terça-feira, 21 de setembro de 2010

Série Especial - Brasil, o País do Presente (38): Canteiros agroecológicos


Quando eu falo a respeito da minha idéia de criarmos "cidades jardins" na baixada fluminense e para lá enviarmos os favelados que invadiram e degredaram áreas públicas com a conivência de políticos canalhas (perdoem-me a redundância), dando-lhes um ambiente urbano decente e autosustentável para morar, alguns concordam comigo enquanto que outros - aqueles que vivem dizendo que nada muda e continuam a votar em canalhas - dizem que isso é delírio.
Veja, então, o que está acontecendo no nordeste brasileiro, aquele lugar tradicionalmente miserável onde as soluções parecem nunca chegar, mesmo em tempos de presidente nordestino e oriundo das camadas populares.
Canteiros agroecológicos geram renda no Semiárido baiano
A união de dez pessoas de uma mesma família no povoado de Angical, a cerca de 15Km do município de Irecê, na Bahia, está resultando na geração de renda e mais qualidade de vida. Somente em um quintal foram implantados dez canteiros agroecológicos pelo Projeto Cidades Sustentáveis, desenvolvido pelo Centro de Assessoria do Assuruá (CAA), em parceria com a União Europeia (EU).
Todos os dias, os beneficiários cultivam alimentos saudáveis para o consumo próprio e comercialização. Alface, coentro, rúcula, nabo, couve, salsa e cebolinha são algumas das hortaliças que deixam os canteiros mais verdes e cheios de vida.
A rotina das famílias mudou com a chegada dos canteiros, como explica o jovem casal Daiane de Brito Dourado, 22 anos, e Uelson da Silva Dias, 23. “Antes eu ficava em casa, sem fazer nada. Agora é bem diferente, tenho muito que fazer. Só não estou dando mais atenção às hortas porque estou participando de um curso. Quem está cuidando mais agora é meu esposo”, explica Daiane. Uelson demonstra entusiasmo com a nova rotina. “É bom ir ao quintal e ver tudo verdinho. Eu molho, acompanhando o crescimento e vejo se está tudo em ordem”, relata.
Daiane está fazendo um curso de Agroextrativismo oferecido pelo Programa Trilha, que estimula o empreendedorismo e a geração de renda. Ela afirma que os canteiros motivam a continuar no curso. “Minha empolgação é tanta que está contagiando até os outros alunos, pois eu sempre falo dos canteiros, que é bom lidar com plantas”.

Com a renda conseguida através das vendas das hortaliças, o casal vai planejando o futuro. No mês passado, pegou o dinheiro que vinha juntando e comprou uma novilha no valor de R$ 190. “Pra nós foi um excelente investimento, pois a novilha vai reproduzir e vamos aumentar ainda mais nossa renda. Foi bom também porque não compramos fora daqui, compramos na roça do meu pai”, vibra Daiane.
Daiane e Uilson estão entusiasmados com a nova fonte de renda. Eles comercializam três molhos de coentro a um real. A produção é vendida no atacado para um mercado do próprio povoado e para vizinhos. Por semana, chegam a faturar até R$ 30. Eles já estão se articulando para comercializar as hortaliças em feiras da região.
Empolgada, Daiane destaca sua satisfação: “Depois que o Projeto Cidades Sustentáveis começou a fazer parte da nossa vida, tudo mudou. Nossa alimentação ficou melhor. Estamos conseguindo renda extra e aprendendo muito nos cursos de capacitação. Estamos muito felizes”, finaliza a jovem.
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E aí, urubus de plantão, eu sou mesmo um maluco-visionário-sonhador? E o que dizer de vocês, que apesar de todas as denúncias, vão votar no PT? Eu contribuo ativamente todos os dias para a melhoria do Brasil, seja como blogueiro, educador ou outra atividade. E vocês, além de reclamar, choramingar e eleger criminosos, o que fazem?

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