sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Série Especial - INOVA (15): Facebook e o emprego


Dando continuidade ao papo que iniciamos ontem, vamos falar mais um pouquinho das redes sociais. Aqui no Brasil, o Orkut ainda ocupa um lugar de destaque no âmbito das redes sociais, mas do outro lado da fronteira é o Facebook quem está fazendo fuzarca.

INOVA apresenta hoje para vocês, algumas informações valiosas sobre o uso dessa rede social.




Facebook também é lugar de fazer dinheiro
A americana nascida em Hong Kong Clara Shih já foi apontada como uma das mulheres mais influentes da indústria da internet - mais especificamente no setor de redes sociais. A fama se deve principalmente ao fato de ela ter criado o Faceconnector, primeiro aplicativo do Facebook voltado para negócios.

Outro trunfo foi o livro The Facebook Era (inédito no Brasil), em que ela antecipou que o site se tornaria um sucesso mundial também entre as companhias. "As empresas passaram a acreditar na grandeza e no poder da rede depois que entenderam como é fácil, para os usuários, gastar tempo e dinheiro ali", explicou Clara antes de embarcar para o Brasil para participar da Digital Age 2.0, conferência sobre comunicação e marketing on-line, em São Paulo.

Na conversa a seguir, ela fala sobre empresas que já utilizam o Facebook com sucesso e arrisca nova previsão sobre a rede: ela vai pegar no Brasil.

Qual a importância do Facebook para os negócios?
O Facebook ocupa hoje o lugar que a internet ocupou nos negócios há alguns anos, colhendo opiniões das pessoas. Ele é um importante canal, em constante crescimento, entre as empresas e seus consumidores.

Quais empresas têm usado a rede social da melhor forma?
As novas empresas nos Estados Unidos têm apostado no Facebook e 75% dos investimentos em mídias sociais estão acontecendo no intuito de popularizar uma marca nesse ambiente. Então, temos visto muito investimento. Com relação aos cases de sucesso, acredito que as livrarias e o Dunkin' Donuts são ótimos exemplos: eles usam o Facebook de uma forma criativa para se conectar com seus clientes, através de páginas na rede social, ferramentas que integram seus sites e aplicativos.

Por que as empresas acreditam no poder do Facebook?
As empresas passaram a acreditar na grandeza e no poder da rede depois que entenderam como é fácil, para os usuários, gastar tempo e dinheiro ali. As companhias estão aprendendo a trabalhar nesse ambiente e também a conhecer o que não funciona na indústria.

O site pode mudar o marketing on-line no futuro?
Sim, por duas razões. Primeiro porque as pessoas na rede estão compartilhando informações sobre elas mesmas. Segundo porque, nesse mesmo ambiente, as companhias conseguem trabalhar formas de publicidade voltadas a públicos bastante específicos.

Por exemplo: se você deseja fazer propaganda de futebol, é possível encontrar na rede quem ame futebol, graças às informações contidas no perfil de cada usuário. Com esse dado em mãos, as companhias conseguem exibir uma campanha para determinado grupo de potenciais clientes de forma direta.

O Facebook alcançou 500 milhões de usuários no mundo. Qual o segredo da rede social?
É realmente incrível. No início, a rede era focada não só em criar novos cadastros, mas também em segurar seus usuários. Isso criou um ambiente confiável, onde as pessoas se sentem confortáveis em compartilhar suas informações pessoais. Elas compartilham muitas fotos, eventos e festas de aniversário, aplicativos de games. Isso valoriza a ferramenta e incentiva outros usuários a entrarem na rede. O tempo que as pessoas passam conectadas e os conteúdos que elas compartilham fazem do Facebook um ator tão importante hoje.

Existe hoje um amplo debate sobre privacidade na internet - e o Facebook foi bastante criticado por expor informações de usuários. Como a senhora vê a questão?
Questões relacionadas a privacidade são de grande interesse para os usuários do Facebook. A rede permite, por meio do perfil, que compartilhemos informações pessoais de muitas maneiras, ao contrário do que acontecia antes na internet e em outras redes sociais. O Facebook tem definido novas normas de privacidade, mas algumas vezes eu encontro pessoas que realmente se sentem pouco confortáveis em dividir muitas informações pessoais.

