segunda-feira, 30 de março de 2009

Robô didático

No ano passado, durante o Congresso Second Life e Web 2.0 na Educação - Capítulo Rio de Janeiro, onde apresentamos para docentes de diversas partes do país o uso de diversas ferramentas digitais (dentre elas, óbvio, o SL), tivemos uma pessoa no auditório que se levantou e perguntou-nos como ficava a questão da merenda escolar. Claro que nada de objetivo foi respondido, pois ali não era o fórum adequado para tratar do assunto.

Hoje, depois das postagens iniciais referentes à conferência deste final de semana que passou (e que ainda vão continuar por mais alguns dias ou semanas, de acordo com a minha produção de resumos - e a de outros blogueiros), achei esta notícia e resolvi postar na íntegra, para que todos possam conhecer novas iniciativas do uso da tecnologia na sala de aula. Ainda não resolve o problema da merenda, mas é um avanço em outras questões igualmente importantes.

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Uma escola do interior do Estado de São Paulo começou a testar um robô que ajuda professores e estudantes em aulas expositivas. Chamado de B-Del (Base Didática Eletrônica), o aparato é, na verdade, um centro multimídia com DVD, caixa de som, internet sem fio, microfone e projetor.

A nova ferramenta está sendo usada primeiramente na Escola Municipal Maria Celina Walter de Assis, na cidade de Serrana, região de Ribeirão Preto, pioneira no uso da tecnologia na rede. Lá, há ainda 150 carteiras e cinco lousas digitais.

O criador do aparato, Miguel João Neto, supervisor do Núcleo de Tecnologia de Educação do município, já fabricou 16 robôs. Oito foram adquiridos pela prefeitura de Serrana (um já em operação), seis por escolas particulares e dois estão sendo usados para demonstrações. "O sistema é todo integrado, mas ele funciona em conjunto ou isolado, não há necessidade de ligar tudo", diz. Ele explica que o projetor pode chegar a dois metros de altura e o professor pode fazer a transmissão das imagens na parede ou até no teto.

Só o rack do equipamento (com cabos para energia, imagem e som e suportes para prender a CPU do computador) custa R$ 1,4 mil. O investimento completo, com acessórios, pode chegar a R$ 6 mil por unidade. Segundo João Neto, os principais conceitos do B-Del são mobilidade, acessibilidade e disponibilidade. "Não precisa mais ter um técnico em informática para ligar tudo, quem manda é quem controla a máquina". Além das salas de aulas, o robô pode ser usado em palestras e apresentações.

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Por apenas seis mil reais, cada sala de aula pode receber este aparelho, que contribui de forma inquestionável para criar um apelo forte e interessante para os alunos. Claro que o pessoal cuspe-e-giz, que só pensa em reclamar e se aposentar, vai fazer um rol de críticas, uma vez que não desejam aprender mais nada.

Mas para os docentes interessados em desempenhar sua função de maneira digna, correta e produtiva, o uso desta e de outras tecnologias são a esperança de reduzir o abismo entre nós, professores (imigrantes digitais) e os alunos (nativos digitais).

Quem esteve na conferência VWBPE-09 neste final de semana, mesmo os que apenas entraram para conhecer e saber o que está sendo feito, já está caminhando bem nesta direção. Aqueles que ainda não conhecem, deveriam deixar o preconceito de lado e participar.

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