quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Nanoarte

Recebi essa notícia, que transcrevo na íntegra. É uma excelente área que se abre tanto para artistas quanto para os designers, dentre outras profissões.

Projeto Nanoarte transforma a nanotecnologia em arte



Pesquisadores da USP lançaram o projeto Nanoarte, uma iniciativa que documenta nanopartículas e nanoestruturas em vídeos e fotos, mostrando ao público as formações com dimensões nanométricas construídas a partir de materiais cerâmicos.

"A ideia é popularizar o que chamamos de nanomundo dos materiais e estimular a curiosidade científica por meio de belas imagens obtidas em microscópio eletrônico de altíssima resolução", descreve o professor Antonio Carlos Hernandes, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP. O projeto está disponibilizando quatro vídeos no site Youtube, cada um com uma duração média de dois minutos que resultam de uma edição feita dos três DVDs produzidos pelo projeto.

"Cada um dos DVDs possui três vídeos de cinco minutos", conta Hernandes. Atualmente, os vídeos são exibidos a alunos do ensino público fundamental e médio que visitam o IFSC. "Além de terem acesso às fotos e vídeos, posteriormente enviamos a eles os links", conta o professor. Além disso, ele lembra que os DVDs também são enviados às unidades escolares da região.

As exposições de fotos começaram no ano passado. Em alguns centros culturais da região, os pesquisadores expuseram as fotos em reproduções com tamanho de 40 centímetros (cm) por 50 cm. "Durante as exposições, um pesquisador atua como monitor, explicando os princípios da nanotecnologia", conta Hernandes. O primeiro vídeo foi produzido em agosto de 2008 e segundo o professor Hernandes, ainda não há no projeto um objetivo didático, mas as produções mostram essa possibilidade.

As imagens são obtidas, inicialmente em preto e branco, com a utilização de um microscópio de altíssima resolução - com aumentos de 50 a 60 mil vezes. Aos poucos elas são catalogadas e selecionadas e depois são coloridas em um programa específico de computador e, posteriormente, é definida a trilha sonora. "É um trabalho artístico em equipe e o resultado final é prazeroso e motivador", descreve Hernandes.

As fotos são obtidas de alguns óxidos produzidos na forma de pó, com dimensões nanométricas. "Esses materiais são usados em nossas pesquisas na fabricação de sensores e em dispositivos para a geração de luz branca", descreve o professor. Os pesquisadores selecionam as fotos que tenham alguma associação com imagens comuns do cotidiano para serem produzidas. A arte e a animação dos vídeos, bem como a inserção de cores e da trilha sonora, são feitas pelo técnico em microscopia eletrônica, Rorivaldo de Camargo, e pelo mestrando Ricardo L.Tranquilin, ambos do CMDMC (Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos).

A iniciativa do projeto Nanoarte foi do professor Elson Longo, do Instituto de Química da Unesp.
O CMDMC e o INCTMN (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Materiais em Nanotecnologia) são formados por grupos de pesquisadores da UNESP/Araraquara, UFSCar, USP e IPEN. As duas entidades estão sediadas no Instituto de Química da UNESP de Araraquara.

Os DVDs do projeto Nanoarte estão disponíveis aos interessados e podem ser adquiridos gratuitamente. Os pedidos devem ser feitos pelos e-mails do professor Hernandes (hernandes@ifsc.usp.br) e Elson Longo (elson@iq.unesp.br).

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