quarta-feira, 19 de maio de 2010

Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (10): Fusão Nuclear


Há décadas, o sonho de se desenvolver um meio de produzir fusão nuclear embala a imaginação e estimula esforços de cientistas do mundo todo. Ao que parece, agora estamos próximos de conseguir uma solução para a questão, que uma vez resolvida proporcionará um salto quântico no modus vivendi da população.
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Enfim, vale a pena conferir, principalmente porque o Brasil tem as maiores reservas de Nióbio do mundo, material com larga aplicação em levitação magnética e materiais supercondutores.

Levitação magnética abre nova rota para fusão nuclear
Cientistas norte-americanos acreditam ter descoberto uma nova abordagem rumo ao objetivo, ainda elusivo, de domar a fusão nuclear, a fonte de energia das estrelas. A fusão nuclear tem sido uma meta perseguida por físicos e pesquisadores de energia há mais de 50 anos. Isso porque ela oferece a possibilidade de criação de uma fonte virtualmente infinita de energia sem emissões de carbono e praticamente sem resíduos radioativos.
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Ao contrário da fissão nuclear, a reação fundamental das atuais usinas nucleares, quando átomos são quebrados, na fusão nuclear átomos leves são unidos para formar um átomo mais pesado, liberando uma quantidade descomunal de energia. Mas o desenvolvimento de um reator de fusão tem-se mostrado mais difícil do que inicialmente se pensava. Para explorá-la, será necessário literalmente construir uma mini-estrela artificial. E impedir que tanto calor derreta qualquer coisa com a qual entre em contato é um desafio imenso.
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O maior esforço está sendo feito no ITER, que está sendo construído na França, com um custo final que poderá ser três vezes maior do que o LHC. Em 2008, um grupo de cientistas propôs que o megalaser seria o caminho mais curto para a fusão nuclear.
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Os novos resultados vêm de um dispositivo experimental chamado LDX (Levitated Dipole Experiment). Inspirado em observações feitas a partir do espaço por satélites artificiais, o LDX usa um ímã de meia tonelada, em formato de anel, com o tamanho aproximado de um pneu de caminhão, feito de fios supercondutores enrolados dentro de um recipiente de aço inoxidável.
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Este ímã fica literalmente levitando, suspenso por um poderoso campo eletromagnético. Sua função é controlar o movimento de um plasma, um gás de partículas eletricamente carregadas aquecido a 10 milhões de graus Celsius, contido em uma câmara externa de cinco metros de diâmetro.
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Mas o LDX usa uma abordagem diferente. "É a primeira experiência deste tipo", diz o cientista sênior do projeto, Jay Kesner, do MIT, que codirige o projeto com Michael E. Mauel, da Universidade de Colúmbia. O gigantesco magneto do LDX é mantido suspenso por um campo eletromagnético, por sua vez controlado continuamente por um computador com base no monitoramento da sua posição com sensores que acompanham oito feixes de laser.
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A posição do ímã de meia tonelada, pelo qual passa uma corrente de um milhão de amperes, pode ser mantida dessa forma com uma precisão de meio milímetro. Um suporte em forma de cone com molas é posicionado sob o ímã, para pegá-lo com segurança se alguma coisa der errada com o sistema de controle.
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Kesner adverte que o tipo de ciclo de combustível previsto para outros tipos de reatores de fusão, como os tokamaks, que utilizam uma mistura de duas formas de hidrogênio pesado, chamadas deutério e trítio, deve ser mais fácil de conseguir e provavelmente serão eles os primeiros a entrar em operação.
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Bem, ao que parece caminhamos para os motores de dobra nas naves espaciais, pois já temos alumínio transparente e agora estamos quase concluindo o reator de fusão nuclear via deutério. É, Senhor Scott, penso que em breve nos encontraremos pelas estrelas para dar uns tecos nos D-7 klingons, hem?

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