quarta-feira, 12 de maio de 2010

Série Especial - O Mundo do Futuro, hoje (09): Uma biblioteca em um chip

É maravilhoso viver numa época em que os avanços tecnológicos são tão grandiosos, inclusive aqueles que se encontram em escala nano. Como os meios de comunicação tradicionais preferem destacar porcarias, mantendo a população em permanente estado de depressão, eis-me aqui, junto a outros blogueiros a quebrar essa barreira para mostrar o quanto aquilo que nos cerca é maravilhoso.

E para aqueles que, assim como eu, apreciam uma boa leitura e são amantes das inovações tecnológicas, olhem só que boa notícia posto a seguir.



Uma biblioteca em um chip, com nanopontos magnéticos
Imagine um livro de 400 páginas. Agora imagine não apenas um, mas 2,5 milhões desses livros. Para ajudar, saiba que o acervo bibliográfico da USP (Universidade de São Paulo), que é um dos maiores do mundo, tem pouco mais de dois milhões de livros - e só uma parcela pequena deles tem 400 páginas.

Agora, cientistas acabam de demonstrar uma tecnologia que permite colocar todas as informações desses nossos imaginados 2,5 milhões de livros de 400 páginas dentro de um único chip - e de um chip que caberia na palma da sua mão.

"Nós criamos nanopontos magnéticos que armazenam um bit de informação cada um, permitindo armazenar um bilhão de páginas de informações em um chip de uma polegada quadrada," explica o Dr. Jay Narayan, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

Nanopontos são ímãs incrivelmente pequenos, fabricados com um único cristal extremamente puro, criando sensores magnéticos que podem ser integrados diretamente em um chip de silício. Esses nanopontos, medindo apenas seis nanômetros de diâmetro cada um, podem ser fabricados de maneira uniforme, com orientação definida.

Como cada nanoponto é um ímã, ele tem polos norte e sul. Esses polos podem ser invertidos com a aplicação de um campo magnético externo, permitindo a gravação de dados binários, exatamente como nos discos rígidos - só que ocupando uma área muito menor, elevando drasticamente a densidade de dados por área.

A equipe do Dr. Narayan demonstrou a viabilidade da fabricação dos nanopontos e a confiabilidade dos dados magnéticos armazenados neles. A pesquisa demonstrou a possibilidade de fabricação dos nanopontos magnéticos a partir de cristais de níquel, níquel-platina e ferro-platina, crescidos na forma de um filme fino por uma técnica chamada deposição a laser pulsado.

Mas, como se trata de uma forma de armazenamento totalmente nova, as "cabeças de leitura" ainda não estão prontas. Este é o próximo passo da pesquisa. Os cientistas afirmam que a tecnologia de leitura a laser parece ser a mais promissora para permitir a interação efetiva com os nanopontos de forma a ler seus dados com precisão.

Existem vários tipos de nanopontos, que estão sendo estudados com várias finalidades. A aplicação de cada um depende de sua composição. Os nanopontos magnéticos têm grande potencial para uso no armazenamento digital de dados, como agora demonstrado pela equipe do Dr. Narayan, garantindo uma densidade de dados que poderá viabilizar o que ele chama de "biblioteca em um chip."

Pesquisadores coreanos estão utilizando nanopontos de ouro para otimizar o rendimento de células solares. Os nanopontos de ouro também estão sendo pesquisados para uso em pesquisas biomédicas. Ao contrário dos pontos quânticos semicondutores, eles são solúveis em água, podendo ser úteis para o rastreamento de células in vivo.
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Enlouquecedor, não?
Agora vejam que interessante: em 1997 eu conversava com o meu querido amigo Walter Magalhães, lá em Belo Horizonte, numa noite de luar, e falávamos sobre nossos projetos de lançar jogos e livros baseados em meu cenário de ficção, o Fantapunk.
Depois de horas de planejamento e filosofia, decidimos dar um tempo até que a Internet, até então apenas uma mídia iniciante mas com grande promessa, pudesse crescer para que tivessemos as condições necessárias para comercializarmos nossos produtos diretamente para o consumidor sem ter a necessidade de passar por uma determinada empresa - que só esculhambou este segmento aqui no Brasil. Já há alguns anos temos as condições aguardadas e quanto mais o tempo passa, ainda melhores elas se tornam.
Se você passa por algo semelhante, saiba que não está sozinho: és membro da geração slash, aquela que cria, produz e comercializa por conta própria, via redes sociais e outras ferramentas digitais, para uma comunidade específica. Em breve, mais informações a respeito.

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