terça-feira, 1 de setembro de 2009
Impressão sem tinta cria cores naturais instantaneamente
Essa notícia é alvissareira e impactará consideravelmente a indústria de impressos e de materiais num futuro próximo. Penso que meus alunos de Design, tanto os de Comunicação Visual quanto os de Produto, vão gostar da novidade, que fará parte do seu cotidiano profissional.
Sempre houve uma curiosidade por parte dos cientistas sobre as cores vistas na natureza, em especial os padrões iridescentes e ultrabrilhantes encontrados nas penas dos pássaros, nas asas das borboletas e nas carapaças de vários insetos.
A compreensão de como esses padrões podem existir sem a utilização de pigmentos só foi possível graças ao avanço da microscopia e da nanotecnologia. Com isso, a ciência está conseguindo reproduzir artificialmente as técnicas que a natureza levou milhões de anos para aprimorar.
Cores sem pigmentos
A equipe do professor Sunghoon Kwon, da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, descobriu uma forma de revolucionar a impressão tradicional, abolindo as tintas, fazendo uma impressão em cores totais que fica pronta em um instante e que é capaz de reproduzir as cores encontradas na natureza.
O processo é impressionante, mais ainda do que a tecnologia por detrás da impressão em jato de tinta (você pensa que o sistema de impressão da sua deskjet é simples?).
As cores exibidas por insetos e pássaros não são baseadas em pigmentos, mas em texturas microscópicas na superfície de suas asas, penas e carapaças. É a interação dessas superfícies com a luz que produz as suas cores. A equipe do Dr. Kwon desenvolveu um método capaz de criar as texturas microscópicas que interagirão com a luz para gerar as cores.
Imprimindo sem tintas
A impressão é feita pela combinação de três elementos: nanopartículas magnéticas, uma resina e um solvente. O resultado é impressionante.
Medindo entre 100 e 200 nanômetros, as nanopartículas magnéticas se dispersam na resina, dando ao material uma aparência acinzentada. Com a aplicação de um campo magnético elas se ajustam formando estruturas bem definidas, interferindo com a luz incidente e gerando uma cor. O mais impressionante é que para mudar a cor, basta alterar as linhas do campo magnético.
A fixação das cores se dá através da exposição à luz ultravioleta, que cura a resina. Na sequência, basta alterar os campos magnéticos e aplicar a luz ultravioleta seletivamente, até criar uma imagem totalmente colorida.
Nas primeiras experiências, a equipe de cientistas conseguiu imprimir uma página A4 totalmente colorida em um segundo. E na próxima fase do projeto eles buscam meios para que as cores sejam reversíveis, se alterando conforme a vontade do dono.
Vamos ver quanto tempo demorará para esta novidade chegar ao mercado. Mas já dá para antever as possibilidades, não?
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