domingo, 22 de novembro de 2009

Empresas passam a usar redes sociais de forma estratégica

Como já era de se esperar - inclusive pelo advento da Tv Digital nos próximos anos - algumas empresas começam a enxergar com melhores olhos a criação e uso de redes sociais, através de estratégias que impulsionem suas ações de marketing e vendas.

Por enquanto essa "visão oficial" ainda é tímida, mas o poder das redes sociais já é conhecido e vem sendo analisado para que possa se tornar um poderoso canal de comunicação com funcionários, clientes e consumidores. Certamente vai ser mais barato do que gastar milhões com agências de publicidade para criar peças que poderiam ser geradas por 20% do custo.

Vamos falar de números: de acordo com a consultoria Ibope Nielsen Online, o Facebook, maior comunidade de relacionamento online do mundo, chegou a 300 milhões de usuários, dobrando de tamanho no Brasil nos últimos cinco meses (5,3 milhões de integrantes). Já nos Estados Unidos, as redes sociais entraram definitivamente no circuito das companhias. Estudo da consultoria Deloitte no país apontou que 30% dos executivos ouvidos as consideram parte da estratégia de suas companhias. E para um número quase igual de organizações, as redes sociais são usadas como ferramenta de construção de marca.

É claro que no Brasil predominam ainda as políticas restritivas quanto ao uso do Twitter ou do Facebook, pois a maioria das empresas acredita que as redes sociais contribuem para a queda de produtividade dos funcionários. Como eu sempre digo e repito: quem acredita, não sabe.

Deixando os bugres tosqueiros de lado, destaco que a jogada certa nesse caso seria transformar esse contato com as redes sociais em importantes ações de marketing e, consequentemente, de vendas. Cito o caso da Intel, que desde 2005 resolveu apostar em mídias sociais e teve como estratégia de maior repercussão no mercado a criação do espaço Blog Brasil Digital, onde gerentes da subsidiária brasileira compartilham com o público, por meio de artigos, opiniões e ideias sobre diversos assuntos ligados à tecnologia como computação sem fio, desafios e oportunidades de TI no Brasil.

Outro bom exemplo foi o Yahoo Answers, canal que permite aos usuários do processador Intel tirar suas dúvidas, que foi lançado em 2009, reforçando a campanha de divulgação da marca e dos produtos da fabricante. Outro canal utilizado foi o Twitter, onde a companhia fez diversas ações para seus seguidores.

Para chutar o pau da barraca, vou citar também a Dell, que enxergou longe a possibilidade de ganhar dinheiro com as redes sociais e faturou cerca de 3 milhões de dólares com vendas de PCs e notebooks impulsionadas pelo Twitter.

Enquanto isso, nas masmorras deste Brasil afora, os professores e alunos ainda são privados de implementar ações mais interessantes e estimulantes que exigiriam o uso dessas ferramentas. É como o lamentável caso de um curso de Jogos Digitais que proíbe os alunos de acessarem sites de games ou de machinimas, que poderiam enriquecer absurdamente o conteúdo das aulas. Com isso, aumenta-se a evasão e os que ficam reclamam com toda a razão. Mas enfim, o Renascimento não se fez da noite para o dia. Tenhamos paciência e continuemos a caminhada.

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