sexta-feira, 28 de maio de 2010

Série Especial - O Outro Mundo (14): Ambiente virtual para bandidos, vagabundos e meliantes encarcerados

Prezados leitores,

O post a seguir poderia ser incluído sob a égide das séries especiais "O Mundo do Futuro, hoje", "Brasil, o país do presente", "Brasil, um país de tolos" ou até mesmo na nossa divertida "Birinight Oil", dada as suas características.

No entanto decidi incluí-la nesta série para que você, que gentilmente vem até aqui para me prestigiar, possa ver como já estão pensando e utilizando os mundos virtuais no Brasil. Eu penso que esse exemplo não é nada bom, visto e existência de possibilidades mais úteis à sociedade, mas deixo a vocês a decisão de como encarar essa situação que se avizinha.


Governo prepara sistema para visita 'virtual' a presos
O governo vai montar um sistema de comunicação para que presos federais falem a distância com suas famílias. Parceria firmada entre o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e a Defensoria Pública da União (DPU) vai permitir, a partir de 28 de maio (hoje), que presidiários tenham os encontros por meio de uma rede segura protegida de possíveis violações.

Com o programa, as autoridades esperam também usar os mesmos aparelhos para difundir o uso de videoconferências em julgamentos, reduzindo os custos com viagens para audiências.

Segundo o Ministério da Justiça, hoje existem 467 presos em quatro penitenciárias federais - Catanduvas (PR), Porto Velho (RO), Campo Grande (MS) e Mossoró (RN). Deles, 60% não recebem visitas. Como são considerados de "alta periculosidade", acabam enviados para locais distantes dos Estados de origem, o que dificulta os encontros com familiares.

"Os presos têm filhos, estabelecem relações de afetividade com eles. Não é justo deixar que crianças fiquem privadas de ver os pais", comenta o diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Airton Michels. "É bom que a sociedade entenda que isso não é um investimento apenas para o preso e para a família dele, é o cumprimento da lei."

(Nota da redação: cumprimento da lei? E desde quando existe uma lei que trate da criação de ambientes virtuais, às expensas da sociedade, para atender a demanda de bandidos?)

A Lei de Execução Penal diz que é direito do preso a visita de cônjuge, companheira, parentes e amigos em dias determinados. O Depen prevê que as visitas virtuais ocorram a cada 15 dias, com inicialmente 30 minutos de duração - o que pode variar, dependendo da demanda.

Os presos deverão escolher os nomes de três pessoas que poderão fazer contato a distância - 50% deles já se cadastraram para participar da iniciativa. Familiares e amigos devem, então, se dirigir às defensorias públicas da União, onde vão agendar data e horário para a conversa. A privacidade não ficará comprometida, garante Michels.

O projeto Visita Virtual e Videoconferência Judicial custará R$ 1,5 milhão. Segundo o diretor do Depen, é um valor "modesto", que deve ser compensado dentro de um ano, devido à economia com os deslocamentos de presos para audiências.

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Muito bem, vamos aos comentários:

Em primeiro lugar, penso que o (des) governo federal deveria investir somas generosas para levar esse conceito de realidade virtual imersiva para as escolas, principalmente nos níveis iniciais, onde a ludicidade sofre um processo de disrupção que impacta o cidadão para o resto da vida, inclusive com consequências que causam muito transtorno na universidade, onde o cidadão chega completamente bloqueado, seja do ponto de vista criativo, emocional e até mesmo de relações sociais.

Em paralelo, deveria investir também, generosamente, na formação de educadores adequados às demandas do século em que nos encontramos e não mais "rabiscadores de giz" e "cuspidores de matéria", que além de não entenderem as necessidades dos alunos ainda reproduzem (por medo, preguiça ou quetais) modelos completamente anacrônicos que não formam cidadãos conscientes, mas bugres assustados apertadores de botões com pouco ou nenhum senso crítico.

Se existe o desejo (legítimo, do meu ponto de vista) de promover a videoconferência para minimizar custos com essa caterva, certamente temos outras opções gratuitas (como o Skype) ou de baixo custo que podem ser utilizadas.

Caso algum dos autores do projeto seja um entusiasta dos ambientes virtuais tridimensionais imersivos, como eu sou, que use o Opensimulator, que é gratuito e funcionará a contento. Sou da opinião que conceder ludicidade a esses estorvos enquanto que se nega às crianças e jovens da nação é um crime de lesa-pátria e lesa-sociedade. Mais uma vez o bandido conquista benesses que são negadas aos cidadãos brasileiros.

Gastar UM MILHÃO E MEIO DE REAIS neste projeto, para beneficiar apenas 467 meliantes significa investir R$ 3.212,00 para que cada preso possa se divertir brincando com avatares. Será que teremos também "visitas íntimas" no ambiente virtual ?

A mim parece mais um desses casos em que o objetivo principal é o butim, a tunga dos recursos da nação (ou seja, dos cidadãos brasileiros) travestido de um objeto de relevância social. Com a palavra, vocês, que espero que engrossem o coro de antagonistas a mais essa "bolsa lambança".

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