quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Uma introdução antropológica ao You Tube



Um estudo recente, do professor Mike Wesh, da Universidade de Kansas (EUA), deixou-me perplexo: O YouTube consegue, em apenas seis meses, superar a quantidade de horas de vídeo produzidas pelas três maiores emissoras de TV dos EUA (ABC, NBC e CBS) durante SESSENTA ANOS! A conta é a seguinte: se pensarmos numa grade diária ininterrupta, das três emissoras, teríamos cerca de 1,5 milhão de horas. Por dia, segundo Wesh, o You Tube recebe 9.232 horas de produção de vídeo, o resto é matemática.

Desta produção diária, 88% é de conteúdo original e a faixa etária com maior participação oscila entre 18 e 34 anos, responsável por 50% do total. A outra metade seria dividida igualmente por jovens entre 12 e 17 anos (25%) e adultos acima dos 35 anos (25%). O professor coordena o grupo Digital Etnography, que pesquisa a utilização e o impacto do You Tube no dia a dia das pessoas, e afirma que a ferramenta vem provocando grandes mudanças de comportamento.

Por sincronicidade, nesta semana eu conversava com meus alunos de Design Gráfico e apontava justamente a importância do uso de ferramentas da Web 2.0 para disseminação de conhecimentos e conteúdos, como blogs, podcasts e videocasts. Avisei, inclusive, que em todas as disciplinas terão como parte da avaliação a criação e postagem em blog e a produção de um videocast em machinima igual ao "Martelo". Alguns ficaram meio espantados, mas acho que depois que eles começarem a fazer não vão querer parar tão cedo...

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