Quando tomei conhecimento da existência de um projeto social, no nordeste, que utilizava música erudita (leia-se clássica) para crianças carentes das favelas, me emocionei de verdade. Finalmente alguém havia entendido que ficar ensinando batucada em latão de lixo para estas crianças não servia de nada, a não ser deixá-las exatamente no lugar em que estão (do ponto de vista cultural e físico por conseqüência).
Um maestro aposentado bancou a aposta e hoje dezenas de indivíduos colhem os bons resultados. Já vi apresentações deles em programas da TV Brasil e no Jô Soares e volta e meia sabemos que um dos petizes partiu para a Europa para dar prosseguimento aos seus estudos. Isso sim é resolver problemas e criar soluções verdadeiras.
Agora, graças às pesquisas de um grupo de docentes da Universidade de Leeds, na Inglaterra, os músicos poderão aprimorar ainda mais o seu talento. Sob a batuta (perdoem o trocadilho) do Prof. Dr. Kia Ng, foi criado um sistema que utiliza equipamentos e softwares de captura de movimento para avaliar a postura e o desempenho dos músicos enquanto tocam.
Comparando os resultados obtidos com padrões de excelência armazenados em bancos de dados, o programa, batizado de i-Maestro, pode orientar os usuários em como melhorar seu desempenho com maior eficiência do que as técnicas tradicionais de filmagem, que só ofereciam imagens 2D. O i-Maestro permite a visualização em 3 dimensões, além da alteração da distância do observador para uma panorâmica ou close e em múltiplos ângulos.
Testado inicialmente em instrumentos de corda, o programa pode ser adaptado para fazer a avaliação de usuários de outros tipos de instrumentos. Como o ato de produzir música é uma atividade física, se um estudante desenvolver uma postura incorreta ele pode ter problemas no seu desenvolvimento durante o resto da vida.
O programa ajuda o aluno a identificar suas falhas posturais e corrigi-las e pode até mesmo auxiliar músicos experientes a refinar ainda mais suas técnicas. Quem sabe, em breve, estas escolas de música alternativas não oferecem um degrau tecnológico para ajudar seus jovens talentos?
Maiores informações em www.i-maestro.org/
domingo, 8 de março de 2009
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