segunda-feira, 9 de março de 2009

Mercado de Jogos no Brasil cresce, apesar da crise

O fato não deve supreender. Visto que ainda somos uma quitandinha, espaço para crescer não nos falta. No ano de 2008, o Brasil experimentou um crescimento de 31% na área de software e de 8% na de hardware relacionados a jogos digitais, segundo o presidente da Abragames, Winston Petty.

Não surpreende, mas agrada muito aos interessados como nós. Nossos principais compradores são a Europa (com destaque para a Alemanha) e os EUA, sendo que mais de 43% do software produzido é exportado, ao contrário do hardware onde 100% permanece no país. Há uma previsão de crescimento do número de empresas de 42 para 50 neste primeiro semestre.

Nossa produção anual tem uma representatividade que beira o invisível, cerca de 0,16 do total mundial, mas se houver um fortalecimento do mercado interno (leia-se políticas decentes de governo e participação efetiva das instituições de ensino voltadas para a realidade e não fantasias programacionistas generalistas – apud Odorico Paraguassú), em uma década podemos estar respondendo por uma parcela muito significativa do bolo mundial.

Quanto a isso, vale lembrar que eu sempre digo aos alunos e demais interessados que, há vinte anos, os tigres asiáticos que hoje arrebentam no mercado de games eram versões tamanho família da nossa querida Sepetiba (bairro da Zona Oeste do Rio, onde foi filmada a novela "O Bem-Amado" nos anos 1970). Hoje são o que são. Se o governo do Rio de Janeiro (leia-se, estado e município) mais o governo federal unirem forças e pelo menos uma vez na História tentarem beneficiar esta cidade, teremos, em metade do tempo, condições de competir de igual para igual com os grandes felinos. E o benefício se espraiará pelo resto do país.

São sempre muito bem vindos os editais da Cultura, que ajudam pequenos projetos a ganhar visibilidade e superar as primeiras fases, mas para competir de verdade, gerar empregos e renda, melhorar a educação e outros fatores importantes, temos que implementar todo tipo de incentivo fiscal possível e imaginável. É importante termos montadoras de carros no Brasil, mas é fundamental desenvolvermos a indústria de entretenimento digital, aí incluídos os jogos, produções para cinema e Tv Digital e a Internet 3D.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

SEM LIMITES PARA ENSINAR / MOYA - ESCOLA DE AVENTURA

CRIATIVO E INQUIETO (uma combinação muito interessante...) Quando eu me mudei do Rio de Janeiro para Brasília, em 2016 , imaginava ...