segunda-feira, 16 de novembro de 2009

China proíbe castigo físico para viciados em Internet

Parece até brincadeira, mas o negócio é muito sério. O Ministério da Saúde da China proibiu o uso de castigos físicos para curar o vício da Internet em adolescentes, meses depois que um garoto foi espancado até a morte em um acampamento de reabilitação.

Isso me lembra um filme americano sobre esses campos, dirigidos por lunáticos que empregam "táticas militares" (leia-se bordoadas e tratamento humilhante) para disciplinar indivíduos desajustados socialmente. E a preços nada módicos...

O fato é que pais chineses buscaram ajuda de mais de 200 organizações locais que oferecem tratamento para "enfermidades", conforme aumentam os alertas do governo sobre hábitos poucos saudáveis da juventude de navegar pela Internet. Num país sufocado por uma ditadura comunista, não é de surpreender que a juventude use a navegação na rede como válvula de escape e os excessos são plenamente compreensíveis.

Nessas "masmorras de reabilitação", os pacientes são obrigados a substituir horas diante do computador por exercícios físicos árduos ou mesmo "tratamentos" mais extremos. Mas a morte do jovem Deng Senshan, de 15 anos, em agosto, provocou tumulto na mídia, que aumentou ainda mais depois que outro adolescente, Pu Liang, foi levado ao hospital com água nos pulmões e deficiência renal depois de um ataque similar na província de Sichuan. As mortes e o clamor popular atrapalharam os "negócios" e fizeram com que o governo abolisse o termo "viciado em Internet", que vinha sendo amplamente utilizado em documentos antigos do ministério.

Mas o bizarro não pára por aí. Em julho deste ano, o governo chinês proibira a terapia com eletrochoque para tratar o vício da Internet, depois de relatos da mídia sobre um psiquiatra polêmico que administrou correntes elétricas em cerca de 3.000 adolescentes.

O que realmente me enoja é que a China esteja se tornando um grande ator no cenário internacional, tendo políticas internas ainda piores do que aquelas que foram implementadas aqui no Brasil pelos imbecis do regime militar. Mas enfim, a Natureza não dá saltos e a humanidade muito menos. Felizmente, do lado de cá, essas práticas são inimagináveis e a Internet tem sido usada para beneficiar uma vasta gama de pessoas.

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