tenta analisar tendências que permitam prever o futuro. Funciona de modo tão surpreendente que o próprio Google se tornou um dos investidores por trás da iniciativa.

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Agora, queridos designers, lanço uma proposta, um desafio: que tal criarmos algo do tipo para avaliar o impacto ou a necessidade de projetos de Design no Brasil?  Ficaria muito mais fácil propormos soluções/inovações se soubessemos exatamente aquilo que as pessoas desejam/necessitam.

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