quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A educação online é mais eficiente do que a tradicional?

Esse é um questionamento que muitos educadores e pesquisadores vem fazendo em diversos países, pois um dos usos que tem apresentado maior índice de crescimento de bons resultados é a educação online.

O envolvimento dos estudantes universitários em programas online tem crescido muito nos últimos anos, mas o destaque do crescimento desta nova modalidade está nas classes que se localizam entre o jardim da infância e o final do ensino médio. Esta fase do processo educacional é denominada, nos Estados Unidos e em alguns outros países como K-12.

É uma nova visão educacional, que oferece a possibilidade de experimentação de formas diferenciadas de aprendizado e permite que os estudantes aprendam com métodos que respeitam seu nível cultural e perfil psicológico.

As tendências da educação online destacam questões sobre como e quanto ela pode ser mais eficiente que a educação tradicional e de acordo com um estudo recente (em inglês), conduzido pela SRI International, do departamento americano de Educação, "alunos online" estão apresentando melhores desempenhos do que aqueles que seguem os padrões convencionais de sala de aula.

O estudo analisa pesquisas que compararam o desempenho estudantil, convencional e virtual (online), em instituições de ensino K-12 entre os anos de 1996 and 2008. Um dos pontos de destaque no relatório foi que os estudantes que fizeram o curso, parcialmente ou totalmente online, conseguiram um desempenho nas avaliações acima daqueles que seguiram apenas o caminho tradicional.

É claro que essa diferença não significa que as escolas tradicionais devam ser extintas, mas fornece suporte inequívoco para os defensores das atividades online e põe por terra o mito de que a educação online é inferior à tradicional.

Estas informações também servem como incentivo ao desenvolvimento de novas tecnologias direcionadas especificamente para a Educação. Minha expectativa, principalmente aqui no Brasil, onde as coisas demoram a ser percebidas como oportunidades que podem alavancar o crescimento de toda a nação, é que os desenvolvedores destes futuros programas não sejam obrigados e/ou abestalhados a criar aplicativos que simplesmente substituam os livros por arquivos digitais ou quetais.

É fundamental que se entenda como e porquê os alunos preferem esse caminho, quais são os apelos, os elementos lúdicos que os motivam e, a partir destes conhecimentos, criar AVA's (Ambientes Virtuais de Aprendizagem) interessantes nos quais os alunos terão prazer em circular, interagir e aprender.

Vamos agora avançar um passo adiante e falar um pouco do estágio da graduação universitária. Tenho observado nas minhas turmas que o uso de redes sociais, sites de slidesharing, Mensagens Instantâneas, vídeo e outros recursos, como mundos virtuais, estão auxiliando os alunos a cumprir suas tarefas, planejar e realizar seminários e desenvolver melhores projetos.

O próximo desafio é fazer as instituições de ensino permitir, educar e estimular o acesso à essas ferramentas da web 2.0, para auxiliar o professor a proporcionar uma aula verdadeiramente interessante, útil e que permita aos alunos se desenvolver de acordo com o mundo real onde vivem, não aquele que está na cabeça retrógrada de grande parte dos que se pensam educadores.

Perdoem o longo grifo, mas foi importante destacar o parágrafo por inteiro. Para os arremessadores de plantão, gostaria de informar que as flores deverão ser arremessadas ao centro e as pedras para qualquer outra direção. Obrigado pela sua cooperação!

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