segunda-feira, 26 de abril de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (09): Laboratório de bioetanol de segunda geração é inaugurado em Campinas


Mais uma notícia alvissareira, que alavanca inúmeras áreas e traz dividendos para o nosso país, que não pode ficar só de bolsa-esmolas e quetais.

Laboratório de bioetanol de segunda geração é inaugurado em Campinas
Foi inaugurado no Polo II de Alta Tecnologia, em Campinas, o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE). O novo laboratório trabalhará focado na pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) do ciclo cana-de-açúcar/etanol para a produção, em larga escala, do chamado álcool de 2ª geração ou etanol celulósico.
Com a nova unidade, o Brasil entrará definitivamente na corrida mundial em busca do etanol de celulose, considerado o combustível do futuro. Patrocinado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), o empreendimento conta com recursos iniciais de R$ 69 milhões e será coordenado pelo professor Marco Aurélio Pinheiro Lima, do Departamento de Eletrônica Quântica do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) da Unicamp.

A missão do CTBE será desenvolver um pacote tecnológico que não apenas seja capaz de extrair o combustível da biomassa de cana-de-açúcar, mas que também seja viável economicamente.
O Centro quer criar um ambiente industrial de pesquisa, um ambiente que possa trazer processos de sucesso da universidade para uma escala intermediária entre o laboratório e a indústria.

A criação do CTBE surgiu a partir de estudo iniciado em 2005 a pedido do MCT e coordenado por Rogério Cezar Cerqueira Leite, professor emérito da Unicamp e pesquisador do Núcleo de Planejamento Energético da Unicamp (Nipe). O trabalho detectou os gargalos em um cenário que projeta o país para fornecer, em 2025, etanol para substituir 10% da gasolina utilizada no mundo.

O CTBE desenvolverá, ainda de acordo com ele, tecnologia eficiente e sustentável de conversão da biomassa da cana-de-açúcar em energia química renovável. Para isso, contará com uma ampla infraestrutura de pesquisa e desenvolvimento (P&D), com destaque para a Planta Piloto para Desenvolvimento de Processos (PPDP), que permitirá o escalonamento de tecnologias relacionadas à produção de etanol a partir do bagaço de cana.
Com a criação deste novo laboratório nacional com foco no ciclo cana-de-açúcar/etanol, o MCT decidiu reestruturar o campus de pesquisa, situado ao lado da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), criando o Centro Nacional de Pesquisa em Energia de Materiais (CNPEM), que passa a abrigar, além do CTBE, o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) e o Laboratório de Nanotecnologia Cesar Lattes.
O CTBE conta com a parceria científica do LNLS e do LNBio. O LNLS é pioneiro no Hemisfério Sul e único na América Latina a possuir uma Fonte de Luz Síncrotron, tecnologia que permite conhecer a estrutura tridimensional e química da matéria.
Já o LNBio atua no desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação em biociências. Na interação com o CTBE, desenvolve pesquisas avançadas em estrutura e função de biomoléculas, como as enzimas necessárias ao processo de produção de etanol de 2ª geração.

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Como vocês podem perceber, o nível de investimentos é muito pequeno em relação aos benefícios obtidos. Se tivermos centros de pesquisas similares em várias regiões do país, imaginem só o que passaremos a fazer por aqui...

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