terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O Mundo do Futuro, hoje (35): Antirreflexo perfeito é inspirado em olhos de mariposas





No ano passado, eu falava do desenvolvimento de uma nova geração de leitores óticos baseados nos olhos do camarão Mantis, que enxerga mais cores do que os olhos humanos.  Agora, em mais um bom exemplo de biomimética, é a vez das mariposas darem a sua contribuição às inovações tecnológicas da nossa espécie.  Que sirva de inspiração para os nossos designers em formação que vão participar do Workshop de Biomimética, em maio.

Antirreflexo perfeito é inspirado em olhos de mariposas
Cientistas alemães criaram um novo revestimento antirreflexo que se aproxima da perfeição.  Produzido em nanoescala, o material garante uma visão perfeita em telas e monitores, óculos e outros sistemas ópticos, independentemente da presença de luzes incidentes de qualquer ângulo.

Sistemas antirreflexivos estão largamente disponíveis, presentes em óculos, lentes de câmeras, telas e em uma infinidade de outras aplicações.  Mas nenhum deles se compara ao revestimento antirreflexo que as mariposas possuem em seus olhos multifacetados.  Tendo que caçar no escuro e, ao mesmo tempo, evitar ser caçado, o animal não pode ser traído nem pelo mínimo reflexo em seus enormes olhos.

Isso é possível graças a minúsculas protuberâncias, menores do que o comprimento de onda da luz, que formam uma estrutura ordenada sobre a superfície dos olhos das mariposas.  Essa nanoestrutura natural cria uma transição suave entre os índices de refração do ar e a córnea, resultando em um índice de reflexão da luz praticamente igual a zero.  Os cientistas do Instituto Fraunhofer adotaram o mesmo artifício e o adaptaram para diversas aplicações.

Nos óculos, telefones celulares, ou nos painéis de carros, as superfícies transparentes somente são úteis se permitirem a visualização sem refletir a luz de volta.  Enquanto os métodos convencionais aplicam o revestimento antirreflexo em uma etapa separada, depois da produção do equipamento, os cientistas alemães descobriram uma forma de reduzir a reflexão da luz ainda durante a fabricação do componente.

O revestimento nanoestruturado é fabricado previamente, mas reveste as ferramentas de extrusão. Quando o polímero viscoso é injetado no molde, as nanoestruturas são transferidas diretamente para o componente.  Outra vantagem é que o revestimento incorporado é fácil de limpar e à prova de riscos.

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E ahy, designers em formação?  Vamos começar a pensar em como biomimetizar?

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