O Facebook tem gasto muito tempo e dinheiro para garantir que seus recursos de controle de privacidade sejam de fácil entendimento para todos. Espero que as pessoas cadastradas possam decidir por elas mesmas o que querem compartilhar e com quem.

O Facebook ainda possui uma presença tímida no Brasil - estima-se que haja menos de 5 milhões de usuários por aqui. Por que a rede social mais popular do mundo não faz sucesso no país?
O Facebook ainda está começando a explorar o mercado no Brasil. E o Orkut chegou primeiro no país. Os últimos números mostram que o Facebook está crescendo. Eu suspeito que os brasileiros queiram se conectar não só com outros brasileiros, mas também com pessoas de todo o mundo.

Como a senhora se sente por ter sido apontada como uma das mulheres mais influentes da indústria de tecnologia?
É uma honra. Há alguns anos, quando desenvolvi o Faceconnector e comecei a escrever meu livro, algumas pessoas achavam que eu estava louca.


Facebook é o terceiro maior site de vídeos on-line dos EUA
O número de americanos que assistem vídeos na internet subiu de 177 milhões, em junho, para 178 milhões, em julho, segundo um novo relatório da comScore. O Google, dono do YouTube, continua liderando o ranking com mais de 143 milhões de usuários únicos por mês, seguido por Yahoo! e, surpreendentemente, pelo Facebook.

De acordo com a pesquisa, a rede social subiu uma posição e alcançou o terceiro lugar entre os destinos mais populares para se assistir vídeos na web. Para a comScore, cerca de 47 milhões de pessoas acessam o Facebook com essa finalidade.

O relatório também mostra que o mercado publicitário tem apostado forte no segmento. Cerca de 3.6 bilhões de propagandas foram assistidas na internet em julho, segundo o levantamento do instituto de pesquisa.

O Facebook, cuja base supera os 500 milhões de usuários, apareceu na frente de importantes empresas de entretenimento, tradicionais do setor de vídeos, como Fox Interactive Media e Disney Online.


Google aposta em estratégia social para derrubar Facebook
O Google continua investindo em novas companhias no intuito de fortificar a sua estratégia social na futura luta contra o Facebook. Nesta segunda-feira, o blog TechCrunch divulgou a notícia de que o gigante de buscas comprou a Jambool, uma plataforma de pagamento digital usada por desenvolvedores de jogos na criação de sistemas personalizados de moeda.

Segundo o site, que preferiu não citar suas fontes, o Google pagou pela Jambool cerca de 70 milhões de dólares.

A plataforma da empresa permite que sistemas de pagamento sejam desenvolvidos dentro de um universo virtual, tal como ocorre em um game. O produto da empresa, chamado Social Gold, foi criado por Vikas Gupta e Reza Hussein, veteranos da Amazon. Procurado pelo blog e pelo periódico econômico Wall Street Journal, o Google não comentou o caso.

Estratégia - Na semana passada, a empresa adquiriu a Slide, uma corporação focada em jogos sociais. A empresa, fundada pelo co-fundador do PayPal, Maz Levchin, custou cerca de 182 milhões de dólares.

"Conforme a equipe da Slide se incorpora ao Google, investiremos ainda mais para melhorar os serviços sociais da empresa e ampliar essas capacidades para nossos usuários na rede", disse o diretor de engenharia do Google, David Glazer, no blog da companhia.

Ainda de acordo com o TechCrunch, a empresa americana investiu 100 milhões de dólares na Zynga, companhia de games sociais responsável pelos fenômenos FarmVille e Mafia Wars. Segundo o site, a estratégia da empresa é lançar uma plataforma chamada Google Games até o final deste ano.

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Bem, os designers que assistiram a palestra do Alexander "Shamou" Costa, na última sexta feira, devem estar se lembrando do que eu falei, pois não?

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